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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

LICENCIATURA EM HISTÓRIA – EAD

UNIRIO – CEDERJ

PENSAMENTO REPUBLICANO NO BRASIL (1870-1889)

MATTHEUS MACEDO DOLNE PEREIRA

POLO: RESENDE-RJ

24/11/2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

LICENCIATURA EM HISTÓRIA – EAD

UNIRIO – CEDERJ

PENSAMENTO REPUBLICANO NO BRASIL (1870-1889)

MATTHEUS MACEDO DOLNE PEREIRA

POLO: RESENDE-RJ

24/11/2021

Anteprojeto de pesquisa apresentado ao Curso de Licenciatura em História


(Modalidade à Distância) / UNIRIO/CEDERJ como requisito parcial para a
aprovação na disciplina de Metodologia da Pesquisa História
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..................................................................................................................... 1

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................... 4

OBJETIVOS ............................................................................................................................... 7

FONTES E METODOLOGIA ................................................................................................... 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 9


APRESENTAÇÃO

A política, em diversos contextos e situações, não se desdobra em uma série de comportamentos


e empreendimentos essencialmente ideológicos, tendo este aspecto suprimido frente aos
interesses e discursos que, de fato, podem motivar a atuação dos dirigentes. Contudo, quando
somos introduzidos ao comportamento político de um grupo em determinado espaço e tempo,
é comum a caracterização destes de acordo com o ideário pertinente àquela conjuntura, o que
corresponde aos ecos mais fáceis de serem rastreados deste período. Entretanto, será que este
conjunto de ideais que marcam o pensamento político em diferentes cenários reproduz a forma
como a mentalidade e comportamento destes agentes realmente era operada?

Tendo este questionamento em vista, este projeto busca entender melhor o pensamento
republicano brasileiro entre 1870 até 1889 não somente pelos rastros mais evidentes deste
tempo, mas também através das motivações políticas mais práticas e casuais que fogem, em
diversos momentos, aos aspectos ideológicos consagrados e são fomentadas pelas necessidades
de determinados grupos de maior expressão econômica. Assumindo que, possivelmente, os
desdobramentos políticos de um Estado progridam mais pelos aspectos econômicos e pela
manutenção da estrutura de poder do que por projetos ideológicos, o quanto os anseios deste
grupo republicano em ascensão no Brasil eram genuinamente inspirados em um modelo de
República aos moldes dos ideais liberais em voga naquele contexto e o quanto buscavam
somente a reprodução de um sistema de classes e de uma elite econômica que necessitava se
reestruturar para manter seus privilégios frente a uma conjuntura de mudanças estruturais
iminentes?

A pesquisa, evidentemente, irá se deter, eventualmente, às circunstâncias anteriores e


posteriores ao espaço de tempo proposto. Contudo, tais desvios são importantes justamente para
compreendermos ou ressaltarmos melhor aspectos pertinentes ao próprio recorte deste trabalho.
A intenção em partir, essencialmente, dos acontecimentos oriundos do ano de 1870 está
presente no fato deste ser o ano que marca a fundação do Partido Republicano do Brasil, dando
substancial aceno para entendermos esta conjuntura como um ponto de início observável do
processo de ascensão política deste grupo, o que não significa que não houvesse expressões
notáveis do republicanismo no país antes deste período.

1
Em relação ao ano limite de 1889, é evidente que marca a Proclamação da República e, portanto,
o fim do período monárquico no Brasil. Entretanto, olharmos mais adiante em alguns momentos
será importante para apontarmos fenômenos já indicados dentro do espaço de tempo que
estamos trabalhando. José Murilo de Carvalho, em um dos artigos mais explorados por este
projeto de pesquisa, utiliza o recorte de 1870-1891, o que possibilita adentrar sem reservas aos
primórdios da nova organização política republicana1. Não seguiremos esta mesma divisão
temporal em prol de uma observação mais concentrada, já que nada nos impediria de ampliar
as propostas almejadas aqui até o presente, neste nosso contexto ainda republicano e ainda
intrínseco à manutenção da ordem tradicional de mando.

Os fenômenos abrangidos ao longo da pesquisa estão voltados, sobretudo, às mentalidades


políticas deste contexto, assim como aos arranjos econômicos de um Brasil cada vez mais
próximo ao modelo capitalista internacional. Os novos meios de produção, a necessidade de
formulação de um sistema de trabalho livre alinhado aos empreendimentos dos grandes
proprietários de fazendas, o desenvolvimento de uma estrutura de governo que se adaptasse aos
interesses de grupos locais, todos esses aspectos do projeto político que os republicanos
precisavam elaborar não se apoiam em uma estrutura ideológica, mas, antes disso, poderiam
ser prejudicados por um conjunto fechado de ideais políticos. Ainda assim, a criação de um
discurso que equivalesse tais reinvindicações econômicas com uma suposta ideologia política
foi uma atividade na qual o republicanismo teve maior sucesso. O progresso, a valorização do
trabalho, o avanço econômico da nação, todos estes caminho abrigados em uma série de
discursos exemplares, repercutidos, principalmente, pelos ecos dos pensadores positivistas e
descobertas científicas na Europa, de nada serviriam à Pátria se não correspondessem aos
favores de uma elite consagrada.

Como podemos imaginar, por mais que o caráter ideológico seja popularmente realçado nestes
indivíduos republicanos no final dos oitocentos, o discurso, supostamente, se valia mais pelo
poder de legitimar do que transformar. Neste sentido, fica mais evidente a inviabilidade em
assumir o contexto da Proclamação como uma Revolução, na medida que os arranjos
tradicionais de poder não foram alterados, mas, pelo contrário, adaptados.

Entendendo que as transformações nos meios de produção são importantes para


compreendermos esta mentalidade política analisada, este trabalho também se apoia na
perspectiva marxista da história, onde, assim como observado neste estudo, as mudanças

1
Carvalho, 2011.
2
conjunturais na sociedade acompanham a forma como o trabalho, o dispêndio de força em vias
de alterar o meio, é feito. A questão da eminente passagem do modo de produção escrava para
o trabalho livre era, neste período, evidente, sendo nebuloso somente quando viria. A
necessidade de proteger os meios de reprodução do capital das classes senhoriais, ainda
dependentes da mão de obra escrava, era destaque para qualquer círculo de vanguarda com reais
intenções de ascensão política. Vemos, então, uma proximidade entre a análise dos
desdobramentos econômicos e sociais com o pensamento político, visto que um deveria servir
aos anseios do outro.

As fontes a serem observadas são documentos e obras de autores da época, como os manifestos
dos partidos e literatura política republicana. Em vias de uma análise mais contextualizada,
periódicos desta conjuntura também serão analisados, todos bem documentados em acervos
públicos disponíveis online.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O tema da pesquisa é o pensamento e as formas de pensar republicanas no brasil entre 1870-


1889, tendo como abordagem os estudos em história das mentalidades e a historiografia
marxista. As fontes a serem exploradas são, sobretudo, documentos do período, como o próprio
Manifesto Republicano (1870) e o Manifesto do Partido Republicano Paulista (1873); jornais e
periódicos da época e textos de autores contemporâneos àquela conjuntura e, de preferência, de
caráter republicano, como Assis Brasil e Alberto Salles.

Notamos, a partir do título do trabalho que se trata de uma pesquisa que envolve o estudo de
um conjunto de ideias que podem ser agrupadas em vias a denominarmos, em síntese, como
sendo o Pensamento Republicano. Neste sentido, temos um ramo da pesquisa, mas em seguida
é especificado que este pensamento republicano está dentro do conjunto Brasil de 1870-1889,
o que determina outro campo a ser investigado. O que pretendo deixar claro com este
apontamento é: a bibliografia precisa compreender o que se entende como sendo esclarecedor
acerca do Pensamento Republicano de forma geral, mas também da forma como este é
empregado especificamente no contexto do Brasil desta conjuntura assinalada. Portanto, temos
uma busca por idealizadores e divulgadores do pensamento republicano que não se restringe ao
cenário nacional, mas que tiveram ou podem ter tido alguma influência neste, assim como
estudos que estão voltados para um recorte mais delimitado que é o Brasil ou o republicanismo
brasileiro deste período.

Agora que já compreendemos os blocos que compõem este projeto a partir do título, devemos
nos atentar para um último conjunto desta pesquisa que não está explicitado em seu nome, mas
que é igualmente importante para a construção metodológica pretendida e que, portanto, será o
primeiro a ser explorado nesta revisão bibliográfica. Trata-se da orientação historiográfica que
será utilizada.

Como apoio metodológico, pretendo explorar as ideias contidas nos trabalhos de Michel
Vovelle e em Karl Marx e Friedrich Engels. No caso de Vovelle, a obra Ideologias e
Mentalidades serve de suporte ao estudo das mentalidades envolvidas no objeto de pesquisa,
assim como na forma de interpretar e dialogar com estas, sobretudo a partir do trabalho com as
fontes. O historiador francês aborda diferentes questões, como os desafios em lidar com estas
fontes e os testemunhos populares.

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A preferência por uma historiografia marxista nos leva, inevitavelmente, aos textos de Marx e
Engels, sendo A Ideologia Alemã o trabalho mais delimitado, até então, como referência de
pesquisa, dado as suas observações acerca das formas de domínio intelectual e artístico na
sociedade. Apesar das leituras históricas feitas na obra dos intelectuais alemães apresentar
determinadas imprecisões, o aspecto mais importante para a pesquisa está na interpretação
sobre os meios de dominação cultural a partir das classes elevadas.

Podemos nos ater agora para o estrato mais subjetivo do objeto de pesquisa, que são as
definições, conceitos e elementos ideológicos que podem ser encontrados no Pensamento
Republicano daquela conjuntura. Este elemento é, possivelmente, o mais nebuloso para ser
lidado ao longo da pesquisa bibliográfica por diversos motivos. Um dos motivos é o próprio
domínio sobre o assunto, pois é necessário que haja uma aproximação com autores teóricos que
inspiravam os discursos republicanos de então, qualidade que ainda falta a este pesquisador.
Outro cuidado a se tomar é com a turva relação que os agentes históricos de fato podem ou não
ter com estes teóricos e seus discursos, sendo este, inclusive, um dos pontos que mais intenciono
desvendar. Seriam estes agentes políticos inspirados por ideais e ideologias caras ao ideário
republicano ou somente divulgadores de discursos, o quanto que podemos afirmar neste sentido
acerca dos atores políticos? Não é de se espantar que os intelectuais republicanos possam
conhecer de forma substancial estes pensadores, mas e quanto aos agentes políticos fora destes
círculos, mas ativos nas esferas executivas dos partidos e dos corpos dirigentes?

Para iniciar este ramo da pesquisa, serão explorados os trabalhos de autores mais celebres neste
meio, o que no desenrolar dos estudos, provavelmente, irá se expandir para referências não tão
evidentes e mesmo pesquisadores de fora daquele contexto, como teóricos recentes. Um dos
pensadores que mais chama a atenção, neste contexto, é Herbert Spencer, que em First
Principles discorre acerca de temas políticos e sociais a partir de uma perspectiva,
essencialmente, progressista, tentando justificar a necessidade de uma conciliação entre religião
e ciência.

Outro influenciador severamente referenciado neste período é o filósofo Auguste Comte, que
tem algumas das suas principais obras reunidas em volume da série Os Pensadores. O autor
positivista demonstra parte deste discurso exaltante do progresso civilizacional que,
frequentemente, é relacionado com o pensamento político e social do final dos oitocentos. No
volume em questão, temos em destaque as obras Curso de Filosofia Positiva e Discurso sobre
o Espírito Positivo.

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É importante nos atentarmos ao fato de serem dois pensadores dos oitocentos com ideias em
voga naquele período, influentes, portanto, no ideário político e social internacional e que, com
variada intensidade, foram absorvidos aos discursos aqui no Brasil, sobretudo entre os
republicanos, pelo caráter progressista. Não há ainda uma referência nesta bibliografia de
comentadores destes pensadores, ainda que haja a intenção de buscar tais referências.

Chegamos no bloco mais consistente da nossa bibliografia, no sentido de estar mais


especificado e delimitado dentro dos objetivos desta pesquisa, que são os trabalhos
historiográficos especializados dentro desta temática. Este é, possivelmente, o conjunto de
referências que mais se expandirá ao longo da pesquisa, mas já é possível apontar os trabalhos
que, até então, servem como maiores influências e inspirações. Dois autores se sobressaem, até
o momento, nesta esfera da pesquisa: José Murilo de Carvalho e Iraci Galvão Salles.

Murilo de Carvalho é autor do artigo República, democracia e federalismo¸ que demonstra


como estes conceitos eram divulgados e interpretados nos diferentes círculos intelectuais e
políticos daquele período no Brasil. Outro trabalho deste historiador pertinente para a pesquisa
é a obra A Formação das Almas, onde os aspectos ideológicos, culturais e sociais do
republicanismo brasileiro neste contexto são explorados a partir de diversos espectros, dando
uma maior fluidez para a tarefa de apreender a forma como o republicanismo operava nestas
mentalidades. Ambos os trabalhos aparentam estar, relativamente, atualizados, visto se tratar
de um artigo escrito em 2011 e um livro de edição recente.

Iraci Galvão Salles já está voltada para os aspectos políticos ativos, como as relações e
interesses de classe e o projeto republicano sobre o trabalho livre. Tais elementos são
abrangidos na obra Trabalho, progresso e a Sociedade Civilizada. Mais voltada para a questão
do trabalho e das lutas de classe, Salles acaba produzindo uma narrativa de valor para
entendermos as motivações políticas e econômicas por trás de todo o aparato orquestrado da
imagem republicana. Esta obra foi publicada em 1986 e não foi reeditada, portanto, carece de
atualização, o que exige uma contraposição de ideias à luz de outros trabalhos mais recentes.

Além destes dois pesquisadores, a obra Da Monarquia à República¸ de Emília Viotti da Costa
em seus últimos capítulos serve de referência para o surgimento do movimento republicano no
Brasil. Ainda que a historiadora esteja, neste livro, voltada sobretudo para os eventos do período
monárquico, também apresenta uma introdução pertinente aos círculos republicanos e à
formação do republicanismo no Brasil. Esta obra de Viotti da Costa também necessita alguns

6
cuidados, sendo necessário reunir referências mais atuais para dialogar junto a mesma, visto
que, mesmo a 6ª edição já conta mais de vinte anos de publicação.

Outras obras já foram levantadas e poderiam estar presentes nesta revisão, mas por se tratar de
leituras ainda prematuras ou nem mesmo iniciadas, não há substância o bastante para que eu
possa empregá-las neste momento. Contudo, estão expostas nesta atividade as obras que, desde
o princípio da ideia e interesse de pesquisa, já figuravam e que, portanto, apresentam um valor
mais evidente para o estudo.

OBJETIVOS

O trabalho busca explorar diferentes aspectos, tendo portanto, uma série de objetivos em vias
de tentar entender uma questão geral. As etapas a seguir ainda podem ser reformuladas ou
mesmo terem a sua ordem reorganizada, mas, até então, seguem como uma base para a
resolução das questões que se encontram no caminho da pesquisa. São objetos da pesquisa:

1. Separar e caracterizar os tipos políticos republicanos, assim como as distinções mais


pertinentes entre eles e os liberais monarquistas. Para isso, será preciso também
retroceder um pouco o recorte temporal escolhido, pois revisar os conflitos e rupturas
dentro dos círculos liberais nacionais ao longo do século XIX é essencial para
compreendermos melhor esta conjuntura.
2. Entender o contexto e desdobramentos que proporcionaram e são proporcionados pela
formação dos primeiros partidos republicanos no Brasil. Neste ponto, passamos a
adentrar ainda mais nos discursos destes atores que já não cabiam mais somente no
caráter de liberal ou mesmo liberal radical. Quais foram as motivações destes indivíduos
e movimentos políticos? Quais eram os seus objetivos e planos de ação? Quais círculos
e setores sociais estavam envolvidos e a quem interessava esta formação partidária? Por
que a monarquia não era mais equivalente para estes grupos? São algumas das perguntas
a serem respondidas neste tópico.
3. Origens do pensamento republicano brasileiro neste contexto. Aqui precisamos adentrar
mais nos ideais republicanos consagrados naquele momento, desde os pensadores
europeus e norte-americanos e sua influência nos políticos e acadêmicos no Brasil até
7
as formas de adaptação deste modo de pensar para o discurso que estava sendo
formulado nos partidos republicanos brasileiros e aderidos por alguns setores
econômicos de demasiada expressividade. Para explorarmos melhor esta questão,
precisamos, primeiramente, entender o que era ser republicano naquele período e o que
era o republicanismo no Brasil. Além do republicanismo em si, é importante
compreendermos também o ideário destes indivíduos acerca de outros conceitos, como
democracia, federação e Nação; Os moldes nacionais que eles buscavam engendrar; as
bases de um projeto político que se sustentasse tanto ideologicamente quanto
economicamente (ao menos para os grupos de maior influência).
4. O que, de fato, sustentou o discurso republicano e no que estes atores políticos
acreditavam? Esta é, além da questão geral a ser desvendada ao longo de toda a
pesquisa, também o último tópico. O objetivo geral e a conclusão a qual o trabalho deve
chegar é: o pensamento republicano no Brasil é firmado por um caráter ideológico ou o
discurso contido neste ideário que é pertinente a um projeto político de interesses,
conservador da ordem de poder econômico tradicional? Em um momento, no limiar da
Proclamação da República, busco entender as raízes de um modelo político
tradicionalmente averso e cauteloso com ideologias.

FONTES E METODOLOGIA

A princípio, as fontes a serem utilizadas são, sobretudo, documentos, obras de autores


republicanos nacionais e periódicos desta conjuntura. Os documentos mais importantes e,
portanto, levantados até agora, são o Manifesto Republicano (1870) e o Manifesto do Partido
Republicano Paulista (1873), ambos acessíveis em diferentes páginas web. Estes documentos
analisados foram retirados do Programa dos Partidos e o 2º Império, escrito e compilado por
Américo Brasiliense, que pode ser encontrado no site do Senado Federal2. Os procedimentos a
serem feitos com estes documentos são de seleção das ideias selecionadas neste discurso que,
possivelmente, estavam de acordo com a imagem que estes grupos gostariam de aparentar e

2
https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/179482 (acessado em: 26/11/2021)
8
como estes discursos se aproximam de um projeto político de interesses, sob um extenso
repertório, supostamente, ideológico.

Quanto aos periódicos e jornais do período, servem para compreendermos melhor a forma como
estes desdobramentos eram veiculados e, possivelmente, poderiam ser compreendidos pela
população e repercutidos. Este tipo de documento é facilmente acessado na página da
hemeroteca digital da Biblioteca Nacional3. Alguns editoriais, como A República, estavam bem
próximos das ideias dos grupos republicanos, podendo demonstrar também a imagem que estes
gostariam que fosse passada. Estas fontes deverão ser selecionadas, sobretudo a partir de datas
de interesse, em vias de encontrarmos menções a acontecimentos notáveis, onde o grupo
republicano pode estar presente e como ele é representado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, José Murilo de. República, democracia e federalismo – Brasil, 1870-1891.


VARIA HISTÓRIA. Belo Horizonte, vol. 27, nº 45: p.141-157, jan/jun 2011.

________________________ Formação das Almas. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva; Discurso sobre o espírito positivo; Discurso
preliminar sobre o conjunto do positivismo; Catecismo positivista in Os Pensadores;
traduções de José Arthur Giannotti e Miguel Lemos. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República. 6ª ed. São Paulo: UNESP, 1999.

MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã: crítica da mais recente filosofia
alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em
seus diferentes profetas (1845-1846). São Paulo: Boitempo, 2007.

MELO, Américo Brasiliense de Almeida e. Os programas dos partidos e o 2. Império.São


Paulo: Typ. de Jorge Seckler, 1878

3
http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/ (acessado em: 26/11/2021)
9
SALLES, Iraci Galvão. Trabalho, Progresso e a Sociedade Civilizada. São Paulo: Hucitec,
1986.

SPENCER, Herbert. First Principles. Cambridge University Press, 2009.

VOVELLE, Michel. Ideologias e Mentalidades. 2ª Edição. São Paulo: Editora Brasiliense,


1991.

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