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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE

MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA
DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA

[RELATÓRIO]

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES E PONTE DE WHEATSTONE

PROF. FERNANDO ROGÉRIO DE PAULA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA – DISCENTES:

GABRIEL DOS SANTOS ARANDA 181053241

HENRIQUE CORDEIRO NOVAIS 181051354

ILHA SOLTEIRA

2019
SUMÁRIO

1. OBJETIVOS ........................................................................................................ 3
2. RESUMO............................................................................................................. 4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 5
3.1 Lei de Ohm ....................................................................................................... 5
3.2 Circuitos ............................................................................................................ 5
3.2.1 Força Eletromotriz e corrente...................................................................... 6
3.2.2 Associação de resistores ............................................................................ 6
3.2.2.1 Ponte de Wheatstone ........................................................................... 7
3.2.3 Regra das Malhas e regra dos nós ............................................................. 8
4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 9
4.1 Materiais utilizados no experimento .................................................................. 9
4.2 Procedimento experimental ............................................................................ 11
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 14
6. CONCLUSÃO .................................................................................................... 18
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 19
3

1. OBJETIVOS

Realizar medições de corrente elétrica e d.d.p. em associações de resistores


em série e em paralelo, além da construção de uma ponte de Wheatstone e da
determinação de uma resistência desconhecida de um resistor.
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2. RESUMO

A proposta do experimento descrito neste relatório foi de se realizar medições


de corrente elétrica e d.d.p. em diferentes associações de resistores, com o intuito de
se verificar experimentalmente a resistência equivalente para essas variáveis
associações. Na associação em série, a resistência equivalente obtida foi igual a
𝑅𝑒𝑞 = (6,532 ± 0,002) 𝑘𝛺, na associação em paralelo, 𝑅𝑒𝑞 = (0,564 ± 0,002) 𝑘𝛺, e
na associação em série-paralelo, o valor da resistência obtida foi igual a
𝑅𝑒𝑞 = (2,319 ± 0,002) 𝑘𝛺. Além disso, construiu-se também uma ponte de
Wheatstone, possibilitando se determinar a resistência desconhecida de um resistor,
obtendo-se 𝑅 = (0,6299 ± 0,0001) 𝑘𝛺.
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nesta seção serão apresentadas todas as informações necessárias para que


se possa ter um entendimento a respeito de todo processo experimental e para a
obtenção de resultados coerentes com a teoria.

De maneira geral, o assunto em destaque em todo experimento é a Lei de Ohm,


utilizando seu principal conceito (𝑉 = 𝑅 ∙ 𝑖) e suas derivações, como cálculo de
resistores equivalentes e circuitos.

3.1 Lei de Ohm

Em primeira instância, essa lei tem como destaque o fato de que a corrente
que passa através de um dispositivo é sempre diretamente proporcional à diferença
de potencial aplicada nesse componente. Desta forma, visto o conceito 𝑉 = 𝑅 ∙ 𝑖,
chega-se à ideia de que a resistência em um dispositivo ôhmico é constante e
independe da intensidade e da polaridade da diferença de potencial aplicada. [1]

3.2 Circuitos

Os circuitos são compostos por vários dispositivos que são muito importantes
e que quando combinados podem agregar vários conceitos, como força eletromotriz,
corrente e resistência.
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3.2.1 Força Eletromotriz e corrente

Em geral, sabe-se que a força eletromotriz (FEM) fornece energia elétrica aos
portadores de carga, ou seja, realiza um trabalho sobre estes. O dispositivo FEM tem
como função manter um dos terminais em um potencial elétrico alto (+) e o outro mais
baixo (-). Na Figura 1 é apresentada uma representação de um dispositivo FEM. [1]

Figura 1- Representação de um dispositivo FEM teoricamente.

Fonte: http://ensinoadistancia.pro.br/EaD/Eletromagnetismo/fem/fem.html

3.2.2 Associação de resistores

As associações de resistores e o cálculo de um resistor equivalente é baseado


em conceitos básicos, onde tem-se a ideia de que em um sistema com resistores em
série as correntes são as mesmas em todo circuito e já em um sistema com resistores
em paralelo a d.d.p é a mesma em todo circuito. A partir disso, pode-se relacionar os
circuitos, fazendo misturas em circuitos, com resistores em série e paralelo. [1]

Para cálculo de resistores equivalentes em série tendo o conceito de que a


corrente é a mesma em todo circuito, pode-se fazer manipulações matemáticas, por
meio de V=R.i e a relação desta com a Figura 2, onde há uma representação de n
resistores ligados em série, e chegar-se na equação 1.

Figura 2- Representação de n resistores ligados em série.

Fonte: http://www.refrigeracao.net/Cursos/eletronica/resistor.htm
7

Desta forma, pode-se chegar à equação 1, a qual apresenta o cálculo de um


resistor equivalente para n (número de resistores) resistores ligados em série.

R eq = R1 + R 2 + ⋯ + R n (1)

Para cálculo de resistores equivalentes em paralelo, tendo o conceito de que a


d.d.p é a mesma em todo circuito, pode-se fazer manipulações matemáticas, por meio
de V=R.i. A Figura 3 mostra uma representação de n resistores ligados em paralelo

Figura 3- Representação de n resistores ligados em paralelo.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/associacao-de-resistores/

Desta forma, pode-se chegar na equação 2, a qual apresenta o cálculo de um


resistor equivalente para n (número de resistores) resistores ligados em paralelo.

1 1 1 1
= R + R + ⋯+ R (2)
Req 1 2 n

3.2.2.1 Ponte de Wheatstone

Também chamado de circuito em losango, a ponte de Wheatstone é um


esquema de montagem de elementos elétricos que permite a medição e cálculo do
valor de uma resistência desconhecida. Esse circuito pode estar em equilíbrio ou não,
encontrando-se em equilíbrio quando a corrente que passa entre os resistores (está
medida com um amperímetro) é igual a zero. Desta forma, por meio do produto
quociente entre as resistências (sabendo-se as demais), pode se encontrar a
resistência desconhecida. Geralmente, para a estabilização da ponte de Wheatstone
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usa-se um resistor variável (potenciômetro), o qual é regulado até que a ponte entre
em equilíbrio e seu valor possa ser medido. [3]

3.2.3 Regra das Malhas e regra dos nós

Para cálculo de corrente e diferença de potencial, assim como resistência em


um circuito com várias malhas, ou seja, combinações diversas de circuitos tem-se dois
conceitos muito importantes em destaque: a regra das malhas, que informa que a
soma algébrica das variações de potencial encontradas em um travessia completa de
qualquer malha em um circuito deve ser nula; e a regra dos nós, que tem a ideia de
que a soma das correntes que entram em qualquer nó tem que ser igual à soma das
correntes que saem deste nó. [1]
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4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Materiais utilizados no experimento

Para a realização dos experimentos contidos neste relatório, utilizou-se os


seguintes materiais e instrumentos: um multímetro digital, uma fonte ajustável de
tensão contínua, um galvanômetro de zero central, um potenciômetro, três resistores
com resistências iguais a 𝑅1 = (0,9762 ± 0,0001) 𝑘𝛺, 𝑅2 = (2,165 ± 0,001) 𝑘𝛺 e
𝑅3 = (3,342 ± 0,001) 𝑘𝛺, e uma placa de bornes. A Figura 4 apresenta o modelo do
multímetro utilizado, a Figura 5 o modelo da fonte ajustável de tensão contínua
utilizada, a Figura 6 o modelo do galvanômetro de zero central utilizado, a Figura 7 o
modelo do potenciômetro utilizado e a Figura 8 o modelo da placa de bornes utilizada.

Figura 4- Modelo do multímetro utilizado na experimentação.

Fonte: Foto retirada pelos autores.

Figura 5- Modelo da fonte de tensão ajustável utilizada no experimento.

Fonte: Foto retirada pelos autores.


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Figura 6- Modelo do galvanômetro de zero central utilizado no experimento.

Fonte: Foto retirada pelos autores.

Figura 7- Modelo do potenciômetro utilizado no experimento.

Fonte: Foto retirada pelos autores.

Figura 8- Modelo da placa de bornes utilizada no experimento.

Fonte: Foto retirada pelos autores.


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4.2 Procedimento experimental

Para a realização do primeiro experimento, que tinha como objetivo a


determinação da resistência equivalente entre três resistores associados em série,
inicialmente, com a utilização do multímetro, regulou-se a fonte para uma tensão igual
a 𝑉 = (20,00 ± 0,01) 𝑉. Em seguida, montou-se o circuito apresentando na Figura 9.

Figura 9- Representação do circuito montado para a realização do experimento.

Fonte: [2]

Logo após, com a utilização do multímetro, mediu-se os valores de tensão


existentes nos seguimentos AB, BC e CD, como mostra a Figura 9. Em seguida,
mudando corretamente o multímetro para a função amperímetro, mediu-se os valores
de corrente elétrica que passavam por esses mesmos ramos. Assim, com os dados
obtidos, calculou-se o valor da resistência equivalente para a associação desses três
resistores, e o valor alcançado foi comparado àquele encontrado na leitura do
multímetro.
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Na segunda etapa da experimentação, que tinha o objetivo de se determinar o


valor da resistência equivalente entre três resistores associados em paralelo,
inicialmente, manteve-se a tensão utilizada no experimento anterior e montou-se o
circuito apresentando na Figura 10.

Figura 10- Representação do circuito montado para a realização do


experimento.

Fonte: [2]

Logo após, com a utilização do multímetro, mediu-se os valores de tensão entre


os segmentos CF, DG e EH, como mostra a Figura 10. Em seguida, mudando
corretamente o multímetro para a função amperímetro, mediu-se os valores de
corrente elétrica que passavam por esses ramos. Assim, com os dados obtidos,
calculou-se o valor da resistência equivalente para a associação desses três
resistores, e o valor alcançado foi comparado àquele encontrado na leitura do
multímetro.

Na terceira etapa da experimentação, que tinha como objetivo a determinação


da resistência equivalente entre três resistores associados em série-paralelo,
inicialmente, manteve-se a tensão utilizada nos dois experimentos anteriores e
montou-se o circuito apresentado na Figura 11.

Figura 11- Representação do circuito montado para a realização do


experimento.

Fonte: [2]
13

Logo após, com a utilização do multímetro, mediu-se os valores de tensão entre


os segmentos AB e BC, como mostra a Figura 11. Em seguida, mudando
corretamente o multímetro para a função amperímetro, mediu-se os valores de
corrente elétrica que passavam por esses ramos. Assim, com os dados obtidos,
calculou-se o valor da resistência equivalente para a associação em série-paralelo
desses três resistores.

Na etapa final do experimento, que tinha como objetivo a construção de uma


ponte de Wheatstone, inicialmente, manteve-se a tensão utilizada nos três
experimentos anteriores, e montou-se o circuito apresentando na Figura 12.

Figura 12- Representação do circuito montado para a realização do


experimento.

Fonte: [2]

Em seguida, utilizando-se o potenciômetro como o resistor R4 apresentado na


Figura 12, regulou-se seu valor de resistência até que se antingisse na leitura do
galvanômetro uma corrente elétrica Ig igual a zero. Assim, após atingir esse valor de
corrente, o potenciômetro foi desconectado do circuito e seu valor de resistência, com
a utilização do multímetro, foi medido. Logo após, comparou-se esse valor
experimental com o teórico (obtido matematicamente).
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesta seção do relatório, serão apresentados os principais resultados obtidos,


incluindo tabelas e cálculos realizados a partir dos dados experimentais. Além disso,
os erros percentuais alcançados serão discutidos.

Inicialmente, assim como citado na seção anterior, montou-se o circuito


apresentando e mediu-se valores de d.d.p. e corrente elétrica (i) para a associação
dos resistores em série para cada segmento mostrado na Figura 9. Os resultados
obtidos se encontram na Tabela 1.

Tabela 1- Medidas de d.d.p. e corrente elétrica para a associação em série de


resistores.

Segmento i (mA) d.d.p. (V)

AB (𝟑, 𝟎𝟔𝟗 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏) (𝟑, 𝟎𝟎𝟖 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)

BC (𝟑, 𝟎𝟒𝟗 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏) (𝟔, 𝟔𝟔𝟕 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)

CD (𝟑, 𝟎𝟓𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏) (𝟏𝟎, 𝟐𝟖𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)

Fonte: Elaborada pelos autores.

Dessa forma, a partir dos dados da Tabela 1, pôde-se calcular as resistências


𝑉
de cada resistor por meio da expressão 𝑅 = . Assim, a partir da equação 1 da
𝑖
Revisão Bibliográfica, calculou-se a resistência equivalente dos resistores, obtendo-
se 𝑅𝑒𝑞 = (6,532 ± 0,002) 𝑘𝛺. A partir da leitura do multímetro, o valor de resistência
equivalente foi igual a 𝑅𝑒𝑞 = (6,4967 ± 0,0001) 𝑘𝛺. Assim, o erro percentual obtido foi
igual a 𝐸𝑟% = 0,5%.

Analisando-se o erro percentual obtido, nota-se que o resultado foi satisfatório,


uma vez que este é relativamente baixo. Dessa maneira, pode-se dizer que o
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experimento foi executado corretamente, e que a teoria aplicada pode ser utilizada
para o entendimento e estudo das associações de resistores em série. Além disso,
nota-se que as correntes elétricas obtidas também são condizentes com o esperado,
tendo em vista que nesse tipo de associação de resistores a corrente é a mesma por
todo o circuito.

Seguindo o procedimento experimental, montou-se o circuito formado por


resistores associados em paralelo. Os valores de d.d.p. e corrente elétrica
encontrados em cada segmento apresentados pela Figura 10 se encontram na Tabela
2.

Tabela 2- Medidas de d.d.p. e corrente elétrica para a associação em paralelo


de resistores.

Segmento i (mA) d.d.p. (V)

CF (𝟐𝟎, 𝟐𝟔 ± 𝟎, 𝟎𝟏) (𝟏𝟗, 𝟖𝟗𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)

DG (𝟗, 𝟏𝟎𝟐 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏) (𝟏𝟗, 𝟖𝟖𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)

EH (𝟓, 𝟗𝟏𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏) (𝟏𝟗, 𝟖𝟕𝟖 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)

Fonte: Elaborada pelos autores.

Dessa forma, a partir dos dados da Tabela 2, pôde-se calcular as resistências


𝑉
de cada resistor por meio da expressão 𝑅 = . Assim, a partir da equação 2 da
𝑖
Revisão Bibliográfica, calculou-se a resistência equivalente dos resistores, obtendo-
se 𝑅𝑒𝑞 = (0,564 ± 0,002) 𝑘𝛺. A partir da leitura do multímetro, o valor de resistência
equivalente foi igual a 𝑅𝑒𝑞 = (0,5630 ± 0,0001) 𝑘𝛺. Assim, o erro percentual obtido foi
igual a 𝐸𝑟% = 0,2%.

Analisando-se o erro percentual obtido, nota-se que o resultado foi satisfatório,


uma vez que este é relativamente baixo. Dessa maneira, pode-se dizer que o
experimento foi executado corretamente, e que a teoria aplicada pode ser utilizada
para o entendimento e estudo das associações de resistores em paralelo. Além disso,
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nota-se que as diferenças de potencial obtidas também são condizentes com o


esperado, tendo em vista que nesse tipo de associação de resistores a d.d.p. é a
mesma.

Seguindo o procedimento experimental, montou-se o circuito formado por


resistores associados em série-paralelo. Os valores de d.d.p. e corrente elétrica
encontrados em cada segmento apresentados pela Figura 11 se encontram na Tabela
3. O segmento BC* indica o ramo em que estava contido o resistor R3.

Tabela 3- Medidas de d.d.p. e corrente elétrica para a associação em série-


paralelo de resistores.

Segmento i (mA) d.d.p. (V)

AB (𝟖, 𝟓𝟓𝟐 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏) (𝟖, 𝟒𝟕𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)

BC (𝟓, 𝟐𝟒𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏) (𝟏𝟏, 𝟒𝟐𝟐 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)

BC* (𝟑, 𝟑𝟔𝟏 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏) (𝟏𝟏, 𝟒𝟐𝟐 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟏)


Fonte: Elaborada pelos autores.

Dessa forma, a partir dos dados da Tabela 3, pôde-se calcular as resistências


𝑉
de cada resistor por meio da expressão 𝑅 = . Assim, a partir das equações 1 e 2 da
𝑖
Revisão Bibliográfica, calculou-se a resistência equivalente dos resistores, obtendo-
se 𝑅𝑒𝑞 = (2,319 ± 0,002) 𝑘𝛺. A partir da leitura do multímetro, o valor de resistência
equivalente foi igual a 𝑅𝑒𝑞 = (2,3482 ± 0,0001) 𝑘𝛺. Assim, o erro percentual obtido foi
igual a 𝐸𝑟% = 1,2%.

Analisando-se o erro percentual obtido, nota-se que o resultado foi satisfatório,


uma vez que este é relativamente baixo. Dessa maneira, pode-se dizer que o
experimento foi executado corretamente, e que a teoria aplicada pode ser utilizada
para o entendimento e estudo das associações de resistores em série-paralelo. Além
disso, nota-se que as diferenças de potencial obtidas entre os segmentos BC e BC*
também são condizentes com o esperado, tendo em vista que nesse tipo de
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associação de resistores a d.d.p. é a mesma. Além disso, a soma das correntes entre
os seguimentos BC e BC* é praticamente a mesma daquela encontrada no segmento
AB, o que também é condizente com o esperado, tendo em vista que em associações
em série a corrente é a mesma.

Seguindo o procedimento experimental, montou-se o circuito apresentado na


Figura 12. Ao atingir um valor de corrente Ig igual a zero no galvanômetro,
desconectou-se o potenciômetro e mediu-se o valor de resistência com o multímetro,
obtendo-se 𝑅 = (0,6299 ± 0,0001) 𝑘𝛺. Assim, utilizando-se a equação
𝑅𝑥 ∙ 𝑅3 = 𝑅1 ∙ 𝑅2, que permite a determinação da resistência desconhecida de um
resistor utilizando-se a ponte de Wheatstone, calculou-se matematicamente o valor
da resistência, obtendo-se 𝑅𝑥 = (0,6404 ± 0,0005) 𝑘𝛺, resultando em um erro
percentual igual a 𝐸𝑟% = 1,7%.

Analisando-se o erro percentual obtido, nota-se que o resultado foi satisfatório,


uma vez que este é relativamente baixo. Dessa maneira, pode-se dizer que o
experimento foi executado corretamente, e que a teoria aplicada pode ser utilizada
para o entendimento e estudo das pontes de Wheatstone, permitindo a medição do
valor de uma resistência elétrica desconhecida.
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6. CONCLUSÃO

Analisando-se os resultados obtidos experimentalmente, chegou-se à


conclusão de que, primeiramente, os experimentos foram executados corretamente,
tendo em vista que os resultados alcançados não se distanciaram daqueles
esperados, mostrando que a teoria citada nesta seção deste relatório pode ser
aplicada empiricamente e fornecer resultados satisfatórios.

Observando-se as tabelas construídas e os cálculos realizados, pode-se notar


os principais resultados obtidos: no cálculo da resistência equivalente de resistores
associados em série, obteve-se 𝑅𝑒𝑞 = (6,532 ± 0,002) 𝑘𝛺, resultando em um erro
percentual igual a 0,5% quando comparada à leitura do multímetro; no cálculo da
resistência equivalente de resistores associados em paralelo, obteve-se 𝑅𝑒𝑞 =
(0,564 ± 0,002) 𝑘𝛺, resultando em um erro percentual igual a 0,2% quando
comparada à leitura do multímetro; no cálculo da resistência equivalente de resistores
associados em série-paralelo, obteve-se 𝑅𝑒𝑞 = (2,319 ± 0,002) 𝑘𝛺, resultando em um
erro percentual igual a 1,2% quando comparada à leitura do multímetro; no cálculo da
determinação da resistência de um resistor por meio da ponte de Wheatstone, obteve-
se 𝑅 = (0,6299 ± 0,0001) 𝑘𝛺, resultando em um erro percentual igual a 1,7%.

Dessa forma, analisando-se os resultados obtidos, pode-se dizer que o


experimento foi realizado corretamente, uma vez que foram condizentes com os
esperados e resultaram em erros percentuais relativamente baixos. Além disso, pôde-
se observar empiricamente a teoria estudada a respeito das resistências equivalentes
de diferentes associações de resistores e da determinação de uma resistência
desconhecida pela montagem de uma ponte de Wheatstone. Assim, de uma forma
mais abrangente, pode-se dizer que o experimento realizado forneceu resultados
coerentes e satisfatórios.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] HALLIDAY, RESNICK, WALKER. Fundamentos de Física. Vol 3. 9 ed. Editora


LTC, 2009.

[2] Apostila da Disciplina: Laboratório de Física III (Civil e Mecânica), Edição 1º


semestre de 2014. Ilha Solteira- SP. Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Campus de Ilha Solteira. Faculdade de Engenharia (FEIS).

[3] Instituto NCB, “Como Funciona a Ponte de Wheatstone”. Disponível em:


http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/8858-como-funciona-a-
ponte-de-wheatstone-ins529. Acesso em 17/05/2019 às 15:28. E-mail para contato:
leitor@newtoncbraga.com.br.

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