O diretor descreve os desafios de adaptar e dirigir uma peça teatral baseada no texto de James Joyce em um curto período de tempo. Eles usaram um grande pano branco suspenso como cenário, com os atores entrando e saindo por buracos para representar as personagens. Música irlandesa e efeitos sonoros foram usados para ambientar as cenas. Apesar dos desafios, o diretor acredita que o elenco entregou um resultado satisfatório graças ao bom direcionamento da professora.
O diretor descreve os desafios de adaptar e dirigir uma peça teatral baseada no texto de James Joyce em um curto período de tempo. Eles usaram um grande pano branco suspenso como cenário, com os atores entrando e saindo por buracos para representar as personagens. Música irlandesa e efeitos sonoros foram usados para ambientar as cenas. Apesar dos desafios, o diretor acredita que o elenco entregou um resultado satisfatório graças ao bom direcionamento da professora.
O diretor descreve os desafios de adaptar e dirigir uma peça teatral baseada no texto de James Joyce em um curto período de tempo. Eles usaram um grande pano branco suspenso como cenário, com os atores entrando e saindo por buracos para representar as personagens. Música irlandesa e efeitos sonoros foram usados para ambientar as cenas. Apesar dos desafios, o diretor acredita que o elenco entregou um resultado satisfatório graças ao bom direcionamento da professora.
Dirigir o espetáculo foi um desafio interessante. A partir da adaptação do texto tínhamos
muitas tarefas a serem realizadas: conseguir internalizar as intenções das personagens, se apropriar do texto de maneira satisfatória, ensaiar o suficiente para ser algo apresentável ao público, trabalhar as marcações de palco, sonoplastia e tudo isso num período muito curto de tempo. A partir da divisão dos papéis começamos os ensaios, fizemos vários exercícios de preparação, concentração e integração para proporcionar um bom ambiente para trabalharmos a nossa representação. Foram 2 meses desde que pegamos o texto pela primeira vez até o dia do espetáculo e além da preparação dos atores também foi de responsabilidade da direção todas as resoluções que envolviam a nossa cenografia/figurino. Para a cenografia utilizamos um grande tecido branco de 9m x 8m. O pano fica suspenso com cordas que fazem um quadrado de cerca de 5m x 4m onde acontece todo o ato cênico. Todos os atores desde o início estão embaixo dessa estrutura, ao longo da peça as personagens tem sua entrada em buracos no pano e marcada através de cenas, sons e orientações dadas pelo texto, em algumas situações após sua entrada, a personagem continua participando das cenas apenas com reações, não necessariamente com falas premeditadas. A utilização do pano foi inspirada numa performance da artista brasileira Lygia Pape. Na configuração das cenas tentamos deixar tudo bem arranjado para que em qualquer lugar em que os espectadores viessem a sentar, ele pudesse sempre ter a visualização completa do espetáculo, outro cuidado foi não sobrepor posições próximas no pano e também as diferentes alturas em que cada um aparece. Vale lembrar que os diferentes níveis do pano transmitem tanto uma posição hierárquica entre as personagens quanto uma harmonização que facilita o entendimento das ações. Em algumas posições do pano deixamos apenas espaço suficiente para que a personagem apareça com a sua cabeça, em outras é possível aparecer da cintura para cima e fizemos também aparições de “meio busto”, nelas a personagem sai pelo buraco numa posição diagonal e fica a sua cabeça e um braço exposto. Tudo isso é pensado para dar mais dinamismo e enriquecer o jogo teatral. Em um espetáculo onde os atores não aparecem de corpo inteiro é muito fácil cair na monotonia, um desafio a ser vencido era de trazer movimento para a cena sem que as personagens efetivamente se movimentassem no palco. As luzes, os movimentos de entrada e saída, as transições de som e uma grande expressividade facial também ajudaram muito essa movimentação. No que tange ao texto, uma preocupação geral é como fazer o público que não conhece James Joyce absorver o que estava acontecendo em palco. As falas que fazem referência a cultura irlandesa, as mudanças repentinas de intenções e a grande quantidade de personagens em cena geram propositalmente o sentimento de confusão, já a configuração no espaço, caracterização, luz, som e cadência do texto visam que o espectador se situe no que está acontecendo sem perder essa ideia de ser um delírio/sonho. Por fim, no processo de direção introduzimos a sonoplastia, para isso foram utilizadas músicas tipicamente irlandesas que traziam o tom das cenas, elas entram em transições ou como trilha sonora de apoio. Também tivemos personagens que apareceram em forma de locução e barulhos para ambientação como sinos, sirene policial, choro de bebê e etc. No geral aconteceram muitas mudanças na concepção do espetáculo e foi um processo bem enriquecedor quando pensamos no crescimento coletivo, tivemos ótimas atuações, considerando um elenco composto por atores e não atores, todos da produção bem engajados com o objetivo final e isso tudo aliado a um bom direcionamento por parte da professora Dirce Waltrick do Amarante, que nos guiou nesse exercício de adaptação e montagem cênica, acredito que atingimos um resultado satisfatório e que ainda pode ser muito aprimorado a partir de nossa criação.
Os jogos teatrais no processo de alfabetização: potencialidades para a alfabetização na perspectiva discursiva, dos ensaios ao processo de cri(ação) de professores(as) e crianças protagonistas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ROUPAS, OBJETOS E ESPAÇOS A Cultural Material em Clarice Lispector CLARISSE FUKELMAN Rio de Janeiro Janeiro 2015