Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nº 2870/2017
EMENTA:
Art. 2º - Modifique-se o artigo 1º da Lei nº 7.354, de 14 de julho de 2016, que passa a vigorar
com a seguinte redação:
Art. 3º - Acrescente-se o artigo 1-A à Lei nº 7.354, de 14 de julho de 2016, com a seguinte
redação:
A presente proposição tem por objetivo ampliar o alcance da Lei 7.354/16, permitindo sua
aplicação não só aos portadores do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH,
quanto também aos portadores do Transtorno Desafiador Opositivo - TDO, patologia tão grave
quanto à abrangida pela Lei Estadual que se pretende modificar. A característica essencial do
TDO é um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil
para com as figuras de autoridade. Quem de nós nunca se deparou com uma criança
extremamente opositiva, desafiadora, que discute por qualquer coisa, que não assume seus
erros ou responsabilidades por falhas e que costuma sempre se indispor com os demais de
seu grupo ou de sua família de maneira a demonstrar que a cada situação será sempre difícil
convencê-lo, mesmo que a lógica mostre que suas opções estão evidentemente equivocadas?
Tal quadro pode ser referente ao Transtorno Desafiador Opositivo, que pode levar à reações
agressivas, intempestivas, sem qualquer diplomacia ou controle emocional. Essas crianças
costumam ser discriminadas, perdem oportunidades e desfazem círculos de amizades, além de
serem vítimas de bullying e são retiradas de eventos sociais e de programações da escola por
causa de seu comportamento difícil. O isolamento social e a constante crítica ao seu
comportamento são reflexos da dificuldade de um diagnóstico precoce, que leve a criança a um
tratamento adequado e eficiente, em especial diante do desconhecimento do TDO pelos pais e
pela maioria dos professores.
Como a Lei em comento abrangia de forma ampla ao TDAH, não haveria motivo para se criar
um Programa idêntico para o TDO, bastando ampliar o alcance da Legislação já existente, pelo
que conto com o apoio dos meus nobres pares para a aprovação desta importante medida
adotada na presente proposição.
Legislação Citada
Art. 4º - Os sistemas educacionais das redes pública e particular devem garantir,
aos educadores do ensino fundamental e médio, capacitação permanente
orientada por profissionais de saúde, contendo aspectos globais do TDAH, com
ou sem hiperatividade, e suas implicações, que possibilitem identificar possíveis
alunos com o transtorno e consequente auxílio no trabalho da equipe
multidisciplinar, conforme o disposto no Art. 8º do Decreto 3.298, de 20 de
dezembro de 1999 da Presidência da República, que institui as Diretrizes da
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.
Art. 7º - As despesas decorrentes da presente Lei correrão por conta de verbas
próprias, consignadas em orçamento, suplementadas quando necessárias.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: (Redação dada pela Lei nº
12.796, de 2013)
Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com altas habilidades
ou superdotação matriculados na educação básica e na educação superior, a fim de fomentar a
execução de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das potencialidades
desse alunado. (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)
Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com altas habilidades ou superdotação, os
critérios e procedimentos para inclusão no cadastro referido no caput deste artigo, as entidades
responsáveis pelo cadastramento, os mecanismos de acesso aos dados do cadastro e as
políticas de desenvolvimento das potencialidades do alunado de que trata o caput serão
definidos em regulamento.
Organização
1. Escrever as tarefas no quadro e explicá-las oralmente.
2. Usar e seguir o calendário diariamente.
3. Clarificar as tarefas no final do dia.
4. Conferir com o professor ou parentes os
materiais necessários para levar para casa.
5. Dar-lhe materiais prontos para arquivar na pasta
6. Ter pastas, cadernos, etc.,com divisões e cores diferentes.
7. Ajudar a organizar a mesa e materiais.
8. Codificar os textos e livros por cor.
9. Colar uma lista na mesa de: “Coisas por fazer”.
10. Dividir tarefas longas.
11. Limitar a quantidade de materiais sobre a mesa da criança.
Comunicação e trabalho em equipe
1. As comunicações diárias ou semanais devem ser assinadas
pelos pais com gráficos e guias especiais que indiquem o comportamento e se os
trabalhos estão completos.
2. Comunicação telefônica frequente com os pais (Lembre-se de compartilhar as
conquistas positivas e as preocupações).
3. Encontros mais frequentes com os pais para construir
uma equipe de trabalho com e para a criança.
4. Compartilhar com outro professor suas conquistas, atividades, disciplina,
trabalho em equipe.
5. Fazer com que o aluno saiba que estamos interessados em ajudá-lo, dialogar
sobre as suas necessidades e incentivar a comunicação aberta.
Gestão em sala de aula
1. Aumentar a estrutura e o monitoramento dos comportamentos concretos.
2. Definir com clareza as expectativas e as consequências (Verifique-
as frequentemente).
3. Ter proximidade física com o aluno, contato visual permanente.
4. Ensinar apenas quando haja silêncioe todos estejam atentos.
5. Elogiar comportamentos positivos.
6. Utilizar cartas de progresso, contratos para melhorar o comportamento.
7. Facilitar oportunidades de movimento e descansos frequentes.
8. Dar apoio extra durante as transições e mudanças do dia.
9. Permitir que o estudante participe da seleção das consequências e dos prêmios.
10. Utilizar períodos de reforço curtos com avaliação constante.
Ensino e avaliação
1. Dar tempo extra para processar informações (falar mais lentamente e dar mais
“tempo para que o aluno pense e responda”).
2. Aumentar a quantidade de exemplos, modelos, demonstrações e prática dirigida.
3. Dar muitas oportunidades para trabalhar com companheiros ou em grupo
pequeno.
4. Oferecer oportunidades para verbalizar na aula, para expressar-se sem temor
em um clima seguro sem temer o ridículo.
5. Analisar o progresso e reforçá-lo: tarefas, trabalho em classe, etc.
6. Utilizar técnicas multissensoriais.
7. Propor projetos que permitam a criatividade e expressão.
8. Permitir o uso de computadores, calculadoras, etc.
9. Ajustar-se às dificuldades envolvidas nos trabalhos escritos por meio de:
a. Mais tempo disponível para completar.
b. Respostas orais.
c. Ditar as respostas, para que alguém as copie.
d. Permitir que os pais assinem o trabalho depois de algum tempo.
10. Repetir as instruções dadas.
11. Destacar os pontos importantes do texto.
12. Facilitar-lhe com diagramas e resumos da lição.
13. Dar-lhe gravações com a leitura do texto.
14. Usar técnicas de perguntas variadas para dar mais oportunidades de resposta.
15. Fornecer guias simples, organizados, breves.
LEI Nº 1342/2015
EMENTA:
Art. 3º As escolas das redes pública e privada, deverão prever e prover na
organização de suas classes, flexibilizações e adaptações curriculares que
considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos,
metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de
avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto
pedagógico da escola, respeitada a frequência obrigatória.
JUSTIFICATIVA
Decreta:
Art. 2º Entende-se por Atendimento Escolar Especializado o processo educacional definido por
proposta pedagógica, que assegure recursos e serviços educacionais especiais, visando
apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais
comuns, em consonância com a sintomatologia do distúrbio, de modo a proporcionar educação
escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentem
necessidades especiais através de adequação curricular e um plano de estudo, em todas as
etapas do ensino fundamental e médio, garantindo, à pessoa portadora de TDAH, integração
no contexto socioeconômico e cultural, conforme o disposto nos artigos 1º inciso III e 206 inciso
I da Constituição Federal e nos artigos 5º e 15 do Decreto 3.298, de 20 de dezembro de 1999,
da Presidência da República, que institui as Diretrizes da Política Nacional para a Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência.
Art. 4º Os sistemas educacionais das redes pública e particular devem garantir, aos
educadores do ensino fundamental e médio, capacitação permanente orientada por
profissionais de saúde, contendo aspectos globais do TDAH, com ou sem hiperatividade, e
suas implicações, que possibilitem identificar possíveis alunos com o transtorno e consequente
auxílio no trabalho da equipe multidisciplinar, conforme o disposto no Art. 8º do Decreto 3.298,
de 20 de dezembro de 1999 da Presidência da República, que institui as Diretrizes da Política
Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.
Art. 5º Pais e responsáveis por alunos identificados como portadores do Transtorno do Déficit
de Atenção e Hiperatividade - TDAH deverão ser conscientizados sobre a sintomatologia do
distúrbio e orientados sobre o
ensino de técnicas específicas e como proceder para um melhor desenvolvimento global do
educando, conforme o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente no seu Art. 129,
Inciso IV.
Art. 7º As despesas decorrentes da presente Lei correrão por conta de verbas próprias,
consignadas em orçamento, suplementadas quando necessárias.
Nossa Constituição Federal em seu Artigo 205, pretende garantir educação para
todos, independentemente de suas especificidades.
O artigo 54, inciso III, do Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser aplicado às crianças
que apresentam TDAH e necessitam de uma educação especial.
Outro fator a ser observado, é se a escola ofereceu recuperações paralelas para a criança conseguir as
notas necessárias, antes da recuperação final. Isto também pode ser matéria a ser levantada em
eventual recurso a ser impetrado contra a diretoria de ensino, em caso de retenção.
O artigo 8º desta Resolução prevê que as escolas da rede regular de ensino (tanto as
particulares quanto as públicas, leia-se) devem prever e prover na organização de suas classes
comuns:
Resumindo:
Os alunos com TDAH, Transtornos de Aprendizagem ou Deficiência têm
direito à educação especial e avaliações, provas e atividades diferenciadas,
durante o ano letivo. Caso estes direitos tenham sido desrespeitados e o
aluno for prejudicado em seu desempenho acadêmico, pode ter a decisão
de retenção de série revista e até mesmo anulada, mediante recurso. E,
antes de chegar a este ponto, exigir que ao aluno em questão seja oferecido
o atendimento educacional especializado que ele tem direito o da escola,
respeitada a frequência obrigatória;