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Introdução
O artigo destaca em um contexto generalizado “A História Vista de Baixo”
narrado por Jim Sharpe que descentraliza a história do seu polo principal que é
a história contatada pelo os portadores do poder e abraçando os pontos de
vistas das classes inferiores. Traz também E.P Thompson como portado de uma
visão da “História Vista De Baixo” e como Thompson conseguiu contribuir para
que as classes excluídas tivessem voz ativa na história.
A História antes contada apenas pela à vista da elite, agora atentasse para as
pessoas “comuns”. Surge aí a chamada história vista de baixo, onde as pessoas
que tinhas as suas histórias ignoradas e sendo silenciadas, começam a ser
ouvidos. A massa passa agora a ter suas experiências relevantes para
historiografia.
Jim Sharpe, por exemplo, estimulado pela história das massas estuda a
Revolução Francesa, narra em seu artigo falando sobre a importância da
Batalha de Waterloo, a derrotar o exército comandado por Napoleão
Bonaparte para os ingleses. Não menosprezando os acontecimentos, porem
apenas abordando-os de outra formar, Jim deixa de olhar para as
considerações do Duque de Wellington, comandante inglês na batalha, mas
sim as cartas de William Wheeler, soldado das forças inglesas, à sua esposa,
cartas onde ele registra o cotidiano dos batalhões ingleses, a região em que
está acampado e a própria batalha nova abordagem e nova perspectiva, que só
vem acrescentar mais eixos aos acontecimentos históricos a demostrando que
a “história vista de baixo” como a história “oficial “esconde preciosidades.
Eduardo Palmer Thompson é um grande defensor da história vista de baixo.
Na sua concepção a história deve ser contada, não somente levando em
consideração os “grandes fatos” da história oficial e seus heróis, mas, também
pelas observações dos fatos ocorridos com pessoas que fazem parte da massa
esquecida, entre eles: os artesões, os camponeses, os operários, etc.
Em 1966 com a publicação do artigo “The History from Below” (A história de
baixo) em The Times LiterarySupplement, nova abordagem da história
começou a vir à tona com mais fervor, levando a classe dos historiadores a
analisar os “grandes fatos históricos” com uma visão mais ampla permitindo
novos pontos de vista.
[...] Essa perspectiva atraiu de imediato aqueles historiadores ansiosos por ampliar
os limites de sua disciplina, abrir novas áreas de pesquisa e, acima de tudo, explorar
as experiências históricas daqueles homens e mulheres, cuja existência é tão
frequentemente ignorada, tacitamente aceita ou mencionada apenas de passagem
na principal corrente da história. (BURKE, Peter, 1992, p.41)