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na Aprendizagem da Leitura
e da Escrita
Professora Sâmia Letícia Cardoso dos Santos
Diretor Geral
Gilmar de Oliveira
Diretor Administrativo
Eduardo Santini
UNIFATECIE Unidade 3
Web Designer Rua Pernambuco, 1.169,
Thiago Azenha Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102,
FICHA CATALOGRÁFICA Saída para Nova Londrina
FACULDADE DE TECNOLOGIA E
Paranavaí-PR
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. (44) 3045 9898
Núcleo de Educação a Distância;
SANTOS, S. L. C.
www.fatecie.edu.br
Intervenção Psicopedagógica na
Aprendizagem da Leitura e da Escrita.
Sâmia Letícia Cardoso dos Santos.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 90 p.
As imagens utilizadas neste
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária livro foram obtidas a partir
Zineide Pereira dos Santos. do site ShutterStock
AUTOR
UNIDADE I....................................................................................................... 6
Teorias Psicopedagógicas
UNIDADE II.................................................................................................... 29
Dificuldades de Aprendizagem da Leitura e da Escrita
UNIDADE III................................................................................................... 45
Dislalia, Disgrafia, Disortografia e Dislexia
UNIDADE IV................................................................................................... 61
Intervenções Psicopedagógicas
UNIDADE I
Teorias Psicopedagógicas
Professora Mestre Sâmia Letícia Cardoso dos Santos
Plano de Estudo:
● Piaget e Freud: teoria interacionista.
● Vigotski: teoria sociointeracionista.
● Skinner: teoria ambientalista.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar as diferentes Teorias Psicopedagógicas.
● Compreender a abordagem das teorias interacionista,
sociointeracionista e ambientalista.
● Conhecer os estudiosos que criaram essas teorias.
● Estabelecer a importância das Teorias Psicopedagógicas para o desenvolvimento da
aprendizagem na/para a escola.
6
INTRODUÇÃO
Prezado(a) estudante,
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
À vista disso, a relação do indivíduo (criança) com o mundo não ocorre de manei-
ra direta, ou seja, depende do elo estabelecido pelos instrumentos e signos. Diante dos
signos, a linguagem escrita é fundamental na mediação das funções mentais superiores,
uma vez que o conhecimento é adquirido nas relações entre os indivíduos, por meio da
linguagem e da interação social. Além do mais, o signo pode ser compreendido como os
objetos ausentes, por exemplo, alguém diz eu comprei um cadeira de praia, embora quem
ouça não esteja próximo a uma cadeira desse tipo, consegue visualizá-la em pensamento.
Logo, os signos representam coisas no mundo.
Já os instrumentos podem ser definidos como os objetos utilizados por esse indiví-
duo para realizar uma determinada função. Por um exemplo, o indivíduo pode cortar algo
Fonte: a autora.
Para essa teoria, a linguagem tem uma função comunicativa. Através das palavras
se estabelece comunicação com outro, assim, o sujeito dialoga, argumenta, informa, en-
sina, aprende entre outras capacidades desenvolvidas exclusivamente pelo ser humano
racional. À vista disso, é mediante a linguagem que se expressa o pensamento humano,
proporcionando as interações humanas, na qual o falante constitui-se em sujeito, uma vez
que na ausência da linguagem não existe sujeito, nem interação.
Como dito anteriormente, o que distingue o ser humano dos outros animais é a
capacidade de verbalizar os pensamentos por meio da linguagem, por esse motivo Vy-
gotsky (2007) dedicou-se a estudar o processo de aquisição da linguagem. De acordo
com o psicólogo, esse processo ocorre de forma isolada no desenvolvimento infantil e sua
aquisição influencia e transforma o comportamento da criança, além disso, a linguagem
materializa o aparecimento de condutas, ou seja, a maneira de compreender o mundo.
Na aquisição da linguagem, o caráter social está muito presente, dado que é nítida
a necessidade da interação entre a criança e o adulto no progresso da linguagem, porque
essa mediação faz com a criança se introduza no mundo social. Portanto, o desenvolvimen-
to da linguagem não está ligado apenas aos fatores maturativos, exige interação afetiva e
apropriada com ambiente em que está inserida (VYGOTSKY, 2007).
Para a Teoria Sociointeracionista, segundo Miranda e Senra (2012), a aquisição da
linguagem provoca o desenvolvimento do pensamento, visto que através das palavras o
pensamento ganha existência. A linguagem representa uma ponte que liga o mundo socio-
cultural e os processos mentais. Vygotsky descreve a linguagem como a pedra angular do
desenvolvimento cognitivo do ser humano.
Interacionismo Sociointeracionismo
Papel do aprendente Ativo Ativo
Foco do aprendizado Desenvolver habilidades Desenvolver habilidades
cognitivas e conhecimento. cognitivas e conhecimento.
SAIBA MAIS
No início da infância, explorar o ambiente é uma das maneiras mais poderosas que a
criança tem (ou deveria ter) à disposição para aprender. Ela se diverte ao ouvir os sons
das teclas de um piano, pressiona interruptores e observa o efeito, aperta e morde para
examinar a textura de um ursinho de pelúcia e assim por diante. Essa lista de atividades,
entretanto, pode dar a impressão de que, para adquirir saberes, basta o contato direto
com o objeto de conhecimento. Na realidade, boa parte das relações entre o indivíduo e
seu entorno não ocorre diretamente. Para levar a água à boca, por exemplo, a criança
utiliza um copo. Para alcançar um brinquedo em cima da mesa, apoia-se num banqui-
nho. Ao ameaçar colocar o dedo na tomada, muda de ideia com o alerta da mãe - ou
pela lembrança de um choque. Em todos esses casos, um elo intermediário se interpõe
entre o ser humano e o mundo.
Em sua obra, o bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934) dedicou espaço a estudar esses
filtros entre o organismo e o meio. Com a noção de mediação, ou aprendizagem media-
da (leia um resumo do conceito na última página), o pesquisador mostrou a importância
deles para o desenvolvimento dos chamados processos mentais superiores - planejar
ações, conceber consequências para uma decisão, imaginar objetos etc.
Tais mecanismos psicológicos distinguem o homem dos outros animais e são essenciais
REFLITA
“O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situa-
ções-problemas” (Jean Piaget).
“O saber que não vem da experiência não é realmente saber” (Lev Vygostky).
“O auto-conhecimento tem um valor especial para o próprio indivíduo. Uma pessoa que
se ‘tornou consciente de si mesma’, por meio de perguntas que lhe foram feitas, está em
melhor posição de prever e controlar seu próprio comportamento” (B. F. Skinner).
LIVRO
Título: Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vigotski: A
relevância do social
Autora: Isilda Campaner Palangana
Editora: Summus Editorial
Sinopse: Esta obra clássica, à luz das teorias de Jean Piaget e Lev
Semenovich Vigotski, descreve os processos de aprendizagem
e desenvolvimento humano. A autora investiga os fundamentos
metodológicos e as raízes epistemológicas dos postulados desses
dois estudiosos.
LIVRO 2
Título: Teorias da Aprendizagem. Um Encontro Entre os Pensa-
mentos Filosófico, Pedagógico e Psicológico.
Autoras: Makeliny Oliveira Gomes Nogueira e Daniela Leal
Sinopse: Este livro propõe a respeito de como ocorre o desen-
volvimento humano. Essas discussões teóricas tratam de concep-
ções que fornecem as bases para que o leitor possa entender os
mecanismos de aprendizagem. O enfoque da concepção adotada
na obra está nas relações que podem ser estabelecidas entre triple
filosofia, educação e psicologia.
FILME/VÍDEO
Título: FREUD: além da alma.
Ano: 1962
Direção: John Huston. EUA: Universal Pictures, 140 min.
Sinopse: O Filme articula as descobertas revolucionária de Freud
com os acontecimentos pessoais, mostrando os conflitos vivencia-
dos por ele no início de sua carreira.
https://archive.org/details/Pfilosofia-freud383-4
Plano de Estudo:
● Dificuldade de aprendizagem e suas concepções.
● Variáveis quanto à dificuldade de aprendizagem.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar o termo Dificuldade de Aprendizagem.
● Compreender os conceitos de Dificuldade de Aprendizagem,
Distúrbios/Transtornos de Aprendizagem e Fracasso Escolar.
● Estabelecer a importância da distinção de cada conceito.
29
INTRODUÇÃO
Bons Estudos!
É sabido que todo ser humano tem uma capacidade inata para aprender, um pro-
cesso natural, porém exige uma complexa atividade mental que envolve diversos aspectos:
emoções, percepção, memória, mediação, conhecimentos prévios, entre outros (BOSSA,
2000). Logo, muitos fatores precisam trabalhar de maneira favorável e concomitantemente,
para que o processo ensino-aprendizagem aconteça de modo satisfatório. Contudo, quan-
do isso não ocorre, as consequências geram dificuldade de aprendizagem (doravante DA).
Em 1800, surgiram os primeiros estudos para entender as razões da incidências da
DA, os pesquisadores que realizaram esses estudos eram da área médicas, em particular
os neurologistas, cujos objetivos eram constatar lesões em vítimas de acidentes, pois apre-
sentavam limitações de habilidades da fala, correlacionando os problemas encontrados com
as dificuldades apresentadas pelos pacientes. Um dos principais médicos responsáveis por
esse estudo, Franz Joseph Gall, por meio dos resultados, verificou que as incidências de
não aprendizagem estavam desassociadas das disfunções de ordem neurológica (FARIAS;
GRACINO, 2019).
A partir desse resultado, houve a necessidade de pesquisas nas áreas da psico-
logia e psiquiatria. Os profissionais dessas áreas, juntamente com médicos, elaboraram
programas para auxiliar e recuperar os indivíduos que apresentavam DAs. O neuropsi-
quiatra Alfrad Strauss (1897-1957) e o psicólogo Heinz Werner (1890-1964), que faziam
parte dessas pesquisas, compreenderam também que, muitas vezes, as DAs não estão
Além do conceito de DA, alguns autores definem as suas variáveis. O tópico a se-
guir aborda duas dessas variáveis, isto é, os termos distúrbio/transtorno de aprendizagem
e o fracasso escolar.
SAIBA MAIS
REFLITA
“O papel da escola
não é mostrar a face visível da lua,
isto é, reiterar o cotidiano,
mas mostrar a face oculta, ou seja,
revelar os aspectos essenciais
das relações sociais
que se ocultam sob os fenômenos
que se mostram à
nossa percepção imediata” (Dermeval Saviani).
“[...] Por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam,
há uma criança que pensa” (Emília Ferreiro)
RESUMO: O objetivo deste artigo é descrever e refletir sobre algumas das dificul-
dades de aprendizagem presentes no contexto escolar e, através disso, pontuar algumas
das estratégias didáticas e de intervenção que podem ser utilizadas pelos professores.
Trata-se um estudo teórico, na modalidade de revisão narrativa da literatura. Buscamos
reunir algumas das discussões e propostas atuais que se basearam em questionamentos
sobre inserção da Psicologia na Educação e tipos de estratégias didáticas utilizadas nas
determinadas dificuldades de aprendizagem. Os achados mostram que existem constantes
diálogos entre a Psicologia e a Educação, havendo possibilidades de trabalhar dificuldades
de aprendizagem com uso de recursos que podem se adequar à estrutura das escolas, com
intuito de facilitar o processo de aprendizagem.
LIVRO
Título: Dificuldades e distúrbios de aprendizagem.
Autor: Elizabeth Regina Streisky de Farias e Eliza Ribas Gracino
Editora: InterSaberes;
Sinopse: Neste livro, são abordadas as concepções de Dificulda-
des e distúrbios de aprendizagem, a fim de promover uma dinâ-
mica criativa, envolvente e otimizada em sala de aula, bem como
identificar e compreender os obstáculos de aprendizagem que os
alunos enfrentam.
FILME/VÍDEO
Título: Sempre Amigos
Ano: 1998
Sinopse: Narra a história de Maxwell Kane, um garoto de 14 anos
que tem dificuldades de aprendizado e vive com seus avós desde
que testemunhou o assassinato de sua mãe, morta pelo marido.
Um belo dia, Kevin Dillon, um garoto que sofre de distrofia mus-
cular, se muda para a vizinhança, eles logo se tornam grandes
amigos. Juntos vivem grandes aventuras, enfrentando o precon-
ceito das pessoas à sua volta, que dizem que, ao carregar Kevin
no pescoço, Maxwell é o corpo e Kevin é o cérebro.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=wBDUX-
pX1AAg
Plano de Estudo:
● Dislalia, Disgrafia, Disortografia e Dislexia e suas concepções.
● Sinais e sintomas de Dislalia, Disgrafia, Disortografia e Dislexia.
● Possíveis causas da Dislalia, Disgrafia, Disortografia e Dislexia.
Objetivos da Aprendizagem
● Conceituar e contextualizar os Transtornos Específicos de Linguagem
● Compreender os conceitos e definições da Dislalia,
Disgrafia, Disortografia e Dislexia.
● Entender os sinais e os sintomas, bem como as
causas de cada Transtorno Específico de Linguagem.
45
INTRODUÇÃO
Bons Estudos!
Por outro lado, a disortografia cujo “dis” significa desvio, “orto” quer dizer “forma
correta” e “grafia” tem significado de “escrita”. Embora esse transtorno afete a palavra, não
está relacionado ao traçado ou grafia, pois “as dificuldades centram-se na organização,
estruturação e composição de textos escritos; a construção frásica é pobre e geralmente
curta, observa-se a presença de múltiplos erros ortográficos e [por vezes] má qualidade
gráfica” (PEREIRA, 2009, p. 9). Coimbra (2013) colabora com essa definição ao afirmar que
a disortografia prende-se com problemas ao nível da ortografia e da planifi-
cação e da formulação (composição) escrita. É caracterizada pela dificuldade
na organização, estruturação e composição de textos escritos. As frases são
pobres e curtas e apresentam incorreções, erros ortográficos (COIMBRA,
2013, p. 19).
Para Fonseca (1999 apud MOURA, 2011, s/p), a dislexia tratar-se de uma “difi-
culdade duradoura”, em “crianças inteligentes, escolarizadas, sem qualquer perturbação
sensorial e psíquica já existente”. Dessa forma, afeta a aprendizagem e a utilização ins-
trumental da leitura, devido aos problemas referentes ao nível da consciência fonológica,
de origem neurobiológica, entretanto faz-se necessário salientar que esse distúrbio não
está associado ao Quociente de Inteligência (QI). Logo, um disléxico não tem um baixo
nível intelectual; pelo contrário eles podem apresentar um grau de aprendizagem acima
da média para outras áreas que não a leitura, levando em consideração a sua faixa etária.
Diante disso, é importante ressaltar que a criança com dislexia não é deficiente
mental, física, auditiva, visual, múltipla ou de alto risco. Esse distúrbio não é consequência
de um desenvolvimento comprometido na fase gestacional, nem uma alimentação impró-
pria, nem um nascimento prematuro.
Caraciki (2008) colabora com essa concepção ao descrever alguns aspectos que
caracterizam a disgrafia: letra ilegível; lentidão na escrita; escrita desorganizada; traços
fortes marcando o papel ou traços leves e também irregulares; desorganização na folha de
papel por não ter orientação espacial; desorganização das formas, tamanho muito pequeno
ou muito grande entre outros.
Entretanto, a criança que apresenta um ou dois sintomas não pode ser considerada
disgráfica, já que é necessário apresentar um conjunto ou quase a totalidade de sintomas.
A disortografia apresenta diversos sinais e sintomas, mas o que predomina são os
erros ortográficos. Torres e Fernández (2001) descrevem os seguintes erros:
● Erros de caráter linguístico-perceptivo: são as omissões(fonemas em posi-
ção constritiva, [como] em vez de [cromo], ou em posição final, [pato] em vez de [patos]; as
adições ([castelolo] em vez de [castelo]); e as inversões de fonemas vocálicos ou conso-
nantais nas palavras ([bulsa] em vez de [blusa]).
● Erros de caráter visoespacial: referem-se erros derivados das dificuldades na
distinção pela posição no espaço ([d] por [p], [p] por [q]); trocas pelas semelhanças nas
características visuais ([m] por [n], [o] por [a] e [i] por [j]), confusão entre os fonemas que
apresentam duplas grafias [ch] por [x] e [s] por [z]), bem como em fonemas que permitem
A dislexia não tem cura total, mas o tratamento vai auxiliar o paciente em relações
às suas dificuldades, mobilizando uma pequena progressão de melhoria no processo de
aprendizagem e, também, auxiliando em problemas como autoestima e socialização. Por
isso, no âmbito escolar, os educadores devem conhecer, diagnosticar e propiciar ações que
estimulem o desenvolvimento escrito e oral do aluno disléxico.
REFLITA
“Não importa que uma criança aprenda devagar. O que importa é que a encorajemos a
nunca desistir” (Robert John Machan).
“O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situa-
ções-problemas” (Jean Piaget).
“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate.
A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa”
(Paulo Freire).
É sabido que muitos crianças têm dificuldades com relação à leitura e à escrita,
e algumas dessas dificuldades não são oriundas apenas do processo de aquisição da
escrita alfabética, ou seja, eles apresentam Transtornos Específicos de Linguagem e, con-
sequentemente, requerem atenção e empenho por parte dos professores, visto que estão
presentes nos primeiros contatos dos alunos com a escrita convencional.
Diante disso, nesta unidade, foram abordados os diversos transtornos: dislalia,
disgrafia, disortografia e dislexia. Estes estão relacionados com a linguagem, ou seja, são
dificuldades que refletem na fala, na escrita e/ou na leitura.
Para a maior compreensão de cada um desses transtornos, ao longo da unidade,
explanou-se os diversos sinais e sintomas, os quais possibilitaram entender que cada
transtorno específico de linguagem se manifesta de forma diferente, pois possuem causas
diversas, isto é, fatores emocionais, sociais e também neurológicos.
LIVRO
Título: Dificuldade de aprendizagem na alfabetização
Autoras: Maria das Graças Castro de Sena e Maria Fátima Car-
doso de Gomes
Editora: Autêntica
Sinopse: Este livro destina-se a professores, pais, alunos e educa-
dores em geral, pois discute o processo de ensino e aprendizagem
da leitura e da escrita de alunos que estão em fase de aquisição
dessas habilidades e as dificuldades advindas desse processo.
Dificuldades escolares, familiares e pessoais que se articulam
formando uma rede que leva os aprendizes ao sucesso e/ou ao
fracasso na leitura e na escrita são abordadas nesta obra.
FILME/VÍDEO
Título: Como estrelas na terra
Ano: 2007
Sinopse: O filme conta a história do jovem Ishaan, que tem muitas
dificuldades em relação ao estudo. Após várias reclamações da
escola, o pai de Ishaan, acreditando que o garoto não faz as ativi-
dades por falta de responsabilidade, o coloca em um internato. Lá,
o professor Nikumbh não demora a perceber o real problema de
Ishaan, a dislexia, e desenvolve um plano para que Ishaan tenha
novamente vontade de aprender.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=0CMMlN4bKVs
INTRODUÇÃO
Plano de Estudo:
● Intervenções no processo de aprendizagem da leitura e escrita.
● Sugestões de Jogos para realizar a intervenção.
● Recurso tecnológicos como forma de intervenções.
Objetivos da Aprendizagem
● Compreender o conceito de intervenções psicopedagógicas.
● Entender a importância dessas intervenções para o contexto escolar.
● Reconhecer a relevância dos jogos e das tecnologias como estratégias de interven-
ções psicopedagógicas.
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INTRODUÇÃO
FIGURA 1 - TANGRAM
● Torre de Hanói: um jogo estratégico que tem uma base com três pinos na
posição vertical. No primeiro pino, há uma sequência de discos com ordem
crescente de diâmetro, de cima para baixo. A criança precisa mover todos os
discos do primeiro pino para o último com a ajuda do pino central, respeitando
a sequência, isto é, o pino de maior diâmetro não deve ficar sobre o de menor
diâmetro, desenvolvendo a memória, o planejamento e a solução de problemas
através de técnicas de estratégias.
FIGURA 10 - TRAVA-LÍNGUAS
Esses recursos tecnológicos são imprescindíveis para auxiliar nas atividades cur-
riculares diárias dos alunos com transtornos específicos de linguagem, possibilitando a
realização de atividades que eles sozinhos provavelmente não conseguiriam ou levariam
muito tempo para executá-las.
Em suma, os recursos tecnológicos são estratégias importantes para ultrapassar
as barreiras da dificuldade de aprendizagem referente à leitura e à escrita. Por conseguinte,
torna-se mais eficaz a prática desenvolvida pelo professor com discentes que apresentam
transtornos específicos de linguagem, proporcionando a esses alunos o desejo de adquirir
a linguagem numa dinâmica de prazer.
Durante uma aula, a professora Alaide Nicoletti Deyrmendijan, da EMEI Dr. José Augus-
to, em São Paulo, pediu às crianças que assinassem o cartão de aniversário feito para
presentear uma colega. Enquanto todos trabalhavam, ela caminhou pela sala e viu que
Raul havia escrito seu nome da direita para a esquerda com rotação das letras R e L. Ao
lado do menino, Alaide propôs que ele lesse o que estava escrito e comparasse com seu
crachá. Aos poucos, Raul percebeu que, para escrever uma palavra em nossa língua, é
necessário respeitar uma ordem determinada: da esquerda para a direita.
REFLITA
“Aos velhos e jovens professores, aos mestres de todos os tempos que foram agra-
ciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz. Ser professor é um privilégio. Ser
professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor
é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes” (Gabriel Chalita).
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Coralina).
“Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas
interessantes” (Carlos Drummond de Andrade).
ROSIANI CARVALHO
LIVRO
Título: Intervenção Psicopedagógica nas Dificuldades de Aprendi-
zagem Escolar
Autor: Maria Lucia Lemme Weiss
Editora: Wak
Sinopse: Este livro contribui para a reflexão de profissionais e
de estudantes na área da Psicopedagogia, da Educação, da
Psicologia e de diferentes Clínicas, possibilitando-lhes o encontro
com experiências diversas de ajuda a alunos com dificuldades de
aprendizagem escolar, a seus pais e às escolas.
FILME/VÍDEO
Título: Sementes do nosso quintal
Ano: 2012
Sinopse: A infância é o tema central do documentário, que foca
no cotidiano da Te-Arte, uma escola infantil inovadora que foca
no estímulo da criatividade infantil, e na trajetória da idealizadora
Thereza Soares Pagani.
CASTAÑO J. Bases neurobiológicas del lenguaje y sus alteraciones. Rev Neurol., v. 36, n.
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CONCLUSÃO GERAL
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