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RESUMO
Introdução: A fascite plantar (FP), também denominada de dor subcalcânea, é uma
síndrome degenerativa causada por microtraumas repetitivos na origem da fáscia
plantar, mais especificamente, na tuberosidade medial do calcâneo. É a causa mais
comum de talalgia e ocorre principalmente em indivíduos adultos. Objetivo: Verificar
através de uma revisão integrativa as técnicas de liberação miofascial manual ou
com uso de acessórios, alongamentos da fáscia e musculaturas envolvidas, como
método para o tratamento da fascite plantar. Métodos: A pesquisa foi realizada no
período de agosto/2017 a novembro/2017, nas bases de dados informatizadas:
Lilacs (Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde), Scielo (Scientific
Eletronic Library Online) e PubMed/Medline (Medical Literature and Retrieval System
Online). Para serem inclusos nesta revisão, os artigos deveriam ser: artigos originais
e estudos de casos, que falassem do tratamento da fascite plantar utilizando o
método de terapias manuais. Os critérios de exclusão foram artigos que tinham
como tratamento o uso de eletrofototerapias. Resultados: Partimos de 966 artigos,
porém por diversos motivos de exclusão, selecionamos apenas 10 artigos para o
desenvolvimento deste trabalho. Devido a heterogeneidade das técnicas, não foi
claro o suficiente, uma supremacia de apenas uma; no entanto, a união de duas ou
mais técnicas identificamos resultados positivos e satisfatórios. Considerações
finais: Deparamos-nos, com pouco número de artigos científicos destas técnicas
manuais, portanto vale ressaltar, a importância de estimular novos estudos.
Palavras-Chave: fáscia, fascite plantar, terapias manuais.
INTRODUÇÃO
A fascite plantar popularmente conhecida como uma dor na região medial do
calcanhar é uma patologia que não é letal, porém ela pode tornar o paciente incapaz
de exercer seu trabalho, realizar atividades físicas e laser. De acordo com os
estudos de Cyriax e Cyriax (2001) eles a definem como sendo uma síndrome
degenerativa que forma um processo inflamatório na fáscia plantar, que são
decorrentes de microtraumatismos de repetição na tuberosidade medial do
calcâneo. Já Herbert e colaboradores (2003), vêm complementar um pouco esse
conceito dizendo que esse processo inflamatório da fáscia plantar com o passar do
MÉTODO
Trata-se de uma revisão integrativa, realizada no período de agosto/2017 a
novembro/2017, nas bases de dados informatizadas: Lilacs (Literatura Latino
Americana em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) e
PubMed/Medline (Medical Literature and Retrieval System Online).
Foram utilizados os termos extraídos do Mesh com as seguintes estratégias
de busca: Fascia AND “plantar fasciitis” AND “manual therapies”; Fascia AND
“plantar fasciitis”; Fascia AND “manual therapies”; “plantar fasciitis” AND “manual
therapies”.
Não foi utilizado filtro para limitar artigos nas estratégias de busca, sendo
encontrados: 966 publicações, na seguinte distribuição: 564 no PubMed, 389 no
MEDLINE, 9 no LILACS e 4 no SCIELO. Houve, primeiramente, a análise dos títulos
dos artigos para selecionar os que tivessem relação com o tema proposto. A
segunda seleção foi realizada pela análise dos resumos. A terceira seleção foi
realizada através da leitura dos artigos elegíveis, na íntegra.
Para serem inclusos nesta revisão, os artigos deveriam ser: artigos originais e
estudos de casos que falassem do tratamento da fascite plantar, utilizando o método
de terapias manuais. Os critérios de exclusão foram artigos que tinham como
tratamento o uso de eletrofototerapias.
RESULTADOS
DISCUSSÃO
com 101 pacientes que tiveram fascite plantar e foram randomizados em dois grupos
de tratamento com idade média de 46 anos. Os pacientes do grupo A receberam
instruções para alongamento da fáscia plantar, e os pacientes do grupo B,
receberam instruções para o alongamento do tendão de Aquiles. Os pacientes foram
reavaliados após oito semanas e verificou-se que o grupo A que realizou o
alongamento da fáscia plantar obteve uma resposta significativa em relação à dor,
limitações de atividades e satisfação do paciente, se comparado ao grupo B que
realizou o alongamento do tendão de Aquiles.
No entanto, Meyer, Kulig e Landel (2002), realizaram um estudo de caso com
um paciente de 44 anos, com dor no calcanhar esquerdo. No momento da avaliação
fisioterapêutica, o paciente não conseguiu caminhar por mais de 15 minutos sem
dor, graduando sua dor em uma escala de 7/10 pela manhã e 5/10 ao longo do dia.
Os pesquisadores relataram bons resultados da terapia manual, composta por
exercícios de mobilização da fáscia, alongamento passivo do músculo tibial posterior
e seu fortalecimento. O participante foi instruído a realizar um programa de
exercícios em casa e crioterapia, duas vezes ao dia. O paciente recebeu 10
atendimentos de fisioterapia durante um período de um mês. Os resultados
coletados nessa pesquisa relataram que a dor referida pelo paciente cessou (0/10),
e sua tolerância durante o dia em ficar de pé, aumentou de quinze minutos para uma
hora. Essas melhorias funcionais foram acompanhadas por ganhos objetivos de
flexibilidade, força e amplitude de movimento.
Porém, Radford e colaboradores (2007), durante suas pesquisas com 92
participantes, com duração de duas semanas, verificaram que o resultado
relacionado ao alongamento do músculo da panturrilha produzia um relevante
aumento na amplitude de movimento do tornozelo. E esse aumento, pode reduzir os
sintomas da dor referida na FP, minimizando a tensão que o gastrocnêmico exerce
sobre a fáscia durante a marcha e posição ortostática. Dessa forma, com base nos
resultados deste estudo, os pesquisadores identificaram que o programa de
alongamento do músculo da panturrilha, em curto prazo, não obteve melhoras dos
sintomas álgicos, referidos na FP. O que nos leva a entender, que esse tipo de
técnica abordada tem resultados satisfatórios para os que buscam resposta em um
período mais longo.
Dentre os diversos recursos e técnicas utilizadas no tratamento da FP,
encontra-se a fricção transversa profunda. No estudo realizado por Metzker (2012),
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De fato, existem inúmeras técnicas sendo utilizadas por fisioterapeutas e
inúmeros estudos afirmando que algumas delas têm melhores resultados quando
trabalhadas em conjunto. Devido à heterogeneidade das técnicas, não foi possível
realizar uma análise sobre qual das técnicas empregada é mais indicada, pois
encontramos como limitação a dificuldade de homogeneizar as informações nas
diferentes técnicas, diferenças de idades, números de sessões ou duração dos
tratamentos.
REFERÊNCIAS
LOONEY, B. et al. Graston Instrument Soft Tissue Mobilization and Home Stretching
for the Management of Plantar Heel Pain: A Case Series. Journal of Manipulative
and Phisiological Therapeutics, February, v. 34, n.2, p. 138-142, 2011.
TANZ SS. Dor no calcanhar. Orthopaedics Clinical and Related Research, v. 28,
p.169-78,1963.