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Adrenalina
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Discentes
Turma 1
Introdução
Hormona Adrenalina
A designação "adrenalina" foi criada pelo bioquímico japonês, Jokichi Takamine que se
baseou no local de produção da hormona adrenalina: ad - prefixo que indica
proximidade, renalis - relativo aos rins e o sufixo ina - referente à classe a que pertence,
as aminas. A adrenalina é categorizada como hormona química derivada de
aminoácidos, o aminoácido de que deriva é a tirosina; e é na parte interna das glândulas
supra-renais - na medula adrenal, que é produzida a adrenalina (também designada
epinefrina) juntamente com uma pequena parte de noradrenalina (ou norepinefrina) que
conjuntamente, se designam por catecolaminas. (Valenzuela, 2016)
A adrenalina é uma hormona lipossolúvel que não necessita de emissores nem de
recetores para atravessar a membrana celular.
Esta reação ficou conhecida pelo fisiologista Walter Cannon na década de 1920. Este
percebeu que, um conjunto de reações no interior do organismo mobilizavam
mecanismos de defesa para lidar com situações ameaçadoras, dando uma resposta
rápida à situação de perigo.
Este mecanismo é uma reação fisiológica que ocorre quando o organismo sente a
presença de uma ameaça. Tanto o medo como a ameaça podem não ser reais. Contudo,
este mecanismo manifesta-se em ambos os casos, reais ou não. A ocorrência deste
mecanismo é feita através da ativação do sistema nervoso que, estimula as glândulas
supra-renais, ocorrendo assim uma libertação de adrenalina e noradrenalina. O processo
altera aspetos funcionais do corpo, como: aceleramento da frequência cardíaca e
respiratória e um aumento da pressão arterial. Após o motivo “ameaçador” desaparecer,
este processo termina levando cerca de 20 a 60 minutos para o corpo voltar a sua
normalidade.
O nosso corpo está capacitado com reações físicas que nos permitem estar aptos a
sobreviver a uma situação de perigo. Estas reações vão preparar o nosso corpo para
enfrentar o perigo (luta) ou fugir do mesmo (fuga). Originando assim o termo “Fight or
Flight”. (Gade, 2004)
O stress
Segundo França & Rodrigues (1997 citado em Araldi & Armiliato & Kalinine), o stress
deve ser entendido como a relação que cada pessoa estabelece com o seu ambiente, as
circunstâncias em que se encontra e a forma como avalia esses estímulos – se os vê
como ameaça ou como algo que poderá colocá-la numa situação de perigo.
Em 1965, Selye estudou a Síndrome da Adaptação Geral (SAG) e considerou que este
tinha três fases: reação de alarme, resistência e exaustão. É na segunda fase que a ação
das glândulas adrenérgicas das medulas supra-renais ocorre, ou seja, dá-se a produção
de adrenalina e de noradrenalina que vão atuar no sistema nervoso.
Conforme Samulski, Chagas & Nitsch (1996, citado em Araldi & Armiliato &
Kalinine), os recetores dos sentidos fazem atuar o sistema nervoso (que abrange
diversas áreas do cérebro) que se ligam entre si através de mecanismos de feedback e
terminam junto aos efetores do corpo. Por outro lado, o sistema endócrino, influência
pela corrente sanguínea, através das hormonas - que são reguladas e estimuladas por
áreas essenciais do cérebro, o que demonstra a dependência existente entre os dois
sistemas.
Efeitos psicológicos do stress
O stress tem também efeitos psicológicos que, segundo Fontana (1994, citado em Araldi
& Armiliato & Kalinine) vão dividir-se em efeitos cognitivos, que se ligam ao
pensamento e ao conhecimento, efeitos emocionais, relacionados às emoções e à
personalidade e, por fim, efeitos comportamentais gerais, ligados à cognição e à
afetividade.
O maior ou menor grau com que cada indivíduo é afetado dependerá das suas
características particulares e dos fatores ambientais. A avaliação de um estímulo como
stressante, implica uma atividade que engloba uma parte racional e uma emocional –
cabe a cada um avaliar, segundo a sua própria experiência o que é assustador ou
aceitável, e consequentemente o que implica uma fuga ou um enfrentamento.
Conclusão
A adrenalina é considerada uma hormona e um neurotransmissor, a relação entre o
sistema nervoso e o sistema endócrino é essencial para a produção e ação desta
substância. A adrenalina é produzida em quantidades elevadas quando o indivíduo se
depara com uma situação de stress, onde tem a opção de fuga ou de confronto; a reação
do individuo é variável, sendo que cada um avalia a situação de maneira diferente, logo
o grau de perigo é relativo, mas todos os indivíduos quando se sentem em perigo se
preparam para uma reação de “luta ou fuga”.
Bibliografia
Areas, M. A., Cardoso, S. M., Pinto, W.J. 2005 Fisiologia dos Adrenoreceptores
Cardíacos. 2005
Canali, E.S., Kruel, L.F.M. 2001. Respostas Hormonais ao Exercício. Rev. paul.
Educ. Fís. 15,141-53.
Gade, G. (2004) Flight or fight – the need for adipokinetic hormones. Univesity
of Cape Town. 1275, 134-140