O primeiro documento analisa os instrumentos e procedimentos de avaliação do trabalho docente na UNESP, identificando uma abordagem quantitativa e a tendência de mensurar a produtividade docente. O segundo documento objetiva analisar o trabalho e a subjetividade dos professores da pós-graduação da UNESP, examinando as relações entre sofrimento e prazer no ofício. O terceiro documento tem como objetivo compreender o sofrimento no trabalho a partir da perspectiva de professores da Educação Básica.
O primeiro documento analisa os instrumentos e procedimentos de avaliação do trabalho docente na UNESP, identificando uma abordagem quantitativa e a tendência de mensurar a produtividade docente. O segundo documento objetiva analisar o trabalho e a subjetividade dos professores da pós-graduação da UNESP, examinando as relações entre sofrimento e prazer no ofício. O terceiro documento tem como objetivo compreender o sofrimento no trabalho a partir da perspectiva de professores da Educação Básica.
O primeiro documento analisa os instrumentos e procedimentos de avaliação do trabalho docente na UNESP, identificando uma abordagem quantitativa e a tendência de mensurar a produtividade docente. O segundo documento objetiva analisar o trabalho e a subjetividade dos professores da pós-graduação da UNESP, examinando as relações entre sofrimento e prazer no ofício. O terceiro documento tem como objetivo compreender o sofrimento no trabalho a partir da perspectiva de professores da Educação Básica.
AVALIAÇÃO DO Objetivou-se nesta pesquisa analisar os TESE 2018
TRABALHO DOCENTE instrumentos e procedimentos de avaliação ESUASESPECIFICIDADE do trabalho docente, bem como as S NA UNESP concepções de avaliação e de qualidade da educação, por partedosdocentes e da instituição. Partimos da hipótese de que a avaliação teria uma característicaquantitativista, cuja tendência seria a de mensurar a produtividade. Como pontodepartidaanalisamos documentos institucionais, tais como: relatórios de avaliação institucional; anuáriosestatísticos; instrumentos de avaliação; documentos do Fórum de Avaliação; resoluções;portarias; ofícios; instruções; legislação correlata; e também jornais e publicaçõesdossindicatos de docentes e servidores. Foi possível obter dados sobre a universidade, seusdistintos ciclos de expansão, trabalho do professor e processos avaliativos ao qual é submetido.Numa segunda fase da pesquisa, foram realizadas oito entrevistas semiestruturadascomdocentes de diferentes perfis. Os relatos expressaram importantes nuances sobre condiçõesdetrabalho e visões a respeito dos processos avaliativos e da qualidade da educação. Haviatantocontradições como convergências entre as concepções de avaliação e qualidade da instituiçãoeaquelas defendidas pelos docentes. As visões dos docentes sobre os efeitos dosistemaavaliativo variavam conforme os perfis e distintos posicionamentos emrelação às políticasvigentes e às práticas na universidade. Notamos algumas especificidades da avaliaçãodotrabalho docente na UNESP e seus instrumentos. Estes, construídos no contexto históricodeReforma do Estado e subordinados à ideologia gerencialista e aos índices de eficiênciaeprodutividade, assumem proeminência. A racionalidade instrumental jungiu-se aoesforçodaconsolidação da pesquisa e da pós-graduação. O que implicou emhiperburocratização,expressa em hipernormatividade nas pontuações de desempenho. Verificou-se uma infinidadede resoluções, comissões e estruturas administrativas de controle do trabalho docenteedesuaprodução. A hipernormatividade implica intensificação do trabalho e redunda ementravesàqualidade da educação. A quantofrenia e a racionalidade instrumental passama fazer partedocotidiano universitário, despertando a adesão de muitos que acreditamser possível mediraqualidade da educação, e que tendem a naturalizar o produtivismo acadêmico e a avaliaçãoquantitativa do desempenho. Mas também despertavam críticas e questionamentos. Emborahouvesse uma tendência de naturalização do produtivismo acadêmico e dos processosavaliativos, a maioria dos professores apontou impasses, senão obstáculos, à efetivaçãodaqualidade da educação. Palavras-chave: políticas educacionais; avaliação; intensificação do trabalho; produtivismoacadêmico; qualidade da educação. TRABALHO E Esta pesquisa objetiva analisar o trabalho e a TESE 2017 SUBJETIVIDADE DO subjetividade do professor que atua na PROFESSOR DA PÓS- pósgraduação da UNESP, abrangendo as GRADUAÇÃO DA relações entre sofrimento e prazer, adesão e UNESP: O SENTIDO estranhamento em relação à sociabilidade DO TRABALHO E AS produtiva e as possibilidades e impedimentos RELAÇÕES ENTRE de construção de sentido no trabalho. Neste SOFRIMENTO E percurso investigativo, examinamos a PRAZER realidade de dois programas de pós- graduação da área de humanidades que possuem elevada performance acadêmica. Os pressupostos teóricos fundamentam-se nas contribuições da Psicodinâmica e do Trabalho e Psicossociologia, às quais se articularam as interlocuções de pesquisadores cujo foco de análise abrange o trabalho, a subjetividade e a saúde do professor universitário. A pesquisa ancorou-se preliminarmente na análise de documentos da UNESP, da pós-graduação e da educação superior brasileira, compostos por legislações, publicações, portarias e análises estatísticas. Em seguida, aplicou-se questionário, dotado de questões objetivas e dissertativas, a uma amostra de 36 professores. Por fim, foram realizadas 10 entrevistas semiestruturadas com professores. Com a triangulação dos dados, algumas categorias orientadoras de análise foram criadas: o sentido do trabalho e as relações entre sofrimento e prazer no ofício docente; a adesão e estranhamento em relação à sociabilidade produtiva; a dinâmica do coletivo de trabalho e do reconhecimento; e a intensificação e precariedade do trabalho. Aponta-se que o trabalho e a subjetividade do professor da pós-graduação se inscrevem em determinado contexto político-econômico configurado pela predominância da esfera financeira de acumulação capitalista (mundialização do capital) e pela conformação da Reforma do Aparelho de Estado às diretrizes neoliberais. Neste cenário, efetuaram-se profundas reformas no papel a ser desenvolvido pela universidade, transformando-a em uma instituição gerencial, produtivista e mercantilizada. Práticas de racionalização dos recursos humanos e a propagação da ideologia da excelência acadêmica se fazem presentes no universo da educação, dentre eles, na UNESP, denegrindo as condições de trabalho face sua intensificação. A dinâmica do reconhecimento – fator importante para obtenção do prazer no trabalho –, se fragiliza devido aos conflitos, a individualização das relações e a competitividade entre os pares. Ainda assim, a especificidade do ofício docente propicia a existência de ecos de reconhecimento autêntico em meio ao coletivo esgarçado. O prazer e sofrimento se revelam para além de sua aparente perspectiva dicotômica entre potencial prazeroso ou desprazeroso nas atividades, respectivamente, de construção/transmissão do conhecimento científico e de cunho burocrático/administrativo. Apontamos para um intrincado movimento dialético e contraditório do processo de construção de sentido no trabalho e das relações entre sofrimento e prazer. Indicam-se vivências de sofrimento convivendo com as de prazer, bem como, as limitando, mas não as suprimindo. Tem-se, ainda, que acompanhado de um sofrimento patogênico decorrente das pressões, sobrecarga e crises de sentido, encontram-se formas de prazer narcísico e fetichizado em vista da malversação da dinâmica do reconhecimento. No entanto, isto não elimina alternativas exitosas de sofrimento criativo e de sublimação no trabalho, decorrentes das irredutíveis e inalienáveis dimensões intelectuais e criativas do ofício, dos ecos de reconhecimento autêntico e do sentido ético-político. Conclui- se que várias são as possibilidades apresentadas à subjetividade do professor da pós-graduação, perscrutadas no complexo interjogo dialético e contraditório do par sofrimento e prazer e nos limites e possibilidades de construção de sentido.
Palavras-chave: Educação Superior; Trabalho
do Professor; Manipulação da Subjetividade; Sofrimento e Prazer; Reconhecimento no Trabalho. A presente pesquisa tem o objetivo de 2017 DISSERT Sofrimento e prazer compreender e analisar o sofrimento no AÇÃO no trabalho: um trabalho a partir da perspectiva do professor estudo sobre os da Educação Básica. Como sofrimento e prazer processos de saúde- não são incompatíveis, mas sim um par doença de contraditório e indissociável, tratamos não professores da somente daquilo que no trabalho faz sofrer, educação municipal mas sim como os professores lidam com o sofrimento, de forma a considerarmos as possibilidades de prazer que surgem no embate desse par. No percurso investigativo examinamos a realidade de uma escola pública municipal da zona periférica de um município do Estado de São Paulo. A pesquisa se pauta no referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho, como também em estudos referentes à educação básica brasileira que analisam os desdobramentos da Reforma do Estado nas políticas educacionais e no trabalho docente. A análise se ancora em dados obtidos nos anos 2015 e 2016 por meio de: questionário respondido por uma amostra de 29 professores; entrevistas semiestruturadas com 8 professores; documentos oficiais da educação fundamental brasileira e educação municipal; dados da Divisão de Medicina e Segurança do Trabalho sobre afastamentos por motivos de saúde dos professores. As categorias de análise construídas - condições e cotidiano de trabalho; reconhecimento e relações de trabalho; autonomia e sentido no trabalho; a condição feminina no trabalho docente - permitiram compreender os embates entre sofrimento e prazer e de que maneira interferem no trabalho, subjetividade e saúde. O cotidiano de trabalho é constituído por cargas elevadas de horas/aula, intensificação dos ritmos e demandas e invasão do labor nos espaços de não trabalho, em um contexto de precarização objetiva e subjetiva. Nas relações de trabalho estabelecidas entre os pares que trabalham no mesmo ano escolar o reconhecimento se configura como pontual, senão limitado. Identificou-se haver estratégias de luta para o reconhecimento. Cerca de metade do grupo se mantém na escola todos os anos e parte dele partilha de um ideal político de educação transformadora. A unidade coletiva, contraditória, contém rixas e desavenças internas que dificultam e/ou criam obstáculos às relações cooperativas e solidárias. Há impedimentos objetivos e subjetivos que os afastam do sentido autêntico do trabalho. Sofrimento e adoecimento foram identificados na narrativa de seis dos oito entrevistados. Prazer e sofrimento coexistem, mas o sofrimento se sobrepõe ao prazer, num contexto de precariedade, degradação de si e dos coletivos, submetendo trabalhadores a um desgaste que afeta o bem-estar, saúde, identidade profissional e qualidade do trabalho.
Palavras-chave: Trabalho do professor; Ensino
municipal; Sofrimento e Prazer; Psicodinâmica do Trabalho. Organização do A Educação a Distância (EaD) tem passado por Trabalho Docente na mudanças significativas na Educação a Distância: contemporaneidade que dizem respeito, implicações da inclusive, à forma como se organiza o trabalho polidocência no docente. Na EaD, não apenas um, mas vários contexto da profissionais devem atuar em consonância Universidade Aberta para garantir os processos de ensino- do Brasil (UAB) aprendizagem. Além disso, nomeadamente na experiência brasileira, a modalidade tem se desenvolvido, nas instituições públicas, fomentada por políticas de caráter emergencial como o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Para além das complexidades inerentes à docência na EaD, soma-se, pois, aspectos que tangenciam a precarização do trabalho. Posto isso, esta pesquisa tem como objetivo precípuo analisar as implicações decorrentes da forma como se organiza o trabalho docente na EaD à luz do conceito de polidocência. Com vistas a atender o objetivo colimado, nossa análise está alicerçada em cinco objetivos específicos, a saber: executar um estudo bibliométrico sobre a produção científica da área; caracterizar o Sistema Universidade Aberta do Brasil e a configuração da docência adotada em seus cursos, analisando as implicações na institucionalização da EaD; discriminar a divisão do trabalho docente e suas implicações à docência na EaD; averiguar as relações de trabalho entre os docentes na EaD; investigar os saberes e conhecimentos docentes utilizados na EaD e suas implicações nas relações de saber e poder no contexto da polidocência. No que concerne à metodologia, utilizamos a triangulação metodológica, tendo em vista que lançamos mão, concomitantemente, dos métodos qualitativo e quantitativo. Os procedimentos metodológicos, por sua vez, ocorreram da seguinte forma: análise bibliométrica utilizando a base de teses elaborada pelo Grupo Horizonte; análise documental a partir dos projetos pedagógicos de cursos oferecidos a distância no âmbito do Sistema UAB; aplicação de questionários virtuais aos docentes-autores/conteudistas, docentesformadores/aplicadores e docentes- tutores virtuais e presenciais que atuam ou já atuaram no âmbito do Sistema UAB; entrevistas semiestruturadas com estes mesmos docentes. Por meio da investigação, observamos que as pesquisas sobre a EaD e, em especial, sobre o trabalho docente na modalidade, ainda representam uma muito pequena parcela da produção científica relacionada à Educação no Brasil. Também verificamos que o Sistema UAB tem padronizado a configuração do trabalho docente na EaD. Nosso estudo desvela, ainda, que a docência na modalidade se apresenta dividida e fragmentada, de modo que a cada profissional cabe um conjunto específico de atividades e funções. Além disso, a EaD possui características atinentes à reestruturação produtiva, como a flexibilização e o teletrabalho que, dentre outros aspectos, incorrem em perversidades aos trabalhadores. Na pesquisa também identificamos que os saberes e conhecimentos docentes são demasiadamente intrincados. Assim, a base de conhecimento para o ensino de cada profissional se origina de fontes multifacetadas e inclui saberes e conhecimentos concernentes às tecnologias digitais. Nosso estudo também sugere que as relações de saber se relacionam com as de poder no contexto da polidocência.
Palavras-chave: Educação a Distância;
Trabalho Docente; Polidocência; Sistema Universidade Aberta do Brasil
Racionalidade e Projeto Político-pedagógico: um olhar a partir do Currículo e do relato das Práticas Docentes de professores do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Ceará