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1.

 Secções da parte V:
Roncador: ll. 591-631; Pegador: ll. 632-698; Voador: ll. 699-768; Polvo: ll. 769-814.
2. Sugestão: O preenchimento desta tabela pode ser feito em trabalho de grupo.
(1) Pequenos e emitem um som grave.(2) Arrogância e orgulho.(3) São Pedro, Golias, Caifás e Pilatos.(4) António tinha saber e poder mas
não se vangloriava.(5) Pequenos e fixam-se a peixes grandes ou ao leme dos navios.(6) Oportunismo, parasitismo social e subserviência.(7) Os
seguidores de Herodes e aqueles que Nabucodonosor sustentava.(8) Santo António «pegou-se» apenas a Cristo e seguiu-O.(9) Peixes de grandes
barbatanas que saltam para fora de água como se voassem.(10) Ambição desmedida.(11) Simão Mago e Ícaro.(12) António tinha sabedoria e
era grande, mas foi humilde.(13) Tem um «capelo», tentáculos e um corpo mole, e pode camuflar-se.(14) Hipocrisia e traição.(15) Judas.
(16) António foi sincero e verdadeiro (nunca enganou)
3.
3.1 Nesta frase há uma antítese que representa o contraste entre os roncadores serem pequenos e emitirem um som forte, o que traduz o
ridículo em que caem estes peixes e em que caem os homens arrogantes.
3.1.1 Este contraste alude aos homens que têm poucas qualidades e virtudes, mas que se vangloriam de ter valor.
3.2 As interrogações retóricas são uma estratégia argumentativa. Representam a surpresa, e até a indignação, do orador perante o
comportamento destes peixes pela soberba que têm.
3.3 O episódio bíblico de São Pedro ilustra a atitude dos roncadores: como estes, o apóstolo também tinha alardeado que nunca
renegaria Cristo e acabou por fazê-
-lo.
3.4 A frase significa que aqueles que se gabam muito acabam por não cumprir o que deles se espera no momento decisivo.
4.
4.1 Do mesmo modo que os pegadores se agarram a um peixe maior e se alimentam à custa deste, os Governadores e os Vice-Reis têm os
seus seguidores, que os acompanham nas incursões militares para ficar com parte do espólio que aqueles conquistam.
4.2 Faz-se aqui referência ao episódio bíblico da morte de Herodes e dos seus seguidores. Assim se ilustra a ideia de que os «parasitas»
(«pegadores») acabam por perecer quando morre aquele que os sustenta. A alusão bíblica confere autoridade e verdade ao argumento de Vieira.
4.3 Os homens poderosos podem morrer porque beneficiaram pessoalmente do seu poder; porém, aqueles que os seguiam morreram com eles
sem terem tirado proveito das posses daqueles a quem serviam e a quem estavam «pegados».
4.4 Santo António «pegou-se» a Cristo, no sentido em que seguiu a sua doutrina e o seu exemplo na vida e na pregação. Isto porque «pegar-
se» a Deus é a única forma de garantir o percurso de vida virtuoso e a Salvação.
5.
5.1 Os voadores representam aqueles que têm uma ambição desmedida e querem ir mais além do que o seu valor e as suas qualidades lhes
permitem.
5.1.1 Essas pessoas arriscam-se a perder o que têm e, em certos casos, arriscam-
-se até a perder a própria vida.
5.2 O pregador usa uma apóstrofe para se dirigir aos voadores. Desta forma adverte e admoesta diretamente os voadores pela sua presunção.
5.2.1 As interrogações retóricas servem aqui para denunciar a ousadia e a presunção dos voadores. O uso deste recurso expressivo representa
também aqui a indignação do orador.
6.
6.1 O «capelo» do polvo sugere que ele é santo como um monge; a moleza do corpo, que é dócil; os tentáculos dão-nos a ideia de uma
estrela. Porém, o polvo é traiçoeiro e hipócrita.
6.2 Essa capacidade representa a falsidade, através da qual executa os seus enganos e captura as presas.
6.3 Como Judas, que, com a sua falsidade, traiu Cristo, o polvo, hipocritamente, engana os peixes.
6.4
6.4.1 A água, que é um elemento puro e cristalino, contrasta com o polvo, que é falso e cruel.
6.4.2 Com a frase exclamativa, o orador procura sublinhar os seus argumentos emocionalmente, tocando os membros do seu auditório.
7. O orador aconselha os peixes (e os homens) a não se apoderarem dos bens dos outros, ato que é pecaminoso e desonesto. 
GRAMÁTICA
1.
a) Discurso direto;b) Discurso indireto;c) Discurso direto;d) Discurso indireto;e) Discurso direto.
1.1 Os discursos direto e indireto são aqui usados para reproduzir palavras da Bíblia ou de teólogos. Desta forma se confere autoridade aos
argumentos e aos exemplos apresentados.

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