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Sessão 10: A Escatologia em Jeremias 3

I. VISÃO HISTÓRICA
A. Nota: É importante saber cinco datas para compreender melhor a mensagem dos
profetas.
933 A.C - Guerra civil - as 10 tribos de Israel (norte) lutaram contra Judá (sul).
721 A.C - Israel (norte) foi destruído pela Assíria (cerca de 200 anos após o início da
guerra civil).
586 A.C - Judá (sul) - A Cidade de Jerusalém foi finalmente destruída pela Babilônia
(Nabucodonosor).
536 A.C - Os judeus voltaram do cativeiro babilônico para reconstruir Jerusalém e o
templo.
70 D.C - Jerusalém foi destruída pelos romanos ( só em 1948 o Estado de Israel foi
restabelecido).
B. Jeremias serviu aos últimos 5 reis de Judá: Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e
Zedequias.
1. Josias governou 31 anos (640-609; dos 8 aos 39 anos). Seu bisavô,
Ezequias, (um bom rei) reinou por 29 anos; seu avô, Manassés, (um rei mau)
reinou 55 anos.

2. Jeoacaz (Salum) [o 3º filho de Josias] reinou por 3 meses (609) e então foi
levado para o Egito.

3. Jeoaquim (Eliaquim) [o 2º filho de Josias] reinou por cerca de 10 anos


(609-598).

4. Joaquim (Conias) [neto de Josias por Jeoaquim] reinou 3 meses (597).

5. Zedequias (Matanias) [4º filho de Josias] reinou por cerca de 10 anos


(597-586) até que Jerusalém caiu.

C. Isaías começou seu ministério por volta de 740 A.C, ministrando por quase 50
anos. Jeremias começou seu ministério por volta de 626 A.C, cerca de 100 anos
depois de Isaías. A reforma de Josias começou quando ele derrubou os ídolos aos 20
anos (628 A.C; 2 Cr 34:3-7). Aproximadamente seis anos depois, quando tinha 26
anos, Josias começou a consertar o templo e restaurar a ordem de adoração; ele
descobriu o livro da Lei e renovou a aliança entre o seu povo e o Senhor (622 AC 2 Cr
34:8-20; cf. 2 Rs 22:3-13).
D. Jeremias 2 e 3 caminham juntos, usando linguagem semelhante e enfatizando os
mesmos temas e teologia. O Senhor acusou Judá de "prostituição" espiritual (Jr 2), os
chamou para retornar e então prometeu grandes bênçãos para aqueles que
responderam (Jr 3). Jeremias 2 e 3 pode ter sido falado para ajudar a reforma Josias
que começou em 628 A.C (3:4, 6, 10), a fim de corrigir a idolatria promovida por
Manassés.

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1
Manassés (...) reinou cinquenta e cinco anos em Jerusalém. 2 Fez o que era mau aos olhos do
Senhor (...) 3 Pois reconstruiu os lugares altos [para idolatria] que Ezequias, seu pai, havia
derrubado (...) 6 Ele queimou os seus filhos (...) praticava feitiçarias e tratava com médiuns e
feiticeiros. (...) 7 Também pôs a imagem de escultura do ídolo que tinha feito na Casa de Deus
(...) 9 Manassés de tal modo levou o povo de Judá e os moradores de Jerusalém a andarem
errantes, que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos
de Israel. (2 Cr 33:1-9)
E. Esboço de Jeremias 3
(alguns incluem Jr 4:1-4 na mensagem dada em Jeremias 3)
3:1-5 - O grande pecado de prostituição espiritual de Judá
3:6-10 - O pecado de Judá é maior do que o de Israel
3:11-18 - Israel retornará para Deus e Seu favor
3:19-20 - O desejo do Senhor de dar a Israel uma bela herança
3:21-25 - O arrependimento nacional de Israel no fim dos tempos
4:1-4 - A resposta do Senhor ao arrependimento de Israel
II. O NOIVADO DE ISRAEL COM DEUS NO DESERTO (Êx. 19; Jr 2:2)
A. Jeremias entendeu que a aliança que Deus fez no Monte Sinai prometeu Israel a
Ele em noivado (Jr 2:2; 31:32). Moisés descreveu a época em que Deus fez Sua
aliança com Israel (Êx 19).
2
Vá e proclame diante do povo de Jerusalém: Assim diz o Senhor: “Lembro-me de você, meu
povo, da sua afeição [fidelidade – NAS, NVI] quando era jovem, do seu amor quando noiva e
de como você me seguia no deserto (...) (Jr 2:2)
32
(...) a aliança que fiz com os seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da
terra do Egito; pois eles quebraram a minha aliança, apesar de eu ter sido seu esposo, diz o
Senhor. (Jr 31:32)
B. Jeremias (assim como Isaías) começou seu ministério chamando as pessoas ao
arrependimento à luz de quem elas são para Deus (Jr 2-3). A revelação de que Jesus
é um Noivo Apaixonado. Deus usará profetas assim no fim dos tempos.
14
“Voltem para mim, ó filhos rebeldes”, diz o Senhor. “Porque eu é que sou o esposo de vocês
(...) (Jr 3:14)
17
O Espírito e a noiva dizem: — Vem! (...) (Ap 22:17)
III. O GRANDE PECADO DE PROSTITUIÇÃO ESPIRITUAL DE JUDÁ (Jr 3:1-5)
A. Judá é descrita como uma esposa adúltera que o Senhor queria restaurar de volta
para Ele (3:1-5). Possivelmente, esta mensagem foi dada logo após a tentativa de
Josias de reformar Judá (começando em 628 A.C). A adoração a ídolos incluía
imoralidade sexual junto com sacrifícios e rituais (Ap 2:14, 20).
1
“Se um homem repudiar a sua mulher, e ela o deixar e se tornar esposa de outro homem,
será que o primeiro marido poderá voltar para ela? (...) Ora, você [Judá] se prostituiu com
muitos amantes e ainda assim quer voltar para mim!” — diz o Senhor. 2 “Levante os olhos aos
lugares altos e veja: onde você não se prostituiu? (...) E assim você contaminou a terra com a

2
sua prostituição (...) 3 É por isso que não tem chovido [chuva antecipada], e a chuva fora de
época não veio. Mas você tem a fronte de prostituta e não quer se envergonhar.
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Não é fato que agora mesmo você me invoca, dizendo: ‘Meu pai, tu és meu amigo desde a
minha mocidade. 5 Conservarás para sempre a tua ira? (...) Sim, isso é o que você diz, mas
comete maldade (...)” (Jr 3:1-5)
B. Repudiar a sua mulher: a lei de Moisés proibia um homem, que se divorciou de
sua esposa, de se casar novamente com ela caso ela tivesse se casado com outro
homem (Dt 24:1-4). O Senhor comparou Judá a uma prostituta com muitos amantes.
Seria esperado que tal mulher se reconciliasse com seu marido? Apesar dessa lei, Ele
convidou Israel para retornar a Ele como Sua Noiva. A analogia sugere que isso seria
incomum e não a norma.
C. Volte para mim: o Senhor mostra Sua graça extravagante ao chamá-la para
retornar (3:2, 7, 12, 14, 22).
D. Levante os olhos: eles só tiveram que olhar ao redor para comprovar sua
deslealdade ao Senhor.
E. Contaminou a terra: existe uma relação profunda entre a condição da terra e o
comportamento do povo. O pecado tem sérias consequências negativas para a terra.
O pecado pode contaminar e poluir a terra (Jr 3:2, 9; cf. Lv 18:25, 28; 19:29; Nm 35:34;
Dt 24:4; Os. 4:2-3; 6:10; Am 4:6- 10).
F. Seca: as chuvas precoces (outubro-novembro) e tardias (março-abril) foram retidas
por causa do pecado de Judá. A seca está relacionada ao pecado na terra (Jr 14:1-6;
Ap 11:3, 6).
G. Me invoca: deste tempo em diante, eles deveriam clamar ao Pai e se recusar a
fazer o mal.
IV. O PECADO DE JUDÁ É MAIOR QUE O DE ISRAEL (Jr 3:6-10)
A. Judá não aprendeu com o que Israel sofreu no cativeiro assírio em 721 A.C
(3:6-10). O reino do norte de Israel foi julgado por Deus por causa de suas
prostituições contínuas.
6
Nos dias do rei Josias, o Senhor me disse: — Você viu [considerou] o que fez a rebelde Israel
[100 anos antes]? Foi a todos os montes altos e ficou debaixo de todas as árvores frondosas
para entregar-se à prostituição. 7 E, depois de ela ter feito tudo isso, eu pensei que ela
voltaria para mim, mas não voltou. E a sua traiçoeira irmã Judá viu isso. 8 Quando, por causa
de tudo isso, por ter ela cometido adultério, eu despedi a rebelde Israel e lhe dei carta de
divórcio, vi que a irmã dela, a traiçoeira Judá, não ficou com medo, mas também ela foi e se
entregou à prostituição. 9 E aconteceu que, pela facilidade com que se entregou à
prostituição, ela contaminou a terra; porque adulterou, adorando pedras e árvores. 10 Apesar
de tudo isso, a irmã dela, a traiçoeira Judá, não voltou para mim de todo o coração, mas
fingidamente, diz o Senhor. (Jr 3:6-10)
B. Dias do rei Josias: Deus falou com Jeremias durante a reforma de Josias que
começou em 628 A.C.
C. A apostasia de Israel: a palavra hebraica “meshuba” significa “apostasia” (3:6, 8,
11, 12).

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D. Você viu: Deus perguntou se Jeremias entendeu que as implicações do pecado de
Israel ocasionaram os fatos de 721 A.C. Historicamente, até os dias de Manassés,
apenas 35 anos depois de Israel ter sido julgado por Deus com a invasão da Assíria
em 721 A.C, Judá não havia se envolvido na idolatria tanto quanto Israel.
E. Carta de divórcio: esta “carta” foi em forma de sofrimento no cativeiro assírio. O
relacionamento com Deus do reino do norte foi quebrado em 721 A.C, quando a
Assíria derrotou Israel.

F. Não ficou com medo: a resposta de Judá ao julgamento de Deus na crise militar
de 721 A.C em Israel foi corajosamente continuar no pecado. No fim dos tempos,
Israel tem acesso a muitas informações: os detalhes históricos dos julgamentos de
Deus sobre sua terra ao longo da história - 721 A.C, 586 A.C e 70 D.C.

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Ou será que você despreza a riqueza da bondade, da tolerância e da paciência de Deus,
ignorando que a bondade de Deus é que leva você ao arrependimento? (Rm 2:4)
G. Prostituição casual: visto que Judá era tão dura, ela estava despreocupada com o
significado do seu pecado, o julgamento de Deus, o privilégio de se relacionar com
Deus e desfrutar de Suas bênçãos eternas.
H. Judá voltou a Deus fingidamente: existiam evidências claras de que Israel sofreu
muito sob o julgamento de Deus em 721 A.C em razão da desconsideração de sua
aliança com o Senhor. No entanto, Judá não se voltou a Deus “de todo o coração”,
mas apenas fingindo. O reinado de 55 anos de Manassés (697-642 A.C) teve uma
influência mais forte sobre Judá do que os 20 anos da reforma de Josias (628-609
A.C).
I. Deus deseja que Israel e o corpo de Cristo aprendam com o que ocorreu nos seus
julgamentos históricos.
J. O termo “Israel” pode referir-se aos exilados do reino do norte; às vezes, inclui Judá,
que nunca deixou de fazer parte de "todo o povo de Israel." Então ele se referiu ao
reino do norte como “a casa de Israel” ou “Efraim” e algumas vezes à Judá, incluindo
os habitantes de Jerusalém. O reino do norte não existia nos dias de Jeremias; grande
parte de seu povo foi absorvida pela Assíria. Judá foi tudo o que restou de Israel, no
que diz respeito à adoração ao Senhor.
V. ISRAEL VOLTARÁ PARA DEUS E SEU FAVOR (Jr 3:11-18)
A. O Senhor chamou Israel ao arrependimento (3.12-14a) e fez suas gloriosas
promessas (3:14b-18). Jeremias chamou Israel ou os exilados do antigo reino do
norte, ao arrependimento.
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O Senhor me disse: — A rebelde Israel se mostrou mais justa do que a traiçoeira Judá. 12 Vá,
pois, e proclame estas palavras para o lado do Norte, dizendo: “Volte, ó rebelde Israel” (...) “e
não farei cair a minha ira sobre você, porque eu sou compassivo” (...) 13 Tão somente
reconheça a sua iniquidade, reconheça que você transgrediu contra o Senhor (...) 14 “Voltem
para mim, ó filhos rebeldes” (...) (Jr 3:11-14)

1. Mais justa: Israel era menos culpado do que Judá, já que Judá foi advertido
pelos trágicos eventos no reino do norte, como um exemplo do julgamento
de Deus.

4
2. Para o lado do norte: o pedido imediato era para os exilados do Norte de
Israel. Josias recuperou parte do antigo território de Israel enquanto o
império assírio se enfraquecia (2 Rs 23:19-20). Essas palavras também
foram projetadas para provocar Judá e também terão uma aplicação no fim
dos tempos ao remanescente de Israel nas terras do norte (3:18; 16:15;
23:8).

14
(...) eis que vêm dias (...) em que nunca mais se dirá: “Tão certo como vive o
Senhor, que tirou os filhos de Israel do Egito.” 15 Pelo contrário, se dirá: “Tão certo
como vive o Senhor, que tirou os filhos de Israel da terra do Norte e de todas as
terras para onde os tinha dispersado.” Pois eu os farei voltar para a sua terra (...)
(Jr 16:14-15)
3. Voltem: a mensagem de retorno mostra a misericórdia extravagante do
Senhor (3:2, 7,12, 14, 22).

4. Reconheça a sua iniquidade: Deus exige que todos os indivíduos, incluindo


a nação de Israel, reconheçam seu pecado para Ele (3:13, 21, 24-25; cf.
2:23, 35; Os 5:13).

B. O Espírito Santo revelará Jesus como o Rei Noivo e levantará pastores como Davi
(3:14-15).

14
“Voltem para mim, ó filhos rebeldes”, diz o Senhor. “Porque eu é que sou o esposo de vocês.
Eu os tomarei, um de cada cidade e dois de cada família, e os levarei a Sião.” 15 Darei a vocês
pastores segundo o meu coração, que os apascentem com conhecimento e com inteligência.
(Jr 3:14-15)

1. Eu sou o esposo de vocês: a revelação do Messias como o Deus Noivo é


uma parte vital da restauração de Israel (2:2; 3:14; 31:3, 32; Os 2:15; cf. Is
45:5; 62:5).

2. Darei a vocês pastores segundo o meu coração: Davi foi um homem


segundo o coração de Deus (1 Sm 13:14). O que o Senhor fará em plenitude
quando voltar, Ele fará parcialmente nesta era. Davi era comprometido em
obedecer aos mandamentos do coração de Deus, estudar as emoções do
coração de Deus e servir aos propósitos do coração de Deus para sua
geração (At 13:22, 36; cf. Sl 27:4; 145:1-13).

14
(...) O Senhor buscou para si um homem segundo o seu coração (...) (1 Sm 13:14)
3. Que os apascentem com conhecimento: os pastores do fim dos tempos
alimentarão as pessoas com conhecimento e compreensão do coração de
Deus, sendo estudantes das emoções de Deus como Davi.

C. O Senhor irá liberar grandes bênçãos sobre Israel no reino milenar (3:16-18).

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E, quando vocês se multiplicarem e se tornarem fecundos na terra (...) nunca mais se
exclamará: “A arca da aliança do Senhor!” Ela não lhes virá à mente (...) e não se fará outra.
17
Naquele tempo, chamarão Jerusalém de “Trono do Senhor”. Nela se reunirão todas as
nações em nome do Senhor e já não andarão segundo a dureza do seu coração maligno. 18

5
Naqueles dias, a casa de Judá andará com a casa de Israel, e elas virão juntas da terra do
Norte para a terra que dei em herança aos pais de vocês. (Jr 3:16-18)
D. Multiplicarem na terra: a população e a terra serão abençoadas de forma
sobrenatural.

E. Arca da aliança: a razão pela qual eles não pensarão na arca é porque Jesus será
entronizado em Jerusalém. A arca será entendida como um símbolo profético de
Jerusalém, sendo preenchida com a glória de Deus (Is 60-62; Zc 6:12-13; Mt 19:28,
25:31).

F. Jerusalém chamada de “Trono do Senhor”: Jerusalém será a capital de toda a


terra.
31
Quando o Filho do Homem vier na sua majestade (...) então se assentará no trono da sua
glória. 32 Todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros (...)
(Mt 25:31-32)
G. Andando em obediência: o povo judeu não andará segundo os conselhos de seus
corações malignos.
H. Unidade nacional: o povo de Judá deve andar em união com a casa de Israel (Is
11:12-13; Ez 37:16; 17; Os 1:11).
VI. O DESEJO DO SENHOR DE DAR A ISRAEL UMA BELA HERANÇA (Jr 3:19-20)
A. O plano de Deus sempre foi dar ao Seu povo uma herança gloriosa na terra no que
se refere a um relacionamento íntimo com o Senhor como Pai e Noivo. Deus é o pai
de sua família e Jesus é o Noivo, governando os redimidos ao longo da história com
seu eterno companheiro.

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“Eu disse a mim mesmo: Como eu gostaria de colocá-la entre os filhos e dar-lhe a terra
desejável, a mais bela herança das nações! Pensei que você me chamaria de ‘pai’ e não se
desviaria de mim. 20 Mas, assim como a mulher que, com traição, se afasta do seu marido,
assim você foi infiel para comigo, ó casa de Israel”, diz o Senhor. (Jr 3:19-20)
B. Bela herança: eles viverão com Jesus em Jerusalém e terão acesso ao Seu santo
monte com condições de vida comparáveis ​às do jardim do Éden.

C. Pai: eles deveriam clamar, "Pai" (3:4), em meio aos seus problemas, mas eles não
Lhe obedeceram (3:5).

D. Afastamento traiçoeiro: o Senhor deseja que Seu povo saiba que Ele
compreende totalmente seus pecados e rebelião quando Ele os chama para fazerem
parte de Sua família para sempre.

VII. O ARREPENDIMENTO NACIONAL DE ISRAEL NO FIM DOS TEMPOS (Jr


3:21-25)
A. No futuro, o povo judeu irá prantear e orar em arrependimento nos topos das
colinas (3:21-25). Jeremias descreve profeticamente a humilde confissão de Israel e a
gratificante obediência ao Senhor.
21
“Nos lugares altos, se ouve uma voz: o pranto e as súplicas dos filhos de Israel (...) 22 Eu
curarei as suas rebeliões.” O povo responde: “Eis-nos aqui! Vimos ter contigo, porque tu és o

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Senhor, nosso Deus. 23 Na verdade, não passa de ilusão o que vem das colinas (...) Na
verdade, a salvação de Israel está no Senhor, nosso Deus.” 24 Mas, desde a nossa juventude, a
coisa vergonhosa devorou o trabalho de nossos pais: as suas ovelhas e o seu gado, os seus
filhos e as suas filhas. 25 Devíamos nos prostrar em nossa vergonha (...) porque temos pecado
contra o Senhor, nosso Deus, nós e nossos pais, desde a nossa mocidade até o dia de hoje (...)
(Jr 3:21-25)
B. Lugares altos: eles vão adorar o Senhor nos mesmos lugares onde antes se
envolveram com a prostituição espiritual (3:2, 6).
C. Pranto: com oração fervorosa, Israel experimentará profunda angústia por causa
de seu pecado (Is 63:7-64: 12; Zc 12:10-14). Zacarias descreve o arrependimento e a
conversão nacional de Israel (12:10-14).
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E sobre (...) Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas. Olharão para aquele
[Jesus] a quem traspassaram. Prantearão por ele como quem pranteia por um filho único (...)
(Zc 12:10)

1. Luto: Israel lamentará quando vir que Jesus, a quem eles mataram, é o seu
Messias. Eles vão chorar como se seu filho primogênito tivesse sido
assassinado. Isso descreve o arrependimento para salvação, com choro
causado pelo desespero por causa de seu pecado e rejeição de Jesus. Luto
por um filho único era notório para exemplificar a tristeza intensa e amarga
(Jr 6:26; Am 8:10).

2. Olharão para aquele: Israel verá Jesus e lamentará por ele. Assim como
Jesus chamou Saulo de Tarso para olhar para Ele, então Ele chamará toda a
nação. A conversão de Paulo é um prenúncio profético da salvação nacional
de Israel. Eles ficarão tão surpresos quanto Paulo ao descobrir que Jesus de
Nazaré é o Deus de Israel.

D. Eu curarei: o Senhor curará suas rebeliões. Não há pecado mais poderoso do que
a graça de Deus para aqueles que pedirão ao Senhor para curá-los. Israel é uma
imagem de quão longe Deus irá.
E. Eis-nos aqui: Israel voltará para Deus, vendo a vaidade de buscar a salvação em
outras coisas.
F. A vergonha devorou: Israel fará o reconhecimento final de que foi seu pecado que
os levou a seu trabalho, propriedade (rebanhos e manadas) e pessoas (filhos e filhas)
a serem devorados desde a sua juventude. Referir-se à sua "juventude" é voltar 3.500
anos até a época em que Deus fez a aliança com eles no Monte Sinai, imediatamente
após serem libertos do Egito com Moisés.
G. Temos pecado: Israel reconhecerá que eles pecaram contra o Senhor, que seus
pais, desde seus primeiros dias no Egito até hoje, não obedeceram a voz de Deus
(3:25).
H. Muitos comentaristas vêem Jr 4:1-4 como a conclusão desta mensagem. O Senhor
descreveu o que o arrependimento genuíno e retorno a Ele envolve, o que abrange
fazer mudanças reais em seu país e vidas pessoais conforme descrito em Jr 4:1-4.

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