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Riscos de acidentes domésticos estão nos mais diversos ambientes e situações, desde o

contato com altas temperaturas na cozinha até o caminhar do quarto para o banheiro durante
a noite.

Este último é um dos casos mais comuns de acidentes que acomete os idosos, quando o risco
é maior; pois a recuperação, na maior parte das vezes, é mais lenta e complicada.

Residências adaptadas com corrimões e materiais antiderrapantes colaboram muito para


evitar este tipo de acidente.

Mas cuidados simples como tirar objetos que obstruam o caminho pela casa e manter
iluminação adequada podem ser a diferença para evitar um transtorno deste tipo.

A professora do Imes, Rosamaria R. Garcia, atua na clínica de fisioterapia da Universidade e dá


algumas informações e dicas de como prevenir e lidar com os acidentes domésticos com o
idoso.

Principais riscos de acidentes com idosos em casa: As casas das pessoas idosas geralmente são
repletas de perigos.

Os principais riscos são:

• presença de muitos móveis atrapalhando a passagem,

• escadas inclinadas, com degraus irregulares, mal iluminadas e sem corrimão,

• tapetes avulsos e carpetes mal adaptados ou rasgados

• má iluminação,

• tacos soltos no chão ou pisos quebrados,

• pisos encerados ou escorregadios,

• camas e sofás muito altos ou muito baixos,

• cadeiras e vasos sanitários muito baixos,

• prateleiras de difícil alcance,

• presença de animais domésticos pela casa,

• uso de chinelos ou sapatos em más condições ou mal adaptados,

• fios elétricos soltos, objetos espalhados pelo chão.


Formas de prevenção de acidentes mais utilizadas e atitudes para evitá-los:

• retirar móveis que estejam atrapalhando a passagem (principalmente em corredores,


caminho para atender ao telefone, à porta, para chegar ao banheiro) ou colocá-los em outros
locais.

• colocar corrimão nas escadas e utilizá-los sempre;

• utilizar as escadas sempre com luz acesa;

• colocar fita adesiva colorida e antiderrapante nos degraus ou principalmente no primeiro e


no último degrau;

• retirar todos os tapetes avulsos e consertar o carpete;

• se for impossível retirar os tapetes, colocar fita adesiva antiderrapante para evitar que
escorreguem;

• aumentar a altura dos móveis e do vaso sanitário;

• evitar sentar em cadeiras, sofás e camas que dificultem a transferência para outros locais;

• manter os objetos e utensílios mais utilizados entre a altura dos ombros e da cintura,
evitando subir em banquinhos e cadeiras ou abaixar-se demais;

• quando for brincar com o animal de estimação, faça-o sentado;

• quando estiver fazendo atividades que exijam deslocamento constante, como cozinhar,
estender roupas, etc, deixar o animal de estimação em outro cômodo, evitando tropeçar nele;
• evitar o uso de chinelos e sapatos mal calçados ou soltos, como tamancos, sandálias, pois a
forma como o peso é descarregado nos pés muda completamente, favorecendo a queda;

• manter os fios presos ou embaixo de móveis;

• instalar barras de apoio no box e no vaso sanitário, para facilitar o banho e a utilização do
banheiro;

• usar tapete antiderrapante no box e não tomar banho descalço;

• nunca se agarrar na pia para levantar-se do vaso, pois esta pode deslocarse e provocar um
sério acidente; Hoje, os arquitetos e profissionais da área elaboram projetos de residências
específicas e adaptadas para idosos. Mesmo os adultos jovens devem pensar no seu próprio
envelhecimento ao construírem ou adquirirem uma residência, pois provavelmente podem
envelhecer na mesma, tendo dificuldades para subir escadas ou entrar e sair de uma banheira,
por exemplo.
3. Procedimentos imediatos em caso de queda:

• Se a pessoa cair, nunca deve levantar-se imediatamente. Deve manter a calma, verificar se
há algum sangramento ou lesão. Em caso positivo, tem de ir imediatamente a um pronto
socorro. Caso ninguém possa levá-la, deve chamar uma ambulância pelos telefones 193, 199
ou 192. Este serviço a transportará até o hospital por meio de pessoas especializadas.

• O acompanhante, cuidador ou familiar do idoso não deve apressá-lo para levantar-se e nem
apavorá-lo com a queda. Deve demonstrar calma e esperar o tempo que for necessário para
ajudar o idoso a levantar-se. Deve certificar-se de que o idoso esteja bem e chamar a
ambulância para levá-lo ao hospital. É importante fazer uma avaliação médica para verificar se
não houve lesão ou algum outro dano.

• Se estiver com dor, aguardar o alívio para somente depois levantar.

• O idoso não deve tentar levantar-se sozinho. Deve pedir auxílio a alguém. Se estiver sozinho,
esperar alguns minutos até sentir-se bem e disposto para levantar.

• Sempre relatar a queda aos profissionais de saúde, pois os mesmos podem ajudá-lo a
identificar lesões, como fraturas ou contusões, e prevenir novas quedas.

• Não usar medicamentos sem prescrição do médico.

• Nunca usar compressas quentes para contusões, escoriações ou pancadas, pois aumentam o
sangramento e a inflamação.

• O acompanhante ou familiar não deve restringir o idoso em decorrência da queda. Impedir


que o idoso saia de casa ou deixe de fazer suas atividades do dia-a-dia aumentará ainda mais o
risco de cair. Portanto, após uma queda e a constatação do adequado estado de saúde do
idoso, o familiar deve deixá-lo retornar às suas atividades normais.

4. Comportamentos de risco - o que fazer para prevenir a queda?

• Não subir em banquinhos ou cadeiras, ou apoiar-se na cama ou em outros locais para


alcançar prateleiras altas ou maleiros;

• Não apoiar-se em cadeiras ou portas de geladeira ou de armários para levantar-se ou para


andar;

• Na rua, nunca atravessar no meio dos carros ou quando o semáforo para pedestres ainda
estiver vermelho;

• Se estiver com sono, não permanecer em cadeiras ou móveis instáveis, pois ao adormecer,
poderá cair;

• Manter a casa o mais livre possível de riscos de queda;

• Não lavar a cozinha, banheiro ou quintal com chinelos ou descalço, pois poderá escorregar;
• Durante a noite, deixar sempre uma luz acesa, para facilitar o deslocamento do quarto até o
banheiro. Geralmente, os idosos levantam-se à noite e a sonolência ou o efeito de alguns
medicamentos podem provocar quedas; "Pensar que a queda nunca acontecerá com você
também é um risco, pois impede a prevenção. A maioria das quedas é inesperada e pode
acontecer a qualquer um, portanto, todos devem preveni-la."

http://www.uscs.edu.br/cipa/downloads/47.pdfhttp://www.uscs.edu.br/cipa/downloads/
47.pdf

http://www.ordemenfermeiros.pt/colegios/Documents/
MCEER_FM_Guia_Profissionais_CMC.pdf

https://www.google.pt/search?
q=como+sair+da+cama&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjZkNjRr-
HMAhVBHxoKHaGLDMkQ_AUIBygB&biw=1366&bih=667#tbm=isch&q=posicionamentos+de+d
oentes+acamados&imgdii=e_zWabVXaDFx8M%3A%3Be_zWabVXaDFx8M%3A
%3B1hajp9IyX9z5XM%3A&imgrc=e_zWabVXaDFx8M%3A

Tabela 2: Doenças que favorecem as quedas PATOLOGIA CARDIOVASCULAR Síncope.

PATOLOGIA CARDIOVASCULAR
Síncope. Disritmias Lesões valvulares
Doença vascular periférica Hipotensão ortostática
Cardiopatia isquémica Insuficiência cardíaca
PATOLOGIA NEUROLÓGICA/PSIQUIÁTRICA
Síndromes de disfunção do equilíbrio Extrapiramidalismos Doença de Parkinson
Acidente vascular cerebral (AVC/AIT) Crises epilépticas
Hidrocefalia normotensiva Massa intracraneana
Depressão e Ansiedade Deterioração cognitiva
PATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR
Patologia inflamatória Artroses
Osteoporose Patologia do pé
PATOLOGIA SENSORIAL MÚLTIPLA
Engloba toda a patologia ocular, do sistema proprioceptivo e do equilíbrio
PATOLOGIA SISTÉMICA
Infecções, transtornos endocrino-metabólicos e hematológicos

Factores de risco relacionados com o espaço envolvente


A maioria dos acidentes que têm como consequência uma queda ocorre por uma má
adequação do espaço envolvente. É importante conhecer os factores de risco associados para
se poder preveni-los.

ESPAÇO ENVOLVENTE FACTORES DE RISCO


Pisos escorregadios, muito encerados.
PISOS Pisos irregulares.
Ladrilhos mal fixos.
PORTAS Pequenas dimensões.
Puxadores difíceis de segurar.
ILUMINAÇÃO Iluminação deficiente.
Ausência de corrimões
Presença de tapetes.
CORREDORES Excesso de móveis que prejudicam a
mobilidade.
Interruptores muito altos.
Ausência de traves de apoio no lavatório,
CASA DE BANHO banheira e sanita
Ausência de antiderrapantes na banheira.
Produtos de limpeza a uma altura excessiva.

Correcção de factores de riscos


Uma vez detectados os factores de risco, assinalamos quais as modificações no espaço
recomendadas para a casa de modo a prevenir quedas e acidentes.

FACTORES DE RISCO MEDIDAS A TER EM CONTA


Recomenda-se uma rampa para evitar as
escadas
A superfície deve ser antiderrapante
PORTA E ESCADAS Se houver escadas, É importante a existência
de corrimão em ambos os lados.
Em cada degrau, no final, deverão ser
colocadas tiras antiderrapantes que
contrastem em cor com o degrau.
Procurar superfícies antiderrapantes,
principalmente na cozinha e casas de banho.
Evitar pisos encerados e molhados.
Evitar irregularidades e desníveis.
PISOS Cor uniforme
Evitar cabos eléctricos espalhados.
Retirar tapetes e passadeiras ou fixá-los no
chão
Utilizar produtos antiderrapantes para limpar
e dar brilho.
Devem ser de correr ou de batente abrindo
para o exterior. As dimensões deverão ser,
PORTAS pelo menos, de 80 cm, para facilitar a entrada
e saída de cadeiras de rodas, andarilhos e
outras ajudas técnicas. Recomenda-se que os
puxadores sejam de madeira ou alavanca.
A luz deve ser ampla e indirecta em todas as
áreas, principalmente no quarto e na casa de
banho.
As janelas devem ser translúcidas e as
ILUMINAÇÃO lâmpadas opacas.
Devem ser utilizadas lâmpadas fluorescentes.
Deve manter-se uma luz de
presença/circulação acesa durante a noite,
colocada em várias portas, que permita a
visão e as deslocações de risco.
Devem ser de correr para evitar o acidente
quando abrem para dentro.
JANELAS Noutro tipo de janelas, puxadores de
alavanca com maçaneta acessível, situados
na parte baixa
Os interruptores de todas as divisões e
quartos devem estar a uma altura fácil de
alcançar.
INSTALAÇÕES Devem ter uma cor que contraste com a da
parede para facilitar a sua visão. Podem-se
colar autocolantes luminosos para serem
vistos na escuridão
As cadeiras e sofás devem ter apoios para os
SALA DE ESTAR braços e costas.
Eliminar móveis que possam provocar quedas
ou que possam prejudicar o caminhar.
A cama deve facilitar a entrada e saída e a
sua altura deve adequar-se às necessidades
pessoais.
O colchão não se pode afundar e a roupa da
cama deve ser leve, de modo a facilitar os
movimentos.
QUARTO A distribuição dos móveis deve permitir a
mobilidade com andarilho, bengala e/ou
muleta.
O armário da roupa deve estar acessível
A mesa de cabeceira deve ser firme e ter uma
altura que evite ter que se inclinar para lhe
aceder.
Recomenda-se a substituição da banheira por
uma base de chuveiro ou cabine de duche e
que inclua um banco de ajuda
CASA DE BANHO Colocar um tapete antiderrapante dentro e
fora da banheira ou base de chuveiro.
Colocar barras de apoio para entrar/sair da
banheira, nos lados da sanita e bidé.
Evitar passadeiras que dificultem a passagem
e favoreçam os tropeções.
COZINHA Colocar detector de fumos e de fugas de gás.
A distribuição dos móveis em forma de L
permite ter sempre um ponto de apoio
durante as deslocações.

Medidas gerais de prevenção de incêndios e explosões no domicílio


APAGAR correctamente FÓSFOROS E CIGARROS.

Não atirar beatas para os contentores de lixo e não fumar na cama.

NÃO sobrecarregar as TOMADAS com demasiados aparelhos.

As ligações numa mesma tomada provocam sobrecargas na instalação eléctrica e curto-


circuitos.

EVITAR LIGAÇÕES CASEIRAS e embutir sempre os fios eléctricos.

As CALDEIRAS, INSTALAÇÕES DE GÁS e CHAMINÉS devem ser REVISTAS periodicamente por


um técnico oficial.

NÃO ABANDONAR utensílios de cozinha ao lume, nem aparelhos eléctricos ligados quando se
sai de casa.

5.2. CHOQUES ELÉCTRICOS Nas habitações existe o risco de choque eléctrico. Uma pessoa
pode apanhar facilmente um choque uma vez que as tensões que alimentam os
electrodomésticos (220 ou 125 volts) são perigosas.

Podem provocar desde o conhecido “espasmo” até à morte por paragem cardíaca.

O perigo de um contacto eléctrico é maior quando a pessoa está num ambiente molhado ou
descalça sobre o chão.

Este perigo ocorre principalmente:

● Na casa-de-banho.
● Na cozinha.

● Qualquer lugar depois de esfregar o chão ou regar.

66 ANTES DE SAIR DE CASA verificar que os bicos do fogão estão desligados.

NÃO DEIXAR TECIDOS (panos de cozinha, cortinas, etc.) perto do fogão da cozinha.

Se a FRIGIDEIRA incendiar enquanto se está a cozinhar, utilizar a tampa.

O fogo apagar-se-á por falta de oxigénio.

Quando se SENTE CHEIRO A GÁS, não acender a luz, porque assim evita-se que uma faísca
inicie um incêndio. As casas com lareiras devem ter guarda-fogos presos à parede.

Nunca se deve sair de casa ou ir dormir sem apagar correctamente a lareira.

Basta uma fagulha para provocar um sinistro.

Em caso de incêndio ELÉCTRICO, não se deve tentar apagar o fogo com água.

Não se deve usar aparelhos eléctricos com o chão molhado ou descalço.

Como prevenir um choque eléctrico?


Consultar um técnico especializado para tornar a casa um lugar mais seguro, através da
utilização de disjuntores, tampas para tomadas, ligações de terra, etc. Nunca ligar à rede
eléctrica aparelhos que se tenham molhado, ainda que estes pareçam secos e em condições.
Nunca usar um aparelho eléctrico quando tiver acabado de sair do banho. Não deve existir
nenhuma fonte de energia eléctrica a menos de um metro de distância da banheira. Não
utilizar electrodomésticos e outros aparelhos se estiver descalço, ainda que o chão esteja seco.
Não manter aquecedores eléctricos, tomadas de corrente nem outros utensílios eléctricos ao
alcance da mão na casa-de-banho. Proteger sempre os fusíveis e os disjuntores do quadro
geral da casa numa caixa devidamente fechada. A cablagem interna nunca deve estar à vista.
Se os fusíveis ou os disjuntores disparam com frequência, isto pode indicar uma sobrecarga do
sistema. Se se detectar manchas negras, um zumbido, uma faísca ou cheiro a plástico
queimado à volta ou dentro do quadro eléctrico, consulte um especialista qualificado para que
inspeccione a instalação. Rever os fios eléctricos regularmente à procura de danos e nunca os
repare remendando-os. Evitar usar “triplas” ou “extensões” que permitem ligar muitos
equipamentos a um único dispositivo. Desligar todos os aparelhos eléctricos que provoquem a
mais ligeira descarga ou sensação de faísca e mandá-lo inspeccionar por um técnico
especializado. Em caso de qualquer reparação ou manipulação da instalação eléctrica, desligar
o interruptor geral situado normalmente no quadro geral, assegurando-se da ausência de
tensão no circuito. No caso de haver algum problema na sua instalação ou com os seus
electrodomésticos, consultar um electricista ou técnico para que faça as reparações
necessárias.

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