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“Não podemos todos ser bem-sucedidos quando metade de nós está restringida”. (Malala no
Discurso na Assembleia Geral da ONU em 2013 - ativista paquistanesa vencedora do prêmio
Nobel da Paz de 2014)
Apresentação
A presente nota de aula foi construída, principalmente, com base no Relatório de Desenvolvimento
Humano de 2019, intitulado de: “Além do rendimento, além das médias, além do presente: As
desigualdades no desenvolvimento humano no século XXI” – uma publicação do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A maioria das discussões de gênero na sociedade pairavam em uma dicotomia entre homem e
mulher. Cabe salientar que o termo não é determinado biologicamente, como resultado das
características sexuais de mulheres ou homens, mas é construído socialmente. No entanto,
as autoras, como Connell; Pearse (2015) abordam que a vida humana não se divide apenas em
duas partes, dessa maneira o gênero deve ser compreendido como uma identidade social e não
como uma expressão biológica e dicotômica de características sexuais entre mulheres e homens.
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Doutoranda em Extensão Rural (UFV).
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Doutor em Ciências Sociais com ênfase em Desenvolvimento e Sociedade e agricultura. Professor de Extensão Rural do
Departamento de Economia Rural da Universidade Federal de Viçosa.
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Nota de aula elaborado no segundo semestre de 2020, para a disciplina ERU-380 da Universidade Federal de
Viçosa-UFV
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Ficou dessa maneira, a partir da perspectiva de que gênero é uma construção social pode-se
afirmar que vai além do feminino e masculino, inclui a identidade de gênero, ou seja diz respeito
a como uma pessoa se sente em relação ao próprio gênero. Embora, como mencionado
anteriormente, o masculino e o feminino sejam os mais reconhecidos, um indivíduo pode se
identificar em outra “categoria” de gênero, como transgêneros, cisgêneros, não-binários, entre
outras categorias.
O que a Mulher tem a ver com o Desenvolvimento? Essa pode ser a primeira pergunta, dentre
tantas outras, a vir à tona quando o assunto é o Desenvolvimento. Antes de adentrarmos
propriamente ao processo histórico da introdução da variável de gênero na discussão do
Desenvolvimento é importante que façamos uma reflexão prévia: Um país considerado
desenvolvido pode permitir que a desigualdade de gênero seja identificada como uma variável
constante?
Diante do cenário prévio apresentado, vamos olhar brevemente para o passado. A partir da década
de 19704 surgiu um enfoque teórico denominado de “Mulheres em Desenvolvimento”. Tal enfoque
emergiu em um contexto de amplos debates sobre as condições das necessidades básicas, das
atividades no setor informal e da produtividade rural, sendo que o papel da mulher começou a ser
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Um momento importante nessa década foi em 1975, quando a ONU instituiu o “Ano internacional da Mulher” e houve a
realização da primeira conferência Mundial da Mulher com o lema “Igualdade, Desenvolvimento e Paz”. Para saber mais:
http://www.onumulheres.org.br/planeta5050-2030/conferencias/
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pensado diante desses cenários, sobretudo o papel da mulher no contexto do Desenvolvimento
(HERNÁNDEZ, 2010).
Através da perspectiva de vários atores sociais, esse enfoque teórico apontava para a
necessidade de maiores oportunidades para a mulher na educação e na capacitação, para que
houvesse a sua inserção no setor moderno da economia e no desenvolvimento econômico. Porém,
esse enfoque tinha como principal crítica o fato de não considerar a situação feminina como um
produto das relações sociais entre os gêneros, deixando de discutir conflitos sociais, relações de
gênero, relações de poder, entre outros (HERNÁNDEZ, 2010).
Conforme aponta o PNUD (2019, p. 149), na maior parte dos países as barreiras legais à igualdade
de gênero foram removidas. “As mulheres podem votar e ser eleitas, têm acesso à educação e
podem participar na economia sem restrições formais”. Contudo, há que se questionar como tem
ocorrido o processo de inserção das mulheres nos diversos espaços sociais, econômicos,
políticos, ambientais, entre outros. Pois, mesmo havendo a remoção das barreiras legais é preciso
investigar se a adesão das mulheres nos espaços tem ocorrido de forma igualitária. Nesse sentido,
o PNUD (2019) afirma que à medida em que as mulheres transitam das áreas básicas para as
avançadas as desigualdades se tornam mais acentuadas. Isso aponta para o fato de que ainda
existe um longo caminho a ser percorrido para se alcançar a igualdade de gênero.
Assim, é importante frisar que a igualdade de gênero é uma variável muito importante de ser
considerada no processo de Desenvolvimento, haja vista que o Desenvolvimento abarca uma
série de variáveis que não podem ser reduzidas a questões econômicas, sociais e ambientais. É
preciso ampliar a dimensão do olhar para compreender que dentro das três questões apontadas
há infindáveis variáveis que estão ligadas ao processo de Desenvolvimento, sendo que as
relações de gênero é uma delas.
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Indicadores sociais das Mulheres no Brasil
O Brasil está numa região (América Latina) considerada, uma das mais desiguais do mundo, essa
desigualdade expressa, principalmente entre renda, raça, gênero e geração. Entretanto, nas
últimas décadas tem tentado diminuir essas desigualdades, seja através de programas ou
políticas, mas apesar de tudo as desigualdades ainda são grandes.
Entre alguns poucos avanços nessas áreas podemos citar, como exemplo, a desigualdade de
gênero, que em alguns indicadores tem melhorado ou revertido o fosso entre homens e mulheres
como no caso da educação, que as mulheres têm ampliado a diferença de anos de estudos se
comparado aos homens.
Para Alves (2014) essa transformação socioeconômica, sobretudo, na redução das desigualdades
de gênero pode contribuir para grandes ganhos na sociedade, pois, como ele aponta: “As mulheres
são cerca da metade da população mundial e, como dizia Charles Fourier há quase 200 anos não
existe emancipação social sem a emancipação da mulher” (ALVES, 2014, pg s/n).
Conforme visto em aulas anteriores, os indicadores são muito importantes para se pensar o
Desenvolvimento e o CMIG não é diferente, ele contribui para pensar o Desenvolvimento rumo a
igualdade de gênero, além de ser uma importante fonte de dados para a criação de políticas
públicas.
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Link para acesso ao CMIG: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/genero/20163-estatisticas-de-genero-
indicadores-sociais-das-mulheres-no-brasil.html?=&t=o-que-e
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Link para acesso: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101551_informativo.pdf
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domínios citados anteriormente. A Figura a seguir foi retirada do livro e compila dados das cinco
áreas.
Ainda contribuindo no entendimento sobre essa realidade brasileira o IPEA em 2017 através de
dados compilados da Pesquisa Nacional por Amostragem (PNAD-IBGE), apontou que entre os
anos de 1995 a 2015 o número de lares “chefiados” por mulheres tem aumentado, ou seja, em
1995 eram 23% dos lares que tinham mulheres como principal referência em 2015 este número
passou para 40%. Essa realidade é mais forte no meio urbano. O estudo ressalta que muitos
desses lares existem a presença do cônjuge (34%), já no caso da ausência de cônjuge o estudo
destaca que: “é elevado o patamar de famílias em que as mulheres não têm cônjuges e têm
filhos/as e, nesses casos, há que ressaltar o fato de que, muitas vezes, tais famílias se encontram
em maior risco de vulnerabilidade social, já que a renda média das mulheres, especialmente a das
mulheres negras, continua bastante inferior não só à dos homens, como à das mulheres brancas”
(IPEA, 2017, pg 01).
Conforme aponta o PNUD (2019), as áreas em que as mulheres mais conseguiram se desenvolver
foi na saúde e na educação. Corroborando para essa afirmação os dados do IPEA (2017),
mostram que no ano de 2015 mulheres brancas com 15 ou mais de idade, apenas 4,9% eram
analfabetas, já entre mulheres negras nessa faixa etária esse percentual subia para 10,2%, ou
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seja, o dobro o que configura uma clara desigualdade no quesito raça7. O estudo destaca ainda,
que apesar dessa vantagem das mulheres em relação aos anos de estudo, isso não refletiria em
ganhos melhores no mercado de trabalho se comparado aos homens.
O que as normas sociais têm a ver com a desigualdade de gênero? Os preconceitos baseados
em normas sociais afetam a igualdade de gênero? As duas questões apresentadas nos levam a
questionar como uma variável tão complexa e difícil de ser medida, observada e interpretada como
as normas sociais poderia interferir no processo de igualdade de gênero. Diante disso, por meio
de dados da 5.ª edição (2005–2009) e da 6.ª edição (2010–2014) do Inquérito Mundial de Valores,
foi possível construir um índice de normas sociais que registre o modo como as crenças sociais
podem impedir a igualdade de gênero (PNUD, 2019).
O índice multidimensional de normas sociais de gênero foi proposto a partir de quatro dimensões:
i) política, ii) educativa, iii) econômica e iv) integridade física, com suas respectivas questões que
são utilizadas para a criação de sete indicadores conforme apresentados no Quadro 01, a seguir.
7 Sobre a questão de racismo, esse tema será foco de aulas futuras que abordará racismo e Desenvolvimento.
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Quadro 01: Índice Multidimensional de Normas Sociais de Gênero
DEFINIÇÃO DE
DIMENSÕES INDICADOR OPÇÕES
PRECONCEITO
Conforme pode-se observar no quadro 01, existem sete indicadores que são representados por
questões que compõem diferentes dimensões sociais (política, educativa, econômica e integridade
física). O que vai indicar a definição de preconceito é a resposta obtida, sendo que para cada
questão existem opções de resposta já pré-definidas que os respondentes poderão escolher.
Esse índice é muito importante, pois ele é capaz de indicar uma correlação entre à desigualdade
de gênero e o preconceito, haja vista que nos países com maior nível de preconceito a
desigualdade de gênero é mais acentuada (PNUD, 2019). Pode-se verificar que o preconceito é
um importante fator a ser superado para que se possa alcançar a igualdade de gênero, portanto
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como mudar o cenário de preconceito tão enraizado nos diversos países e culturas. Quais ações
poderiam ser pensadas para que as práticas e pensamentos preconceituosos venham ser
mudados?
Conforme aponta o Relatório do PNUD (2019) um caminho possível para essa mudança é a
incorporação de novas leis, políticas ou programas, por meio do ativismo social, da exposição de
novas ideias. As opções de mudança envolvem um enfoque que consiga adentrar diversas áreas
da vida social e em todas as camadas sociais.
Metas do ODS 5
5.1 Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte
5.2 Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas
e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos
5.3 Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de crianças e
mutilações genitais femininas
5.4 Reconhecer e valorizar o trabalho de assistência e doméstico não remunerado, por meio da
disponibilização de serviços públicos, infraestrutura e políticas de proteção social, bem como a
promoção da responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família, conforme os contextos
nacionais
5.5 Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a
liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública
5.6 Assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos, como
acordado em conformidade com o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População
e Desenvolvimento e com a Plataforma de Ação de Pequim e os documentos resultantes de suas
conferências de revisão
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5.a Empreender reformas para dar às mulheres direitos iguais aos recursos econômicos, bem como
o acesso a propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, serviços financeiros,
herança e os recursos naturais, de acordo com as leis nacionais
5.b Aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de informação e
comunicação, para promover o empoderamento das mulheres
5.c Adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de
gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, em todos os níveis
Fonte: Plataforma da Agenda 20308
As metas dos ODS objetivo 5 abrangem as diversas áreas da vida humana, colocando a mulher
em evidencia sobre diversos assuntos, como: violência nas esferas públicas e privadas, trabalho
remunerado, saúde, educação, política e economia. A discussão de gênero precisa perpassar as
várias esferas que compõem a vida em sociedade, pois a igualdade de gênero precisa estar
presente em todas elas. Contudo, precisamos nos questionar como essas metas podem ser
alcançadas? Quais caminhos podem ser pensados para se alcançar as propostas da ODS 5?
Segundo o Guia para a Integração das ODS (2017) se formos pensar os objetivos da ODS 5 a
nível Municipal, por exemplo, alguns passos podem ser seguidos para se alcançar as metas. i)
realizar um levantamento da situação das mulheres em diversos contextos (educação, saúde,
trabalho, economia, política) – a realização desse levantamento pode ser realizada por meio da
criação de indicadores sociais. ii) identificar se existe políticas sociais já executadas que possam
ter alguma relação com igualdade de gênero – verificar o orçamento dessas políticas. iii) verificar
as relações de poder – para que as ações e programas sejam de fato efetivos e fortaleçam as
mulheres (CNM, 2017).
Os caminhos apontados indicam duas frentes de trabalho – política e social. As ações de políticas
públicas são primordiais para se alcançar as metas da ODS 5, pois elas conseguem adentrar as
várias áreas (saúde, educação, moradia, trabalho, economia, entre outros) das diferentes
camadas sociais. Como exemplo, tem-se os programas conduzidos pela Secretaria Especial de
Políticas para Mulheres9 que possui vários programas e ações que podem ser utilizados pelos
municípios. Além disso, a parceria com entidades da sociedade civil, iniciativa privadas,
instituições públicas de pesquisa são muito importantes para a construção de ações voltadas para
a igualdade de gênero. A construção desses espaços coordenados por ações políticas e sociais é
um possível caminho para a construção de uma sociedade que se desvincule do patriarcado que
até hoje tenta moldar as relações.
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Disponível em: http://www.agenda2030.org.br/ods/5/
9 Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-mulheres/arquivo/arquivos-
diversos/sobre/spm
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Contexto atual: a pandemia da Covid-19 e os impactos nas relações de Gênero
A pandemia da Covid-19 afeta cada gênero de forma diferente. Para melhor compreensão desse
fato, vamos começar falando sobre os profissionais que atuam na linha de frente contra a
pandemia – profissionais da saúde (Figura 02).
Conforme pode ser verificado na Figura 02, as mulheres representam 78% dos profissionais da
área de saúde, isso significa que elas estão na linha de frente contra a covid-19, o que pode
representar mais vulnerabilidade.
A violência contra a mulher é outra categoria para ser discutida. Segundo a Agência Brasil10, os
casos de feminicídio no Brasil cresceram 22% em 12 estados durante a pandemia. Como uma das
medidas de combate a pandemia é o isolamento social, as mulheres estão tendo que ficar mais
tempo dentro de casa e esse pode ser o motivo do aumento de feminicídio.
A outra face do isolamento social pode ser representada pelo home office, que pode vir a acentuar
ainda mais as desigualdades entre homens e mulheres. Isso porque várias pesquisas11 apontam
que o trabalho das mulheres tem triplicado com a pandemia, pois elas estão tendo que conciliar o
trabalho remeto, com afazeres domésticos e cuidado com filhos e a família em geral.
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/07/30/trabalho-das-mulheres-na-pandemia-aumentou-
com-inclusao-de-tarefas-e-de-pessoas-para-cuidar-diz-pesquisa.ghtml
http://mulheresnapandemia.sof.org.br/ .
http://mulheresnapandemia.sof.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Relatorio_Pesquisa_SemParar.pdf
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Diante desse cenário, pode-se inferir que a pandemia tem contribuído para acentuar ainda mais
as desigualdades de gênero, o que evidencia a urgência de medidas de mitigação contra as
vulnerabilidades das mulheres e a busca pela igualdade de gênero.
Considerações Finais
Para concluir essa nota de aula foi realizado um resumo de forma a compilar as principais
informações discutidas aqui (Figura 03). A nota buscou trazer uma discussão ampla sobre as
relações de gênero no âmbito do Desenvolvimento. Podemos perceber que a desigualdade de
gênero é uma lacuna presente no Desenvolvimento Humano e que está enraizada nas relações
sociais por várias normas sociais de preconceito que são um reflexo da relação patriarcal. Mudar
essa realidade é algo que vem sendo almejado e trabalho em várias frentes, sendo que a
construção de políticas públicas é um caminho muito importante nesse processo, onde podemos
identificar a construção de indicadores sociais sobre gênero, políticas públicas com o foco na
igualdade de gênero, entre outras ações que vem ocorrendo no país.
Mais do que trazer respostas, o objetivo dessa nota de aula é apontar questionamentos sobre a
relação entre gênero e Desenvolvimento e despertando que esse debate tem ganhado
protagonismo nas políticas de Desenvolvimento mundo a fora. No entanto, ainda há muito o que
se discutir e questionar sobre como a igualdade de gênero poderá ser de fato alcançada em todo
o mundo.
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Figura 03: resumo das principais discussões da nota de aula
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Atividade para desenvolver em dupla no formulário próprio disponível no PVANET e
entregue na próxima aula via e-mail profmromarcoufv@gmail.com
Para essa de nota de aula faremos uma atividade prática. Cada dupla deverá realizar uma
investigação sobre ações direcionadas para a igualdade de gênero em municípios do Brasil. As
duplas podem escolher qualquer município que queira investigar. Para isso vão buscar verificar
quais ações o município realiza que são direcionadas para a igualdade de gênero. Essas ações
podem ser: políticas públicas, organização civil, organização de empresa privada, ONGs, entre
outros. A dupla deverá apresentar a ação realizada pelo município (pode ser qualquer município
brasileiro, ou qualquer programa internacional) e propor um fator de melhora nessa ação. Para
isso a dupla terá 5 minutos para essa apresentação. Além disso, a dupla deverá encaminhar para
o e-mail da disciplina a parte escrita da resposta, conforme em notas anteriores.
Uma dica: esses dados podem ser encontrados nos sites das prefeituras, de Ong´s de seus
municípios de governos estadual ou federal como no Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos. Como suporte também, é necessário assistir os vídeos sugeridos a seguir.
https://www.youtube.com/watch?v=EwiH56utCeM – ODS 5
Referências
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HERNÁNDEZ, Carmen Osorio. Gênero e Meio Ambiente: A construção do discurso para o
Desenvolvimento Sustentável. Ambiente y Desarrollo, v. 14, n. 26, p. 3-33, 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, IBGE. Estatísticas de
Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil. v. 2, 2018.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA E APLICADA – IPEA. Estudo mostra desigualdades
de gênero e raça em 20 anos. 2017. Disponível em
https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=29526#:~:text=El
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Disponível em: http://hdr.undp.org/en/2019-report/download. Acessado em 24 de agosto de 2020.
__________. 2020 HUMAN DEVELOPMENT PERSPECTIVES: TACKLING SOCIAL NORMS A
game changer for gender inequalities. Disponível em:
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2020
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