IDADE

MODERNA

REFORMA PROTESTANTE

Profª Mara Silvia Villas

Boas
 XV IDADE MODERNA XVIII
XVI- REVOLUÇÃO COMERCIAL: MERCANTILISMO
XVI- REVOLUÇÃO CULTURAL: RENASCIMENTO
XVI- REFORMA RELIGIOSA: MARTINHO LUTERO

CONTEXTO DA REFORMA RELIGIOSAA Reforma foi precedida

por várias manifestações contrárias aos abusos da Igreja e contra o
comportamento imoral do clero:
- Heresias medievais: valdenses, cátaros, albigenses
- Querela das Investiduras: poder temporal X poder espiritual
- Cisma do Oriente: conflito entre o Papa e Patriarca de
Constantinopla
- Movimentos reformadores contra os abusos da Igreja
 Querela das Investiduras
Da divisão do Império Carolíngio surgiu o Sacro Império Romano-Germânico (SIRG),
fundado pelos duques da Francônia, Saxônia, Suábia e Baviera. Em 962, Oto I foi coroado
pelo papa João XII, o primeiro imperador (poder temporal) do SIRG, e passou a interferir
nos assuntos eclesiásticos ou seja, uma investidura leiga.

Séc. XI - Os papas passaram a lutar contra a

influência do imperador na Igreja e criaram o
“Colégio de Cardeais”, para era eleger o papa.
Foi eleito Gregório VII, o qual retirou do imperador o
direito de interferir na Igreja. Henrique IV, continuou
a exercer a investidura leiga e foi excomungado.
Diante da
excomunhão, pediu perdão ao papa em
Canossa e o papa o perdoou. Rebelou-se novamente,
chefiando um exército que invadiu Roma, obrigando
Gregório VII a fugir da cidade
(morreu no exílio, em 1085). Em 1122 ,a Concordata
de Worms entre o papa Calixto II e o imperador
Henrique V encerrou a Querela das Investiduras.
 Principais precursores da Reforma
Séc.XIV John Wycliffe: professor e teólogo inglês
que defendia que a salvação eterna era conseguida
através da fé. Em 1381 defendeu em público a
insurreição camponesa.

Séc XIV- Jan Huss: na Boêmia ordenou-se e

adquiriu grande popularidade com seus sermões
contra os abusos eclesiásticos. Suas críticas foram
escritas na obra De Ecclesia (Sobre a Igreja).
Condenado pelo Concílio de Constança, foi
queimado em 1415.
Carlos V e o conflito com os nobres alemães

Em 1519, Carlos V, rei dos Países Baixos e da

Espanha, assumiu o trono da Alemanha. Pretendia
unificar seus vastos domínios e instaurar uma
monarquia universal católica. Porém, o imperador
teve que enfrentar os príncipes germânicos,
contrários a centralização do poder. As disputas
políticas entre o imperador e os príncipes eram
constantes desde a formação do SIRG. Esta
disputa política foi aproveitada por Lutero, que
atraiu os Príncipes para suas idéias reformistas, na
medida em que o imperador era católico, e contava
com o apoio da Igreja Católica para reforçar sua
autoridade.
REFORMA PROTESTANTE: Martinho Lutero
Professor na Universidade de Wittenberg,
fundada por Frederico da Saxônia,
Lutero aprofundou seus estudos bíblicos
e condenava a noção de que Deus
recompensa um cristão na proporção das
orações, peregrinações ou contribuições;
condenava o culto dos santos e de suas
relíquias, e a venda de indulgências.

O HOMEM É SALVO PELA FÉ, E NÃO PELAS OBRAS

 Indulgências: a venda do perdão
Em 1517, Martinho Lutero, professor
de Teologia, opôs-se ao dominicano
Tetzel, que vendia indulgências, em
nome do papa Leão X, para a
construção da Basílica de São Pedro.

Tetzel instalou-se num castelo e absolvia os

pecados dos fiéis, livrando-os do inferno
através da venda de indulgências, ou seja,
venda do perdão.
 95 TESES
Em outubro de 1517, Lutero
afixou uma série de críticas,
conhecidas como 95 Teses, na
porta da Igreja do Castelo de
Wittenberg.

As Teses eram um protesto contra o abuso da

autoridade do Papa, e a venda de indulgências. Segundo
Lutero, o verdadeiro tesouro da Igreja é o Evangelho - a
proclamação do amor de Deus.
Porta da Igreja
do Castelo de
Wittenberg,
onde Lutero
afixou as 95
teses.
1521- Excomunhão
As idéias de Lutero
encontraram adeptos em
todas as regiões da
Alemanha, e mesmo fora
dela. A resposta do Papa foi
uma bula (ordem papal),
ameaçando Lutero de
excomunhão, caso não se
retratasse. Em protesto, ele
queimou publicamente a Bula
e foi excomungado por
heresia.
 1521- Lutero na Dieta de Worms
A Dieta de Worms é conhecida pelas
decisões em relação a Martinho Lutero.
O imperador Carlos V convocou Lutero
para desmentir suas teses em Worms.

No entanto, Lutero defendeu-as e pediu a Reforma!

Célebres tornaram-se as suas palavras: "Hier stehe ich.
Ich kann nicht anders". (Aqui estou. Não posso
renunciar). Ele foi obrigado a deixar Worms e o Édito de
Worms declarava Lutero um herético
fora-da lei.
Wartburgo, Estado atual do castelo de Fraderico de Saxe, onde
Lutero ficou confinado durante 10 meses, depois de ter sido
expatriado pela Dieta de Worms.
Exílio de Lutero
Sala de Lutero (escritório) no Wartburgo. Aqui o reformador iniciou
a tradução da Bíblia para o alemão
1520- REVOLTAS CAMPONESAS NA ALEMANHA
Em 1520 houve uma revolta camponesa na Suábia,
comandada pelo padre Thomas Münzer, que pretendia acabar
com os privilégios feudais e com a propriedade privada da
terra; porém com vantagens bélicas dos senhores feudais
esmagaram com violência os camponeses.

Lutero tomou partido dos senhores feudais, autorizando-os a

“matar, ferir e estrangular” os camponeses, “para fazê-los
entender que não há nada mais daninho que um homem
revoltado”

Portanto, a Reforma foi um

movimento religioso e não social.
 1530- Lutero e a Confissão de Augsburgo
A doutrina Luterana inspirou-se em Santo Agostinho
- A salvação resulta da fé em Deus e não das obras;
- Aboliu o celibato
- Aboliu o intermediário entre Deus e o confessor
- Reconheceu somente dois sacramentos: eucaristia e batismo
- A única fonte sagrada é a Bíblia.

A Confissão de Augsburgo foi apresentada em latim e, depois, em

alemão, na presença do imperador Carlos V,
como confissão de fé dos príncipes partidários do movimento da
Reforma da Igreja desencadeado por Martinho Lutero.

Philip A Confissão de Augsburgo é considerada a “cédula de

Melanchton identidade” da Igreja Luterana, é um dos principais
documentos de fé das Sagradas Escrituras das igrejas
luteranas
Alemanha - Luteranos
Suíça- Calvinismo
Anglicanismo- Absolutismo
Inglaterr
a Puritanos- burgueses
França -Huguenotes
 CALVINISMO: TEORIA DA
PREDESTINAÇÃO
João Calvino, professor teólogo, perseguido na França pelas suas
idéias, refugiou-se na Suíça para disseminar outra compreensão
sobre as questões de fé levantadas por Martinho Lutero.

Segundo Calvino, o princípio da predestinação

explicava o destino dos homens na Terra. Tal
princípio defendia que, segundo a vontade de
Deus, alguns escolhidos teriam direito à salvação
eterna,
e o sinal dessa escolha estava ligado a uma vida
materialmente próspera, ocupada pelo trabalho e
afastada das ostentações materiais

“ Aquele que enriquece trabalhando agrada a Deus”

Henrique IGREJA
VIII ANGLICANA
Em 1509, coroado rei, casou-se com Catarina de Aragão. Em
1527 pediu ao papa Clemente VII a anulação do casamento, mas
não obteve.
Em 1533, o Parlamento britânico aprovou a anulação, e
Henrique VIII se casou com uma dama da corte, Ana Bolena.

1534- ATO DE SUPREMACIA

Utilizou a recusa do papa como pretexto para romper com a Igreja
Católica e proclamou-se chefe supremo da Igreja e do Estado,
centralizando o poder.
Fundou a Igreja Anglicana, extinguiu os mosteiros e perseguiu os
contrários à nova Igreja. Sua esposa, Ana Bolena, deu à luz a futura
rainha Elizabeth I, mas, por não gerar um menino, foi acusada de
adultério e decapitada em 1536.
 CONTRARREFORMA
COMBATER O
PROTESTANTISMO
Convocado pelo Papa Paulo III para
assegurar a unidade de fé e a
disciplina eclesiástica

A convocação surgiu no contexto da

reação da Igreja Católica à
Reforma Protestante. O Concílio de
Trento foi o mais longo da história
da Igreja: é chamado Concílio da
Contrarreforma.
 1545- CONCÍLIO DE
TRENTO
- Aprovou a criação da Companhia de Jesus de
Inácio de Loyola em 1540 (jesuítas)

- INDEX- livros proibidos

- Confirmou os 7 sacramentos
- Confirmou o Celibato.
- Criação de seminários para a formação de
sacerdotes.
- Reativou o Tribunal da Inquisição