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DOI: http://dx.doi.org/10.590/S1414-40772015000200009
Avaliação educacional:
a abordagem por competências
Abstract: In this article, we discuss the references used in the understanding of the concept of competences,
in order to clarify and broaden its range. In the educational field, evaluation is a wide and com-
plex process that greatly exceeds the level of the individual, with both collective and institutional
consequences. The process goes far beyond the meritocratic classification of students, programs
and institutions and should concern the investigation of human development and the construction
of citizenship, considering subjective and contextual issues. The characteristics of the evaluation
process should be formative and developmental, aiming to influence the reconfiguration of contexts,
social conditions and pedagogical proposals, in order to create more favorable options for the cons-
truction of the necessary competences for the profile that one wants to build. Over the past decade,
studies, researches and educational policies have used the competence assessment as a guide to
design instruments, as well as to monitor the quality of the educational and professional processes.
Thus, considering the challenges of the proposals that involve studies of the dynamic process of
competence development and its evaluation, this article also discusses the competency matrix as
a theoretical and methodological option to consolidate evaluation procedures. The matrix aims to
provide indicators, strategies and actions that promote more favorable choices for the educational
and professional attainment based on competences, taking into account a more global context.
Introdução
Avaliar é um processo que envolve concepções, crenças, valores, princípios,
teorias, conceitos, metas, desejos, trajetórias; quando tal processo tem como
foco a educação torna-se potencialmente mais complexo, gerando intrincados
desafios à sua verificação e registro.
A avaliação educacional tem sido, historicamente, a via pela qual a sociedade
se vale para conhecer tendências, responsabilidades, resultados e coerências
entre teorias e práticas na área. A avaliação pode gerar transformações, justi-
ficativas ou descrédito sobre o que se avalia, dependendo dos múltiplos fatores
que a influenciam. Avalia-se para agir, tomar decisões, sustentar argumentos.
E, especialmente no caso educacional, para guiar indicadores da qualidade.
Entretanto, por mais que se defenda uma lógica de construção, avanços e
negociação advindos dos processos avaliativos, as estratégias, procedimentos,
instrumentos, conteúdos e finalidades adotados nem sempre correspondem aos
critérios e fatores almejados. Há, subjacente à avaliação, uma trama de signi-
ficados, alguns mais explícitos que outros, que merecem ser considerados em
dimensões amplas e diversificadas.
Para além de medidas ou atributos de ordem quantitativa ou qualitativa,
a avaliação caracteriza-se por um mapeamento de contextos, relações, repre-
sentações inseridas em dimensões histórico-culturais específicas. Uma teia de
intrincados fios e tecidos subjetivos sustentam não somente as linhas interpre-
tativas de resultados avaliativos ou as escolhas instrumentais, mas, sobretudo,
princípios, perfis, concepções que a tornam factível.
Nesse sentido, a complexidade do processo avaliativo reflete a complexidade
dos envolvidos e suas relações: quem avalia, quem ou o que é avaliado, os con-
textos e intenções criam teias intersubjetivas, em um processo permanente de
constituição e de diferenciação, no qual a subjetividade não se configura como
um fenômeno exclusivamente individual, mas interrelaciona-se aos sistemas
de relações sociais e a cenários historicoculturais constituídos e presentes nos
contextos formativos.
A avaliação na educação deve ser entendida, portanto, como um processo
amplo, com desdobramentos coletivos e institucionais, além de individuais. Um
processo que tem um compromisso para além dos produtos da educação e da
classificação meritocrática de alunos, cursos, instituições, mas, principalmente,
um processo com características educativas, pedagógicas, psicológicas, que
deve ocupar-se da investigação acerca da formação humana e da construção da
cidadania, considerando, sobremaneira, questões intersubjetivas constituídas
em tempos e espaços específicos.
BOTERF, 2003, 2000, 1999, 1998, 1994; WITTORSKI, 1998a, 1998b; ZA-
RIFIAN, 2003, 2001, 1999).
Vários autores, em diversas áreas do conhecimento, vêm debatendo as
proximidades, os distanciamentos e os consensos entre as noções de saberes
(eruditos, escolares, populares), conhecimentos, competências, habilidades e
savoir-faire (NÓVOA, 1992; PERRENOUD, 2002; ROPÉ, 1997). Especial-
mente a respeito do conceito de competências, é fundamental considerar o
alerta de não se reduzir o seu desenvolvimento ao treinamento de um conjun-
to de capacidades que realcem, essencialmente, a dimensão técnica da ação
profissional (DIAS SOBRINHO; RISTOFF, 2002; GOERGEN, 2000, 2002;
MENEGHEL; LAMAR, 2002; RISTOFF, 2002).
Há que se ampliar a compreensão do conceito de competência, sob pena
de não se conseguir desenvolver procedimentos e métodos adequados à sua
avaliação, caso se entenda competência, apenas, enquanto objetivos de tarefas
ou desempenhos correspondentes e esperados a apenas um determinado perfil,
estanque e pré-determinado.
Compreender a noção de competência em uma dimensão ampla, con-
templando não só aspectos racionais, cognitivos ou mentais, mas também
processos intersubjetivos, afetivos, socioculturais, torna-se premente em um
cenário no qual as subjetividades perpassam processos educativos e por eles
são transformados.
Historicamente, a noção de competência era utilizada desde a Idade Média
pela linguagem jurídica: os juristas designavam tribunais competentes para um
determinado tipo de julgamento a pessoas ou instituições “com competência”
para realizar certos atos juridicamente válidos (ISAMBERT-JAMATI, 1997).
Ao longo dos anos, o conceito foi sendo vinculado, de forma mais geral, a uma
capacidade reconhecida de ação ou de expressão sobre determinados assuntos,
assumindo um caráter polissêmico que permitiu evocar uma multiplicidade de
conhecimentos e de saberes, bem como suas diversas fontes, quer seja a escola
quer sejam outras origens dessa aprendizagem.
A noção de competência ligada ao mundo do trabalho adquiriu contornos
diversos a partir de influências históricas e econômicas. Nos anos 1970, o
conceito de competência atrelava-se a um saber tácito, um saber fazer, fruto
de práticas de trabalho oriundas de oportunidades diferentes e de uma ausên-
cia de sistematização e articulação com o conhecimento teórico, motivado
por uma divisão técnica e fragmentada do trabalho. À medida que o contexto
sócio-histórico e econômico se modificou, gerando maior complexidade aos
Considerações finais
Desenvolver e avaliar competências na educação requer tempo e disponibi-
lidade, além de um olhar crítico frente às propostas educacionais que assumem
um enfoque indevido acerca dessa questão.
Referências
2008
2
Este texto tem por finalidade oferecer aos professores da UNISINOS alguns subsídios
para pensarem suas práticas avaliativas dentro da atual orientação pedagógica da
Instituição, contextualizando, problematizando e fomentando o debate e a criação de
estratégias coerentes para a avaliação da aprendizagem no desenvolvimento de
competências.
3
Iniciamos este texto falando acerca da relação necessária entre metodologia de ensino
e avaliação no processo de ensino e aprendizagem, passando por uma problematização de
idéias circulantes na Universidade, materializadas em ditos que regulam e direcionam o
trabalho docente e movimentam e produzem efeitos tanto no corpo discente quanto na ação
docente. Na seção E agora?, cercamos algumas questões que envolvem a prática de sala de
aula universitária, tentando sinalizar possibilidades de trabalho que efetivamente
contribuam para a realização de um trabalho centrado no desenvolvimento de competências
acadêmicas e profissionais.
1Entende-se por estratégias de ensino as maneiras utilizadas no desenvolvimento do trabalho pedagógico: aulas
expositivas, seminários, trabalhos em grupo, resolução de exercícios, estudos de caso, atividades em laboratório,...
2 Para aprofundar entendimentos sobre avaliação, sugerimos as seguintes leituras: PASSOS, Ilma; VEIGA,
por determinadas estratégias pode contribuir para que o aluno perceba que diferentes
estratégias são necessárias para desenvolver diferentes competências. Isso significa que o
processo deve ser conduzido de modo claro, sustentado por uma organização com foco no
aproveitamento/aprendizagem do aluno.
do aluno. Vem daí que a intensificação de seus esforços tende a se refletir em um melhor
aproveitamento acadêmico. Deve ficar muito claro para professores e alunos: a criação de
estratégias para retomada da aprendizagem é uma oportunidade de rever os pontos frágeis e
promover superação e aprimoramento e não uma “ajuda” ou “jeitinho” apenas, para que o
aluno seja aprovado.
Cabe ressaltar que, no processo de avaliação, nem tudo será formalizado, sendo, em
alguns casos3, mais adequado trabalhar-se por meio de acompanhamento e aconselhamento
dos alunos. Esse acompanhamento será, preferencialmente, individual. Nos casos em que
isso se torna inviável, pode-se optar por um olhar sobre o coletivo4.
De modo geral, o que apresentamos nesta seção pode ser entendido como
pressupostos que devem balizar a avaliação da aprendizagem no âmbito da UNISINOS. O
planejamento das atividades acadêmicas e sua execução estão a cargo dos professores, que
necessitam traduzir essas orientações para o trabalho cotidiano com os alunos, detalhando
como procederão para dar conta daquilo que está sendo proposto. Muitas dúvidas surgem
nesse momento. Com o intuito de contribuir com a criação de estratégias eficazes e criativas
para a avaliação de competências, são problematizados na seção seguinte alguns
entendimentos que têm circulado na Universidade e que vêm inquietando parte significativa
do corpo docente desta Instituição.
Dito 1: Na avaliação expressa por conceitos não existe reprovação. Se eu cumprir todas as
tarefas solicitadas, automaticamente estou aprovado.
Essa é uma noção bastante arraigada entre os professores e não de todo infundada,
talvez apenas um pouco exagerada. A avaliação por competências, ao exigir do professor um
maior conhecimento do processo de aprendizagem de cada aluno, coloca-nos uma grande
questão: como compatibilizar uma avaliação processual com turmas com grande número de
alunos? Como proporcionar aos alunos uma avaliação que funcione como estratégia para
direcionar o desenvolvimento das competências, sem que isso acabe por tornar-se um ônus
excessivo de trabalho para o docente? A resposta não é fácil, nem está pronta. É necessário
buscar alternativas criativas para fazer frente a esse que vem se constituindo como um dos
grandes desafios da prática docente atual. Na seção E agora? Apontando necessidades,
sinalizando possibilidades procura-se avançar nessa discussão.
7
Dito 3: Trabalhos em grupo são para “ajudar na nota” do aluno e “dar menos trabalho” ao
professor.
O trabalho em grupo, que tem como vantagens não apenas viabilizar a diversificação
dos instrumentos de avaliação, como também estimular a capacidade de trabalhar em equipe
e a discussão entre membros de um grupo, pode facilmente acabar sendo realizado apenas
por parte dos componentes ou sendo realizados por todos através de uma metodologia de
partição da atividade, funcionando como uma espécie de “linha de montagem”, em que cada
um faz sua parte sem ter noção do todo. Esse ponto também será retomado na seção E agora?
Apontando necessidades, sinalizando possibilidades.
Dito 5: Incentivar o aluno a aperfeiçoar seus trabalhos é “dar chance para ser aprovado”.
Segundo o que já foi comentado, a avaliação por competências, que deve ter foco no
processo visando bons resultados, pressupõe que os alunos tenham a oportunidade de
superar suas lacunas na aprendizagem. Dentro dessa lógica, o professor precisa criar
maneiras para essa retomada, sendo que o incentivo ao aperfeiçoamento dos trabalhos a
partir de orientações é uma estratégia eficiente para isso. Ser exigente no processo,
provavelmente levará o aluno a obter bons resultados e ser aprovado, pelo trabalho e estudo
dispensados, não por facilidades proporcionadas.
5 Conteúdo, aqui está sendo entendido como os conhecimentos específicos de cada área. Entendemos que
habilidades e atitudes também são conteúdos que devem ser desenvolvidos na formação de um profissional.
8
Nota ou conceito? Como a cultura acadêmica tende a uma maior utilização da nota,
essa forma de registro mantém certa naturalização de ser a forma mais adequada de avaliar,
por isso os conceitos e pareceres produzem no grupo certa desacomodação, certo movimento
para que novas formas e estratégias de ensino também sejam mobilizadas. Esse nos parece
ser o maior ganho nessa escolha. Movimentar o grupo de professores na busca de outras
alternativas e estratégias de ensino, que possam ser ainda mais eficazes. Quando a
preocupação é com a qualidade da formação, a nota ou o conceito é uma decorrência do
acompanhamento do processo de aprendizagem do aluno e cumprem uma demanda de
registro institucional.
Nesta seção, são discutidos alguns pontos acerca da avaliação que são temas de
questionamentos recorrentes entre os professores. Ressalte-se que os interrogantes que
surgem por ocasião do planejamento da avaliação da aprendizagem não se esgotam nos
9
• racionalizar o uso dos instrumentos de avaliação, não há como avaliar com qualidade
através de muitos instrumentos. Uma sugestão é a utilização de um instrumento, cujo
resultado do trabalho possa ser aperfeiçoado pelos alunos, após a primeira
devolução;
• utilizar uma prova individual, combinada com outro instrumento de avaliação, que
poderá ser um trabalho em grupo;
Outra dimensão que não pode ser desconsiderada nesta modalidade de trabalho é a
ação pedagógica do professor, que precisa ser ativa, pois ele precisa acompanhar o trabalho,
prestar auxílio, desafiar, realizar permanente intervenção nos grupos. Também é importante
reservar períodos para os alunos produzirem e apresentarem, de modo que possam receber
feedback imediato do professor.
6 Maiores detalhes sobre possibilidades grupais na obra de Anastasiou e Alves (2004). Cf. ANASTASIOU, Léa das
Graças C.; ALVES, Leonir Pessate. Processos de Ensinagem na Universidade: pressupostos para as estratégias de
trabalho em aula. 3 ed. Joinville, SC: UNIVILLE, 2004.
11
Também concorrem para um bom resultado dos trabalhos em grupo as atitudes dos
alunos, sendo importante orientá-los nesse sentido. Entre outras, destacam-se: respeito às
idéias divergentes, negociação, saber ouvir, esperar sua vez para falar, usar bem o tempo
disponível, etc.
Como construir uma escala de valores coerente e adequada àquilo que está
sendo avaliado?
1. Prova
Para elaboração de uma prova, é importante que o professor tenha claro o que
pretende avaliar para, a partir disso, elaborar estratégias adequadas. As provas
eminentemente práticas (em laboratórios, por exemplo) sempre deverão solicitar a relação
entre a tarefa desempenhada com as teorias estudadas. As provas escritas, normalmente
entendidas como “teóricas”, deverão oportunizar a relação entre teoria e prática.
De acordo com o trabalho pedagógico que vem sendo assumido pela UNISINOS, a
prova deve priorizar a mobilização de competências, não sendo pensada apenas como
demonstração (transmissão) de conhecimento. Isso significa dar preferência a questões ou
tarefas que possibilitem ao aluno estabelecer relações entre teorias e a prática profissional,
buscando tanto quanto possível representar a complexidade dos problemas reais, ainda que
levando em conta as limitações inerentes ao momento de sua resolução (disponibilidade de
tempo, acesso a informações,...). As questões ou tarefas da prova devem buscar desenvolver
no aluno um pensamento crítico-reflexivo e não a simples repetição de informações.
tempo e a qualquer tipo de material. A decisão sobre o melhor procedimento deve ser
tomada levando-se em conta a especificidade do que está sendo avaliado. Principalmente
naqueles casos em que seja necessário um grande número de informações para realização da
prova, tais como formulários e dados, deve-se considerar a possibilidade de consulta,
buscando elaborar questões que demandem do aluno a articulação dessas informações.
Embora no ambiente acadêmico muitas vezes as provas com questões objetivas sejam
associadas com avaliações de baixa qualidade, em determinadas circunstâncias, sua escolha
poderá ser adequada. No caso de provas que abranjam a avaliação de muitas competências,
as questões objetivas permitem uma maior diversificação de temáticas, ampliando o espectro
da avaliação. Um cuidado importante na elaboração diz respeito à formulação das questões,
que devem ser pensadas de modo a estimular o raciocínio e não banalizar o instrumento.
Sendo conveniente, podem ser combinadas com questões dissertativas focadas nos pontos
considerados mais relevantes.
7 TANCREDI, Regina Maria S. Puccinelli Tancredi. O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem através das
No dia da devolução da prova, seus resultados devem ser discutidos com a turma.
No caso de exercícios e problemas, deve-se encaminhar, de alguma maneira, sua solução
junto com os alunos. No caso de questões dissertativas que envolvam a produção de textos, o
professor deve apresentar possibilidades de respostas, apontando como foi realizada a
correção. Para as questões objetivas, não basta apresentar uma grade de resultados, mas
deve-se comentar cada questão, justificando a resposta.
2. Seminário
1. Definição dos temas que serão explorados por cada grupo: nessa etapa o
professor pode definir os temas ou deixar à escolha dos alunos.
4. Apresentação oral: desde o início, o professor deve deixar claro o que deverá
ser apresentado, bem como o tempo de que cada grupo irá dispor e os
recursos (retroprojetor, projetor multimídia, vídeo, quadro branco,...). Pedir
que todos os membros do grupo participem da apresentação oral pode
parecer uma garantia de que todos participarão de sua elaboração, mas o que
muitas vezes acontece é a simples divisão do texto para essa ocasião. Além
disso, a divisão da apresentação entre muitos apresentadores pode torná-la
cansativa e enfadonha. Caso o professor queira verificar o conhecimento de
cada participante sobre o tema desenvolvido, pode pensar em alternativas,
como perguntas individuais no final. A participação dos colegas pode ser
incentivada por meio de diversas estratégias, como, por exemplo, sorteio de
comentadores ao final ou entrega de relatórios sobre os trabalhos.
Um comentário que, por vezes, vem partindo dos alunos é sobre sua insatisfação em
relação aos seminários. Muitas vezes, os seminários tornam-se o único instrumento
alternativo às provas, fazendo com que parte significativa das aulas seja ocupada pelas
apresentações dos alunos. Essas exposições orais nem sempre conseguem ter um formato
claro e organizado, podendo tornar-se cansativas, principalmente quando ocupam períodos
inteiros de aula. Para contornar esse inconveniente, o professor pode selecionar temas para
os seminários, cujas apresentações possam ser alocadas ao longo do semestre, articuladas
com outros aspectos do planejamento. Isso faz com que não aconteçam muitas apresentações
seguidas e dá maior espaço para que o professor retome o que foi apresentado,
complementando eventuais lacunas e retomando possíveis incorreções.
3. Monografia
A avaliação por meio de monografias tem sido motivo de tensões entre alunos e
professores. Com a popularização da internet, a cópia de textos vem se acentuando. Muitas
vezes, após o aluno realizar uma rápida busca, bastam dois comandos – copiar e colar – e o
trabalho está pronto, sem que ao menos uma leitura seja necessária. Detectar esse tipo de
procedimento é hoje relativamente simples, bastando digitar partes do trabalho em um
mecanismo de busca on line.
A solução de exercícios e problemas poderá ser utilizada como uma estratégia para
desenvolvimento das competências, sendo conduzida por meio do trabalho em grupo (nesse
caso, preferencialmente em sala de aula) ou como uma construção coletiva, orientada pelo
professor. Nesses casos, mesmo não se constituindo em instrumento formal de avaliação,
pode ser tomado como um elemento subjetivo de avaliação que permite ao professor
identificar dificuldades da turma e, até mesmo, dos indivíduos, possibilitando a reorientação
do seu planejamento. É importante que o professor realize um fechamento da atividade
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5. Estudos de Casos
Estudos de casos podem ser utilizados nas mais diversas áreas, mas são usados,
sobretudo, naquelas situações em que desejamos fazer o aluno assumir a posição de atuação
e tomada de decisões frente aos casos apresentados. Tem como principal característica
desafiar os alunos a mobilizarem suas competências para a análise de situações que
potencialmente irão encontrar na sua vida profissional. Ou seja, constituem-se numa
expressiva articulação teórico-prática.
8CESAR, Ana Maria. Método do Estudo de Caso (Case Studies) ou Método do Caso (Teaching Cases)? Uma análise dos
dois métodos no Ensino e Pesquisa em Administração. Disponível em <http://www4.mackenzie.com.br/fileadmin/
Graduacao/CCSA/remac/jul_dez_05/06.pdf>. Acessado em 22/10/2007.
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como algo que efetivamente aconteceu, envolvendo o leitor em uma sensação de realidade.
Para tanto, podem-se apresentar dados variados e, até mesmo, impressões pessoais e
subjetivas, deixando ao aluno sua análise e validação como informação relevante.
A seleção de casos deve ter como principal critério sua articulação com aquilo que
está sendo estudado. Entretanto, não apenas é possível, como é desejável, que o caso tenha
caráter transdisciplinar.
6. Elaboração de Projetos9
A noção de projeto é bastante ampla e pode ser aplicada a diversas áreas: um projeto
de pesquisa, um projeto arquitetônico, um projeto mecânico, um projeto cultural, um projeto
de inclusão. A elaboração de projetos pode ser utilizada como estratégia mobilizadora da
aprendizagem e como instrumento de avaliação em diversas áreas. O ponto de partida
constitui-se em estabelecer um determinado objetivo ou conjunto de objetivos, que poderão
estar expressos em questões investigativas. Os alunos terão que desenvolver um projeto que
permita atingir os objetivos e responder as questões investigativas de maneira satisfatória.
Esse objetivo poderá ser, entre outros tantos possíveis, a realização do Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC), a construção de um hospital, a fabricação de um motor, a
execução de um filme, a maneira de ampliar e qualificar o acesso a recursos de informática.,
um projeto pedagógico para crianças e ou jovens em diferentes contextos. Em muitos desses
9 Nesse item, está-se tomando projeto como planejamento para realizar uma atividade ou criar um produto. Não
se está trabalhando com o conceito de Projeto de Aprendizagem que pode ser encontrado em SCHLEMMER, E.
Projetos de Aprendizagem baseados em Problemas: Uma metodologia interacionista/construtivista para
formação de comunidades em Ambientes Virtuais de Aprendizagem Colaborativa. Revista Digital da CVA-
RICESU, v.1, n. 2, novembro 2001. Disponível em <http://www.ricesu.com.br/colabora/n2/artigos/
n_2/id02.htm>. Acesso em 22/10/2007.
21
casos, o projeto não será executado. Porém, em alguns casos isso será possível e, até mesmo,
necessário (como seria o projeto de pesquisa relativo ao TCC).
7. Resenhas e Artigos
8. Portfólio
A idéia de portfólio é originária do campo das Artes Plásticas e consiste numa coleção
de materiais – como fotografias, recortes de jornais e revistas, material gráficos de divulgação
e peças produzidas – por meio do qual ele apresenta seu trabalho. Posteriormente, o termo
passou a ser empregado de modo mais amplo, incluindo empresas em geral. No campo da
Educação, o portfólio será constituído por diferentes documentos produzido pelo aluno ao
longo de um período letivo. Poderá conter resumos, resoluções de exercícios, questionários,
representações gráficas, notas pessoais,... O professor, ao acompanhar a construção do
portfólio do aluno, consegue perceber suas necessidades educacionais. Isso o torna um bom
instrumento para perceber o processo de desenvolvimento de competências e um recurso
capaz de potencializar uma intervenção docente positiva.
LAI - Laboratório Adaptado de Informática: Laboratório que atende aos alunos cegos ou com
baixa visão e passa o material necessário para a escrita Braille. Este também é um serviço
coordenado pela Diretoria de Ação Social e Filantropia. 12
em 04/06/2008.
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Assim também esse texto se propôs a discutir questões que impactam diretamente o
trabalho acadêmico, revisar um conjunto de possibilidade de entendimento e ação
pedagógica para subsídio docente e apontar para o desafio coletivo dessa Universidade com
processos de ensino e de aprendizagem qualificados e comprometidos com o
desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes dos sujeitos em formação, de
forma articulada com sua missão, que é a de “promover a formação integral da pessoa
humana e sua capacitação ao exercício profissional, incentivando o aprendizado contínuo e a
atuação solidária, para o desenvolvimento da sociedade.”
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DOM ORLANDO DOTTI
RUA IRMÃO TOMAZ 293-BAIRRO BOM JESUS
CAÇADOR-SANTA CATARINA- CEP 89504670
CÓDIGO DO INEP: 42072379
COMPETÊNCIAS GERAIS
(CG1) Conhecimento: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
(CG2) Pensamento Crítico e Criativo: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
(CG3) Repertório Cultural: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural.
(CG4) Comunicação: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
(CG5) Cultura Digital: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
(CG6) Trabalho e Projeto de Vida: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
(CG7) Argumentação: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta
(CG8): Autoconhecimento e Autocuidado: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade
humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
(CG9): Empatia e Cooperação: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito
ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
(CG10): Responsabilidade e Cidadania: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
1. Professores Turmas relacionadas a cada professor
RENATO VOGEL 205, 206, 303, 304 e 305
JOCIANE MATTOS
(CEG1) Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de
resolução de problemas.
(CEG2) Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a
compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.
(CEG3) Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do
espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.
(CEG4) Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das
geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
(CEG5) Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o
meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem
conhecimentos científicos da Geografia.
(CEG6) Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a
consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.
(CEG7) Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as
questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias
filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.
(EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes
conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e
comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais,
culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e
sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
(EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores, crenças e práticas que
caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço.
(EM13CHS105) Identificar, contextualizar e criticar tipologias evolutivas (populações nômades e sedentárias, entre outras) e oposições dicotômicas
(cidade/campo, cultura/ natureza, civilizados/bárbaros, razão/emoção, material/virtual etc.), explicitando suas ambiguidades.
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a
mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais, de
modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos (fluxos
populacionais, financeiros, de mercadorias, de informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas interferências nas decisões políticas,
sociais, ambientais, econômicas e culturais.
(EM13CHS203) Comparar os significados de território, fronteiras e vazio (espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades, contextualizando e
relativizando visões dualistas (civilização/barbárie, nomadismo/sedentarismo, esclarecimento/obscurantismo, cidade/campo, entre outras).
(EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação de territórios, territorialidades e fronteiras, identificando o papel
de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios, Estados Nacionais e organismos internacionais) e considerando os conflitos
populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas.
(EM13CHS205) Analisar a produção de diferentes territorialidades em suas dimensões culturais, econômicas, ambientais, políticas e sociais, no Brasil e
no mundo contemporâneo, com destaque para as culturas juvenis.
(EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a produção do espaço em diferentes tempos, aplicando os princípios de localização, distribuição,
ordem, extensão, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem para o raciocínio geográfico.
(EM13CHS301) Problematizar hábitos e práticas individuais e coletivos de produção, reaproveitamento e descarte de resíduos em metrópoles, áreas
urbanas e rurais, e comunidades com diferentes características socioeconômicas, e elaborar e/ou selecionar propostas de ação que promovam a
sustentabilidade socioambiental, o combate à poluição sistêmica e o consumo responsável.
(EM13CHS302) Analisar e avaliar criticamente os impactos econômicos e socioambientais de cadeias produtivas ligadas à exploração de recursos
naturais e às atividades agropecuárias em diferentes ambientes e escalas de análise, considerando o modo de vida das populações locais - entre elas
as indígenas, quilombolas e demais comunidades tradicionais -, suas práticas agroextrativistas e o compromisso com a sustentabilidade.
(EM13CHS303) Debater e avaliar o papel da indústria cultural e das culturas de massa no estímulo ao consumismo, seus impactos econômicos e
socioambientais, com vistas à percepção crítica das necessidades criadas pelo consumo e à adoção de hábitos sustentáveis.
(EM13CHS304) Analisar os impactos socioambientais decorrentes de práticas de instituições governamentais, de empresas e de indivíduos, discutindo
as origens dessas práticas, selecionando, incorporando e promovendo aquelas que favoreçam a consciência e a ética socioambiental e o consumo
responsável.
(EM13CHS305) Analisar e discutir o papel e as competências legais dos organismos nacionais e internacionais de regulação, controle e fiscalização
ambiental e dos acordos internacionais para a promoção e a garantia de práticas ambientais sustentáveis.
(EM13CHS306) Contextualizar, comparar e avaliar os impactos de diferentes modelos socioeconômicos no uso dos recursos naturais e na promoção da
sustentabilidade econômica e socioambiental do planeta (como a adoção dos sistemas da agrobiodiversidade e agroflorestal por diferentes
comunidades, entre outros).
(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas distintas diante das transformações
técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e renda em diferentes espaços, escalas e tempos, associando-os a processos
de estratificação e desigualdade socioeconômica.
(EM13CHS403) Caracterizar e analisar os impactos das transformações tecnológicas nas relações sociais e de trabalho próprias da
contemporaneidade, promovendo ações voltadas à superação das desigualdades sociais, da opressão e da violação dos Direitos Humanos.
(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e seus
efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens, levando em consideração, na atualidade, as transformações técnicas, tecnológicas e informacionais.
(EM13CHS501) Analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas, tempos e espaços, identificando processos que contribuem para a formação
de sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a cooperação, a autonomia, o empreendedorismo, a convivência democrática e a solidariedade.
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problematizando formas de
desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às
diferenças e às liberdades individuais.
(EM13CHS503) Identificar diversas formas de violência (física, simbólica, psicológica etc.), suas principais vítimas, suas causas sociais, psicológicas e
afetivas, seus significados e usos políticos, sociais e culturais, discutindo e avaliando mecanismos para combatê-las, com base em argumentos éticos.
(EM13CHS504) Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no
mundo contemporâneo e seus desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.
(EM13CHS601) Identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações
afrodescendentes (incluindo as quilombolas) no Brasil contemporâneo considerando a história das Américas e o contexto de exclusão e inclusão
precária desses grupos na ordem social e econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico-raciais no país.
(EM13CHS602) Identificar e caracterizar a presença do paternalismo, do autoritarismo e do populismo na política, na sociedade e nas culturas brasileira
e latino-americana, em períodos ditatoriais e democráticos, relacionando-os com as formas de organização e de articulação das sociedades em defesa
da autonomia, da liberdade, do diálogo e da promoção da democracia, da cidadania e dos direitos humanos na sociedade atual.
(EM13CHS603) Analisar a formação de diferentes países, povos e nações e de suas experiências políticas e de exercício da cidadania, aplicando
conceitos políticos básicos (Estado, poder, formas, sistemas e regimes de governo, soberania etc.).
(EM13CHS604) Discutir o papel dos organismos internacionais no contexto mundial, com vistas à elaboração de uma visão crítica sobre seus limites e
suas formas de atuação nos países, considerando os aspectos positivos e negativos dessa atuação para as populações locais.
(EM13CHS605) Analisar os princípios da declaração dos Direitos Humanos, recorrendo às noções de justiça, igualdade e fraternidade, identificar os
progressos e entraves à concretização desses direitos nas diversas sociedades contemporâneas e promover ações concretas diante da desigualdade e
das violações desses direitos em diferentes espaços de vivência, respeitando a identidade de cada grupo e de cada indivíduo.
5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
5.1 – PRIMEIRO ANO
1º TRIMESTRE
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Reconhecer o espaço geográfico e brasileiro como produto das relações sociedade-natureza humanizada, em constante modificação através do
processo histórico;
Identificar as diferentes formas de regionalização do espaço brasileiro e suas implicações na organização e desenvolvimento da sociedade brasileira;
Compreender a situação socioeconômica e política do Brasil frente à sociedade e os organismos mundiais;
Analisar, compreender e relacionar o quadro natural brasileiro com a atual condição socioeconômica do Brasil.
Analisar as características humanas do espaço brasileiro para que possa formar uma consciência crítica sobre a conjuntura atual, e da influência das
constantes transformações demográficas na organização da sociedade;
Identificar e compreender a diversidade cultural brasileira na formação da sociedade e a necessidade do respeito e preservação das diferentes
identidades culturais do país.
Compreender a estrutura demográfica brasileira, sua evolução ao longo dos anos e as necessidades de reestruturação das bases socioeconômicas
para a garantia de uma sociedade futura mais equilibrada.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar e analisar os principais organismos que comandam as relações internacionais e suas importâncias para a manutenção da paz na sociedade
mundial;
Compreender a evolução do capitalismo e a sua influência na organização socioeconômica mundial e nas relações internacionais;
Identificar o papel da ONU nas relações internacionais destacando a sua importância na resolução dos problemas sócio-políticos que ocorrem no
mundo;
Compreender a organização das ordens mundiais ao longo do século XX;
Analisar as características socioeconômicas do espaço mundial na atualidade compreendendo os efeitos da globalização sobre a formatação dos atuais
relacionamentos sócias e econômicos entre as diferentes nações.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
8. A Geopolítica da China:
8.1. A revolução chinesa e a experiência socialista;
8.2. A abertura econômica e o socialismo de mercado;
8.3. A China como potência emergente.
9. A Geopolítica da Índia:
9.1. Os grandes contrastes demográficos e sociais;
9.2. A instabilidade política;
9.3. A economia emergente.
3º trimestre
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar a geopolítica do continente africano identificando os diferentes momentos históricos relacionados a sua situação de dependência em relação
aos grandes centros internacionais;
Efetuar uma análise crítica dos graves problemas sociais enfrentados pelos países africanos;
Compreender as razões que desencadearam um conjunto de revoluções no norte africano conhecido como a Primavera Árabe;
Compreender a instabilidade política e os conflitos regionais do Oriente Médio;
Discutir a geopolítica da América Latina a fim de compreender a sua situação de dependência frente aos Estados Unidos;
Compreender as instabilidades políticas e as fragilidades econômicas dos muitos países latino-americanos.
6. PROJETOS
5.1. Projeto(s) Integrador(es) incluindo Temas Transversais das Diretrizes Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental
7. METODOLOGIA DE ENSINO
- Metodologia de ensino a ser executada é o percurso formativo. De acordo com PCSC 2014, o percurso formativo é processo constitutivo e constituinte da
formação humana que norteia a importância d história, cultura, contexto social, linguagens, inteligência emocional, valores e virtudes, conhecimentos
sistematizados e conhecimentos cotidianos do sujeito (aluno) numa interação intrapessoal e interpessoal.
- As estratégias de ensino aprendizagem estão relacionadas ao percurso formativo da Proposta Curricular de Santa Catarina e às 10 (dez) competências da
BNCC. Portanto, “é fundamental que as práticas pedagógicas a serem levadas a efeito nas escolas considerem a importância do desenvolvimento de todas
as potencialidades humanas, sejam elas físicas/motoras, emocionais/afetivas, artísticas, lingüísticas, expressivo-sociais, cognitivas, dentre outras,
contribuindo assim para o desenvolvimento do ser humano de forma unilateral”. (PCSC, 2014, p.31)
- As aulas de Educação Física serão realizadas em pequenos e grandes espaços, usando as diferentes áreas da escola: salas de aula, áreas de
convivência, quadra externa, ginásio esportivo e também demais espaços adequados para a prática de atividades físicas. Serão realizadas atividades
recreativas e lúdicas, individuais e em grupo. Serão realizadas aulas expositivas e explicativas através de projetor, com apresentação de assuntos conforme
o conteúdo programático, vídeos e imagens.
8. AVALIAÇÃO
O instrumento de utilizado será avalição processual, cumulativa e formativa dando ênfase às habilidades, competências e socialização. Assim, a avaliação
dos alunos será registrada através da observação do APRENDER A CONHECER, APRENDER A FAZER, APRENDER A SER e APRENDER A CONVIVER.
Art.7º Ter-se-ão como aprovado, quanto ao rendimento da avaliação em todas as etapas e modalidades da Educação Básica, o aluno que:
I. Obtiver a média anual igual ou superior a seis (6) em todas as disciplinas;
II. Obtiver a média semestral igual ou superior a 6 (seis) em todas as disciplinas, na Educação de Jovens e Adultos e, também, no caso dos cursos técnicos
subsequentes/concomitantes ofertados nos CEDUPs e EEBs;
III. Não será adotado exame final em nenhum ano ou série letiva na Educação Básica, na Educação Profissional e na Educação de Jovens e Adultos;
IV. Para efeito de cálculo do resultado de aprovação, em todas as etapas e modalidades da Educação Básica e Profissional deve-se aplicar a fórmula: Soma
da média dos trimestres ÷ 3 ˃ ou = 6 (seis);
V Ter-se-ão como reprovado o aluno que obtiver média final inferior a 6 (seis).
Como consta no PPP da escola, a nota trimestral no boletim será calculada tendo, no mínimo, 4 avaliações. Essas 4(quatro) avaliações são: a) uma prova
teórica individual sem consulta, b) uma prova teórica individual de recuperação de nota da prova, c) trabalho, d) nota de competências socioemocionais.
a- Provas:
Todos os alunos têm direito à recuperação de conteúdo e à recuperação de nota da prova. A prova de recuperação será aplicada após a recuperação de
conteúdos, porém os alunos que obtiveram notas acima de 7,0 (sete) na(s) prova(s) podem optar por não fazê-la. Nesse caso, deverão ocupar-se de uma
boa leitura de livros permanecendo em sala de aula. Em todas as disciplinas, a recuperação da prova teórica deverá ser realizada através da aplicação de
uma nova prova individual e sem consulta.
Obs.: A prova poderá ser substituída por projeto pedagógico (Ex.: aplicação de metodologia ativa) mediante a discussão da importância desse projeto entre
professor(a) e direção/coordenação e o aval dos mesmos. Essa substituição só poderá ser em 1(um) dos 3(três) trimestres.
b- Trabalho
O trabalho será realizado para desenvolver as habilidades, atitudes e virtudes que contemplam as 10 competências da BNCC. Portanto, será um trabalho
individual com consulta ou em equipe. Haverá recuperação de conteúdos, porém a nota de trabalho não será recuperada considerando que o trabalho é
feito em equipe e/ou consulta.
c- Competências socioemocionais
A nota de competências sócioemocionais atende à exigência da RESOLUÇÃO Nº 183 (artigo nº 5) de 19 de novembro de 2013 e a da BNCC (10ª
competência), e tem o mesmo peso de uma prova ou de um trabalho e sua atribuição é da competência do professor da disciplina. Essa nota deve
representar o resultado da observação do professor quanto às atitudes e valores do aluno. Não há recuperação de nota para competências socioemocionais.
Além das 4(quatro) avaliações em cada trimestre, há um instrumento chamado de campo “conselho de classe”.
Obs.: Os resultados do simulado interno/externo, provas regionais e OBMEP poderão ser transformados em bonificação (máximo é 1,0 ponto) e
acrescentados à média final do trimestre. Simulado = a todas as disciplinas e OBMEP = somente para Matemática.
A avaliação dos alunos portadores de laudo por Segundo Professor: Registro na ficha individual, portfólio de fatos observados em sala de aula
(semanal ou quinzenal) e relatório pedagógico trimestral.
10. REFERENCIAS
-- Dez competências da Base Nacional Comum Curricular. Disponível http://download.basenacionalcomum.mec.gov.br/ Acesso 23 de outubro de 2019.
- Proposta Curricular de Santa Catarina, SED, 2014
- Currículo Base da Educação infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense. SED, 2019
- Projeto Político Pedagógico 2019 da EEB. Dom Orlando Dotti
- Lei Federal nº 9394, de 20 de dezembro de 1996
- Resolução CEE/ SC nº 183/2013 de 19 de novembro de 2013
- Portaria Nº109 de 07/02/2019
- Orientações Curriculares com Foco no que Ensinar: Conceitos e conteúdos para a Educação Básica (documento preliminar) – SED – SC.
Bibliografia Básica:
MORREIRA, Igor. Geografia: Ensino Médio – Projeto Vivá volumes 1, 2 e 3. Curitiba: Editora Positivo, 1.ª Edição, 2016.
SILVA, Edilson Adão Cândido Da. Geografia em rede volumes 1, 2 e 3 . São Paulo: FTD, 2013.
Bibliografia Complementar:
MAGNOLI, Demétrio; ARAUJO, Regina. A Nova Geografia: Estudos de Geografia. São Paulo: Moderna, 1995.
MÉDICI, Miriam de Cássia; ALMEIDA, Miriam Lino de. Geografia. São Paulo: Nova Geração, 2005.
MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1999.
MOREIRA, João Carlos e SENE, de Eustáquio. Geografia Geral e do Brasil. Espaço Geográfico e Globalização. 3 ed., São Paulo: Scipione,
2007.
OLIVA, Jaime; GIANSANTI, Roberto. Espaço e Modernidade: Temas de Geografia. São Paulo: Mundial, 1996.