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COLÉGIO DE APLICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS E DA NATUREZA
QUÍMICA
Prof. Victor Santos DATA: / / 2020
Aluno(a): ....................................................................................................................................... Turma:
1. INTRODUÇÃO
A natureza é formada por aglomerados de átomos, unidos por forças de atração existentes entre eles. Com
exceção dos gases nobres, que são praticamente inertes, todos os demais átomos precisam se ligar para ficarem
estáveis. Sendo assim, as Ligações Químicas são forças de atração que mantêm os átomos ligados uns aos outros.
Os átomos de quase todos os elementos, em condição ambiente, apresentam sozinhos muita energia e são
muito reativos devido a isso. Para adquirir estabilidade química, os átomos reagem entre si, estabelecendo ligações
químicas para formar as substâncias.
Em condições normais, os únicos elementos cujos átomos são encontrados isolados na natureza, por
apresentarem baixa energia e, consequentemente, serem estáveis, são os gases nobres.
Como existe uma relação direta entre as propriedades químicas dos elementos e suas respectivas
configurações eletrônicas, os cientistas concluíram que a estabilidade dos gases nobres estava relacionada ao fato
de esses elementos terem a camada de valência (última camada eletrônica) completa no estado fundamental –
todos os gases nobres apresentam 8 elétrons na última camada eletrônica, com exceção do hélio, que contém dois
elétrons, mas tem apenas a camada K.
Perceba, no quadro a seguir, que todos os gases nobres têm seu último nível com 8 elétrons.
GÁS NOBRE CONFIGURAÇÃO ELETRÕNICA
2He K=2
10Ne K = 2 // L = 8
18Ar K = 2 // L = 8 // M = 8
36Kr K = 2 // L = 8 // M = 18 // N = 8
54Xe K = 2 // L = 8 // M = 18 // N = 18 // O = 8
86Rn K = 2 // L = 8 // M = 18 // N = 32 // O = 18 // P = 8
Quadro 1: Configuração eletrônica dos gases nobres.
Assim, os demais elementos deveriam estabelecer ligações, doando, recebendo ou compartilhando elétrons,
de modo a adquirir uma configuração eletrônica igual à de um gás nobre.
Essa ideia foi defendida pelo químico norte-americano Gilbert Newton Lewis (1875-1946) e generalizada sob
o título de regra do octeto, que apesar de apresentar uma série de limitações, aplica-se bem à maioria dos elementos
representativos. Assim sendo, os átomos dos diferentes elementos estabelecem ligações, doando, recebendo ou
compartilhando elétrons, para adquirir uma configuração eletrônica igual à de um gás nobre.
2. CAMADA DE VALÊNCIA
Quando um átomo reage com outro átomo do mesmo elemento ou de elementos diferentes, apenas os elétrons
do seu nível mais externo são importantes, pois somente eles vão interagir para a formação da ligação química.
Camada de valência: camada eletrônica mais externa de um átomo.
A camada de valência é a responsável pela capacidade que um átomo tem de formar ligações. Para isso,
Lewis criou, em 1916, uma simbologia, a fim de identificar a camada de valência de átomos pertencentes a
elementos representativos na tabela periódica, que foi batizada de simbologia ou esquema de Lewis, como mostrado
no quadro 2.
SIMBOLOGIA
Lembrando que não existem elétrons diferentes um do outro, essa é apenas uma forma de destacar o que são
elétrons ligantes e não ligantes.
A simbologia é simples de se entender. Se o átomo pertence ao grupo 1 da tabela periódica, ele vai ter apenas
um elétron na sua camada de valência; se do grupo 2, dois elétrons na sua camada de valência, e assim
sucessivamente.
Na simbologia de Lewis, os pontinhos (•) representam elétrons ligantes, ou seja, aqueles que fazem ligação
simples, e os símbolos (××) representam elétrons livres ou não ligantes, ou seja, aqueles que não fazem ligações
simples ou que fazem ligações coordenadas.
Quando as ligações químicas são representadas utilizando-se a simbologia de Lewis, as fórmulas químicas
resultantes são chamadas de estruturas de Lewis ou eletrônicas.
Logo, a formulação do composto formado pela combinação desses dois íons será: Na+ + Cℓ– NaCℓ.
3.1. Eletrovalência
Nas ligações iônicas, a regra do octeto é aplicada, principalmente, para metais representativos,
especificamente dos grupos 1, 2 e para elementos ametálicos.
Os metais têm tendência para perder elétrons, enquanto os ametais, para ganhar elétrons.
No entanto, alguns elementos metálicos da tabela periódica, na seção dos elementos representativos, como
o chumbo (Pb) e o estanho (Sn), são chamados de elementos de pós-transição. A regra do octeto não se aplica a
eles. Dos metais de transição, os que perdem elétrons de forma fixa são apenas o zinco (Zn2+) e a prata (Ag+).
Então, o que é eletrovalência?
A eletrovalência corresponde à carga do íon formado na ligação iônica. E pode ser diferente da valência, que
é a quantidade de ligações que um átomo pode fazer. Por exemplo: o cloro tem 7 elétrons na camada de valência;
logo, poderá efetuar até 7 ligações, apresentando valência 7. Mas numa ligação iônica a tendência do cloro é para
receber um elétron, assim sua eletrovalência é 1–. Já no caso do cálcio, a valência e a eletrovalência são iguais
(2+).
H 2O =
Nesse caso, podemos perceber que existem 8 elétrons em volta do átomo de oxigênio.
Para cada átomo de hidrogênio, existem 2 elétrons, mostrando que a molécula da água está de acordo com a
teoria do octeto.
• Fórmula estrutural ou de Couper: indica o número de ligações entre os elementos em forma de traços, ou seja,
cada par de elétrons corresponde a um traço.
H 2O =
• Fórmula molecular: indica quais os elementos e o número de átomos de cada elemento envolvido na formação
da molécula.
H2O → 2 átomos de hidrogênio (H) e 1 átomo de oxigênio (O)
Um átomo poderá compartilhar com outro átomo do mesmo elemento ou de elemento diferente um, dois ou
três pares de elétrons, formando, respectivamente, ligações covalentes simples, duplas ou triplas. Acompanhe os
exemplos no quadro a seguir:
Não existe uma regra básica para se fazer a montagem de uma molécula na fórmula estrutural ou eletrônica;
entretanto, é necessário fazer a montagem de acordo com a valência que cada elemento tem, lembrando que,
geralmente, átomos de hidrogênio (H) ligam-se, preferencialmente, a átomos de oxigênio (O), devido à diferença de
eletronegatividade.
Nesse caso, verificamos as possibilidades de cada um desses átomos de acordo com suas valências:
REGRAS GERAIS
• Liga-se todos os H aos O, formando pares H – O – ;
• Liga-se todos os pares H – O – ao elemento principal, que no caso é aquele que geralmente se encontra no
meio da fórmula molecular. O elemento princial têm como característica fundamental, possuir a maior valência.
No caso em questão o elemento principal é o N;
• Se a estrutura já está com o octeto completo, liga-se os elementos faltantes aos elétrons livres (ou par de
PROF. VICTOR MAIA SANTOS LIGAÇÕES QUÍMICAS – IÔNICAS E COVALENTES
elétrons não-ligantes) do elemento principal, formando ligação coordenada;
Resposta:
c) Identifique o tipo de ligação existente entre cada um dos elementos do acetato de sódio?
As ligações iônicas (I) ocorrem entre: metais x ametais // metais x H
As ligações covalentes (C) ocorrem entre: ametais x ametais // ametais x H
Resposta:
GABARITO SEMANA 32