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MARINHA DO BRASIL

DEPÓSITO NAVAL DE NATAL


SEÇÃO DE TRÁFEGO DE CARGAS

Tradições Navais; Ao conjunto de práticas, normas de cortesia, saudações, valores


éticos e morais, honras e sinais de respeito, em uso nas marinhas de guerra, que
remontam aos primórdios da navegação à vela.

Etiqueta Naval: Usos, costumes e tradições navais.

tradição do mar: costumes, usos e linguagem comuns.

Estar a bordo é estar por dentro da borda de um navio.

Abordar é chegar à borda para entrar. O termo é mais usado no sentido de entrar a
bordo pela força: abordagem. Mas, em realidade, é o ato de chegar a bordo de um navio,
para nele entrar.

Pela borda: tem significado oposto. Jogar, lançar pela borda.

Está a bordo: quem está dentro de um barco ou navio. Está embarcado.


Entrar a bordo: de um barco, é embarcar. E dele sair é desembarcar.
Embarcação: Uma construção que permita o embarque de pessoas ou cargas para
transporte por mar
Aterrar é aproximar-se de terra.

Amarar é afastar-se de terra para o mar.

Fazer-se ao mar é seguir para o mar, em viagem.

Importar é fazer entrar pelo porto.

Exportar é fazer sair pelo porto. Aplica-se geralmente à mercadoria.

Atracar: Encostar um navio a um cais.

Amarrar: Navio seguro a uma bóia.

Fundear: prender o navio ao fundo.

Ancorar: prender o navio ao fundo por uma âncora (ferro).

Suspender: Recolher o peso ou a amarra do fundo

Desamarrar ou Largar: desencostar do cais onde esteve atracado é desatracar; e


largar a bóia onde esteve.
Arribar: é entrar em um porto que não seja de escala, ou voltar ao ponto de partida; é ,
também, desviar o rumo na direção para onde sopra o vento.

Gente de Bordo: Comandante e Tripulação (Oficialidade = Imediato e Oficiais e


Guarnição = Praças)

Batimento da quilha: Primeiro evento (fase) da vida de um navio. Cerimônia no


estaleiro, na qual a primeira peça estrutural que integrará o navio é posicionada no local
da construção.

Lançamento: Cerimônia realizada quando o navio esta com o casco pronto, na carreira
do estaleiro, onde o mesmo é lançado ao mar. Nesta ocasião é batizado por sua
madrinha e recebe o nome oficial.

Divisões de Navios por Classe na MB

No porto, os quartos são de 00h às 04h, de 04h às 08h, de 08h às 12h, de 12h às
16h, de 16h às 20h e de 20h às 24h. Em viagem, no período compreendido entre 00h às
12h, os quartos tem o mesmo horário que do porto, porém, depois das 12 horas, os
quartos são de 3 horas: de 12h às15h; de 15h às18h; de 18h às 21h e de 21h às 24h.

O quarto de 04h às 08h é balizado de quarto d'alva (a hora d'alva, do amanhecer.

Saudar um navio de guerra ao largo


Quando um navio de guerra passa a menos de 200 jardas de outro, saúda-o ou é
por ele saudado, dependendo da antiguidade dos Comandantes (ou da maior autoridade
a bordo). O apito e, em alguns navios de maior porte com fuzileiros navais embarcados,
a corneta dão os sinais para as continências individuais de todos os que se achem no
convés.

Saudação de navios mercantes e resposta


O navio mercante que passa ao largo de um navio de guerra cumprimenta-o,
arriando sua Bandeira Nacional, fazendo o de guerra o mesmo, como resposta. O
mercante içará novamente sua Bandeira, depois que o de guerra o fizer.

ÉTICA MILITAR
O militar deve se esforçar na preservação das manifestações essenciais do valor
militar, estabelecidas no Estatuto dos Militares:

- o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar e


pelo solene juramento de fidelidade à Pátria até com o sacrifício da própria
vida;
- o civismo e o culto das tradições históricas;
- a fé na missão elevada das Forças Armadas;
- o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;
- o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida; e
- o aprimoramento técnico-profissional.

PRECEITOS DA ÉTICA MILITAR


A Marinha precisa de militares, homens e mulheres, que observem em suas
vidas, permanentemente, os preceitos da ética militar estabelecidos no Estatuto dos
Militares:
a) amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal;
b) exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem
em decorrência do cargo;
c) respeitar a dignidade da pessoa humana;
d) cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das
autoridades competentes;
e) ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos
subordinados;
f) zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos
subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum;
g) empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
h) praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de
cooperação;
i) ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
j) abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer
natureza;
k) acatar as autoridades civis;
l) cumprir seus deveres de cidadão;
m) proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular:
n) observar as normas da boa educação;
o) garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de
família modelar;
p) conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que
não sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro
militar;
q) abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais
de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
r) abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas;
- em atividades político-partidárias;
- em atividades comerciais;
- em atividades industriais;
- para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos
políticos ou militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica,
se devidamente autorizado; e
- no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja na
administração pública; e
zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus integrantes; obedecendo
e fazendo obedecer os preceitos da ética militar.

DEVERES MILITARES
Como estabelecido no Estatuto dos Militares, não deve ser esquecido que “os
deveres militares emanam de um conjunto de vínculos racionais e morais que ligam o
militar à Pátria e ao seu serviço, e compreendem, essencialmente:
- a dedicação e a fidelidade à Pátria, cuja honra, integridade e instituições devem
ser defendidas, mesmo com o sacrifício da própria vida;
- o culto aos Símbolos Nacionais;
- a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
- a disciplina e o respeito à hierarquia;
- o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens; e
- a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.”
No porto, nos dias de Rotina Normal, no período compreendido entre o
regresso e o licenciamento geral, os Encarregados de Divisão, o Mestre e o Sargento-
Polícia inspecionarão freqüentemente o navio, verificando a limpeza, arrumação dos
compartimentos e o aspecto marinheiro. Após o licenciamento geral e nos dias de
Rotina de Domingo, o Oficial de Serviço e o Sargento-Polícia inspecionarão o navio,
empregando o quarto de serviço para mantê-lo limpo e com boa apresentação
marinheira.
Em viagem, o Mestre, o Contramestre de Quarto e o Sargento-Polícia
exercerão, no que couber essas atribuições, empregando o Grupo de Limpeza e Fainas
Marinheiras, a manutenção da limpeza e aspecto marinheiro do navio.

Manual de Procedimentos Marinheiros

Conforme a propulsão empregada, as embarcações miúdas podem ser:


- a motor,
- a vela, ou
- a remos.

CUIDADOS COM O EQUIPAMENTO DAS EMBARCAÇÕES

A guarnição da embarcação miúda é responsável pelo seu equipamento. Perdas ou


danos ao material devem ser informados imediatamente ao patrão da embarcação e ao
oficial de serviço. Alguns cuidados, apresentados a seguir, devem ser observados para a
manutenção do material:
- verificar constantemente o estado e a validade da palamenta da embarcação;
- reparar ou informar pequenos danos imediatamente (isto economizará tempo em
futuros reparos);
- arejar os coletes salva-vidas após tempo úmido, ou quando forem molhados;
- manter o motor de popa em base segura, peiado de maneira que o jogo do navio
não ocasione danos ao equipamento e verificar o cumprimento do SMP; e
- manter o material livre de sujeira, corrosão e ferrugem.

Tipos de turcos
a) comum
Constituídos por ferro redondo (maciço ou oco) ou por perfis retangulares,
podendo ser recurvado na parte superior ou possuir ângulo de 90 graus (no
caso de perfis). Gira em torno de seu eixo vertical ou pode ser fixo,
dependendo de sua base.
b) de rebater
Semelhante em construção ao tipo comum, mas em vez de girar em torno de
seu eixo vertical, é rebatido para dentro, movendo-se em torno de um eixo
horizontal na sua base, paralelo ao costado.
c) quadrantal
O turco é recolhido ou disparado inclinando-se sobre um setor dentado que
constitui seu pé e engraza numa cremalheira sobre o convés.
d) rolante ou deslizante
É constituído por dois braços montados com rodetes sobre duas calhas
(trilhos). Estas são paralelas e dispostas num plano perpendicular ao costado
do navio. O turco é disparado por gravidade, sob ação do peso da
embarcação. O movimento de disparar é dado por uma alavanca que libera e
solta o freio do sarilho, onde está enrolado o cabo que iça a embarcação.
Neste primeiro movimento, o braço e a embarcação descem sobre a calha até
ficar totalmente disparada. A seguir, a embarcação desce até ficar ao nível do
convés (a meia talha), para embarque dos passageiros ou do material. Um
terceiro movimento da alavanca do freio, permite que a embarcação seja
arriada até a superfície da água.

Estropo de Segurança

Estropo de Mau Tempo

Cabo de Contrabalanço

ARRIAR UMA EMBARCAÇÃO


A faina para arriar uma embarcação é mais rápida, segura e precisa, se sua
guarnição executar a manobra de forma coordenada e disciplinada.
Os preparativos para a faina são realizados seguindo uma lista de verificação
abrangendo todas as ações a serem tomadas pelo pessoal que executa a manobra.
O instante crítico da faina de arriar uma embarcação, normalmente, ocorre quando
ela atinge a superfície do mar e ainda está presa ou sendo liberada dos cabos dos turcos.
Portanto, quanto mais rápida e atenta for essa manobra, menor será o risco de acidente.
a) O contramestre:
- solicita ao oficial de serviço permissão para reunir o pessoal para a manobra
da lancha (quando necessário);
- verifica se foi cumprida a lista de verificação da embarcação pelo patrão da
lancha;
- verifica se os equipamentos a serem utilizados na manobra foram
alimentados, tais como, motores, guinchos etc.;
- verifica se o pessoal envolvido na faina está utilizando equipamento de
proteção individual (EPI) adequado;
- providencia, caso determinado, o disparo do pau de surriola e manda arriar a
escada de portaló;
- verifica os andorinhos;
- verifica a boça de viagem;
- verifica as boças de proa e popa e das catarinas, quando aplicável; e
- coordena o embarque de pessoal e material na embarcação.
b) O patrão:
- providencia a palamenta completa da embarcação;
- tampona os bueiros com os bujões de rosca;
- verifica a apresentação marinheira da lancha, corrigindo as discrepâncias;
- verifica o cumprimento das precauções de segurança por parte da guarnição
(utilização de coletes de flutuabilidade permanente, capacetes e luvas);
- verifica a cana do leme (operação em emergência);
- testa as comunicações (transceptor portátil); e
- exige correção de atitudes e apresentação pessoal da guarnição (a
apresentação da guarnição da lancha deve ser impecável, qualquer que seja o
uniforme; chama-se a atenção para a limpeza dos coletes salva-vidas, dos
tênis brancos e dos bonés).
c) O proeiro e o popeiro:
- verificam se estão a bordo as boças reservas;
- quando a embarcação estiver tocando a água e os cabos de aço solecados,
mediante ordem do patrão, retiram os gatos das catarinas dos arganéis da
embarcação e largam as boças, de proa e de popa (o popeiro o faz em primeiro
lugar). Nesta ocasião, a lancha é mantida em posição pela boça de viagem,
cujo comprimento deve ser ajustado de modo a manter a embarcação no
correto alinhamento com as catarinas do turco. A finalidade da boca de
viagem é dar um seguimento a vante à embarcação, possibilitando o governo.
Assim, o patrão poderá afastá-la do costado evitando os impactos
indesejáveis;
- o proeiro larga a boça de viagem (após ser largada, a boça fica pendurada por
um cabo, em uma altura safa para ser recolhida pelo proeiro, quando a lancha
aproximar-se para atracar).
d) O motorista (MO):
- verifica o nível de óleo e combustível a bordo;
- verifica os equipamentos de combate a incêndio;
- verifica o kit de ferramentas;
- parte o motor da lancha; e
- cumpre as determinações do patrão da lancha em relação ao regime de
máquinas.
Relembra-se que nos navios da MB, as lanchas podem ser arriadas / içadas
com o navio em movimento dependendo do estado do mar. Nos casos das
baleeiras, a velocidade limite para essa faina é de 5 nós.
Nas situações em que o navio esteja fundeado ou atracado e não haja corrente
expressiva a boça de viagem pode ser dispensada, usando-se apenas as boças
de proa e popa.
Destaca-se, ainda, que independente do tipo as embarcações (lanchas ou botes)
ao atracarem a contrabordo devem receber as boças de proa e de popa
passadas pelo navio e ao desatracarem, os proeiros / popeiros, devem largá-las
dos cunhos (das lanchas) ou dos estropos com trambelho (dos botes) para que o
navio as recolham. As boças reservas das embarcações servem para atracação
em outros atracadores ou como cabos de reboque.

Passo: Direção de rotação do hélice; direito Sentido horário e Esquerdo se


Anti-horário
O USO DO LEME
O efeito de guinada causado pelo leme, quando o barco está em movimento, aumenta
com a sua velocidade e com o ângulo de leme (ângulo entre o leme e a linha de centro da
embarcação), este último atinge seu valor máximo em 35º. Além desse valor, o efeito de
guinada decresce e o efeito de freamento aumenta rapidamente. Por esses motivos, o ângulo
de leme de uma embarcação é limitado a 35º.

Quando o barco guina por efeito do seu leme, ele gira em torno de um ponto,
denominado pivô, que está, normalmente, localizado acerca de um terço do comprimento, a
partir da proa.

Preparação para suspender


A preparação do navio para suspender envolve todos os setores de bordo e
engloba as mais diversas providências, visando a:
a) manutenção da estanqueidade, com o estabelecimento da condição de
fechamento do material adequada;
b) melhora da estabilidade do navio, com a redução de superfícies livres e
remoção de pesos altos; e
c) verificação do material volante, que deve ficar em local apropriado e peiado ou
fixado corretamente.
Previsões meteorológicas favoráveis não justificam qualquer descuido com a
segurança do navio, em face da possibilidade de ocorrerem mudanças bruscas de
tempo. Avarias que coloquem o navio sem propulsão, mesmo com o estado do
mar favorável, podem ocasionar situações críticas, caso as condições de
estabilidade estejam comprometidas.
Providências de última hora sempre se tornarão mais difíceis, com riscos para o
pessoal e material. Por exemplo, uma faina para a peação de material em conveses
abertos, já navegando em mar ruim, coloca em risco a vida dos homens ali
envolvidos.

Preparação para mau tempo


A chegada do mau tempo deve exigir um mínimo de providências
complementares, se a preparação para o suspender foi bem feita. Um exemplo de
providência relacionada à preparação para mau tempo é a mudança da condição
de fechamento do material para uma mais rigorosa. O Comando deve ser
informado das indicações sobre mau tempo. O Encarregado de Navegação é o
responsável pelo acompanhamento dos boletins meteorológicos e sua divulgação a
bordo, instruindo os Oficiais de Quarto do passadiço quanto as alterações de
pressão, temperatura, vento, visibilidade etc.
A ordem de “Preparar para Mau Tempo”, complementada pelas devidas
providências necessárias, deve ser disseminada pelo fonoclama.
Os Chefes de Departamento são os responsáveis pela verificação da preparação
para o mau tempo, em suas áreas de responsabilidade.
Além das ações já citadas para a preparação para suspender, a preparação para
mau tempo inclui:
a) O cumprimento rigoroso da condição de fechamento do material,
principalmente nos acessórios que dão acesso a conveses abertos;
b) A verificação da peação do material, reforçando alguns itens como
por exemplo balsas, lanchas e outros objetos existentes em conveses abertos;
c) A hangaragem das aeronaves; e
d) A adequação do cardápio, de modo a prover alimento de fácil
preparação e digestão.

PREPARAÇÃO PARA O COMBATE


No combate, a prontidão é alcançada pela “Preparação para o Combate” que, além
dos itens acima citados, inclui outros como a preparação do material de CAv, dos
sistemas, equipamentos e a retirada de bordo de material inflamável, utilizando
para isso, o Manual de Procedimento Operativo específico a cada classe de navio.
Essa preparação visa aumentar a capacidade do navio em resistir a danos, elevar a
segurança de sua operação e do pessoal e manter sistemas e armas no estado
máximo de aprestamento.

RESPONSABILIDADES
O controle de avarias é o responsável pela execução de diversas providências na
preparação para o combate e exerce supervisão funcional sobre aquelas realizadas pelos
diversos departamentos.
Preparação dos Sistemas e Controles do navio
a) controle de avarias - é responsável pela supervisão do preparo dos sistemas, dos
equipamentos e material de Controle de Avarias, do acondicionamento e peação do
material, do estabelecimento e controle da condição de fechamento.
Esse preparo compreende:
I) verificar o material das estações que possuem material de CAv e dos
armários dos reparos de CAv, mantendo as portas travadas, mas não
trancadas;
II) destrancar os compartimentos (compartimentos de valor como
paióis e cantina, que permanecem desguarnecidos, podem ser mantidos
fechados com cadeado que possa ser quebrado com machado ou corta-
frio em caso de emergência);
III) verificar as bombas de incêndio portáteis, deixando-as prontas
para utilização;
IV) preparar a Enfermaria de Combate;
V) verificar os compartimentos quanto à existência de qualquer material
que possa constituir obstáculo para o deslocamento das turmas dos
reparos, material mal peiado ou mal acondicionado, inflamáveis fora
dos paióis apropriados, e material como trapos ou papéis que possam
vir a entupir ralos de aspiração de bombas e edutores; e
VI) retirar os cadeados das válvulas, como, por exemplo, válvulas do
sistema de borrifo dos paióis de munição, válvulas do sistema de
alimentação de combustível por gravidade, possibilitando sua rápida
operação em caso de ruptura de trechos de redes ou em incêndios.
b) controle da máquina - é responsável por:
I) preparar os sistemas de controle e operação da propulsão, compreendendo
o estabelecimento da melhor configuração de máquinas e a prontificação
do sistema para o desenvolvimento da máxima velocidade;
II) preparar os sistemas de óleo combustível e lubrificante para atender a
possíveis avarias retirando os cadeados que porventura existam; e
III) preparar o sistema de geração e distribuição de energia e das
máquinas auxiliares que compreende a verificação do sistema de Força em
Avaria; o carregamento de todas as ampolas de ar comprimido das praças
de máquinas que permite prover pressão ao anel em caso de perda dos
compressores.
c) demais controles - são responsáveis pela preparação de seus sistemas e
materiais, como por exemplo:
I) preparação dos sistemas de detecção para atingir o mais elevado
desempenho;
II) preparação do armamento e munição (transferência de munição para as
PMS e os paióis de pronto uso);
III) retirada de parte do material de rancho (para cerca de 7 dias) dos
paióis de gêneros e sua armazenagem em locais acima da linha d’água,
para o caso de alagamento desses paióis (atenção à correta peação do
material);
IV) retirada do óleo dos fritadores elétricos; e
V) preparação dos sistemas substitutos, de modo a reduzir o tempo de
indisponibilidade em caso de avaria nos sistemas principais.

Manutenção da estanqueidade
Os Chefes de Departamento são os responsáveis pela manutenção da condição de
fechamento do material nas suas áreas de responsabilidade.
Em Condição III, os patrulhas de CAv de serviço devem verificar o cumprimento da
condição de fechamento estabelecida, participando ao Encarregado do CAv as
discrepâncias observadas, que serão corrigidas pelos Fiéis de Avarias das Divisões.
Em Condição I, a responsabilidade é do reparo responsável pela área, com colaboração
do pessoal que guarnece próximo ao acessório estanque.
A manutenção da estanqueidade deve ser uma preocupação de todos a bordo.

Manutenção da estabilidade
É de responsabilidade do Chefe de Máquinas, ao qual competem as seguintes
providências:
a) manter os porões esgotados;
b) manobrar com a carga líquida (combustíveis, aguada, reserva etc.), de modo
a atestar os tanques mais baixos e eliminar o efeito de superfície livre;
c) admitir lastro, se necessário;
d) manter acompanhamento sistemático dos espaços vazios e, especialmente,
dos compartimentos da máquina do leme e das buchas dos eixos, para
detectar possíveis vazamentos, principalmente sob mau tempo; e
e) manter desobstruídos os ralos de aspiração de edutores e bombas fixas ou
portáteis, e os ralos dos diversos compartimentos para dreno por gravidade.

Peação do material
É da responsabilidade de todos os Chefes de Departamento, em suas áreas
específicas. A Peação e a guarda do material evitam acidentes pessoais e prejuízos
materiais decorrentes do jogo do navio, assim como, evitam a existência de obstáculos
nos compartimentos que possam vir a comprometer uma eventual faina de Controle de
Avarias, além de, no caso de uma explosão, não permitir que esses materiais sejam
projetados de modo a ferir o pessoal. Visa também contribuir com a arrumação dos
compartimentos.
Todos os compartimentos devem ser inspecionados com atenção antes do
suspender.
Os objetos devem ser guardados nos armários ou em compartimentos
apropriados. Caso permaneçam instalados para o trabalho diário, computadores e
máquinas de escrever devem estar devidamente peiados. Os armários devem ter suas
portas e gavetas trancadas ou travadas. Não pode ser feita peação de objetos em redes,
acessórios estanques ou partes móveis.
Os sobressalentes devem ser mantidos nos respectivos paióis, conforme previsto
na distribuição de pesos a bordo definida pelo projeto do navio. A guarda de
sobressalentes pesados em compartimentos acima da linha d’água diminui a estabilidade
do navio.
Os sobressalentes pesados e de difícil movimentação não devem ser deixados
próximos ao costado, impedindo ou dificultando a execução de fainas de contenção de
alagamentos. Não amarrar material volante em válvulas ou redes de bordo, ou usá-las
para servirem de retorno de cabos.
Todo o material volante em conveses abertos requer peação reforçada para
suportar a força dos ventos e das vagas que possam varrer o navio.
Podem ainda ocorrer situações em que haja a necessidade de preparar o navio
para o mau tempo, estando ele atracado, fundeado ou amarrado à bóia, quando a peação
do material deverá ser verificada e em alguns pontos reforçada.
Qualquer navio que se faz ao mar ou mesmo durante sua estadia nos portos, deve
estar pronto para recolher um ou mais tripulantes que tenham caído n’água.
As condições ambientais e meteorológicas (estado do mar, vento, temperatura da
água e correntes) e a situação (noite ou dia, guerra ou paz, em formatura ou
escoteiro, etc.), têm grande influência: na escolha da manobra a executar e do
método a ser empregado no recolhimento.

HOMEM AO MAR
A probabilidade de salvamento de um homem que tenha caído no mar, quando em
viagem, depende, em muito, do cumprimento dos seguintes procedimentos
iniciais:

Do Descobridor

Qualquer militar que presencie um homem cair pela borda ou aviste ou escute
pedidos identificando positivamente a presença de algum náufrago, será considerado
descobridor e deve dar o brado de “Homem ao mar por (Bombordo ou Boreste)”
(dependendo do bordo do avistamento). Logo em seguida e se possível, paralelamente
ao brado, deve lançar-lhe bóia salva-vidas com sinalizador, acionar o “alarme de homem
ao mar” mais próximo (nos navios equipados com este alarme), e apontar na direção em
que o avista. Adicionalmente, o brado deve ser retransmitido por todos que o ouviram e
pelos meios de comunicação existentes, até se ter a certeza de que o Oficial de Quarto
tomou conhecimento da situação de emergência. Os militares que guarnecem conveses
abertos, devem apontar para o Do Oficial de Quarto do Passadiço (navio escoteiro)
Ao tomar ciência do ocorrido, o Oficial de Quarto deve:
- Iniciar a manobra de aproximação e recolhimento do náufrago utilizando
leme e máquinas como necessário ou de lançamento/recolhimento de aeronave;
- Determinar a disseminação pelo fonoclama “Homem ao mar por BB ou BE”
– “Guarnecer Detalhe de Homem ao Mar”, informando o método de
recolhimento acrescido do bordo no caso do método escolhido ser o pela
Estação de Recolhimento: “O Homem será recolhido pela estação de
recolhimento BB ou BE”.
Dependendo do método escolhido, ações decorrentes são necessárias, como
por exemplo: Montagem da estação de recolhimento pelo bordo indicado,
guarnecimento da lancha de prontidão ou bote e lançamento de aeronave;
- Ordenar o içamento dos sinais visuais adequados e a execução de seis apitos
curtos;
- Informar ao CIC / COC o tipo de manobra (item 0107.3.1) que será
executada;
- Acionar o botão de disparo automático de bóia salva-vidas (se aplicável); e
- Navio em grupamento operativo, disseminar o sinal tático adequado pela rede
PMTA (se aplicável).

Do Auxiliar de Navegação / Plotador


- Acionar a tecla MOB - “MAN OVERBOARD “ do GPS; e
- Plotar a posição na carta náutica.

Do Sinaleiro
- Içar a bandeira OSCAR pelo bordo da queda, durante o dia, ou acender as
luzes de homem ao mar quando à noite;
- Acender holofote, quando à noite, caso a situação tática assim o permita,
mantendo seu facho próximo ao homem; e
- Lançar um pirotécnico marcador n’água.

Do Vigia
- Procurar não perder o náufrago de vista, apontando constantemente para o
mesmo; e
- Transmitir continuamente para o Passadiço e CIC/COC as marcações
relativas do homem.

Dos militares que guarnecem o CIC/COC


- Iniciar plotagem, assim que receber a informação de “homem ao mar”
registrando a posição geográfica, a hora e o vento real no momento da queda;
- Abrir ponto de referência no sistema de processamento de dados táticos (se
houver) sobre a posição em que o homem caiu;
- Acionar a tecla MOB - “MAN OVERBOARD “ do GPS (quando houver);
- Informar constantemente à Manobra a marcação e distância do homem
utilizando como referência a plotagem ou o ponto de referência aberto;
- Preparar plano de busca para o caso de o homem não ser localizado na
aproximação final;
- Manter pelo menos um display ou repetidora em escala curta e pulso curto,
compatíveis com a distância atual do homem;
- Estabelecer comunicações com helicópteros assumindo o controle, se for o
caso;
- Informar, a cada minuto, à Manobra, o tempo de homem n’água e o tempo
estimado de sobrevivência;
- Cessar as emissões sonar, caso a situação tática assim o permita; e
- Atualizar a posição do homem com base nas informações recebidas da
vigilância e das alças óticas.

Dos militares que guarnecem o controle de Máquinas


- Desalimentar equipamentos que aspiram ou descarregam no mar, próximos
aos locais onde serão empregados os mergulhadores ou os militares de bordo
qualificados em Natação de Salvamento (chamados de NATSALV), ou arriados
bote e lancha;
- Disponibilizar a propulsão para desenvolver altas velocidades; e
- Alimentar cabrestantes, guincho, turcos e demais aparelhos a serem utilizados
no recolhimento.

Verificação de presença
- Ao ser disseminado pelo fonoclama “Homem ao Mar por BB OU BE.
Guarnecer Detalhe de Homem ao Mar”, a tripulação se dirige aos postos
previstos na Organização Administrativa;
- As divisões realizam verificação de presença, informando as faltas ao Oficial
de Quarto no Passadiço. O tempo recomendável para apuração das faltas é
de até 6 minutos para uma tripulação de até 500 homens. Mais dois
minutos deverão ser aumentados a cada 100 homens, para o caso de
tripulações superiores a 500 homens.
Os mais antigos das estações fazem a verificação de presença do pessoal de
efetivo serviço e do pessoal envolvido no recolhimento, informando ao Oficial
de Quarto no Passadiço. Cada navio deve estabelecer em sua organização os
canais apropriados para a informação chegar ao passadiço da maneira mais
expedita; e
- Durante o guarnecimento do Detalhe de Homem ao Mar, as regras de trânsito
a bordo devem ser cumpridas de modo a evitar congestionamento de pessoal
nas escadas, portas-estanques e corredores.

REGULAMENTO DISCIPLINAR DA MARINHA

A disciplina militar manifesta-se basicamente pela:

– obediência pronta às ordens do superior;


– utilização total das energias em prol do serviço;
– correção de atitudes; e
– cooperação espontânea em benefício da disciplina coletiva e da eficiência da
instituição.

Hierarquia Militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da


estrutura militar. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo
posto ou graduação, se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à
hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade

Contravenção Disciplinar é toda ação ou omissão contrária às obrigações ou aos


deveres militares estatuídos nas leis, nos regulamentos, nas normas e nas disposições em
vigor que fundamentam a Organização Militar, desde que não incidindo no que é
capitulado pelo Código Penal Militar como crime.

As contravenções disciplinares são classificadas em graves e leves – conforme o dano –


grave ou leve – que causarem à disciplina ou ao serviço, em virtude da sua natureza
intrínseca, ou das consequências que delas advierem, ou puderem advir, pelas
circunstâncias em que forem cometidas.

São circunstâncias agravantes da contravenção disciplinar:


a) acúmulo de contravenções simultâneas e correlatas;
b) reincidência;
c) conluio de duas ou mais pessoas;
d) premeditação;
e) ter sido praticada com ofensa à honra e ao pundonor militar;
f ) ter sido praticada durante o serviço ordinário ou com prejuízo do serviço;
g) ter sido cometida estando em risco a segurança da Organização Militar;
h) maus antecedentes militares;
i ) ter o contraventor abusado da sua autoridade hierárquica ou funcional; e
j ) ter cometido a falta em presença de subordinado.

São circunstâncias atenuantes da contravenção disciplinar:


a) bons antecedentes militares;
b) idade menor de 18 anos;
c) tempo de serviço militar menor de seis meses;
d) prestação anterior de serviços relevantes já reconhecidos;
e) tratamento em serviço ordinário com rigor não autorizado pelos regulamentos
militares; e
f ) provocação.

São circunstâncias justificativas ou dirimentes da contravenção disciplinar:


a) ignorância plenamente comprovada da ordem transgredida;
b) força maior ou caso fortuito plenamente comprovado;
c) evitar mal maior ou dano ao serviço ou à ordem pública;
d) ordem de superior hierárquico; e
e) legítima defesa, própria ou de outrem.

As penas disciplinares são as seguintes:

a) para Oficiais da ativa:


1. repreensão;
2. prisão simples, até 10 dias; e
3. prisão rigorosa, até 10 dias.

b) para Oficiais da reserva que exerçam funções de atividade:

1. repreensão;
2. prisão simples, até 10 dias;
3. prisão rigorosa, até 10 dias; e
4. dispensa das funções de atividade.

c) para os Oficiais da reserva remunerada não compreendidos na alínea


anterior e os reformados:

1. repreensão;
2. prisão simples, até 10 dias; e
3. prisão rigorosa, até 10 dias.

d) para Suboficiais:

1. repreensão;
2. prisão simples, até 10 dias;
3. prisão rigorosa, até 10 dias; e
4. exclusão do serviço ativo, a bem da disciplina.

e) para Sargentos:

1. repreensão;
2. impedimento, até 30 dias;
3. prisão simples, até 10 dias;
4. prisão rigorosa, até 10 dias; e
5. licenciamento ou exclusão do serviço ativo, a bem da disciplina.

f ) para Cabos, Marinheiros e Soldados:

1. repreensão;
2. impedimento, até 30 dias;
3. serviço extraordinário, até 10 dias;
4. prisão simples, até 10 dias;
5. prisão rigorosa, até 10 dias; e
6. licenciamento ou exclusão do serviço ativo, a bem da disciplina.

Não será considerada como pena a admoestação que o superior fizer ao


subalterno, mostrando-lhe irregularidade praticada no serviço ou chamando sua atenção
para fato que possa trazer como consequência uma contravenção.

Não será considerado como pena o recolhimento em compartimento fechado,


com ou sem sentinela, bem como a aplicação de camisa de força, algemas ou outro meio
de coerção física, de quem for atacado de loucura ou
excitação violenta.
Por uma única contravenção não pode ser aplicada mais de uma punição. A
punição disciplinar não exime o punido da responsabilidade civil que lhe couber.

Têm competência para impor penas disciplinares as seguintes autoridades:


a) a todos os militares da Marinha:

– o Presidente da República e o Ministro da Marinha; e

b) aos seus comandados ou aos que servem sob sua direção ou ordem:
– o Chefe, Vice-Chefe e Subchefes do Estado-Maior da Armada;
– o Comandante, Chefe do Estado-Maior e os Subchefes do Comando de Operações
Navais;
– o Secretário-Geral da Marinha;
– os Diretores-Gerais;
– o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais;
– os Comandantes dos Distritos Navais ou de Comando Naval;
– os Comandantes das Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais;
– os Presidentes e Encarregados de Organizações Militares;
– os Diretores dos Órgãos do Setor de Apoio;
– o Comandante de Apoio do CFN;
– os Comandantes de Navios e Unidades de Tropa;
– os Diretores de Estabelecimentos de Apoio ou Ensino;
– os Chefes de Gabinete; e
– os Capitães dos Portos e seus Delegados.

c) nos casos em que a Direção ou Chefia de Estabelecimento ou Repartição for


exercida por servidor civil:

– Oficial da ativa, mais antigo da OM. (Alterado pelo Decreto no 93.665, de 9 de


dezembro de 1986)

Os Almirantes poderão delegar esta competência, no todo ou em parte, a Oficiais


subordinados;
Os Comandantes de Força observarão a competência preconizada na Ordenança Geral
para o Serviço da Armada.
A pena de licenciamento e exclusão do Serviço Ativo da Marinha será imposta pelo
Ministro da Marinha ou por autoridade que dele tenha recebido delegação de
competência.

A pena de licenciamento do Serviço Ativo da Marinha ex officio, a bem da


disciplina, será aplicada às Praças prestando serviço militar inicial pelo Comandante de
Distrito Naval ou de Comando Naval onde ocorreu a incorporação, de acordo com o
Regulamento da Lei do Serviço Militar.
A pena de dispensa das funções de atividade será imposta privativamente pelo
Ministro da Marinha.
Os Comandantes dos Distritos Navais ou de Comando Naval têm competência,
ainda, para aplicar punição aos militares da reserva remunerada ou reformados que
residem ou exercem atividades na área de jurisdição do respectivo Comando, respeitada
a precedência hierárquica. Quando duas autoridades, ambas com jurisdição disciplinar
sobre o contraventor, tiverem conhecimento da falta, caberá o julgamento à autoridade
mais antiga, ou à mais moderna, se o seu superior assim o determinar.

A autoridade mais moderna deverá manter o mais antigo informado a respeito da


falta, dos esclarecimentos que se fizerem necessários, bem como, quando julgar a falta,
participar a pena imposta e os motivos que orientaram sua disposição.

A repreensão consistirá na declaração formal de que o contraventor é assim


punido por haver cometido determinada contravenção, podendo ser aplicada em
particular ou não. Quando em particular, será aplicada diretamente pelo superior que a
impuser; verbalmente, na presença única do contraventor; por escrito, em ofício
reservado a ele dirigido.
Quando pública, será aplicada pelo superior, ou por sua delegação:
a ) verbalmente:
1. ao Oficial – na presença de Oficiais do mesmo posto ou superiores;
2. ao Suboficial – nos círculos de Oficiais e Suboficiais;
3. ao Sargento – nos círculos de Oficiais, Suboficiais e Sargentos; e
4. às Praças de graduação inferior a Sargento – em formatura da guarnição, ou parte
dela, a que pertencer o contraventor.
b) por escrito, em documento do qual será dado conhecimento aos mesmos círculos
acima indicados.
A pena de impedimento obriga o contraventor a permanecer na Organização
Militar, sem prejuízo de qualquer serviço que lhe competir.
A pena de serviço extraordinário consistirá no desempenho pelo contraventor de
qualquer serviço interno, inclusive faina, em dias e horas em que não lhe competir esse
serviço.

A pena de prisão simples consiste no recolhimento:

a) do Oficial, Suboficial ou Sargento na Organização Militar ou outro local


determinado, sem prejuízo do serviço interno que lhe couber;
b) da Praça, à sua coberta na Organização Militar ou outro local determinado, sem
prejuízo dos serviços internos que lhe couberem, salvo os de responsabilidade e
confiança.
A pena de prisão rigorosa consiste no recolhimento:
a) do Oficial, Suboficial ou Sargento aos recintos que na Organização Militar forem
destinados ao uso do seu círculo.
b) da Praça, à prisão fechada.

Quando na Organização Militar não houver lugar ou recinto apropriado ao cumprimento


da prisão rigorosa com a necessária segurança ou em boas condições de higiene, o
Comandante ou autoridade equivalente solicitará que esse cumprimento seja feito em
outra Organização Militar em que isto seja possível.

A critério da autoridade que as impôs, as penas de prisão simples e prisão


rigorosa poderão ser cumpridas pelas Praças como determina o artigo 22, computando-
se dois (2) dias de impedimento para cada dia de prisão simples e três (3) dias de
impedimento para cada dia de prisão rigorosa.
Não será considerada agravação da pena deste artigo a reclusão do Oficial, Suboficial
ou Sargento a camarote, com ou sem sentinela, quando sua liberdade puder causar dano
à ordem ou à disciplina.

Nenhuma pena será imposta sem ser ouvido o contraventor e serem devidamente
apurados os fatos.
Normalmente, a pena deverá ser imposta dentro do prazo de 48 horas, contadas do
momento em que a contravenção chegou ao conhecimento da autoridade que tiver que
impô-la.
O Oficial que lançou a contravenção disciplinar em Livro de Registro de
Contravenções deverá dar conhecimento dos seus termos à referida Praça, antes do
julgamento da mesma. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
Quando houver necessidade de maiores esclarecimentos sobre a contravenção, a
autoridade mandará proceder a sindicância ou, se houver indício de crime, a inquérito,
de acordo com as normas e prazos legais. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de
dezembro de 1993)
Durante o período de sindicância de que trata o parágrafo anterior, o contraventor
poderá ficar detido na Organização Militar ou em qualquer outro local que seja
determinado. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
Os militares detidos para averiguação de contravenções disciplinares não devem
comparecer a exercícios e fainas, nem executar serviço algum. (Alterado pelo Decreto
no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
A prisão ou detenção de qualquer militar e o local onde se encontra deverão ser
comunicados imediatamente à sua família ou a pessoa por ele indicada, de acordo com a
Constituição Federal. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
Nenhum contraventor será interrogado se desprovido da plena capacidade de entender o
caráter contravencional de sua ação ou omissão, devendo, nessa situação, ser recolhido
a prisão, em benefício da manutenção da ordem ou da sua própria segurança. (Alterado
pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
A autoridade julgará com imparcialidade e isenção de ânimo a gravidade da
contravenção, sem condescendência ou rigor excessivo, levando em conta as
circunstâncias justificativas ou atenuantes, em face das disposições deste Regulamento e
tendo sempre em vista os acontecimentos e a situação pessoal do contraventor.
Toda pena disciplinar, exceto repreensão verbal, será imposta na forma
abaixo:
a) para Oficiais e Suboficiais, mediante Ordem de Serviço que contenha resumo do
histórico da falta, seu enquadramento neste Regulamento, as circunstâncias atenuantes
ou agravantes e a pena imposta; e
b) para Sargentos e demais Praças: mediante lançamento nos respectivos Livros de
Registro de Contravenções, onde constará o histórico da falta, seu enquadramento
neste Regulamento, as circunstâncias atenuantes ou agravantes e a pena imposta.
Quando o contraventor houver cometido contravenções simultâneas mas não
correlatas, ser-lhe-ão impostas penas separadamente.
Se essas penas consistirem em prisão rigorosa e seu total exceder o máximo
fixado no artigo 14, serão cumpridas em parcelas não maiores do que esse prazo, com
intervalos de cinco dias.
A pena de licenciamento ex officio do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina,
será imposta às Praças com estabilidade assegurada, como disposto no Estatuto dos
Militares e nos Regulamentos do Corpo de Praças da Armada e do Corpo de Praças do
Corpo de Fuzileiros Navais.
A pena de exclusão do Serviço Ativo da Marinha será imposta:
a) a bem da disciplina ou por conveniência do serviço; e
b) por incapacidade moral.
A bem da disciplina ou por conveniência do serviço, a pena será imposta sempre que a
Praça, de graduação inferior a Suboficial, houver sido punida no espaço de um ano
com trinta dias de prisão rigorosa ou quando for julgado merecê-la por um Conselho de
Disciplina, por má conduta habitual ou inaptidão profissional.
Por incapacidade moral, será imposta quando houver cometido ato julgado aviltante ou
infamante por um Conselho de Disciplina.
A pena de exclusão do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, será aplicada
ex officio às Praças com estabilidade assegurada, como disposto no Estatuto dos
Militares.

O licenciamento ex officio e a exclusão do Serviço Ativo da Marinha, a bem da


disciplina, inabilita o militar para exercer cargo, função ou emprego na Marinha. A sua
situação posterior relativa à Reserva será determinada pela Lei do Serviço Militar e pelo
Estatuto dos Militares.

O tempo que durar o impedimento de que trata o artigo 26, § 3o, será levado em conta:
a) integralmente para o cumprimento de penas de impedimento;
b) na razão de 1/2 para as de prisão simples; e
c) na razão de 1/3 para as de prisão rigorosa.

O tempo passado em hospitais (doentes hospitalizados) não será computado para


cumprimento de pena disciplinar.

Para o registro das contravenções cometidas e penas impostas, haverá nas Organizações
Militares dois livros numerados e rubricados pelo Comandante ou por quem dele haja
recebido delegação, sendo um para os Sargentos e outro para as demais Praças.

Todas as penas impostas, exceto repreensões em particular, serão transcritas nos


assentamentos do contraventor, logo após o seu cumprimento ou a solução de recursos
interpostos.
Para Sargentos e demais Praças, esta transcrição será feita na Caderneta
Registro, independente de ordem superior.

Para Oficiais e Suboficiais, cópia da Ordem de Serviço que publicou a punição será
remetida à DPMM ou CApCFN, conforme o caso, a fim de ser anexada aos documentos
de informação referentes ao Oficial ou Suboficial punido. (Alterado pelo Decreto no
94.387, de 29 de maio de 1987)
A transcrição conterá o resumo do histórico da falta cometida e a pena imposta.

Da Anulação, Atenuação, Agravamento, Relevamento e Cancelamento


(Alterado pelo Decreto no 94.387, de 29 de maio de 1987)
O disposto no artigo 19 não inibe a autoridade superior na Cadeia de Comando de tomar
conhecimento ex officio de qualquer contravenção e julgá-la de acordo com as normas
deste Regulamento, ou reformar o julgamento de autoridade inferior, anulando,
atenuando ou agravando a pena imposta, ou ainda relevando o seu cumprimento.
A revisão do julgamento poderá ocorrer até 120 (cento e vinte) dias
após a data da sua imposição. Fora desse prazo só poderá ser feita, privativamente,
pelo Ministro da Marinha.

Quando já tiver havido transcrição da pena nos assentamentos, será dado conhecimento
à DPMM ou ao CApCFN, conforme o caso, para efeito de cancelamento ou alteração.
A competência para relevar o cumprimento da pena é atribuição das mesmas
autoridades citadas nas alíneas a) e b) do artigo 19, cada uma quanto às punições que
houver imposto, ou quanto às aplicadas pelos seus subordinados.

Esse relevamento poderá ser aplicado:


a) por motivo de serviços relevantes prestados à Nação pelo contraventor,
privativamente, pelo Presidente da República e pelo Ministro da Marinha; e
b) por motivo de gala nacional ou passagem de Chefia, Comando ou Direção, quando
o contraventor já houver cumprido pelo menos metade da pena.
Poderá ser concedido ao militar o cancelamento de punições disciplinares que lhe
houverem sido impostas ex officio ou mediante requerimento do interessado, desde
que satisfaça as seguintes condições simultaneamente:
a) não ter sido a falta cometida atentatória à honra pessoal, ao pundonor militar ou ao
decoro da classe;
b) haver decorrido o prazo de cinco anos de efetivo serviço, sem qualquer punição, a
contar da data do cumprimento da última pena. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22
de dezembro de 1993)
c) ter bons serviços prestados no período acima, mediante análise desuas folhas de
alterações; e
d) ter parecer favorável de seu Chefe, Comandante ou Diretor.

O militar, cujas punições disciplinares tenham sido canceladas, poderá concorrer, a


partir da data do ato de cancelamento, em igualdade de condições com seus pares em
qualquer situação da carreira.
Além das autoridades mencionadas na letra a) do artigo 19, a competência para
autorizar o cancelamento de punições cabe aos Oficiais-Generais em cargo de Chefia,
Comando ou Direção, obedecendo-se à Cadeia de Comando do interessado, não
podendo ser delegada.
A autoridade que conceder o cancelamento da punição deverá comunicar tal fato à
DPMM ou CApCFN, conforme o caso.
O cancelamento concedido não produzirá efeitos retroativos, para quaisquer fins
de carreira.

DA PARTE, PRISÃO IMEDIATA E RECURSOS

Da Parte e da Prisão Imediata


Todo superior que tiver conhecimento, direto ou indireto, de contravenção cometida por
qualquer subalterno, deverá dar parte escrita do fato à autoridade sob cujas ordens
estiver, a fim de que esta puna ou remeta a parte à autoridade sob cujas ordens estiver o
contraventor, para o mesmo fim.
Servindo superior e subalterno na mesma Organização Militar e sendo o subalterno
Praça de graduação inferior a Suboficial, será efetuado o lançamento da parte no Livro
de Registro de Contravenções Disciplinares.
O superior deverá também dar voz de prisão imediata ao contraventor e fazê-lo
recolher-se à sua Organização Militar quando a contravenção ou suas circunstâncias
assim o exigirem, a bem da ordem pública, da disciplina ou da regularidade do serviço.
Essa voz de prisão será dada em nome da autoridade a que o contraventor estiver
diretamente subordinado, ou, quando esta for menos graduada ou antiga do que quem dá
a voz, em nome da que se lhe seguir em escala ascendente. Caso o contraventor se
recuse a declarar a Organização Militar em que serve, a voz de prisão será dada em
nome do Comandante do Distrito Naval ou do Comando Naval em cuja jurisdição
ocorrer a prisão.
O superior que houver agido de acordo com os artigos 40 e 41 terá cumprido seu dever
e resguardada sua responsabilidade. A solução que for dada à sua parte pela autoridade
superior é de inteira e exclusiva responsabilidade desta, devendo ser adotada dentro dos
prazos previstos neste Regulamento e comunicada ao autor da parte.

A quem deu parte assiste o direito de pedir à respectiva autoridade, dentro de oito dias
úteis, pelos meios legais, a reconsideração da solução, se julgar que esta deprime sua
pessoa ou a dignidade de seu posto, não podendo o pedido ficar sem despacho. Para
tanto, a autoridade que aplicar a pena disciplinar deverá comunicar ao autor da parte a
punição efetivamente imposta e o enquadramento neste Regulamento, com as
circunstâncias atenuantes ou agravantes que envolveram o ato do contraventor.
O subalterno preso nas condições do artigo 41 só poderá ser solto por determinação da
autoridade a cuja ordem foi feita a prisão, ou de autoridade superior a ela.
Esta prisão, de caráter preventivo, será cumprida como determina o artigo 24.

Dos Recursos

Àquele a quem for imposta pena disciplinar será facultado solicitar reconsideração da
punição à autoridade que a aplicou, devendo esta apreciar e decidir sobre a mesma
dentro de oito dias úteis, contados do recebimento do pedido.
Aquele a quem for imposta pena disciplinar poderá, verbalmente ou por escrito, por via
hierárquica e em termos respeitosos, recorrer à autoridade superior à que a impôs,
pedindo sua anulação ou modificação, com prévia licença da mesma autoridade.
O recurso deve ser interposto após o cumprimento da pena e dentro do prazo de
oito dias úteis.
Da solução de um recurso só cabe a interposição de novos recursos às autoridades
superiores, até o Ministro da Marinha.
Contra decisão do Ministro da Marinha, o único recurso admissível é o pedido de
reconsideração a essa mesma autoridade.
Quando a punição disciplinar tiver sido imposta pelo Ministro da Marinha, caberá
interposição de recurso ao Presidente da República, nos termos definidos no
presente artigo.
O recurso deve ser remetido à autoridade a quem dirigido, dentro do prazo de oito
dias úteis, devidamente informado pela autoridade que tiver imposto a pena.
A autoridade a quem for dirigido o recurso deve conhecer do mesmo sem demora,
procedendo ou mandando proceder às averiguações necessárias para resolver a questão
com justiça.

No caso de delegação, para proceder a estas averiguações será nomeado um Oficial de


posto superior ao do recorrente.
Se o recurso for julgado inteiramente procedente, a punição será anulada e cancelado
tudo quanto a ela se referir; se apenas em parte, será modificada a pena.
Parágrafo único – Se o recurso fizer referência somente aos termos em que foi aplicada
a punição e parecer à autoridade que os mesmos devem ser modificados, ordenará que
isso se faça, indicando a nova forma a ser usada.

DISPOSIÇÕES GERAIS

Aos Guardas-Marinha, Aspirantes, Alunos do Colégio Naval e Aprendizes-Marinheiros


serão aplicadas, quando na Escola Naval, Colégio Naval ou nas Escolas de Aprendizes,
as penas estabelecidas nos respectivos regulamentos, e mais as escolares previstas para
faltas de aproveitamento; quando embarcados, as que este Regulamento determina para
Oficiais e Praças, conforme o caso.
O militar sob prisão rigorosa fica inibido de ordenar serviços aos seus subalternos ou
subordinados, mas não perde o direito de precedência às honras e prerrogativas
inerentes ao seu posto ou graduação.
Os Comandantes de Organizações Militares farão com que seus respectivos médicos ou
requisitados para tal visitem com frequência os locais destinados a prisão fechada, a fim
de proporem, por escrito, medidas que resguardem a saúde dos presos e higiene dos
mesmos locais.
Os artigos deste Regulamento que definem as contravenções e estabelecem as penas
disciplinares devem ser periodicamente lidos e explicados à guarnição.
A jurisdição disciplinar, quando erroneamente aplicada, não impede nem restringe a
ação judicial militar.

Manual de Combate a Incêndio

Triângulo do Fogo: Temperatura de Ignição, Comburente e Combustível;


Tetraedro do Fogo: Temperatura de Ignição, Comburente, Combustível e Reação
Química em cadeia.

Encontrado no ar atmosférico numa quantidade aproximada de 21%


Oxigênio
Concentração no ar abaixo de 16%, não ocorre chama

Estado Físico
Sólidos Carvão - Madeira - Pólvora
Líquidos Gasolina - Álcool - Éter - Óleo de Linhaça
Gasosos Metano - Etano - Etileno - Butano

Volatilidade
Voláteis Álcool - Éter - Benzina. Desprendem gases inflamáveis nas condições normais de
temperatura e pressão
Não Voláteis Óleos: combustível - Lubrificante - Linhaça
Presença de Comburente
Com Comburente na estrutura molecular do combustível Pólvor - Cloratos - Nitratos -
Comburente Celulóide e Metais Combustíveis: Lítio - Zircônio - Titânio (< 16%)
Sem Necessidade do comburente Madeira - Papel - Tecido
Comburente

Temperatura de Ignição Temperatura necessária p/ reação química entre combustível e


comburente produzir gases capazes de entrarem em combustão
Ponto de Fulgor Temperatura mínima na qual o combustível desprende gases suficientes
p/ serem inflamados por fonte externa de calor, mas insuficiente p/
manter combustão.
Ponto de Combustão Temperatura do combustível, acima da qual, a desprendimento de gases
p/ serem inflamados por fonte externa de calor e continuar queimando,
mesmo após retirar a fonte de calor.
Ponto de Ignição Temperatura necessária para inflamar os gases desprendidos do
combustível, só com a presença do comburente.

Intensidade da Combustão: Volume de chamas que se desprende de um incêndio.

Formas de Combustão
Completa Queima produz calor e chamas em ambiente rico em oxigênio.
Incompleta Queima produz calor e pouco ou nenhuma chama, ambiente pobre em oxigênio
Materiais Orgânicos (Alfafa; carvão; tecidos com óleo; vernizes; fertilizantes
Espontânea
orgânicos e inorgânicos óleo: peixe, linhaça, milho, semente de algodão.
Queima dos gases ou partículas sólidas em altíssima velocidade, em locais
Explosão
confinados, com grande liberação de energia e deslocamento de ar.

Dinâmica do Incêndio
A temperatura média do compartimento ainda não está muito elevada, e o
Fase Inicial
fogo está localizado próximo ao foco do incêndio
Fase de É a fase de transição entre a fase inicial e a do incêndio totalmente
Desenvolviment desenvolvido.
o Ocorre em um período relativamente curto de tempo e pode ser considerado
um evento do incêndio. Trata-se do momento no qual a temperatura da
camada superior de fumaça atinge 600ºC.
As altas temperaturas concentram-se próximas ao foco do incêndio, e a
fumaça proveniente da combustão forma uma camada quente apenas na parte
superior do compartimento. Caso não ocorra a extinção do incêndio poderá
ocorrer o “roolover”, que é o fenômeno no qual os gases da combustão não
queimados no incêndio misturam-se ao ar e se inflamam na parte superior do
compartimento devido a alta temperatura naquela área.
A característica principal desta fase é o repentino espalhamento das chamas a
todo o material combustível existente no compartimento. Este fenômeno é
conhecido pelo nome de "flashover". A sobrevivência do pessoal que esteja
no local é improvável, a partir dele entra-se na fase de incêndio
desenvolvido.

Todo o material do compartimento está em combustão, sendo a taxa de


queima limitada pela quantidade de oxigênio remanescente. Chamas podem
sair por qualquer abertura, e os gases combustíveis na fumaça se queimam
Incêndio
assim que encontram ar fresco. O acesso a esse incêndio é praticamente
Desenvolvido
impossível, sendo necessário um ataque indireto ao mesmo. Incêndios em
praças de máquinas ou provocados pelo impacto de armamento inimigo
atingem este estágio rapidamente.
Quase todo o material combustível já foi consumido e o incêndio começa a
se extinguir. Após a extinção do incêndio, em casos específicos, pode ocorrer
o fenômeno do reaparecimento. Em um incêndio que tenha se extinguido por
ausência de oxigênio, como por exemplo, em um compartimento estanque
que tenha sido complemente isolado, vapores combustíveis podem estar
presentes. Quando ar fresco é admitido nessa atmosfera rica em vapores
combustíveis / gases explosivos e com temperatura próxima à de ignição, os
três elementos do triângulo do fogo estarão novamente presentes e pode
ocorrer uma explosão, fenômeno também conhecido por “backdraft”
As condições a seguir podem indicar uma situação de “Backdraft”:
Fase de Queda
- fumaça sob pressão, num ambiente fechado;
de Intensidade
- fumaça escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e
amarelada) e saindo do
ambiente em forma de lufadas;
- calor excessivo (nota-se pela temperatura na porta);
- pequenas chamas ou inexistência destas;
- resíduos da fumaça impregnando o vidro das janelas;
pouco ruído;
- movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura
é feita (em
alguns casos ouve-se o ar assoviando ao passar pelas frestas).

É de responsabilidade do Encarregado do CAv, dos Encarregados de Divisão, dos Fiéis


de CAv de Divisão e do pessoal de serviço – fiéis de CAv e patrulhas – a detecção e
correção de irregularidades observadas que venham a apresentar risco de incêndio a
bordo.
Todo material introduzido a bordo deve ser relacionado e a sua localização informada
ao Encarregado do Controle de Avarias – ENCCAv.

lista de inflamáveis: Material Inflamável á bordo. Verificada antes de combate

Nomenclatura do navio

Embarcação ou barco é uma construção feita de madeira, concreto, ferro, aço ou da


combinação desses e outros materiais, que flutua e é destinada a transportar pela água
pessoas ou coisas. Na MB, é particularmente usado para designar qualquer embarcação
pequena transportável a bordo do navio, e também as empregadas pelos
estabelecimentos navais, ou particulares, para seus serrviços de porto.
Navio, Nau ou Nave designam em geral, embarcações de grande porte
Casco – Corpo do navio sem mastreação ou aparelhos acessórios, ou qualquer outro
arranjo. Geralmente não possui forma definida, e a principal característica é o Plano de
Simetria (Plano Longitudinal). Do casco dependem as qualidades náuticas do navio:
Resistência mínima a propulsão, mobilidade e estabilidade da plataforma
Proa - Extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. Quase sempre
tem a forma exterior adequada para mais facilmente fender o mar
Popa - Extremidade posterior do navio. Quase sempre tem a forma exterior adequada
para facilitar a passagem dos filetes líquidos que vão encher o vazio produzido pelo
navio em seu movimento, tornando eficiente a aço do leme
Bordos – Duas partes simétricas em que o casco é dividido pelo plano diametral. (BE –
Estibordo e BB)
meia-nau – Parte do casco compreendida entre a proa e a popa. No significado original,
referia-se a parte do casco próxima ao plano diametral, equidistantes dos lados do navio.
bico de proa – Parte externa da proa de um navio
a vante – Quando está na proa e a ré – Quando está a ré / AAV e AAR
obras vivas – Parte do casco abaixo do plano de flutuação em plena carga. Fica total ou
quase totalmente imersa.
carena – Invólucro do casco nas obras vivas
Obras mortas – Parte do casco que fica acima do plano de flutuação em plena carga e
que esta sempre emersa
Linha D'água – É uma faixa pintada com tinta especial no casco dos navios, de proa a
popa, sua aresta inferior é a linha de flutuação leve. Normalmente só usada em navios
de guerra.
Costado – Invólucro do casco acima da linha D'água. Revestimento do casco acima do
bojo durante a construção do navio em arquitetura naval
Fundo do Navio - Parte inferior do casco. Desde a quilha até o bojo, se chato, chama-
se fundo de prato
Bochechas – Partes curvas do costado de um e outro bordo, junto à roda de proa
Amura – O mesmo que bochecha. Direção qualquer entre a proa e o través.
Borda – Limite superior do costado, terminando na altura do convés(se recebe
balaustrada) ou elevar-se um pouco mais, constituindo a borda falsa.
Borda Falsa – Parapeito do navio no convés, de chapas mais leves que as chapas do
costado
Alhetas – Partes curvas do costado, de um a outro bordo junto à popa
Bosso do Eixo – Saliência formada na carena de alguns navios em torno do eixo do
hélice
Superestrutura – Construção feita sobre o convés principal, estendo-se ou não de um a
outro bordo e cuja cobertura é, em geral, ainda um convés,
Castelo de Proa – Superestrutura na parte extrema da proa, acompanhada de elevação
da borda
Tombadilho - Superestrutura na parte extrema da popa, acompanhada de elevação da
borda
Superestrutura Central – Superestrutura a meia-nau. Chamada incorretamente
espardeque.
Quilha – Peça disposta em todo o comprimento do casco no plano diametral e na parte
mais baixado navio. Constitui a “espinha dorsal” e é a parte mais importante do navio.
Cavernas – Peças curvas que se fixam na quilha em direção perpendicular a ela e que
servem para dar forma ao casco a sustentar o chapeamento exterior. Gigante é uma
caverna reforçada. Caverna mestra é a caverna situada na seção mestra. Cavername é o
conjunto das cavernas no casco. O intervalo entre duas cavernas contíguas, medido de
centro a centro, chama-se Espaçamento. Os braços das cavernas acima do bojo
chamam-se Balizas
Roda de Proa – Peça robusta que, em prolongamento da quilha, na direção vertical ou
quase vertical, forma o extremo do navio a vante. Faz-se nela um rebaixo chamado
alefriz, no qual é cravado a topo do chapeamento exterior.
Pés de Carneiro – Colunas suportando os vaus para aumentar a rigidez da estrutura.
Chapeamento Exterior do Casco – Função principal é constituir um revestimento
externo impermeável à água, parte importante da estrutura, contribuindo para a
resistência do casco aos esforços longitudinais. As fiadas de chapas mais importantes do
chapeamento exterior são: da cinta, do bojo e resbordo
Anteparas – Separações verticais que se subdividem em compartimentos o espaço
interno do casco, em cada pavimento

Divisão do Casco – No sentido da altura, o casco de um navio é dividido em certo


número de compartimentos que tomam os seguintes nomes:
Convés Principal: Primeiro pavimento contínuo de proa a popa, contando de cima para
baixo, descoberto ao todo ou em parte
A parte da proa do convés principal chama-se convés a vante, a parte a meia-nau,
convés a meia-nau, e a parte de popa, tolda.
O convés parcial, acima do convés principal, na proa é o convés do castelo, na popa
será o convés do tombadilho, a meia-nau, o convés superior.
O convés parcial, acima do convés superior, do castelo ou do tombadilho, será chamado
de convés da superestrutura.
Cobertas – os espaços compreendidos entre conveses, abaixo do convés principal
Porão – Espaço entre o convés mais baixo e o teto do duplo-fundo ou entre o convés
mais baixo e o fundo, se o navio não tem duplo-fundo.
O primeiro pavimento parcial contado a partir do duplo-fundo para cima chama-se
bailéu; nele fazem se paióis e outros compartimentos semelhantes.
Um convés que não é contínuo de proa a popa é um convés parcial
Convés balístico – Nos navios de guerra, convés protegido por couraça, se houver dois
desses, o mais grosso, que é o mais elevado, será chamado convés encouraçado, e o
outro será o convés protegido, além de seus nomes ordinários.
Convés protegido – Quando só há um convés protegido por chapas de couraça; onde
houver apenas uma parte protegida, esta parte será chamado convés protegido de vante,
a meia-nau ou a ré, além de seus nomes ordinários.
Tijupá – Numa superestrutura geralmente AV, onde se encontram os postos de
navegação, o pavimento mais elevado. O compartimento imediatamente abaixo deste,
disponde de uma ponte na direção BB a BE, de onde o comandante dirige a manobra,
chama-se passadiço
Plataforma – O pavimento mais elevado de qualquer superestrutura, e de modo geral
qualquer pavimento parcial elevado e descoberto.
Ponte – Qualquer construção ligeira, acima do convés principal, servindo apenas de
passagem entre duas superestruturas; quando esta passagem fica situada junto à borda,
toma o nome de talabardão
Convés corrido – Convés principal sem estruturas que se estendam de um a outro
bordo
Convés resistente – Convés principal ou outro convés que, por ser suficientemente
afastado o eixo neutro do navio, é considerado parte integrante da estrutura resistente do
casco no sentido longitudinal, tendo por isto as dimensões de suas peças aumentadas; é
usualmente o convés principal
Convés da borda-livre – Convés completamente chapeado, cujas aberturas possuem
dispositivos de fechamento permanente estanque, e a partir do qual se mede a borda-
livre; pode ser o convés principal ou o segundo convés, dependendo do tipo do navio.
Convés compartimentagem – Convés mais alto e contínuo até onde vão as anteparas
estruturais do navio; geralmente, é denominado como convés principal.
Convés estanque – Convés construído de modo a ser perfeitamente estanque à água,
tanto de cima para baixo como de baixo para cima; é o casco do convés principal de um
navio de guerra, que possuem escotilhas de fechamento estanque.
Convés de vôo – Convés principal dos Porta-Aviões, onde pousam e decolam aviões.

Compartimentos Estanques – Compartimentos limitados por um chapeamento


impermeável.
Duplo-Fundo – Estrutura do fundo de alguns navios de aço, constituída pelo forro
exterior do fundo e por um segundo forro, colocado sobre a parte interna das cavernas
Tanque – Compartimento estanque reservado para água, ou qualquer outro líquido, ou
para um gás. Pode ser constituído por uma subdivisão de estrutura do casco, como os
tanques do duplo-fundo, tanques de lastro etc., ou ser independente da estrutura e
instalados em suportes especiais.
Túnel do Eixo – Conduto de chapa de dimensões suficientes para a passagem de um
homem, e no interior do qual ficam alojadas as seções do eixo propulsor desde a praça
de máquinas até a bucha do eixo; o túnel do eixo deve ser estanque.
Paiol da Amarra – Compartimento na proa, por ante-a-ré da antepara de colisão, para a
colocação, por gravidade, das amarras das âncoras. Pode ser subdividido em paiol de
BE ou paiol de BB, por uma antepara de madeira ou de ferro.
Paióis – Compartimentos geralmente situados nos porões, onde são guardados
mantimentos, munição, armamento, sobressalentes ou material de consumo etc. O paiol
onde são guardados o poleame e o massame do navio toma o nome de paiol do mestre.
Em um navio de guerra, o paiol destinado ao armamento portátil denomina-se escoteria;
modernamente, os paióis destinados aos equipamentos do sistema de armas do navio
são designados pelo no do armamento correspondente.
Praças – São alguns dos principais compartimentos em que um navio é subdividido
interiormente; assim; praça D'armas é o refeitório dos oficiais num navio de guerra;
praça de Máquinas é o compartimento onde ficam situadas as máquinas principais e
auxiliares; praça de caldeiras, onde ficam situadas as frentes das caldeiras e onde
permanece habitualmente o pessoal que nelas trabalha
Camarotes – Compartimentos destinados a alojar de um a quatro tripulantes ou
passageiros
Câmara – Compartimento destinado ao comandante de um navio ou de uma Força
Naval
Centro de Informações de Combate – Compartimento ou lugar onde as informações
que interessam à condução do combate, obtidas pelos sensores e demais equipamentos,
são concentradas para análise e posterior decisão do comandante.
Camarim – Compartimento onde trabalham o pessoal de um departamento do navio.
Camarim de navegação onde é instalado os instrumentos de navegação, é situado no
passadiço ou superestrutura. Camarim do leme onde está a roda do leme, é usualmente
chamado de casa do leme. Modernamente, o leme esta no passadiço confundindo casa
do leme com o próprio passadiço. Camarim de rádio, onde esta a estação de rádio do
navio, é também, em geral, situado numa superestrutura. O camarim da máquina é
usualmente, aquele em que trabalha o oficial de serviço da máquina.
Alojamentos – Compartimentos destinados a alojar mais de quatro tripulantes ou
passageiros.
Escotilhas – Aberturas geralmente retangulares, feitas no convés e nas coberta, para
passagem de ar e luz, pessoal e carga.
Escotilhão – Nome dado a uma abertura feita em um convés. É de dimensões menores
que uma escotilha. Nos navios mercantes as escotilhas que se destinam à passagem do
pessoal chamamse escotilhões.
Agulheiro – Pequena escotilha, circular ou elíptica, destinada ao serviço de um paiol,
praça de máquinas etc.
Vigia – Abertura no costado ou na antepara de uma superestrutura, de forma circular,
para dar luz e ventilação a um compartimento. As vigias são guarnecidas de gola de
metal na qual se fixam suas tampas.
Gateira – Aberturas feitas no convés, por onde as amarra passam para o paiol.
Escovém – Cada um dos tubos ou mangas de ferro por onde gurnem as amarras do
navio, do convés para o costado.
Portaló – Abertura feita na borda, ou passagem nas balaustradas, ou, ainda, aberturas
nos costados dos navios mercantes de grande porte, por onde o pessoal entra e sai do
navio, ou por onde passa a carga leve. Há um portaló de BB e um de BE, sendo este
último considerado o portaló de honra nos navios de guerra
Leme – Aparelho destinado ao governo de uma embarcação
Pé de Galinha do Eixo – Conjunto de braços que suportam a seção do eixo do hélice
que se estende para fora da carena, nos navios de mais de um hélice.
Tubo Telescópico do Eixo – Tubo por onde o eixo do hélice atravessa o casco do navio;
nele são colocados o engaxetamento e a bucha do eixo.
Verdugo – Peça reforçada, posta da cinta de alguns navios pequenos, como os
rebocadores, ou em embarcações pequenas, para proteger o costado durante as
manobras de atração.
Pau de Surriola - Verga colocada horizontalmente AV, no costado de um navio de
guerra, podendo ser disparada perpendicularmente ao costado para amarrarem-se as
embarcações quando o navio no porto.
Dala – Conduto ou tubo que, partindo de um embornal, atravessa o costado na altura do
convés, ou desce pelo interior do navio até próximo à linha d'água; tem por fim fazer o
escoamento das águas de embornal sem sujar o costado.
Escada de Portaló – Escada de acesso ao portaló, colocada fora do casco, ficando os
degraus perpendicularmente ao costado. A escada tem duas pequenas plataformas nos
seus extremos, as quais são chamadas patim superior e patim inferior.
Balaústres – Colunas de madeira, ferro ou outo metal, fixas ou desmontáveis, que
sustentam o corrimão da borda, ou os cabos de aço, ou as correntes que guarnecem a
borda de um navio, as braçolas das escotilhas, escadas, plataformas etc. Ao conjunto de
balaústres e correntes, cabos de aço ou vergalhões que o guarnecem chama-se
balaustrada.
Buzinas – Peça de forma elíptica de ferro ou outro metal fixadas na borda, para servir
de guia aos cabos de amarração dos navios. Onde for possível, as buzinas são abertas na
parte superior a fim de se poder gurnir o cabo pelo seio. As buzinas situadas no bico de
proa de um navio e no painel tomam os nomes de buzina da roda e buzina do painel,
respectivamente. Buzina da amarra é o conduto por onde gurne a amarra do navio do
convés ao paiol
Telégrafo da Máquinas – Transmissores de ordens, mecânicos ou elétricos, do posto de
comando para o pessoal que manobra nas máquinas, no leme à mão, nos postos de
atracação AV e AR.
Portas Estanques: Portas de fechamento estanque, que estabelecem ou interceptam as
comunicações através das anteparas
Cabeços – Colunas de ferro, de pequena altura, montadas na maioria das vezes aos
pares e colocadas geralmente junto à amurada ou às balaustradas; servem para dar-se
volta às espias e cabos de reboque. No cais, para amarração dos navios, os cabeços não
são montados aos pares
Cunho – Peça de metal, em forma de bigorna, que se fixa nas amuradas do navio, nos
turcos, ou nos lugares por onde possam passar os cabos de laborar, para dar-se voltas
neles.
Malagueta – Pinho de metal ou madeira que se prendem verticalmente num mastro,
numa antepara, num turco etc, a fim de dar-se volta no cabo.
Olhal – É um anel de metal; pode ter haste, e é aparafusado, cravado ou soldado no
convés no costado, ou em qualquer parte do casco, para nele ser engatado um aparelho o
amarrado um cabo
Âncora – Peça do equipamento que, lançada ao fundo do mar, faz presa nele e aguenta
o navio a que se acha ligada por meio da amarra.
Amarra – Correste especial constituída por elos em forma de malhete (estai) utilizada
para talingar a âncora com se aguenta o navio num fundeadouro
Aparelho de Fundear e Suspender – Compreende a máquina de suspender
(cabrestante ou molinete utilizado para içar as âncoras) e os acessórios que aguentam a
amarra, tais como a abita, o mordente e a boça da amarra.
Cabrestante – Aparelho constituído por um tambor vertical comandado por motor
elétrico ou por máquina a vapor, podendo ser também manobrado à mão; é situado num
convés e serve para alar uma espia ou para suspender a amarra, fazendo parte, neste
caso, do aparelho de fundear e suspender.
Mastro – Peça de madeira ou de ferro, colocada no plano diametral, em direção vertical
ou um pouco inclinada para ré, que se arvora nos navios; serve para nela serem
envergadas as velas nos navios de vela ou para aguentar as vergas, antenas, paus-de-
carga, luzes indicadoras de posição ou de marcha, nos navios de propulsão mecânica, e
diversos outros acessórios conforme o tipo do navio. Faz parte do aparelho do navio. Os
navios mercantes de propulsão mecânica tem geralmente dois mastros: o mastro de
vante e o mastro principal ou mastro de ré. Os navios de guerra podem ter um ou dois
mastros, o de ré é o mastro de honra, e nele se iça o pavilhão ou flâmula que indica o
comando dos oficiais da Marinha de Guerra. Nos navios de guerra em viagem, a
Bandeira Nacional é içada na carangueja do mastro de ré, ou num pequeno mastro
colocado na parte de ré de uma superestrutura e chamado de mastro de combate.
No mastro de vante serão fixadas as luzes de navegação e as adriças onde são içados os
sinais de bandeiras
Lança ou Pau de Carga – Verga de madeira, ou de aço, que tem uma extremidade
presa a um mastro ou a uma mesa junto a este, ligando-se a outra extremidade ao topo
do mastro por meio de um amante e servindo de ponto de aplicação a um aparelho de
içar. É em geral colocado junto a uma escotilha e serve para içar ou arriar a carga nos
porões do navio. Quando no local onde esta situado o pau-de-carga não há um mastro, o
amante fixa-se a uma coluna vertical chamada toco ou pescador
Pau de Bandeira – Mastro pequeno colocado no painel de popa dos navios, onde se iça
a Bandeira Nacional. Nos navios de guerra, ela só é içada no pau da bandeira enquanto
o navio estiver fundeado ou atracado
Pau da Bandeira do Cruzeiro – Pequeno mastro colocado no bico de proa onde se iça
a Bandeira do Cruzeiro, distintivo dos navios de guerra nacionais. Também chamado
pau do jeque, do inglês Jack.
Toldo – Cobertura de lona que se estende sobre as partes do convés ou de uma
superestrutura que não tenha cobertura fixa, a fim de proteger o pessoal contra chuva e
sol. O toldo é geralmente dividido em seções, que são numeradas de vante para ré, ou
tomam os nomes dos lugares em que são colocadas
Sanefas – Cortinas de lona ou de brim que se amarram em todo comprimento no
vergueiro do toldo para resguardar o convés do sol, chuva ou vento, quando o navio esta
no porto.
Nas embarcações miúdas essas cortinas são cosidas aos toldos para resguardarem o
paineiro.
Vergueiro – Cabo de aço colocado nos ferros de toldo da borda, ou vergalhão fixado a
uma antepara, onde são amarrados os fiéis de um toldo.
Turcos – Coluna de ferro tendo a parte superior recurvada para receber um aparelho de
içar, serve para içar embarcações ou outros pesos.
Borda-Livre – É a distância vertical da superfície da água ao pavimento principal
(geralmente o convés), medida em qualquer ponto do comprimento do navio no
costado. Nos navios mercantes borda-livre mínima é marcada no costado para
determinar a reserva de flutuabilidade necessária. A expressão borda-livre, sem outra
qualificação, em navio mercante, refere-se a borda-livre mínima, isto é, à medida a
meia-nau e a partir da flutuação em plena carga. Os navios de guerra têm a borda-livre
muito maior que a exigida para os navios mercantes de iguais dimensões e por isso não
é necessária a sua marcação. Entretanto, a borda-livre interessa aos cálculos de
flutuabilidade e de estabilidade, e nos navios de guerra é medida na proa, a meia-nau e
na popa, refere-se a flutuação normal. É geralmente mínima a meia-nau devido ao
tosamento que os navios tem. A borda-livre é chamada algumas vezes de franco-bordo.
Em inglês chama-se freeboard, em frânces francbord, e em italiano bordo libero.
Linha D'água (LA) – Interseções do casco por planos horizontais. Elas aparecem em
verdadeira grandeza no plano das linhas-d'água e são usualmente denominadas de
acordo com sua altura acima do plano da base: LA de pés … .A linha da base moldada
é a LA zero. O espaçamento destas linhas dependem do calado do navio. As linhas
D'águas que aparecem no desenho de linhas são usualmente usadas no projeto e na
construção do navio, mas em algumas dela o navio evidentemente não pode flutuar. As
linhas em que navio flutua chamam-se Linhas de Flutuação, e muitas vezes não são
paralelas às linhas D'água do desenho de linhas, devido a distribuição de pesos. A linha
de flutuação que corresponde ao calado para o qual o navio é desenhado chama-se
linha d'água projetada, em geral os navios são construídos para terem a quilha
paralela à linha d'água projetada.

Boca – É a largura da seção transversal a que se referir; a palavra boca, sem referência à
seção em que foi tomada, significa a maior largura do casco. Meia-boca é a metade da
boca.

Calado, calado d'água, calado na quilha – Em qualquer ponto que se tome, jé a


distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa do navio naquele ponto.
Geralmente medem-se o calado AV e o calado AR, na prática, são medidos nas escalas
do calado, que são colocados próximas das respectivas perpendiculares.
O calado de um navio varia desde um calado mínimo, que corresponde a condição de
deslocamento leve, e ao calado máximo, que corresponde a condição de deslocamento
em plena carga; calado normal é o que o navio tem quando está em seu deslocamento
normal. O calado a que se refere os dados característicos dos navios de guerra é o
calado normal. Para cálculos de manobra de pesos e determinação do deslocamento,
mede-se o calado médio. Para entradas de dique e águas rasas mede se o maior dos
calados na flutuação atual, que é geralmente o calado a ré.
Quando não há diferença entre os calados AV e AR, isto é, o navio está com a quilha
paralela ao plano de flutuação, diz-se que está em quilha paralela .
Os navios são construídos, na maioria das vezes, para terem a quilha paralela na
flutuação correspondente á linha-d'água projetada.
Deslocamento (W) ou (∆) – É o peso da água deslocada por um navio flutuando em
águas tranquilas, De acordo com os princípios de Arquimedes, o deslocamento é igual
ao pelo do navio e tudo o que ele contém na condição atual de flutuação.
W = peso do navio = peso da água deslocada = volume imerso x peso específico da
água. O deslocamento é expresso em toneladas de mil quilogramas os países de sistema
métrico decimal e toneladas longas (2.240 libras ou 1.016 Kg) nos países que adotam o
sistema inglês de medida. Os navios de guerra são desenhados para terem um
deslocamento previamente determinado correspondente a condição de normal flutuação.
Terminada a construção ele deverá flutuar exatamente na linha d'água projetada, quando
estiver na condição normal. Nos navios mercantes o deslocamento se refere, em geral, à
condição de plena carga.

Trim – Inclinação para uma das extremidades; o navio esta de proa, abicado, ou tem
trim pela proa, quando estiver inclinado para vante. Estará apopado, derrabado, ou
terá trim pela popa, quando estiver inclinado para ré. Trim também é uma medida de
inclinação, isto é, a diferença entre os calados AV e AR; expresso em metros ou pés
ingleses, dependendo da medida empregada no calado do navio.

Banda ou Adernamento – Inclinação para um dos bordos; o navio pode estar


adernado, ou ter banda para BE ou para BB; a banda é medida em graus.

Compassar – Ou fazer compasso de um navio é tirar o trim, isto é, trazê-lo a posição de


flutuação direita quando estiver inclinado no sentido longitudinal. Quando o navio não
tem trim, diz-se que está compassado, ou que está em quilha paralela, ou em águas
parelhas.

Aprumar – Ou trazer a prumo um navio, é tirar a banda, isto é, trazê-lo à posição


direita quando estiver inclinado no sentido transversal. Quando um navio não tem
banda, diz-se que esta aprumado

OBS: Flutuação direita: Quando o navio não tem banda nem trim

Lastro; Lastrar – Lastrar ou fazer o lastro de um navio é colocar um certo peso no fundo
do casco para aumentar a estabilidade ou para trazê-lo à posição de flutuação direita,
melhorando-se as condições de navegabilidade.
Lastro é o peso com que se lastra um navio. Pode ser:
 Permanente: constituído de areia, concreto, sucata de ferro ou por linguados de
ferro fundidos ou chumbo, é usado para corrigir a má distribuição de pesos na
estrutura devido erros na construção ou à modificação na espécie do serviço para
o qual o navio foi construído.
 Temporário: Sempre líquido, geralmente água salgada, admitida ou descarregada
por meio de bombas em tanques chamados de tanques de lastro. Os navios tem
geralmente um ou dois AV e AR para corrigir o trim. E alguns tem lateralmente
para corrigir a banda. Os compartimentos do duplo-fundo distribuídos no sentido
de seu comprimento e separados sempre em tanque de BE e tanques de BB,
podem ser utilizados como tanques de lastro, corrigindo o trim o a banda.

Embarcações Miúdas

Lancha – Embarcações a motor, exigindo portanto mais porte, construções mais


resistentes e casco reforçado para suportar o peso e o esforço de propulsão dos motores.
Recebem o nome de acordo como o serviço que se destinam:
 Vedetas Lanchas com cabine a ré, para uso dos oficiais. São dotadas de boa
velocidade.
 Lanchas Cobertas Dotadas de uma superestrutura ligeira para proteção do
pessoal e da carga.
 Lanchas Abertas De popa quadrada, servem para transporte de pessoal e serviços
pesados. Podem receber toldos. Possuem bancadas dispostas de um e outro
bordo e podem transportar mantimentos, sobressalentes etc; servem também
para espiar uma âncora e outros serviços do mar. Lanchas maiores deste tipo,
tomam o nome de bois ou lanchões.

Escaler – São embarcações, a remo ou a vela, de proa fina e popa quadrada. Possuem
de 3 a 6 bancadas, podendo ser de voga (dois remos por bancada) ou de palamenta (um
remo por bancada). São particularmente úteis para serviços leves no porto.

Baleeira - São embarcações, a remo, a vela ou a motor, com a proa e a popa mais ou
menos iguais, finas e elevadas, com grande tosamento a meia-nau. Diferenciam se do
escaler por esta forma de popa, são em geral mais leves e menores que os escaleres de
mesma dimensões. As de remo podem ser de voga ou de palamenta, estas últimas com
10 a 12 remadores. Em razão de sua forma são muito seguras para o mar, têm
geralmente boa marcha tano a remo quanto a vela, e são as mais próprias para aterrar
em uma praia, investir na barra de um rio … toda as baleeiras tem forquetas e
usualmente levam ainda uma forqueta a ré para a esparrela. São as embarcações mais
usadas como salva-vidas, podendo neste caso ser a motor.

Botes – São escaleres pequenos, mas de formas cheias, isto é, têm uma grande boca em
relação ao seu comprimento. São embarcações de voga e comumente guarnecidas por
dois remadores; destinam-se aos trabalhos leves no porto.

Chalanas – São embarcações de proa e popa quadradas, borda baixa e fundo chato;
servem para os serviços de pintura e limpeza da linha d'água e do costado do navio.
Possuem forquetas, mas usualmente são impelidas por um remo livre.

Balsas – As balsas são usadas quase exclusivamente para salvamento. Em razão de seu
pequeno peso, facilidade de arrumação e manobra, tiveram uso ostensivo na última
guerra, principalmente nos navios de combate. Partes principais:
 Flutuador – Geralmente de forma elíptica e forrado de lona;
 Estrado – De madeira, ocupando todo o espaço interno do flutuador, serve de
piso para o pessoal; e
 Linha Salva-Vidas – Cabo fino preso em todo o contorno da balsa, a intervalos
iguais, com seios suficientes que o permitem flutuar, ficando a flutuação
assegurada por caçoilos de madeira leve que se enfiam neles; a essa linha se
agarram os náufragos ao se aproximarem das embarcações.
Material Flutuador -
 Balsa de Madeira: Flutuador de madeira extraleve, forrado de lona; emprega-se
usualmente a pita ou outra madeira de balsa.
 Balsa de Metal: Flutuador é um tudo de cobre, de seção circular e revestido de
lona. Esse tipo não deve ser jogado de altura superior a 5 metros.
 Balsa de Borracha: Constituída de um tubo de borracha vazio e que, quando se
desejar, pode ser cheio de ar ou de CO2 mantido sobre pressão em pequena
ampola.
Arrumação a bordo: São guardadas no convés, soltas, de modo a poderem flutuar se o
navio afundar, ou sã amarradas sobre a borda, de modo a serem jogadas na água logo
que se cortem as peias. Podem ser colocadas uma por cima da outra para economizar
espaço.

Balsas-Salva vidas infláveis – Muito usadas atualmente, as balsas infláveis são


lançadas pela borda, podendo ser utilizadas pelos náufragos em poucos segundos. São
condicionadas no convés, em valises de lona ou tem cofres plásticos, ficando assim
protegidas da ação do tempo e dos borrifos do mar. São infladas por força de CO2
contido numa pequena ampola presa ao fundo. Todo navio deve possuí-la em
quantidade suficiente para, pelo menos, toda a sua tripulação e destacados, mais um
margem de segurança de 10%.

Palamenta das embarcações miúdas:


Leme – Peça de madeira, utilizada no governo da embarcação; é geralmente constituído
de uma só tábua, e as partes principais são Madre, Cabeça e Porta do Leme. É a porta
que oferece resistência à água; Cabeça é a parte de cima, onde emecha a cana do leme,
Madre é a parte mais a vante, onde ficam as governaduras.

Cana do Leme – Barra de madeira ou de ferro, que se coloca na cabeça do leme, pela
qual se pode movimentá-lo, e assim governar a embarcação.

Fiéis do Leme – Constituídos por uma linha de barca ou cabo fino, que se aguenta pelo
seio, por meio de duas pinhas, para que não recorra, em um furo na porta do leme. Os
seus chicotes têm alças que se prendem em dois cunhos na borda da embarcação. Os
fiéis do leme servem para evitar que o leme vá ao fundo se ficar descalado por qualquer
motivo; pode-se ainda governar o leme por eles, em caso de emergência quando se
perder ou avariar a cana do leme ou a meia-lua. O fiel deve ser sempre passado, logo
que se calar o leme.
Remos – Hastes de madeira leve, que servem para movimentar a embarcação, quando
impulsionados por remadores. São constituídos por três partes:
 Punho: Parte cilíndrica mais fina, onde os remadores apóiam as mãos;
 Pá: Outra extremidade, larga e achatada, que trabalha na água durante a remada;
 Haste: Parte compreendida entre o Punho e a Pá. A parte da haste que trabalha na
chumaceira ou na forqueta é forrada de couro ou lona grossa, e chama-se
ascoma. A operação de forrar chama-se ascomar o remo. A ascoma deve ficar a
uma distância dos punho de uma boca menos 20 cm nas embarcações de
palamenta, e meia boca menos 20 cm nas embarcações de voga
As embarcações devem ter dois a três remos sobressalente, incluindo a esparrela.
Chama-se esparrela ao remo colocado na popa da embarcação, servindo de leme de
fortuna, em caso de mar grosso, ou para aterragens, quando a embarcação pode não
obedecer ao seu leme, que fica fora d'água ou corre com o mar.
Forquetas – Peças de metal, em forma de forquilha, colocadas nas toleteiras para servir
de apoio aos remos. Muitas vezes os remos são amarrados às forquetas por um pequeno
fiel.

Croque – Gancho de metal com cabo de madeira, servindo para segurar uma
embarcação atracada e auxiliá-la a atracação ou largar. Há dois croques numa
palamenta, um para a proa e outro para popa. Um croque tem que apresentar a
flutuabilidade necessária para não ir a pique, se cair na água. Para isso o cabo deve ser
confeccionado de madeira leve.

Boça – Cabo destinado a amarrar a embarcação ou servir em caso de reboque. Sua


bitola depende do porte da embarcação; é amarrado por um dos chicotes, com lais de
guia ou alça de mão, ao arganéu de proa, ficando o outro chicote livre. A boça deve ter o
comprimento duas ou três vezes maior que o da embarcação, e tem o chicote
enrabichado; quando não estiver sendo utilizada deve ser aduchada no castelo

Boça de Viagem – Denomina-se boça de viagem a uma boça mais comprida,


permanentemente instalada (em viagem) entre a lancha e o berço (ou no turco) e o navio
e destinada a facilitar as manobras de içar e arriar a embarcação com o navio com
pequeno seguimento a AV, ou mesmo fundeado em local com correnteza (que são as
condições usuais da faina). A alça é passada na lancha e o chicote amarrado em um
cunho ou cabeço por ante AV do berço (ou do turco), de tal modo que segure a
embarcação flutuando na altura do berço (ou do turco) independentemente da
correnteza, facilitando a manutenção de posição para a retirada e colocação dos gatos de
escape das catarinas nos arganéis da lancha.
A boça deve ser longa e passada em um cabeço o mais Av possível, de modo a exercer
um esforço sobre a lancha em um sentido quase que paralelo ao navio (deste modo, a
lancha também ficará paralela ao costado). Obviamente, a curvatura do costado deve ser
levada em conta na escolha do ponto de fixação da boça.

Sanefa – São proteções laterais contra o sol, a chuva e o mar, colocadas na parte de ré e
nos lados, fechando o paineiro da embarcação até a altura do verdugo; são geralmente
de brim, podendo ser cosidas ao toldo ou não, e se prendem à borda por meio de
pequenas alças, fiéis ou ilhotes.
Pau da Flâmula e Pau da Bandeira – Mastros destinados, respectivamente, para a
flâmula ou o pavilhão e para Bandeira Nacional. O pau da flâmula fica a vante e o da
bandeira a ré; o primeiro deve ser ligeiramente mais baixo que o segundo (cerca de dois
palmos)

Bóia - As mesmas utilizadas nas anteparas dos navios, com o propósito de auxiliar um
homem que porventura caia no mar.

Pirotécnicos – Utilizados para a sinalização.

Defensas – Podem ser confeccionadas em sisal, couro, plástico ou borracha. São usadas
temporariamente para proteger o costado das embarcações por ocasião das manobras de
atração e desatracação. As embarcações de bordo não as mantém no costado quando
estão navegando.
Equipamentos de Salvatagem – Basicamente os mesmos existentes nas balsas salva-
vidas. As rações sólidas e líquidas são dimensionadas em função da capacidade da
lancha, a fim de permitir a sobrevivência de seus ocupantes em caso de abandono. Deve
ser conferida uma especial atençã a validade de tais itens. Uma boa prática é inspecioná-
los cada vez que as balsas salva-vidas forem encaminhadas para manutenção.

Cuidados com embarcações miúdas – capítulo 4 Arte naval.

Classificação dos Navios

Navios de Guerra
Funções, classificações e características
Classificação Geral – Os navios e embarcações menores podem ser classificados, de
modo geral, como se segue:
Quanto ao fim a que se destinam
 Guerra
 Mercantes
 Recreio
 Serviços gerais

Quanto ao material de construção do casco


 Madeira
 Ferro ou de Aço
 Cimento Armado

Quanto ao sistema de propulsão


 Vela
 Remos
 Propulsão mecânica
 Sem Propulsão

Navios-Aeródromos (Nae)

Submarinos (S)

Contratorpedeiros (CT)

Fragatas (F)

Navios Varredores (NV)

Corvetas (CV)

Monitores (M)

Navios Patrulha (NaPa)

Navios Patrulha Fluvial (NapaFlu)


Navios Patrulha Costeiro (NaPaCo)

Lanchas de Ataque Rápido (LAR)

Navios de Desembarque de Carros de Combate (NDCC)

Navio de Desembarque e Doca (NDD)

Navio Transporte de Tropa (NtrT)

Embarcação de Desembarque de Carga Geral (EDCG)

Embarcação de Desembarque de Viaturas e Material (EDVM)

Embarcação de Desembarque de Viaturas e Pessoal (EDVP)

Carro Lagarta Anfíbio (CLAnf)

Navios Mercantes

Classificação quanto aos fins que se destinam e quanto às águas em que navegam.

Trabalhos marinheiros ou Obras Marinheiras

Diferentes trabalhos de bordo pelos quais as lonas e os cabos se prendem, são


emendados ou se fazem fixos, ou, ainda, sã preparados para qualquer aplicação. São
numerados em falcaças, nós, voltas, malhas, aboçaduras, botões, alças, mãos, estropos,
costuras, pinhas, rabichos, gaxetas, coxins e redes.
Cabo solteiro – Pedaço de cabo que não tem aplicação especial e que está à mão para
ser empregado em qualquer mister.
Voltas – São dadas, com o chicote ou com o seio de um cabo, em torno de um objeto
qualquer.
Meia-Volta – Usada comumente em embrulhos, o qual se dá o nome de chicote de um
cabo e pode se desfazer facilmente. Principal função é servir como base o parte de
outros nós.
Volta de fiador – Lembra o número 8. E dado no chicote do tirador de uma tralha, fim
de não desgurnir; para esse fim é superior à meia-volta, pois não fica mordido, sendo
desfeito mais facilmente.
Cote – Volta singela em que uma das partes do cabo morde a outra, raramente usado só,
servindo para rematar outras voltas
Lais de guia – Rei dos nós, muito usado a bordo, usado com presteza e nunca recorre.
Forma uma alça ou um balso, que pode ser de qualquer tamanho, mas não corre como
um laço, nesta forma serve para fazer alça temporária numa espia, ou para ligar duas
espias que não devem trabalhar em cabrestante. Um emprego muito útil é a amarração
temporária de embarcações pequenas, e até mesmo contratorpedeiros, ao arganéu de
uma bóia
Nó direito – Método mais antigo, e em terra, o mais empregado, para unir dois chicotes
ou dois cordões quaisquer. Tem a qualidade de não recorrer, mas é muito difícil de ser
desfeito, uma vez rondado, por isso, é o mais usado na ligação, pelos chicotes, de dois
cabos finos que não demandem força, ou para terminar uma amarração definitiva
qualquer. Desfaz-se por si mesmo se os cabos são de diferentes tamanhos ou materiais.
Não deve ser empregado para unir cabos que trabalham em aparelhos de laborar ou para
emenda de espias. É muito usado para amarrar os rises das velas.

Engaiar, percintar, trincafiar, forrar , encapar ou emangueirar um cabo – Trabalhos


feitos para proteger uma costura ou um cabo que deve ficar exposto ao tempo ou a um
uso tal que o possa danificar.

Percintar – Se quiser percintar um cabo engaiado, tomam-se tiras de lona ou brim


alcatroadas – que se chamam percintas – e enrolam-se as mesmas em espirar seguindo a
cocha do cabo. Para evitar a penetração das águas das chuvas num aparelho fixo,
percinta-se o cabo a começar do chicote que deve ficar para baixo, percinta-se a partir
de cada um dos dois chicotes. Antes de percintar um cabo de aço, passa-se zarcão sobre
ele, depois que foi engaiado. Deve ser percintado com a tinta ainda fresca, ou então a
superfície na percinta que vai ficar junto ao cabo será também pintada. Percinta-se e
engaia-se no sentido da cocha do cabo.
Trincafiar – Amarrar as percintas com fios de vela ou linha de rami, dando voltas de
trincafios ou tomadouros.

Barbela – É uma espécie de botão que se toma nos gatos para não desengatarem de
onde estão passados, principalmente quando a carga deve ser suportada por algum
tempo. São dados com duas a quatro voltas redondas, as quais são esganadas por outras
voltas perpendiculares. Remata-se com um nó direito nos dois chicotes.

Estropo – É um pedaço de cabo cujos chicotes forma ligados por nó ou costura,


formando assim um anel de cabo que se utiliza para diversos fins. É usado
principalmente para estabelecer a conexão entre um aparelho de içar e o peso a ser içado
e, por isto, chama-se estropo, de modo geral, a qualquer pedaço de cabo, corrente ou
lona com que se envolve um peso que se tem de içar.

Tipos de Ancoras:

Almirantado – Possui cepo, perpendicular aos braços, comprimento igual ao da haste, a


distância entre as unhas é 7/10 dele, ¼ peso da âncora, pesos usuais: 15 a 500 Kg
Patente – Martin, Smith, Hall, Dunn e Baldt, não tem cepo, haste articulada aos braços,
30 a 45 graus, O peso dos braços e patas não deve ser menor que 3/5 o peso da âncora
Danforth – Braços afiados e cepo na cruz, estiva-se na raposa se de popa, unha 10 vezes
a Patente e 3 vezes almirantado, peso varia de 50 a 6000 Kg (Desembarque em praias)
Especiais -
Ancorotes _ Pequenas, almirantado ou patente, embarcações miúdas e auxiliar
amarrações em navios
Fateixa _ Ancorote sem cepo, com arganéu na parte superior(anete), 4 braços curvos
com unhas e patas, utilizada para fundear embarcações miúdas, 10 a 50 Kg
Busca vida _ Fateixa com 4 braços em ponta aguda, serve para rocegar objetos perdidos
no fundo do mar, pesa 2 a 50 Kg (Ferro ou aço doce)
Gata _ Almirantado com 1 só braço e cepo pequeno, para amarrações fixas, pesa 500 a
6000 Kg. Tem manilha na cruz para passar um cana para poder descer na melhor
posição de unhar.
Cogumelo _ Forma de cogumelo, para amarrações fixas, pesa até 5 toneladas
Poitas _ Pesos variados, ferro fundido ou concreto armado, adaptados com arganéu
forte, qualquer peso grande bem amarrado serve de poita, utilizado em todas as
amarrações fixas.

Requisitos das âncoras :

Poder unhar rapidamente e aguentar firme quando o navio rabeia (Dependo do peso e
desenho);
Facilidade em soltar-se ao ser içada a amarra;
Dificuldade de entocar e encepar; e
facilidade de manobra e arrumação a bordo.

Areia _ Haste longa e patas agudas Lama _ Preferível patas largas


 As âncoras são classificadas de acordo com o peso.

Classificação das âncoras a bordo:

Leva – SVÇ do navio, na proa servem p/ fundeá-lo ou amarrá-lo, conhecidas como


ferro de BE e BB, colocadas próximo a roda de proa, nos dois bordos. As maiores
atualmente pesam 10 t.
Roça – Mesmo peso e forma da de Leva, situadas no escovém por ante-a-ré, fundeada
somente em casos de emergência, os franceses chamam de âncora de esperança.
Roda – Na linha de Centro do navio sobre a roda de proa, substitui nos navios
modernos a âncora de roça. É igual a de Leva, melhor p/ fundear em mau tempo,
estivada no escovém da roda
Popa – Amarrar o navio de popa e proa em águas estreitas, pesa de ¼ a 1/3 da de Leva.
Geralmente alojada num escovém a ré, na linha de centro do navio, manobrada pelo
cabrestante AR. As embarcações de desembarque, por terem que aterrar em praia, só
usam a âncora de popa.
Ancorotes – P/ manobras auxiliares, têm 1/3 da âncora de Popa. Não se alojam em
escovéns nem possuem amarra própria. São estivadas em picadeiros especiais, dever
estar em locais alcançados por lança ou turco. Navios não usam p/ manobras.

Material – Ferro forjado, aço forjado ou aço fundido. Em geral, são de aço fundido,
exceto o anete que é de aço forjado
Provas -
Queda – Queda livre da altura de 3,65 m (12 pés) sobre uma plataforma de aço
martelamento – Marreta nunca menor 3 Kg, verifica-se o som característico de fundição
sem fendas
Dobra – Deve ser dobrado 90° a frio, sem fender em um corpo de prova
Tração – Em máquina especial
Marcação – Marcas fundidas ou feitas a punção: numa das faces, n° de série, iniciais do
fiscal e nome do fabricante ou nome comercial, e na outra face, peso em libras, ano e
mês de fabricação e iniciais MB

Amarras e seus acessórios

Elos com malhete e liga a âncora ao navio, arriá-a fundeá-a e inçá-a, a empregadas em
ancorotes (pequena bitola) chama-se amarreta.
Malhete – Diminui a probabilidade da amarra formar cocas, aumenta a resistência e
impedi a deformação dos elos em serviço.
Quartéis da amarra – Seções desmontáveis de que se compõe a amarra. Nos EUA,
têm 15 braças (27,5 m)
Elos patentes - Elos desmontáveis, que substituem as manilhas. Os mais comuns são o
elo Kenter e o elo “C”

Comprimento da amarra – varia de 6 quartéis (90 braças = 165 m) a 12 quartéis ( 180


braças = 330 metros, conforme o tamanho do navio. CT 7Q, cruzadores 11Q e navios
mercantes 9Q
O tamanho das amarras é referido à sua bitola, variam de ¾” a 3 ½”, a variação de dois
comprimentos sucessivos é 1/16”, e de 1 ½ a 4 1/8, com variação de 1/8”.
O comprimento dos elos é 6d, sendo d a bitola, utiliza-se o padrão comercial americano,
antigamente se usava o padrão nava americano de 5,7d

Material e método de confecção das amarras

 Ferro forjado – Único tipo até a 1° GM, pode-se confeccionar amarretas


 Aço forjado -
 Aço fundido – Arsenal de Nofolk, utilizadas pela MB p/ grandes bitolas
 Aço estampado – Arsenal de Boston, utilizadas pela MB p/ pequenas bitolas

Provas das amarras

Resistência à tração – Quartéis sob esforço de 2/3 da carga de ruptura nominal. As que
não são de aço estampado são recozidas ( Tratamento térmico)
Ruptura – Um pedaço com 3 elos da amarra são submetidos a prova da ruptura por
tração.

Reparos – As amarras de ferro forjado devem ser recozidas nos navios de guerra,
depois de usadas 100 vezes, nos navio mercantes e auxiliares, após 200 a 400 vezes, as
de aço forjado e aço fundido, não necessitam de recozimento periódicos, exceto após
reparos. As de aço estampado nunca são recozidas.

Marcas do fabricante: Cada quartel da amarra deve ter estampado, fundido ou


marcado a punção, nos lados internos dos dois lados, n° série, nome comercial, data de
fabricação e bitola. Se de aço fundido, antes do n° de série a sigla CS.

Tipos de boças da amarra:


Corrente _ Contém manilha e gato especial de escape chamado patola nos extremos,
as com macaco servem para ajustá-las bem ao serem passadas na amarra e para igualar
as tensões quando se empregar mais de uma boça na mesma amarra.
Boças de cabo _ Para navios muito pequenos, constituída por um pedaço de cabo de 2
metros, um dos extremos é alceado a um gato com sapatilho ou recebe a manilha para
ser fixado ao olhar do convéns. O outro extremo tem uma pinha de boça e leva um cabo
mais fino que se chama fiel.

Amarra em relação ao navio:

A pique de estai! - quando a direção da amarra é paralela ou aproximadamente paralela


ao estai de vante do mastro.
A pique – quando a direção é perpendicular à superfície das águas,
Dizendo para Vante, Ré ou Través ! Quando estiver paralela ou quase paralela a estas
direções.
(O navio) portanto (ou não esta portando) pela amarra! - Conforme esteja o navio
exercendo ou não esforço sobre a amarra.

Posição do ferro:

Arrancou – quando o ferro deixa o fundo, o que se verifica por ficar a amarra vertical e
sob tensão
A olho! - quando surge o anete á superfície da águas
Pelos cabelos! - quando a cruz está saindo da água
Em cima – quando o anete chega ao escovém
No escovém – quando o ferro está alojado no escovém

Mastreação

Os mastros dos navios podem ser:


1. Inteiriço – mocho
2. Completado por mastaréu – mastro real, a parte principal e mais resistente é
denominada corpo, a parte inferior é o pé, que encaixa na carlinga. A parte
superior onde encapela o aparelho fixo do mastro é o calcês.
Num mastaréu, a parte inferior a ré também o pé, e a parte acima das encapeladuras
chama-se galope, tope é a extremidade superior, que recebe a borla e a flecha do pára-
raios.

Estrutura

Mastro tubular simples – Mais usado


Mastro trípode – Arranjo tripé para instalação de diversas plataformas
Mastros estruturais – Navios de guerra de grande porte, em vez do mastro real
Mastros de treliça – Navios de guerra antigos, estão em desuso
Mastros telescópicos – usados em submarinos e em alguns porta aviões p/ não
interferirem na manobra.
mastros de rebater – empregados em embarcações pequenas.

Cabos

Classificação – Os cabos, de um modo geral, podem ser classificados, segundo a


matéria-prima utilizada em sua confecção, em cabos de fibra ou
de aço.
a. Cabos de fibra
(1) cabos de fibras naturais – Confeccionados com as fibras do caule ou das folhas de
algumas plantas têxteis, tais como manilha, sisal, linho cânhamo, linho cultivado, coco,
juta e algodão. Atualmente, os cabos de fibras naturais mais empregados a bordo são
confeccionados com manilha e sisal; e
(2) cabos de fibras sintéticas – Nesta categoria incluem-se os cabos confeccionados
com matéria plástica, entre elas náilon, polipropileno, polietileno, poliéster e kevlar.
b. Cabos de aço – Confeccionados principalmente com fios de arame de aço,
podendo ser utilizado o ferro na confecção de cabos de qualidade inferior.

Como colher um cabo – Chama-se colher um cabo arrumá-lo em aducha, a fim


de que ele não possa ficar enrascado e tenha sempre os chicotes livres; isto, além de
mostrar um serviço bem marinheiro, deixa o cabo pronto, em qualquer ocasião, para uso
imediato. Existem três modos de colher um cabo, quais sejam:
a. Colher um cabo à manobra – Depois de ter sido desbolinado, o cabo é
colhido no convés, a começar pelo seio, em voltas circulares para a direita, umas sobre
as outras, constituindo um pandeiro (fig. 7-11). Este pandeiro é, depois, sobrado, isto é,
virado a fim de que o seio do cabo fique do lado de cima, e o chicote embaixo.
A aducha assim feita chama-se aducha em pandeiro, e diz-se que o cabo foi
colhido à manobra; quando se está no mar, os tiradores das talhas devem ser colhidos à
manobra. Também se pode colher o tirador em cima, na malagueta ou no cunho do
turco; para isso, pendura-se o pandeiro, depois de ter enfiado por dentro dele o seio do
cabo, o qual se torce sobre si mesmo e fica encapelado na extremidade superior do
referido cunho ou na malagueta, agüentando a aducha.
b. Colher um cabo à inglesa – Para colher um cabo à inglesa (fig. 7-12), dão-se
voltas concêntricas sobre o convés, a começar do seio que deu voltas no cunho ou na
malagueta. As voltas são dadas no sentido do movimento dos ponteiros de um relógio
(para os cabos cochados para a direita), a partir da maior, não ficando bem unidas, de
modo que a aducha apresente um tamanho bem maior do que realmente vai ter. Quando
se chegar ao chicote, que fica no centro da aducha, unem-se as voltas menores e gira-se
o conjunto, de modo a ir unindo todas as voltas anteriormente dadas.
Esta aducha também é muito empregada para colher o tirador de uma talha e, de
modo geral, é usada para enfeite, sempre que não haja necessidade de uso imediato do
cabo. Seu modo de confecção permite realizar diversas figuras geométricas planas sobre
o convés do navio. Um marinheiro hábil poderá, assim, idealizar diferentes desenhos,
como uma estrela, uma roda dentada, uma bandeira, uma âncora, um remo etc. A estes
trabalhos marinheiros chamamos de piegas. Fazer piegas é confeccionar estes enfeites
originais.

c. Colher em cobros – Para colher-se em cobros (fig. 7-13), começa-se pelo seio do
cabo (ou por um dos chicotes, se ambos estiverem livres), dando-se dobras sucessivas
que vão sendo colocadas paralelamente umas às outras, como se vê na figura, até ser
atingido o chicote. A essas dobras chama-se cobros. As correntes e amarras são sempre
colhidas em cobros, quando colocadas sobre o convés para limpeza ou pintura. As
espias de grande bitola também são colhidas desta maneira.
Como regra geral, quando se colhe um cabo à manobra, ou em cobros, deve-se
deixar para cima o chicote, ou o seio, conforme o exija a utilização imediata mais
provável do cabo.

USO E CONSERVAÇÃO DOS CABOS


Os cabos de fibra natural que existem no comércio variam muito em qualidade.
Os melhores, quando bem cochados, apresentam uma superfície lisa com poucos
fiapos projetando-se fora dos fios de carreta, mostrando-se as pernas homogêneas e
lustrosas. Os cabos de segunda cardação não servem para os serviços de bordo.
Nunca se deve tentar um esforço máximo no cabo que já tenha sofrido uma
única vez uma tensão próxima de sua carga de ruptura, nem no cabo que já tenha sido
usado em serviço contínuo, sob esforços moderados, isso porque, em razão do limite de
elasticidade, as fibras escorregam um pouco umas sobre as outras, apesar
da cocha, e às vezes se
partem.
Os cabos novos com
as cochas bem apertadas e
os cabos úmidos têm maior
tendência para tomar cocas
Esta tendência também pode ser resultado
de se ter posto o cabo e laborar
em torno de guinchos,
cabrestantes ou roldanas,
sempre num mesmo sentido, pois isto altera a estrutura do cabo. Convém, portanto,
inverter o sentido depois de um certo tempo, fazendo o cabo gurnir pelo outro chicote.
Para uma espia, a regra melhor é trocar a posição dos chicotes depois de cada
viagem. Isto não quer dizer que se deva inverter o cabo de um aparelho de laborar,
passando o chicote do tirador para a arreigada fixa e vice-versa; neste caso particular,
quando o cabo não for mais considerado em boas condições, deve ser substituído por
um novo e deixado para um serviço de menor importância.
Quando chover, as espias deverão ser colhidas sobre um xadrez de madeira mais
alto que o convés, e os tiradores das talhas colocados nos cunhos dos turcos ou na
balaustrada de modo que, estando molhados, possa a água escorrer e eles receberem
ventilação. Nas baldeações, evite que os cabos sejam molhados pela água salgada; a
umidade aumenta de 10% a resistência dos cabos de fibra e a manilha resiste bem à ação
corrosiva da água, o que entretanto não implica molhar os cabos.
Não se deve recolher aos paióis os cabos que não estejam bem secos,
principalmente as espias, que quase sempre se molham quando usadas. As espias devem
ser guardadas safas no convés, ficando a secar colhidas em aduchas de pandeiro sobre
xadrezes de madeira. Quando molhadas com água salgada, é aconselhável deixá-las na
chuva ou dar-lhes, com mangueira, um banho de água doce, a fim de tirar-lhes o sal. Os
cristais de sal fazem os cabos absorverem mais facilmente a umidade; assim, não sendo
removidos, provocarão o apodrecimento mais rápido dos cabos quando guardados nos
paióis.
Os cabos devem ser guardados em paióis bem ventilados e secos; os paióis do
Mestre, colocados geralmente próximos ao compartimento de colisão, no bico de proa,
não satisfazem estes requisitos. Os cabos aí conservados devem ser levados,
rotineiramente, ao convés para tomar um banho de sol, só regressando ao paiol quando
estiverem bem secos.
Os cabos que forem tesados secos, particularmente os dos aparelhos de laborar,
devem ser imediatamente solecados se molhados pela chuva. As adriças de sinais e a da
bandeira devem dar volta de modo que lhes seja permitido a contração, se vierem a ficar
molhadas pela chuva. Pode-se, ao contrário, aproveitar esta propriedade que têm os
cabos de se contraírem quando molhados, por exemplo, nas peias, botões e outros
trabalhos marinheiros em que se dão voltas bem apertadas com o cabo seco; quando
molhadas pela ação da chuva, ou se lhes jogarmos água em cima, as voltas ficarão mais
seguras.
Não se deve alar os cabos arrastando-os sobre um chão áspero, arenoso ou sobre
pedras; isto faz cortar algumas fibras externas, enfraquecendo o cabo. Se uma espia
ficou suja de lama, deve-se lavá-la com água doce. Não deixe que os cabos fiquem
coçando uns aos outros, ou num balaústre, ou em arestas; não permita que trabalhem em
roldanas de tamanho menor que o indicado, bastando para isso consultar as tabelas
respectivas no Capítulo 9. Não se deve deixar que os cabos tomem cocas ou trabalhem
sob dobras acentuadas, especialmente se forem cabos de laborar. Se o cabo tem cocas,
não o tese. Tire também as cocas de um cabo molhado antes de deixá-lo secar.
Se tiver de emendar os cabos, lembre-se sempre que a costura, por ser mais
forte, é a emenda preferível quando não houver urgência, ou quando ela deva ser
permanente.
Qualquer ácido é pernicioso à vida de um cabo e é também perigoso para os que
o estão usando. Deve-se ter o cuidado de manter os cabos afastados de ácidos ou de
gases ácidos fortes. Um cabo úmido absorve com facilidade estes gases, que atuarão
nele com rapidez.

Recomendações quanto ao manuseio de cabos e espias – Visando à maior


durabilidade dos cabos e segurança da embarcação, os seguintes procedimentos devem
ser adotados:
(1) num mesmo ponto de amarração, mantenha sempre os cabos com a mesma tensão.
Nunca sobrecarregue um só cabo com todo o esforço;
(2) evite trancos bruscos nas manobras;
(3) evite ângulos fechados nos cabos. Sempre trabalhe com o maior raio de curvatura
possível;
(4) trabalhe, no mínimo, com 4 voltas no tambor;
(5) faça rodízio freqüente das espias, pelos diversos pontos de amarração da
embarcação. Procure usar os cabos mais novos naqueles pontos mais exigidos;
(6) procure não deixar um mesmo ponto do cabo em atrito permanente com as
superfícies;
(7) sempre que possível proteja, com couro, tecido plástico ou falcaças de cordas
engraxadas, os cabos nos locais em contato com superfícies de atrito;
(8) evite arrastar os cabos sobre superfícies ásperas ou pontiagudas;
(9) inspecione os cabos freqüentemente. A penugem superficial é absolutamente normal
e amortece os efeitos progressivos da abrasão. Procure pontos demasiadamente gastos,
cortes e descoloração do cabo. Faça também a inspeção dos fios internos do cabo;
(10) mantenha lubrificados e em bom funcionamento os rodetes e roldanas por onde
gurnem os cabos;
(11) mantenha os cabos, mesmo que fora de uso, sempre bem arrumados no convés.
Isso, além de evitar a destorção das fibras, previne possíveis situações de perigo;
(12) se o cabo estiver bastante danificado em uma determinada seção, não espere que
ele se rompa. Corte-o e faça uma costura de emenda bem reforçada.
Isso não prejudicará em nada a utilização normal do cabo;
(13) evite contatos dos cabos com produtos químicos de qualquer natureza;
(14) não exponha desnecessariamente os cabos a temperaturas elevadas;
(15) após o uso, quando possível, lave os cabos com água doce, com uma mangueira de
pouca pressão. Se necessário, utilize detergentes neutros ou suaves nos cabos sintéticos;
(16) guarde os cabos reservas no paiol ou no convés, cobertos por uma lona escura.
Procure proteger, sempre que possível, os cabos das intempéries;
(17) instrua sua tripulação a manter distância dos cabos, quando estes estiverem sendo
submetidos a elevados esforços de tração; e
(18) não utilize conjugadamente, no mesmo ponto de amarração, cabos de matérias-
primas diferentes, pois cada um tem características específicas de elasticidade,
alongamento e ruptura.

Precauções de segurança ao laborar com cabos e espias – Quando laboramos com


cabos e espias, devem-se observar as seguintes regras de segurança, independente do
material de fabricação:
(1) não se deve ficar por dentro de cabo laborando ou na direção em que ele é
tracionado;
(2) não se deve aumentar a carga (esforço) num cabo depois de se travar ou de se ter
dado volta num cunho, cabeço ou similar;
(3) é imperativa a presença de um observador nas fainas de laborar cabos; e
(4) manter socairo mínimo de 2 metros.

Termos náuticos referentes aos cabos e sua manobra

Agüentar sob volta – Segurar um cabo que esteja portando, dando uma, duas ou mais
voltas redondas para mantê-lo sob mão.

Alar de leva-arriba – Alar caminhando sem parar.

Aliviar um cabo, um aparelho – É folgá-lo pouco a pouco.


Beijar – Fazer encostar duas peças quaisquer. Diz-se de uma adriça quando chega ao
seu lugar; de uma talha quando, içando, seus poleames se tocam; de uma escota, quando
o punho toca o gorne; atopetar.

Dar salto – Arriar repentinamente parte de um cabo de manobra.

Desencapelar – Tirar as encapeladuras; tirar um aparelho de onde está amarrado.

Desbolinar um cabo – Tirar-lhe as cocas.

Dobrar a amarração – Aumentar o número de pernadas das espias para amarrar um


navio no cais ou a outro navio.

Encapelar – Lançar as encapeladuras nos lugares respectivos. Diz-se ainda encapelar


um aparelho, quando se o coloca no lugar.

Morder um cabo, uma talha – Apertar, engasgar, entalar um cabo ou amarra; diz-se
que uma talha ficou mordida quando uma das pernadas montou sobre a outra junto ao
gorne do cadernal, impedindo a roldana de girar.

Rondar – É alar um cabo ou o tirador de uma talha até que fique portando.

Socairo – É a parte do cabo depois do cabrestante que o está alando; é agüentada por
um homem postado junto ao cabrestante para manter o atrito das voltas sobre a saia; no
tirador de uma talha, ou quando se está alando a mão, é a parte que se alou, a qual deve
ficar agüentada em um cunho ou malagueta sob a volta, com um homem ao chicote.
Diz-se que o homem está agüentando o socairo.

Solecar – Dar um brando ao cabo, arriando-o um pouco; aliviar o peso ou esforço; dar
mais folga ao seio.

Tesar – Esticar um cabo.

Virador – É um cabo grosso, em geral de aço, empregado para reboque, atracação ou


mesmo para fundear com ancorote.

HIGIENE E PROFILAXIA
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE HIGIENE PESSOAL
A higiene pessoal compreende o asseio corporal, vestuário adequado e boa
alimentação.
a) Asseio Corporal: Banho e Higiene Bucal:

BANHO
Quando à TEMPERATURA, os banhos muito frios roubam demasiado calor do corpo
e alteram o ritmo circulatório (devem ser rápidos); os banhos muito quentes, acima de
37º C, elevam a temperatura do corpo, avermelham a pele, provocam sudação e
sonolência; já os banhos entre as temperaturas de 16 e 25º C despertam uma sensação
agradável e excitam provavelmente a circulação periférica.
Quanto ao tipo, verificamos que os banhos de imersão são aqueles tomados em
banheiras, que exigem grande quantidade de água e são insuficientes para uma boa
higiene.
Os banhos de aspersão, pouco dispendiosos, são ainda os mais indicados para o
perfeito asseio da pele.
Os sabões, misturados de sais alcalinos e ácidos graxos, têm ação química,
mecânica e anti-séptica e contribuem para uma maior eficácia dos banhos.
Há certas partes do corpo que requerem cuidados especiais, tais como cabelo,
mãos, pés, olhos, nariz e boca.

HIGIENE BUCAL
Placa bacteriana - É uma camada pegajosa e incolor de bactérias. É comprovadamente,
a principal causa das duas doenças dentárias mais comuns: a cárie, que é a principal
causa da perda de dentes nas crianças e a gengivite (inflamação das gengivas), que é a
principal causa da perda de dente nos adultos.
Se você não remover a placa diariamente, ela irá se acumulando na base dos
dentes, até se transformar num depósito endurecido chamado tártaro, que só pode ser
removido pelo seu Dentista. Se o tártaro não for removido, novas placas podem se
formar sobre ele, causando eventualmente a destruição dos dentes e das gengivas.
Essa destruição pode ser evitada, pois os dentes têm uma consistência para durar
a vida toda.
Pode, ainda, instruí-lo no controle da placa em seus dentes. E para isto é preciso
revelar o inimigo.
Revelador de Placa Bacteriana
Veja a seguir como se revela e remove a placa:
1) Mastigue uma pastilha ou faça bochechos com o revelador.
2) Esvazie a boca.
3) Examine seus dentes diante de um espelho, numa área bem iluminada. A cor
que fica nos seus dentes indica o acúmulo de placas que deve ser removido com o
auxílio do fio dental e da escova. Quando as partes coloridas desaparecem do seu dente,
é sinal de que as placas foram removidas.
Obs.: O elemento revelador também pode colorir sua língua e gengivas por um curto
período.
4)Inicialmente, este auxílio é importante para facilitar a identificação e remoção da
placa, pelo uso da escova ou do fio dental. Mas à medida que você for adquirindo
experiência de limpar corretamente os dentes, o uso do revelador será preciso apenas
para uma verificação ocasional.

b) O VESTUÁRIO ADEQUADO
A função do vestuário, do ponto de vista da higiene, é também das mais
importantes. Ele regula a perda de calor do corpo humano, calor que, como se sabe, se
elimina em sua maior parte, pela pele. Estando coberta convenientemente pelas vestes,
essa perda se restringe, quando há abaixamento de temperatura, no ambiente. E se eleva,
em caso contrário.
O vestuário também abriga o organismo contra umidade que provém do ar
atmosférico ou da própria pele, por intermédio do suor, com proteção necessária ao
organismo, sem perturbar de qualquer modo o ritmo normal das funções orgânicas.
Os calçados merecem recomendações especiais, protegem os pés, parte do corpo
em que a sudorese é mais intensa. Devem ser de pano ou de couro, providos de salto
baixo, para que não haja desvio de eixo de gravidade do corpo, evitando-se os bicos
finos que calejam os dedos, dificultam a circulação, etc.

c) A BOA ALIMENTAÇÃO
Deve ser constituída de proteínas, gorduras, açúcares, sais minerais, vitaminas e
água.
Estes elementos são encontrados na carne, leite, frutas, legumes e cereais.
Não sendo boa regra de higiene alimentar adotar regimes exclusivos, animal ou
vegetariano, é preferível o regime misto, com o qual se torna possível levar ao
organismo os materiais energéticos indispensáveis.
Nos climas quentes devem ser evitadas substâncias gordurosas, bem como
bebidas alcoólicas, porque ambas produzem elevado número de calorias que aumentam
sensivelmente o calor interno, o qual somado ao calor externo podem causar graves
perturbações de saúde.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE HIGIENE COLETIVA

A Higiene Coletiva compreende o estudo do solo, água e ar.


a) SOLO - O estudo higiênico do solo se relaciona com a circulação das águas sobre a
sua superfície ou nas camadas inferiores, águas correntes ou estagnadas, sua
contaminação, sua depuração, disposição e regime das fontes causam problemas
diversos que muito interessam à saúde do homem.
Inúmeros são os parasitas encontrados no solo, em diferentes estágios de vida (ovos,
embriões, larvas), que podem atingir o homem, seja por penetração cutânea ou por via
digestiva; (ingestão de frutas mal lavadas, legumes crus, etc.)
b) A ÁGUA - A água, cuja fórmula química é H2O (duas moléculas de hidrogênio e
uma de oxigênio), tem também sua grande importância na higiene. É chamada água
potável aquela que pode ser bebida pelo homem e que deverá ter como característica:
ser insípida; inodora e incolor. Cuidados deverão ser tomados com o local onde é
extraída a água. A captação da água dos rios, lagos, açudes, etc., produz inúmeras
doenças pelas poluições e contaminações a que está sujeita.
A água, que abastece as cidades, sofre tratamento especial (cloração, considerado hoje o
método mais seguro para purificação da água) e mesmo assim, deve ser feito também
em casa o tratamento pela filtração ou fervura.
c) O AR - O ar pode ser considerado um veículo de micróbios, por isto observa-se a
transmissão aérea de certas doenças como gripe, tuberculose e difteria. Como medidas
higiênicas, devemos viver o mais possível ao ar livre, fazendo passeios à praia, ao
campo, às montanhas e vigiando a perfeita ventilação dos locais de trabalho e dos
quartos de dormir. Evitar, sempre que puder, os meios empoeirados ou enfumaçados e,
de um modo geral, os ambientes fechados, onde o ar pouco ou nada se renova. Inspirar
profundamente de vez em quando, para que sejam arejados convenientemente as partes
mais recônditas dos brônquios. Efetuar exercícios físicos, que levam maior quantidade
de oxigênio aos pulmões. Respirar sempre pelo nariz.

PRINCIPAIS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS


As principais doenças sexualmente transmissíveis são o cancro mole, a sífilis, a
gonorréia, o linfogranuloma venéreo, a AIDS, o herpes genital, e o condiloma
acuminado. Há ainda doenças eventualmente transmitidas pelo contato sexual, tais
como molusco contagioso, fitiríase (chato), escabiose (sarna), tricomoníase, candidíase
e, uretrite não gonocócica.
a) CANCRO MOLE: ulcerações que ocorrem nos órgãos genitais após cerca de
cinco dias do coito, causada pelo bacilo de Ducrey. O quadro é acompanhado de
gânglios múltiplos na virilha.
b) SÍFILIS: Doença causada pelo micróbio Treponema Pallidum. O primeiro
sintoma é o CANCRO DURO, ferida geralmente única na região genital, que surge
sempre em média 3 a 4 semanas após o contágio sexual (período primário). Se não for
tratada, a doença evolui para o período secundário, que é a fase de generalização da
moléstia através da corrente sangüínea, caracterizada pelo aparecimento de múltiplas
manchas no corpo de aspectos variáveis. Após alguns anos sem tratamento, a doença
evolui para o período terciário, com danos irreversíveis para o sistema cardiovascular e
neurológico.
Convém lembrar que uma mãe contaminada dará à luz a um bebê com graves
problemas de saúde.
c) GONORRÉIA: O Gonococo é o agente casual da gonorréia ou blenorragia,
infecção que sobrevem após 1 a 7 dias de incubação e se localiza primeiramente na
uretra
(uretrite purulenta), daí podendo propagar-se a outros órgãos do aparelho urinário
(cistite, pielite) e genital (orquite, apididimite, prostatite), gerando complicações mais
graves. Nos recém-nascidos, mães contaminadas dão à luz a bebê com conjuntivite
gonocócica. Os tratamentos mal feitos determinam a cronicidade da doença.
d) LINFOGRANULOMA VENÉREO: Causado por bactéria que é Clamídia
Trachomatis. Inicia-se com uma discreta lesão nos órgãos genitais, que na maioria dos
casos nem é percebida. Causa grande íngua na virilha (bubão), que tende a se romper
em múltiplos orifícios. Sua evolução é muito lenta e pode causar elefantíase, que é o
aumento acentuado da genitália.
e) AIDS OU SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida): Doença do
sistema de defesa imunológico provocada pelo vírus HIV. Por causa da falha das defesas
do organismo, germes e micróbios, contra os quais normalmente esse organismo se
defende bem, invadem o sangue e os tecidos. Esses germes são chamados de
“oportunistas” pois eles aproveitam para se multiplicar e gerar tumores.
As manifestações clínicas da doença não aparecem pela reação do próprio sistema
imunológico, mas por inúmeros tipos de infecções ou até cânceres, que vão constituir o
quadro clínico da doença e configurar sua gravidade
f) HERPES GENITAL: Infecção viral causada por herpesvirus que pode seguir
de forma aguda com pequenas vesículas agrupadas ou permanecer latente, situação em
que o hospedeiro pode transmitir a doença sem apresentar sintomas.
g) CONDILOMA ACUMINADO: Infecção viral que sem caracteriza pelo
aparecimento de múltiplas verrugas na região genital. Está associado ao câncer de colo
de útero.

PRECAUÇÕES E PROFILAXIA DAS DOENÇAS SEXUALMENTE


TRANSMISSÍVEIS
De um modo geral, a seleção do(a) parceiro(a) e uso de preservativos
(camisinha) tornaram-se extremamente importantes devido ao crescimento das DST. No
caso da AIDS, em particular, os indivíduos devem precaver-se em relação às transfusões
sanguíneas ou injeções contaminadas, visto que o vírus está presente na corrente
sangüínea. Verificamos então que os grupos de risco iminente são os toxicômanos, os
hemofílicos, os homo e bissexuais.

IMPORTÂNCIA DOS EXAMES PERIÓDICOS NA PREVENÇÃO DAS DST


A realização de exames periódicos permite detectar doenças nas fases iniciais
ou de latência tais como a sífilis e a AIDS. Tal procedimento permite providências
terapêuticas precoces, aumentando a chance de cura ou controle da doenças e
evitando que esse indivíduo infecte outras pessoas por desconhecimento do problema.

TIPOS DE TÓXICOS E SUAS CONSEQÜÊNCIAS PARA O ORGANISMO E NA


VIDA SOCIAL
Droga ou tóxico é toda e qualquer substância que, introduzida no organismo,
modifica uma ou mais de suas funções.
Os tóxicos são divididos em cinco grupos:

a) Alucinógenos;
b) Narcóticos;
c) Hipnóticos;
d) Estimulantes; e
e) Tranqüilizantes.

Alucinógenos - tóxicos que produzem alucinações. A alucinação é um erro


mental que faz perceber o que não existe. Os efeitos das diferentes substâncias não são
idênticos. O sintomas aparecem pouco tempo depois da ingestão e a duração é variável.
É freqüente o organismo acostumar-se com droga, exigindo doses cada vez maiores. Ex.
Maconha, Cocaína e LSD.

a) Maconha - A maconha bruta contém quantidades significativas de THC sob


forma ácida, não mostrando nenhuma atividade psicotrópica. Quando aquecido pode
aumentar de 100% a quantidade ativa de THC consumido. O processo se chama prólise
da maconha.

b) Cocaína - Extraída das folhas da coca, planta dos planaltos andinos do Peru e
Bolívia. Era usada como anestésico (perigosa para diabéticos e cardíacos). 0,05g põem
em perigo a vida.

c) LSD (Ácido Lisérgico Dietilamina) - Do esporão do centeio é extraído o


LSD. Extraído do fungo “Clavíceps pupurea”, que é parasita da espiga de cereais.

d) Narcóticos - (ÓPIO, HEROÍNA, MORFINA) Tóxicos que produzem


narcose, isto é, sonhos e inibem a dor. Têm o nome genérico de opiáceos, dadas as suas
derivações do ópio.

e) Hipnóticos (Barbitúricos) - Tóxicos que produzem sono e mesmo a hipnose,


isto é, derivados do ácido barbitúrico. Modificações leves na cadeia do ácido barbitúrico
nos dão o HEXOBARBITAL (Evipan) ou o FENOBARBITAL (Prominal, Luminal,
Veronal etc.)

g) Tranqüilizantes - Tóxicos que inibem os estados de tensão e medo,


produzindo serenidade. São numerosos “Valium, Librium, Magodon, Sederam,
Demopax, Equanil... e o fumo.

15mg Fenobarbital: tranquilizante


25mg Hexobarbital: hipnose
50mg Hexobarbital: narcose
100mg Hexobarbital: alucinações e morte.

Tolerância: isto é, para se obter os mesmo feitos as doses devem ser cada vez maiores

Síndrome de abstinência: sem a droga, drogado não consegue mais viver.

São as seguintes as fases do alcoolismo:


a) Fase Inicial - nessa primeira fase o indivíduo, por apresentar forte tensão emocional
e tendendo a tomar uma pequena dose de álcool e sentido-se bem e aliviado, passa a
utilizá-lo sempre que estiver em situações idênticas de depressão ou ansiedade, ficando
assim dependente da bebida.

b) Fase Progressiva - esta fase já é uma etapa mais grave; após tomar pequena
quantidade de bebida, no dia seguinte, sente dificuldade de lembrar o que passou na
noite anterior; ele pratica certos atos que não lembra, por isso a bebida passa a ser para
ele uma necessidade de fuga.

c) Perda de Controle - neste estágio o indivíduo não consegue controlar mais sua
vontade, bebe a primeira dose, bebendo até tornar-se inconsciente.

O álcool pode causar os seguintes estados:

Embriaguez Incidental - Onde as pessoas ficam, dependendo da constituição física e


temperamento, alegres, humoristas, eufóricas ou tristes, retraídas e caladas.

Embriaguez Mórbida - Patológica - o indivíduo bebe para esquecer a doença e a


agrava ainda mais, pois além da doença torna-se um viciado.

Embriaguez Crônica - O indivíduo já não pode passar sem beber diariamente,


tornando-se um bebedor inveterado e apresenta-se desconfiado e delirante.

EFEITOS SOBRE O ORGANISMO E O COMPORTAMENTO HUMANO


As conseqüências que o álcool passa a acarretar são variáveis e dependem da:

a) quantidade ingerida;
b) oportunidade de bebida; e
c) constituição física ou psíquica do indivíduo.

Ele sempre afeta o organismo e o psiquismo do indivíduo.

Efeitos sobre o organismo


1 - Moléstia do coração - o álcool enfraquece o funcionamento do coração,
amortecendo a pulsação do mesmo.
2 - Moléstia do estômago - o álcool é absorvido pelo estômago, provocando a gastrite.
3 - Moléstia do fígado - o álcool age no fígado causando a degeneração (cirrose)
4 - Degeneração dos vasos sangüíneos - o álcool penetra no sangue dilatando
os vasos, o que causa a passagem do sangue ou o estreitamento, impedindo a circulação
do mesmo.
5 - Modificação da fisionomia - o indivíduo torna-se transfigurado, começa a perder as
formas.
6 - Ressaca - conseqüência após o efeito do álcool, apresenta-se em forma de cansaço,
transpiração excessiva, dor de cabeça, desequilíbrio e irritação.

Efeitos sobre o comportamento


As conseqüências psíquicas apresentam os seguintes sintomas:
1) Transformação da Personalidade - o indivíduo sob o efeito do álcool passa de
tímido para audacioso, valente e às vezes os comunicativos ficam calados, modificando
assim seu comportamento. Pode apresentar os seguintes estágios:
a) Euforia - tagarelice, exagero, bravateio
b) Depressão - angústia, pessimismo, medo
2) Torna-se maníaco - a razão torna-se aos poucos sem nenhuma resistência, o
indivíduo é levado à prática do homicídio e ao incêndio, não podendo ter ao seu alcance
armas nem fósforos.
3) Amnésia - o indivíduo não consegue lembrar-se de atos cometidos, tem perda de
memória por espaços de tempo, preenchendo essas lacunas com fantasias.
4) Alterações senso-perceptivas - o álcool atua nos sentidos sensoriais e perceptivos do
indivíduo acarretando:
a) anestesia - diminuição da sensibilidade, o indivíduo torna-se dormente e
insensível.
b) Ilusão - percebe ou escuta coisas deformadas sendo distinguida:
. Auditiva - ouve palavras com sentido diferente, deturpa o sentido da palavra.
. Visual - visualiza objetos deformados, vê coisas que na realidade não condizem com o
real.
c) alucinações - o indivíduo percebe objetos que não existem, tem sensações e visões
irreais. Ex.: o corpo flutuante, bichos em casa. Quando o indivíduo percebe na bebida
alcoólica uma possibilidade de fuga dos problemas do dia a dia, quando acredita
encontrar nela a libertação de angústias, ele tem todo um caminho aberto para tornar-se
um viciado. Porém, tudo isso não passa de ilusão, uma vez que o álcool tem efeito
passageiro e passado o efeito o indivíduo se torna mais deprimido e com o problema
mais acentuado.

Sobre o Sistema Nervoso ele atua como:

Depressor - diminui o fio de clausura do consciente e libera temporariamente o


indivíduo de suas inibições, porém quando ele age no sistema nervoso torna o indivíduo
deprimido.
Perda do Controle Emocional - sua vontade se enfraquece e a razão torna-se aos
poucos sem nenhuma resistência. Perda Parcial da Memória - o indivíduo não consegue
se lembrar de atos cometidos durante o tempo de embriaguez.

Sintomas das Hemorragias externas

a) Pulso fraco;
b) Pressão arterial baixa;
c) Sudorese profunda (Suor em abundância);
d) Palidez; e
e) Mucosas visíveis descoradas.
PRINCIPAIS CAUSAS DE ASFIXIA
1) BLOQUEIO À PASSAGEM DO AR - Este bloqueio ocorre nos casos de
afogamento, excesso de secreções, hemorragias, corpo estranho e estrangulamento, ou
seja, qualquer situação em que haja obstrução das vias aéreas.
2) INSUFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO NO AR - Esta situação ocorre nos casos de
pessoa submetida a grande altitude e compartimentos não ventilados (certas
dependências de bordo e minas abandonadas) onde o teor de oxigênio é menor. Nos
incêndios em compartimentos fechados, a formação de gás carbônicos reduz o oxigênio
no ambiente, causando asfixia.
3) PARALISIA DO CENTRO RESPIRATÓRIO NO CÉREBRO - As causas mais
freqüentes desta condição são o choque elétrico e grande quantidade ingerida de álcool
e/ou drogas, produzindo asfixia e parada respiratória.
4) COMPRESSÃO DO TÓRAX - São situações em que os movimentos respiratórios
são impedidos por forte pressão externa como nos casos de soterramento. A morte por
asfixia pode ocorrer mesmo com as vias aéreas desobstruídas.

SOCORRO DE URGÊNCIA EM CASOS DE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS

O princípio básico do atendimento visa manter as vias aéreas permeáveis e,


posteriormente, iniciar a respiração artificial.
1) RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL: A finalidade de respiração artificial é fazer chegar
oxigênio do ar aos alvéolos pulmonares, numa alternação rítmica até o restabelecimento
natural da respiração. É utilizada somente quando parar a respiração natural. Não deve
ser aplicada a uma pessoa que esteja respirando normalmente. O fato de o paciente estar
inconsciente ou envenenado não significa que esteja com dificuldades respiratórias.
Como se processa a respiração artificial:
Há vários processos para se proceder à respiração artificial.
Os principais são: o método Boca-a-Boca de SYLVESTER, de SCHAEFFER e de
HOLDER-NIELSEN.

MÉTODO BOCA-A-BOCA
O funcionamento é o seguinte: coloca-se a vítima de costas sobre o solo (em
decúbito dorsal) e com os braços ao longo do corpo. Desobstruem-se as vias aéreas
superiores, retiram-se pontes, dentadura ou qualquer coisa que possa impedir a
passagem do ar. Inclinar a cabeça para trás o mais possível. Fechar com os dedos o nariz
da vítima e soprar-lhe ar nos pulmões através da boca. Há boa insuflação de ar, quando
o peito do acidentado se eleva. Sopra-se 16 a 20 vezes por minuto e nas crianças 20
vezes. Nas crianças, em vez de se obstruir as narinas ou a boca, pode-se englobar a boca
e nariz e aí soprar. Com este processo o ar também entra pelo esôfago, enchendo o
estômago de ar produzindo a elevação da parede abdominal. Deve-se, de vez em
quando, apertar a região abdominal para eliminação desse ar.

MÉTODO DE SYLVESTER
Colocamos o paciente deitado de costas sobre o solo (decúbito dorsal).
O executante fica de joelhos com a cabeça da vítima entre eles. Com ambas as
mãos, segura os punhos da vítima.
Pode segurar o antebraço ou os cotovelos. Os braços da vítima são, então,
estendidos no sentido cranial de cada lado do corpo do socorrista. Uma vez terminado o
movimento, o executante volta como os braços de encontro ao tórax da vítima, efetua a
compressão da sua caixa torácica, inclinando-se sobre ela. Estes movimentos devem ser
repetidos ritmicamente, cerca de 16 vezes por minuto. Nas crianças até 10 anos, 20
vezes por minuto.

MÉTODO DE SCHAEFFER
Coloca-se o paciente de bruços (decúbito ventral), com os braços estendidos ao
longo da cabeça e esta voltada para um dos lados. O executante ajoelha-se sobre as
coxas da vítima, monta nas mesmas e coloca suas mãos na base de cada hemi-tórax, na
parte mais externa possível e, a seguir, exerce pressão com o corpo sobre o tórax do
paciente, valendo-se do seu peso para obter a melhor pressão possível. Fazem-se os
movimentos ritmados numa freqüência de cerca de 16 por minuto. Este método tem a
vantagem de deixar livres os membros superiores para aplicação de injeções, bem como,
decorrente da posição, há dificuldade de eliminação das secreções.

MÉTODO DE HOLGER-NIELSEN
Parece o melhor dos métodos manuais de respiração artificial e o que mais
ventilação produz. É também chamado de elevação dos braços. A vítima fica de bruços,
como no processo anterior, com a cabeça voltada lateralmente, apoiada sobre as mãos
que estão colocadas uma sobre a outra, ficando dessa maneira os braços dobrados. O
executante ajoelha-se sobre um dos joelhos diante da cabeça da vítima, segurando com
suas mãos os cotovelos do paciente.
Inicia, elevando os cotovelos da vítima para cima e para trás. Com isto consegue
deslocar para cima e para frente a parte superior do corpo da vítima.
Depois deste movimento, os braços da vítima retornam à posição inicial.
Com a elevação dos braços, o executante consegue a inspiração fazendo com
que o ar penetre nos pulmões da vítima. O movimento seguinte consiste na caixa
torácica, colocando de cada lado da base do tórax da vítima suas mãos, à semelhança do
método de Scheaffer.
Comprimir, usando o peso de seu corpo. Com isto ele faz com que a vítima
expire o ar inalado.

2) SECREÇÕES
Providenciar o escoamento das secreções e proceder a respiração artificial.
3) AFOGAMENTO
Retirar o afogado do mar ou piscina e proceder a respiração artificial pelo
método Holger Nielsen (preferencialmente).
4) CORPO ESTRANHO
Deve ser verificada a necessidade de retirada do corpo estranho para
desobstrução das vias aéreas e iniciar respiração artificial.
5) ESTRANGULAMENTO
Desobstruir as vias aéreas e iniciar respiração artificial.

Sintomas de Fratura no Crânio (Lesão Cerebral)

1 - dor de cabeça;
2 - as pupilas desiguais, não reagindo normalmente à luz;
3 - hemorragia dos ouvidos, nariz e boca;
4 - vômitos;
5 - confusão, desorientação; e
6 - paralisias (braços, pernas, etc.).
TRATAMENTO DE URGÊNCIA DA FRATURA DE CRÂNIO

1 - Colocar o paciente deitado;


2 - Se houver hemorragia do ferimento, proceder ao controle através de pressão direta;
3 - Não o movimentar mais que o necessário e só fazer isso com muito cuidado; e
4 - Não dar ao paciente nada para beber.

Os principais sintomas de uma fratura de coluna são: dor, choque e paralisia.


A dor é de grande intensidade, exatamente no ponto da fratura. O choque é
comumente grave, mas os sintomas podem ser prolongados por algum tempo. A
paralisia ocorre, se a medula for lesada.
Se o paciente não mover os membros inferiores (pernas, pé ou dedo), a fratura
provavelmente é da região dorsal.
Se o paciente não puder mover os dedos da mão, a fratura deve ser da região do
pescoço. Deve-se entretanto, lembrar que nem sempre as fraturas de coluna determinam
lesão medular. Assim sendo, não haverá paralisia.
Toda pessoa com uma dor forte no pescoço ou na região dorsal após o
traumatismo, deverá ser tratada como se tivesse uma fratura, embora estejam ausentes
os demais sintomas.

TRATAMENTO DE URGÊNCIA DA FRATURA DE COLUNA VERTEBRAL


No tratamento imediato para qualquer fratura de vértebra, dois princípios devem
ser observados.
1º - reduzir o choque, ou melhor, retirar do choque; e
2º - prevenir futuras lesões da medula.
Se for necessário transportar um paciente que sofreu uma fratura da coluna,
devem ser observadas as regras gerais que visam a evitar complicações maiores.
Se a coluna é fraturada à altura da região dorsal, o paciente pode ser transportado
em decúbito ventral, ou seja, de barriga para baixo.

Se, entretanto, tiver que ser transportado para grande distância, será mais
confortável em decúbito dorsal, com um chumaço de algodão sob as costas.
No transporte do paciente use uma maca rígida, ou mesmo uma tábua, porta ou
janela.

TRATAMENTO DE URGÊNCIA PARA FRATURA DE BACIA

1 - Não mover o paciente, a não ser quando absolutamente necessário;


2 - Aplicar analgésico;
3 - Transportar o paciente numa maca bem rígida, ou mesmo, numa tábua, mantendo-o
deitado de costas e com as pernas atadas.

ESTATUTO DOS MILITARES

Situações dos militares:

 Na ativa: Carreira;
Os incorporados ao SMI ou prorrogação dos prazos deste;
Os da Reserva das Forças Armadas quando convocados, reincluídos, designados ou
mobilizados;
Os alunos de órgãos de formação militares da ativa e da reserva; e
Em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado p/ serviço ativa nas Forças
Armadas
 Na inatividade:
Reserva remunerada, quando pertencem a reserva das Forças Armadas e percebam
remuneração da União e sujeitos ainda à prestação de serviço na ativa, mediante
convocação ou mobilização;
Reformados, após passar por uma das situações anteriores, estejam dispensados
definitivamente da prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber
remuneração da União; e
Reserva remunerada e, excepcionalmente, os reformados, executando tarefa por tempo
certo, segundo regulamento de cada Força.

São reserva das Forças Armadas:

 Individualmente: Militares da reserva remunerada e demais cidadãos em


condições de convocação ou de mobilização para ativa.

 No seu conjunto: Polícias e Corpos de Bombeiros militares

 Marinha Mercante, Aviação Civil e empresas diretamente devotadas às


finalidades precípuas das Forças Armadas, denominada atividade efeitos de
mobilização e de emprego, reserva das Forças Armadas.

Militar de Carreira: são os da ativa que, no desempenho voluntário e permanente do


serviço militar, tenham vitaliciedade assegurada ou presumida

A carreira militar é privativa do pessoal da ativa, iniciando-se com o ingresso nas


Forças Armadas obedecendo os graus hierárquicos e é caracterizada por atividade
continuada e inteiramente devotada às finalidades precípuas das Forças Armadas,
denominada atividade militar.
As carreiras de oficial das Forças Armada são privativas de brasileiro nato.

Base das Forças Armadas: Hierarquia e disciplina. A autoridade e responsabilidade


crescem com o grau hierárquico.

Círculos hierárquicos - Âmbitos de convivência entre militares da mesma categoria


que tem a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima
e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.

Posto: Grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do


Comandante de Força Singular e confirmado em carta patente
Providos em tempo de guerra: Almirante, Marechal e Marechal-do-Ar
Graduação: Grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente.
Praças Especiais: Aspirantes-a-Oficial e alunos de órgãos específicos militares

 Guardas-Marinha e Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente superiores ás


demais praças
 Aspirantes, alunos da Escola Naval e Cadetes, alunos AMAN e AFA e escola de
oficiais especialistas, são hierarquicamente superiores superiores aos suboficiais
e aos subtenentes
 Alunos de Escola Preparatória de Cadetes e do Colégio Naval têm precedência
sobre os Terceiros Sargentos, aos quais são equiparados
 Alunos dos órgãos de oficiais da reserva, quando fardados, têm precedência
sobre os Cabos, aos quais são equiparados
 Cabos têm precedência sobre alunos das escolas ou dos centros de formação de
sargentos, que a eles são equiparados, respeitada, no caso de militares, a
antiguidade relativa

 Cargo Militar: Conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometidos


a um militar em serviço ativo. Encontra-se especificado nos Quadros de Efetivo
ou Tabelas de Lotação das Forças Armadas ou previsto, caracterizado ou
definido como tal em outras disposições legais. São providos com pessoal que
satisfaça os requisitos de grau hierárquico e de qualificação exigidos p/ o seu
desempenho, e far-se-á por ato de nomeação ou determinação expressa de
autoridade competente
É considerado Vago: da criação, exoneração ou determinação de autoridade competente
p/ deixá-lo vago até a posse, ou os militares cujos ocupantes tenham falecido, ou sejam
considerados extraviados, desertores ou sido feitos prisioneiros.
 Função Militar: Exercício das obrigações inerentes ao cargo militar

Manifestações do Valor Militar

 Patriotismo – Vontade inabalável de cumprir o dever militar e solene juramento


de fidelidade à Pátria até com o sacrifício da própria vida;
 Civismo e o culto das tradições históricas;
 Fé na missão elevada das Forças Armadas;
 Espírito de Corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;
 Amor à profissão das Armas e o entusiasmo com que é exercida; e
 Aprimoramento técnico profissional.

 Ética Militar: Sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe


impõem, a cada um dos integrantes das Forças Armadas, conduta moral e
profissional irrepreensíveis.

Deveres Militares

Dedicação e a fidelidade à Pátria, defendendo a Honra, Integridade e Instituições;


Culto aos símbolos nacionais;
Probidade e lealdade em todas as circunstâncias;
Disciplina e respeito à hierarquia;
Rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; e
Obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.
 Comando: Soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o militar é
investido legalmente quando conduz homens ou dirige uma organização militar.
Vinculado ao grau hierárquico, constitui uma prerrogativa impessoal, cujo
exercício o militar se define e se caracteriza como chefe

Ao longo da carreira o oficial é preparado, para o exercício do comando, chefia e


direção e os graduados auxiliam e complementam as atividades dos oficiais, no
adestramento e emprego de meios, e administração.
São competentes p/ determinar o imediato afastamento do cargo ou impedimento do
exercício da função:
Presidentes da República
Titulares das respectivas pastas militares e o Chefe do Estado-Maior da Armada das
forças Armadas
Comandantes, chefes, diretores na conformidade e legislação ou regulamentação de
cada força

Contravenções ou transgressões militares

As penas disciplinares de impedimento, detenção ou prisão não podem ultrapassar 30


dias
 Conselho de Justificação: Oficial incapaz de permanecer como oficial da ativa,
podendo o comandante afastá-lo de suas funções. Ao Supremo Tribunal militar
ou Tribunal especial julgar em última instancia os processos oriundos dos
conselhos de justificação em tempo de paz ou guerra respectivamente

 Conselho de Disciplina: Guarda marinha, aspirante-a-oficial e praças estáveis,


incapazes de permanecer como militares da ativa, sendo afastados das atividades
que exercem. Aos comandantes de Força Singular competem julgar em última
instancia.

O conselho de justificação e o de Disciplina poderá ser submetido ao oficial ou praça na


reserva remunerada ou reformados respectivamente que, presumivelmente sejam
considerados incapazes de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.

O pedido de reconsideração, queixa ou representação poderá ser interposto a ato


administrativo ou disciplinar de superior hierárquico, prescrevendo o direito
administrativo em:

 15 dias corridos, a contar do recebimento da notificação oficial, quando o ato


que decorra de inclusão em quota compulsória ou de composição de Quadro de
Acesso; e
 120 dias, nos demais casos

A remuneração militar compreende:

 Na ativa: Soldo, Gratificações e indenizações regulares

 Na inatividade: Proventos, constituídos de soldos ou quotas de soldo e


gratificações incorporáveis; e Adicionais,
Da promoção

 Comandos das Forças Singulares planejam a carreira de oficiais e praças.


As promoções são efetuadas por antiguidade, merecimento, escolha, ou bravura e “post-
mortem”. Em casos extraordinários e independentemente de vagas, por ressarcimento de
preterição.

As vagas são consideradas abertas:

 Data assinatura do ato que promover, passar p/ inatividade, transferir do Corpo


ou Quadro, demitir o u agregar o militar;
 Data fixada por Lei de Promoções de Oficiais da Ativa das Forças Armadas ou
seus regulamentos em casos neles indicados; e
 Data oficial de óbito do militar.

Férias: Afastamentos totais do serviço, anal e obrigatoriamente concedidos aos


militares p/ descanso, a partir do último mês do ano a que se referem e durante todo o
ano seguinte. Terá duração fixada pelo Poder Executivo, inclusive p/ militares servindo
em localidades especiais.

Licença: Autorização p/ afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida


ao militar, obedecidas às disposições legais e regulamentares. Podem ser: Especial; p/
Tratar de interesse particular; p/ Tratamento de saúde de pessoa da família; p/
Tratamento de saúde própria; e p/ Acompanhar cônjuge ou companheiro.

 Especial – Afastamento total do serviço a cada decênio, concedida ao militar


que a requeira, tem duração de 6 meses à uma só vez, se solicitado ou julgado
conveniente pela autoridade competente, poderá ser parcelada em 2 ou 3 meses.
Não interrompe o tempo de efetivo serviço.

 P/ tratar de interesse particular - Afastamento total do serviço, concedida a


militar com mais de 10 anos de efetivo serviço, desde que ele a requeira com
esta finalidade, com prejuízo de remuneração e contagem de efetivo serviço,
exceto se p/ indicação p/ quota compulsória.

 P/ acompanhar cônjuge ou companheiro - Afastamento total do serviço,


concedida a militar com mais de 10 anos de efetivo serviço, desde que a
requeira, sendo este servidor público da União ou militar das Forças Armadas,
for, de ofício, exercer atividade em orgão público federal situado em outro
território nacional ou exterior, diverso da localização da OM do requerente, com
prejuízo de remuneração e contagem de efetivo serviço, exceto se p/ indicação p/
quota compulsória. O prazo-limite será de 36 meses, podendo ser de forma
contínua ou fracionada.

Interrupção das licenças especial, p/ tratar de interesse particular ou p/ acompanhar


cônjuge
 Em caso de mobilização ou estado de Guerra;
 Em caso de decretação de estado de emergência ou de estado de sítio;
 Cumprir sentença de restrição de liberdade individual;
 Cumprir punição disciplinar; e
 Em caso de denúncia ou de pronúncia em processo criminal ou indicação em
inquérito militar, a juízo da autoridade que efetivou a denúncia, a pronúncia ou a
indicação.

Prerrogativas militares – constituídas por honras, dignidades e distinções devidas aos


graus hierárquicos e cargos, são:
Uso de títulos, uniformes, distintos, insígnias e emblemas militares das Forças Armadas;
Honras, tratamentos e sinais de respeito que sejam asseguradas em regulamentos;
Cumprir prisão ou detenção somente em organização militar; e
Julgamento em foro especial nos crimes militares.

Ordenança Geral para o serviço da armada

ARMADA – Totalidade de navios, meios aéreos e de fuzileiros, destinados ao serviço


naval, pertencentes ao Estado e incorporados à marinha do brasil.

FORÇA – Parcela da Armada, posta sob Comando único e constituída para fins
operativos ou administrativos.

ESQUADRA – Conjunto de Forças e navios soltos, posto sob Comando único, para fins
administrativos. O comandante de Esquadra terá todas as prerrogativas de Comandante
de Força e o título de Comandante-em-Chefe (ComemCh)

FORÇA NAVAL – Força constituída por navios, para fins administrativos. Poderão ser
denominadas ou subdivididas em Flotilhas, Divisões, Esquadrões e Grupamentos.

FORÇA AERONAVAL – Força constituídas por unidades aéreas ou por navios e


unidades aéreas, para fins administrativos. Poderão ser denominadas ou subdivididas
em Grupos. Os esquadrões de aeronaves constituem unidades aéreas.

FORÇA DE FUZILEIROS NAVAIS – Força constituída por unidades de fuzileiros


navais, para fins administrativos. Poderão ser denominadas ou subdivididas em
Divisões ou Tropas. Os batalhões, grupos, grupamentos e companhias independentes
constituem unidades de fuzileiros navais.

FORÇA TAREFA – Força constituída par a condução de operações navais em


cumprimento a determinada missão. Poderão ser denominadas ou subdivididas em
Grupos Tarefas, Unidades Tarefa e Elementos Tarefa.

FORÇA DESTACADA – Qualquer fração da Força Tarefa que dela se separar


temporariamente para cumprir uma missão.

Os navios classificam-se de acordo com seu tipo, porte, armamento e eventualmente a


missão que lhes for atribuída (1°, 2°, 3° e 4° classes). As aeronaves classificam-se
segundo seu tipo e emprego.

NAVIO SOLTO – Todo navio da Armada não pertencente a uma Força Naval. (Cisne
Branco, NE Brasil e São Paulo)
NAVIO ISOLADO – Todo navio pertencente a Marinha do Brasil, não incorporado a
Armada. (Navios adquiridos do exterior, doados, em construção etc.)

NAVIO DESTACADO - Todo navio da Armada que pertencendo a uma Força dela
separar-se temporariamente para cumprir missão. (Força no mar envia algum navio a
determinada missão)

NAVIO ESCOTEIRO - Todo navio da Armada designado para cumprir,


isoladamente, uma missão. (O navio cumpre derrota a partir da sede isoladamente ou os
navios soltos em viagem)

NAVIO CAPITÂNIA – Navio que aloja, ou está indicado para alojar o Comandante de
Força e seu Estado-Maior. O comandante do navio capitânia terá o título de Capitão-de-
Bandeira.

CERIMONIAL DE MARINHA

Mostra de Armamento: Cerimônia em que é incorporado ou reincorporado qualquer


navio à Armada. Presidida pelo Chefe do Estado-Maior ou seu delegado e autoridades
responsáveis pela entrega do navio, Comandante e tripulação em formatura de mostra.
Consistirá da leitura dos atos de incorporação do navio, nomeação do comandante e da
ordem do dia referente a cerimônia e do desfraldar da Bandeira Nacional, da Bandeira
do Cruzeiro e da Flâmula de Comando.
Ao encerrar a mostra, será assinado um Termo Circunstanciado pelas autoridades
presentes:
 Data e local da Mostra;
 Ato de Incorporação, nome e local do Arsenal ou Estaleiro;
 Datas de início das construção e das obras, do lançamento e da prontificação;
 Características, mencionando o equipamento principal do navio ou as
modificações importantes que houver sofrido durante as obras;
 Classificação e número do navio;
 Lotação estabelecida; e
 Nome do Comandante e relação nominal da tripulação.
O termo de armamento será lavrado no livro do navio. Cópias autênticas do Termo será
enviadas aos Estado-Maior da Armada e Comandos pertinentes.

Mostra de Armamento: Cerimônia em que se encerra ou se interrompe a vida militar


de um navio da Armada, por motivo de baixa, definitiva ou temporária. Realiza-se
depois de expedido o ato de baixa ou de transferência para a reserva. Presidida pelo
Chefe do Estado-Maior ou seu delegado e autoridade que for receber o navio,
Comandante e tripulação ainda embarcada em formatura de mostra. Consistirá da leitura
dos atos de baixa ou de desincorporação do navio, exoneração do comandante e da
ordem do dia referente a cerimônia e do arriar da Bandeira Nacional, da Bandeira do
Cruzeiro e da Flâmula de Comando.
Ao encerrar a mostra, será assinado um Termo Circunstanciado pelas autoridades
presentes:
 Data e local do desarmamento;
 Ato e motivo da desincorporação;
 Nome e local do estabelecimento ao qual o navio for entregue;
 Nome de todos os comandantes que o navio tenha tido;
 Operações ou comissões de guerra de que o navio tenha participado; e
 Total de milhas navegadas.

 As praças ao embarcarem na OM serão apresentadas pelo sargenteante-geral ao


Imediato a quem cabe distribuí-las internamente.
 Os suboficiais e o mestre , serão também apresentadas ao comandante da OM, e
posteriormente em parada, no setor da OM pelo encarregado. O suboficial mais
antigo será apresentado aos outros suboficiais por oficial indicado pelo imediato.
 As praças serão distribuídas pelas incumbências, por seus respectivos
encarregados, de acordo com as respectivas tabelas mestras.
 A autoridade de cada um promana do ato de designação para o cargo que tiver
que desempenhar, o da ordem superior que tiver recebido.
 As ordens devem ser emitidas de forma clara, concisa e precisa.

 No porto, os suboficiais e sargentos serão distribuídos por Divisões de Serviço


que, sempre que possível, serão em número igual ao das Divisões de Oficiais.
Em viagem, serão distribuídos por Quartos de Serviço, cujo número deverá ser
igual ao das Divisões de Oficiais.
 A critério do Comandante, o mestre, o fiel, o mestre D'armas e os supervisores
poderão ser dispensados de concorrer à escala de serviço. O mestre acompanhará
o pernoite do comandante e o mestre D'armas e supervisores o pernoite dos
demais oficiais.

 No porto, os cabos e marinheiros serão distribuídos por três Quartos de Serviço,


permanecendo a bordo após o licenciado apenas aqueles constantes no detalhe
de serviço. Em viagem, serão distribuídos por três Quartos de Serviço, os quais
se sucederão continuamente.
 A critério do Comandante, cabos e marinheiros, em função da incumbência que
exercem a bordo, poderão ser dispensados de concorrer à escala de serviço.

Com licença: Militar mais antigo ao despedir-se de que lhe prestou honras antes de
largar em
embarcação miúda ou viatura, recebendo em troca "Esta quem manda"

Dispensa de continência individual:

Faina ou serviço que não possa ser interrompido;


Postos de Combate;
Praticando esportes;
Sentado, à mesa de rancho; e
Remando ou dirigindo viatura.

A continência individual não é executada quando:

I. Sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe impossibilite o movimento da


mão direita;
II. Fazendo parte de tropa armada;
III. Postos de Continência ou de Parada
IV. Impossibilitado de movimentar a mão direita
V. Integrando formatura comandada, exceto se:
a) Em honra a Bandeira Nacional;
b) Em honra ao Hino Nacional, quando este não for cantado; e
c) Quando determinado por quem o comandar.

Nos navios, em face das condições do mar, a posição sentido poderá ser substituída pela
posição "Firme", que indique respeito.
Honras de Portaló: A continência de guarda, "boys" e toques de corneta e apito, devida
na recepção e despedida de autoridades.

Recepção: Toque de presença - Abre o Toque.

Apresentar Armas = Almirantes e autoridade de igual ou maior precedência;


Ombro Armas = Oficiais Superiores e oficiais de igual precedência; e
Não é prestada continência da Guarda: Oficiais Subalternos e autoridades de igual
precedência.

Despedida: Abre o Toque (Executa-se simultaneamente toque de corneta e apito).

Honras de passagem: Não as de salva, prestadas quando navios e embarcações, estas


arvorando bandeira-insígnia, passam ou são ultrapassados à distância de
reconhecimento (Aproximadamente 3 amarras para navio e 2 amarras para embarcações
miúdas)

A bordo de navio: Toque de Presença (Um apito longo) - Toque de Continência (Um
apito curto) - Toque de Volta (Dois apitos curtos)

Embarcações miúdas: Manobra-se remos, velas ou máquinas:

Almirantes e autoridades de igual ou maior precedência - Remos ao alto, arriadas as


velas ou parada a máquina;

Oficiais superiores e oficiais no exercício de comando - Arvorados Remos, folgadas as


escotas ou reduzidas as rotações da máquina;

O patrão, de pé, faz a continência individual, enquanto os demais militares de bordo


permanecem em suas posições.

Retribuição ás honras de passagem consiste:

Navio: Execução por determinação da autoridade cumprimentada, das honras de


passagem devidas à autoridade embarcada no navio que prestou as honras.

Embarcação Miúda: Execução, pela autoridade cumprimentada, da continência


individual, durante o decorrer das honras de prestada.
Não são prestadas honras de passagem:
I. Entre o pôr-do-sol e 08:00h, exceto as exigidas pela cortesia nacional;
II. Nas embarcações miúdas:
a) Possam afetar a segurança, na avaliação do mais antigo de bordo;
b) Em serviço de socorro;
c) Rebocando ou rebocada.

Não são prestadas Honras de Passagem


I. Entre o pôr-do-sol e 08:00h, exceto se por cortesia internacional;
II. Nas embarcações miúdas quando:
a) Possam afetar a segurança, na avaliação do mais antigo de bordo;
b) Em serviço de socorro; e
c) Rebocando ou rebocada.

Pano: unidade com que se mede o tamanho de uma bandeira, 1 Pano = 0,90 x 1,20m
Alcance Visual de Bandeira: Distância máxima em que as bandeiras podem ser
distinguidas.
Cerimonial da Bandeira:
07:55h ou cinco minutos antes do pôr-do-sol: Içar o galhardete Prep na adriça de BB e
anunciando "Sinal para Bandeira"
Decorridos Três minutos do Sinal para Bandeira, é tocado por corneta "Primeiro Sinal"
(Descansar)
Um minuto após, tocado por corneta o "Segundo Sinal", Dispositivo em
sentido/Autorização
Às 08:00h ou no pôr-do-sol: Galhardete Prep arriado, e anunciado "Arriou", sendo
tocado o Terceiro sinal por corneta.
Pronto do oficial de serviço à autoridade que preside o cerimonial:
Hasteamento: "Cerimonial Encerrado" Arriamento: "Boa noite"

Nodam

Documento: Toda informação registrada em suporte material, suscetível a consulta,


estudo,
prova e pesquisa, existem dois tipos:
 Físicos: Registro de uma informação em meio físico e a ele inseparavelmente
ligado.
 Eletrônico: Documento em formato digital acessível por computador que
registra uma informação ou conjunto de informações. Não se prende ao suporte
em que está gravado

Documentos Administrativos (DA)


Grupos de Documentos Documentos Operativos
Publicações
Documentos Especiais

DA: Visam divulgar normas, transmitir ordens e decisões, esclarecer situações, declarar
direitos, especificar materiais e estabelecer procedimentos técnicos. Subdividem-se em:
Instrução Normativa (IN) – No âmbito da MB pelo CM, em
virtude de competência regimental ou delegada, para estabelecer
instruções e procedimentos de caráter geral necessário à execução
de normas, leis, decretos e regulamentos.
Instrução Permanente (INST) - EMA, ODS, GCM e OM com
atribuições de DE estabelecem normas e procedimentos sobre
assuntos de sua competência, para toda MB
Norma Permanente (NORM) – Almirantes em Cargo de
Comando, Direção ou Chefia e oficiais superiores comandantes
de Força estabelecem normas e procedimentos que serão
cumpridos pelas OM que lhes são subordinadas.
Documentos Ordem Interna (OI) – Titulares de OM estabelecem normas e
procedimentos no âmbito interno de suas OM
Normativos Portaria (Port) – Expedido em virtude de competência
regimental ou delegada, para institucionalização de políticas,
diretrizes, planos, programas, projetos e para validar as seguintes
atividades:
Criação de OM, Órgão ou Núcleo de implantação,
Aprovação de Regulamentos, Regimentos Internos, Normas,
Organizações administrativas e de Combate, trabalhos, distintivos
e estandartes de OM, Incorporação, desincorporação e baixa de
navios, alteração e denominação, Ativação e desativação de OM,
Reclassificação e transferência de sede de OM, Delegação de
competência, nomeação, designação, promoção, aposentadoria,
exoneração, punição (exceto militares) e determinação de tarefas,
salvo se em âmbito exclusivo de uma OM

==============================================================
Carta (Crt) – Of e SC assemelhados para tratar de assuntos de
SVÇ, quando houver necessidade de apresentação formal
Circular (Circ) - Almirantes em Cargo de Comando, Direção ou
Chefia e oficiais superiores comandantes de Força promovem
alterações em DA normativos, exceto Portarias, ou divulgam
assuntos de caráter temporário que devam ser do conhecimento de
um elevado número de OM
Comunicação Interna (CI) – Em uma mesma OM, os Elementos
Organizacionais e pessoas comunicam-se, formalmente entre si,
podendo se assinado no impedimento por seu substituto legal.
Comunicação Padronizada (CP) – Elementos Organizacionais
de OM diferentes excetuados os respectivos titulares, tratam de
assuntos de rotina. Quando a comunicação envolver o titular da
OM, como origem ou como destinatário, deve ser empregado o
ofício.
Comunicação Padronizada de Processos Judiciais (CPPJ)
Documentos de Despacho (Desp) – Utilizado exclusivamente, no âmbito interno
da MB, em continuação ao Of
Correspondência Despacho Decisório (DD)
Fac-Símile (Fax)
Memorando (Memo) – CM e titulares de OM transmitem aos
seus subordinados ordens, decisões e recomendações de caráter
sucinto e que impliquem em cumprimento imediato
Ofício (Of) – CM e titulares de OM correspondem-se entre si,
podendo ser assinado por delegação de competência por outro
oficial ou servidor civil assemelhado
Ofício Externo (OfExt) - CM e titulares de OM correspondem
com autoridades e entidades Extra-MB a respeito de assunto
técnico ou administrativo, de caráter exclusivamente oficial,
podendo ser assinado por delegação de competência por outro
oficial ou servidor civil assemelhado
Requerimento (Req) – Pessoa se dirige a uma autoridade para
pleitear direitos previstos na legislação
Correspondência Eletrônica (CE) - SECOM da OM
envia/distribui DA eletrônicos. Outros EORG da OM poderão
utilizar CE para envio/distribuição de outros documentos
eletrônicos (Ex: Arq SiSDPMM)
==============================================================
Atestado – Titulares de OM ou autoridade delegada comprovam,
a pedido, um fato u situação que tenham conhecimento
Certidão (Ctd) – Titulares de OM declaram a existência de fatos
com base Documentos em documentos existentes na OM
Declaratórios Ordem do Dia (OD)
Ordem de Serviço (OS)
Parecer (Par) – Especialistas emitem opinião fundamentada
sobre determinado assunto
Termo
==============================================================
Documentos Eletrônicos são definidos de acordo com seguintes enfoque:

a) "Informação", o conteúdo do arquivo: DA, regido por procedimentos emanados da


SGM.

b) "Sequência de bits": Conjunto de dados passíveis de tratamento, transmissão e


recepção na forma digital, regidos por procedimentos estabelecidos pela DGMM e
DCTIM.

O DA é classificado quanto ao âmbito, precedência e acesso

Âmbito – O DA classifica-se em interno e externo


Interno - Tramita exclusivamente entre organizações de marinha
Externo - Tramita entre organizações da marinha e e entidades extra-MB

Precedência
Urgente – O DA exige ação ou conhecimento imediato do recebedor.
Especial – Possui prioridade sobre a tramitação do DA de rotina, atribuído somente em
âmbito interno
Rotina – DA que não se enquadra nas situações anteriores. Atribuído a maioria dos DA

Acesso
Ostensivo - Acesso é irrestrito, não havendo limitação de conhecimento e de divulgação
no âmbito interno. A divulgação do conteúdo Extra-MB, contudo, depende de prévia
autorização superior ou se faz em conformidade com os dispositivos legais em vigor.

Sigilosos - Acesso é restrito, devido natureza ou conteúdo e tendo em vista à


conveniência de limitar a sua divulgação às pessoas que, possuindo Credencial de
Segurança, têm necessidade de conhecê-lo, será classificado como:

Ultra-Secreto: Requer excepcionais medidas de segurança e seu teor só deve ser do


conhecimento de agentes públicos ligados ao seu estudo ou manuseio. Somente poderá
ser atribuída no âmbito do Poder Executivo pelo Presidente, Vice-Presidente, Ministros
de Estado, e autoridades com mesmas prerrogativas, comandantes da MB, EB e FAB e
Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior

Secreto: Requer rigorosas medidas de segurança e seu teor ser do conhecimento de


agentes públicos que, embora sem ligação íntima com seu estudo ou manuseio, sejam
autorizados a deles tomarem conhecimento em razão de sua responsabilidade funcional.
Será atribuída pelos agentes
mencionados no Ultra-Secreto e autoridades que exerçam funções de direção, comando
ou chefia, ou ainda, por quem haja recebido delegação para tal. Na MB, os Almirantes
e Titulares de OM

Confidencial: DA cujo conhecimento ou divulgação possa ser prejudicial aos interesses


do país. Será atribuída pelos agentes mencionados no Ultra-Secreto e Secreto e
Secreto. Na MB, Almirantes, Titulares de OM, Oficiais e Servidores Civis equiparados.

Reservados: DA que não deva, imediatamente, ser do conhecimento do público em


geral. Será atribuída pelos agentes mencionados no Confidencial
DA controlado – Deverá ser exercido um controle de custódia.
Reprodução de DA sigiloso – Todo ou em parte terá o mesmo sigilo do original, se DA
controlado, dependerá de autoridade expedidora, em conformidade com as normas em
vigor.
Extratos de DA sigiloso: Será atribuído grau de sigilo iguais ou inferiores ao DA
sigiloso original, levando em conta possível reclassificação de sigilo, serão elaborados
mediante autorização:
Documentos Ultra-Secretos: Dependem de permissão de autoridade classificadora
Documentos Secretos: Dependem da permissão da autoridade classificadora e da
autoridade hierarquicamente superiores
Documentos Confidenciais e Reservados: Elaborados sobre responsabilidade das
autoridades destinatárias, exceto quando expressamente vedado no próprio documento.
DA Pessoal – Somente o destinatário deverá tomar conhecimento do assunto, o DA será
classificado como PESSOAL, marcando o envelope e primeira página do DA com a
palavra PESSOAL, no canto superior direito. Se ostensivo, porém classificado com
PESSOAL, será tratado com DA de grau de sigilo CONFIDENCIAL.
Anexos Sigilosos: DA com anexos sigilosos terá grau de sigilo igual ou superior ao
maior grau indicado nesses anexos
Alteração do Grau de Sigilo:
Ultra-Secretos – Autoridade que o classificou inicialmente
Secreto, Confidencial ou Reservado – Autoridade que o classificou inicialmente, ou
pela autoridade hierarquicamente superior competente para dispor sobre o assunto,
podendo alteá-la ou cancelá-la, por meio de expediente hábil de reclassificação ou
desclassificação dirigido ao detentor da custódia do DA sigiloso, caso não esteja sob sua
custódia, respeitados os interesses da segurança da MB
Divulgação da Alteração do Grau de Sigilo: A autoridade que alterar o grau de sigilo
o deverá fazer por meio de mensagem ou ofício. Caso o DA seja continuação do outro, a
alteração será declarada no texto do novo DA, no item destinado a informações
complementares. Aplica-se procedimento semelhante à desclassificação de DA sigiloso.
Elevação do Grau de Sigilo: Qualquer autoridade, desde que nele tenha incluído
matéria de maior grau de sigilo. Deverá estar declarada no texto do documento:
informações complementares
Cópias de DA sigiloso: Além da cópia do arquivo classificado da OM expedidora, sera
extraída uma cópia cega para o seu arquivo ostensivo. Serão omitidos: a referência, o
anexo e todo o texto, inclusive a numeração dos itens. Na indicação “Assunto”, será
escrita apenas a palavra “SIGILOSO”, sendo obrigatório apor assinatura do responsável
pela omissão do documento.
Desclassificação por retirada de anexo: DA de correspondência classificado como
sigiloso, unicamente por encaminhar anexo sigiloso, será desclassificado tão logo seja
retirado esse anexo e conterá um item adicional em seu texto, nos seguintes termos:
“Este documento ficará automaticamente desclassificado logo após retirado o anexo”
As cópias do DA supracitados, se retirados os anexos sigilosos, estarão
automaticamente desclassificadas, não sendo necessário confeccionar cópia cega. As
OM recebedoras dessas cópias deverão tratá-las como DA ostensivo

Composição do DA
Parte Básica: O DA composto pelas seguintes partes básicas
Cabeçalho – Texto – Assinatura – Cópias (ou distribuição)

Configuração:
Software _ DadM divulga os aplicativos padronizados para o uso na MB
Tipo de Arquivo _ Rich Text Format (*.RTF) ou Portable Document Format (*.PDF),
conforme previsto nos seguintes documentos:
 Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico (e-PING); e
 Manual de Redação da Presidência da República
Tipo de Letra _ Fonte Times “New Roman”, estilo “Normal”, na cor preta e tamanho
“12” para texto em geral, “11” nas citações e “10” nas rodas de rodapé. Para SIGILO e
PRECEDÊNCIA, será empregada a fonte “Arial Black”, “Normal”, tamanho “14”, na
cor preta.
Para símbolos não existentes na fonte “Times New Roman”, poderão ser utilizadas as
fontes “Symbol” e “Wingdings”.
Tipo de Papel _ A-4 (29,7x21,0cm), na cor branca, inclusive as cópias
Margens _ Esquerda: 3,0 cm e Direita: 1,5cm
Impressão _ DA e anexos deverão preferencialmente, ser impressos em ambas as faces
do papel

Tipos de timbre:
Exclusivo do CM - Armas Nacionais, encimando a expressão “MINISTÉRIO DA
DEFESA” e na linha subsequente, a expressão “MARINA DO BRASIL”;
Demais autoridades - Armas Nacionais, encimando a expressão “MARINHA DO
BRASIL”, e na linha subsequente “ NOME DA OM”; e
Para alguns documentos - a expressão “MARINHA DO BRASIL”.
Grupo Indicador
1° Elemento indica o digitador
2° Elemento indica o Redator Escrituração obrigatória,
definidos
3° Elemento Organizacional da OM Internamente pela OM
4° Elemento Classificação Sugerida para arquivamento
5° Elemento Protocolo, quando houver Obrigatória se o DA for resposta de outro (2
por linha)

Número de Ordem:
Sequencia Anual – Recomeça pela unidade cada ano, para cada espécie de DA, com
exceção do Of e OfExt que terão a mesma numeração sequencial, não deve ter zero a
esquerda de n° significativo
Sequencia Departamental -
Documentos Administrativos (DA): OM cujo titular seja Almirante ou expeça elevado
número de DA, semelhante a Sequencia Anual, antecedida do elemento organizacional
resposável pela elaboração do DA. Ex: Of n° 40-413

Documentos Normativos (Exceto Portaria): A OM identifica por meio de uma ordem


lógica de formação, o lemento responsável pelo assunto ou o próprio assunto, a sua
ordem sequencial e a sua edição. Ex: OI N° 10-01. Se cancelado ou renumerado o
número de ordem só sera reaproveitado após dois anos. Quando cancelado, estará na
Lista de Verificação Anual (LVA), na coluna “assunto” figurará a palavra “cancelado”, e
sua respectiva data

10-01 - Primeira Edição / Primeira Versão;


10-01A - Primeira Reedição (Letra “A”) / Segunda Versão;
10-01B - Segunda Reedição (Letra “B”) / Terceira Versão; e
10-01C - Terceira Reedição (Letra “C”) / Quarta Versão.

OBS: Atestado, Carta e Certidão, normalmente, não são numerados. Todavia, quando
julgado conveniente, as OM que utilizarem com frequência alguns destes DA poderão
numerá-los.

Local e Data

DA de âmbito interno: Município de assinatura, sigla da UF, com alinhamento a


direita, na linha abaixo, a data. Exemplo:
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 1°
setembro de 2010.
DA de âmbito externo: Município e data de assinatura, por extenso, excluindo UF, com
alinhamento a direita. Exemplo: Brasília, 16 de
setembro de 2010.

No âmbito interno da OM, somente é utilizado a data: Em 1° de


outubro de 2010.

Navios em comissão:
Travessia entre portos localizados em cidades diferentes –
Travessia entre RIO DE JANEIRO, RJ e
SALVADOR, BA.
Em 25
agosto de 2010.

comissão entre portos de mesma cidade ou com regresso para o mesmo porto de
partida –
RIO DE
JANEIRO, RJ.
Em viagem, 25 agosto de 2010.
Destinatário: Titulares de OM e o Vice-Chefe do EMA, sendo este, somente
endereçados DA que tratem de assuntos de rotina.

Via: Só se aplica a DA de âmbito interno e independe de antiguidade

Referência
Ofício: Of n° 133/2010 (CONF), da DAbM.
Despacho: 3°Desp n° 12/2010 (RES) , da SGM ao Of n° 124/2010, da DFM.
Mensagem: Msg P-311330Z/2010 (SEC), do Com3°DN
Documentos publicados em Boletim da MB
Até 1984 – Dec n° 69.894/1972 (BOL 3/1972, p/27)
Após 1984 – Port MM n° 650/1989 (BOL 9/1989, III, p/12)
Documentos Normativos: SGM-301 (1°Revisão) ou SGM-101 (Edição 1997)
Comunicação Interna: CI s/n°, de 03SET1998, do (NOME) CI n° 23/2010, desse
Departamento

Textos de DA de correspondência, exceto OfExt terá a seguinte divisão de itens:

Item 1 Exposição concisa e precisa de um fato, apresentação de um problema ou à


comunicação de uma situação existente.
Item 2 Estudo de um fato, discussão de um problema ou análise de uma situação
existente, sendo apresentados comentários e informações que contenha subsídios para
melhor elucidação.
Item 3 Apresentação da conclusão, solução proposta, providência solicitada ou ação
recomendada.
Item 4 Poderá haver um quarto item destinado às informações complementares,
importantes para a tramitação do DA, como por exemplo, a alteração do grau de sigilo e
da tramitação.
OBS: Não é obrigatório o DA contem os três itens, poderá ter um ou dois se versar
sobre assuntos simples.

Facilitando a apresentação e compreensão, os itens poderão ser subdivididos em:


Itens: Identificados por algarismo. seguido de ponto; e
Alíneas: Letra minúscula, em ordem alfabética, seguida de parênteses.
Subalíneas: Algarismos romanos, seguidos de parênteses

1. Participo a V. Exa ….......................:


a) …......................................................; e
b) …................................................................. :
I) …..........................................................................; e
II) ….............................. .
2. No entender desta Diretoria …...................................

Para o caso de Portaria, o texto será elaborado conforme as divisão a seguir:

Artigo (Art. Seguido da numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste) -
Unidade básica de apresentação, divisão ou agrupamento de assuntos
Parágrafo Na técnica legislativa, a imediata divisão de um artigo. Disposição
secundária do Art. por meio do qual se explica ou modifica a disposição principal.
Incisos Elementos discriminativos dos artigos se o assunto nele tratado não puder ser
condensado no próprio artigo ou não se mostrar adequado a constituir parágrafo.
(Algarismos Romanos)
Alíneas Desdobramentos dos incisos e dos parágrafos. (Algarismos arábicos em
minúsculo seguida de parênteses)

Correspondência Portaria Normas Lei / Decreto Normativo


Item 1.. Artigo 1°, 2° Capítulo 1, 2, 3 Capítulo I, II Item 1., 2.
Alínea a) Parágrafo 1°, 2° Artigo 1.1, 1.2 Seção I, II subitem 1.1, 2.1
Subalínea I) Inciso I, II Inciso 1.1.2.. Artigo 1°, 10 Alínea a), b)
*** *** Alínea a), b) alínea a), b) Parágrafo 2°, 10 subalínea I), II)
*** *** Item 1., 2. subalínea I), II) Inciso I, II *** ***
*** *** *** *** *** *** Alínea a), b) *** ***

Assinatura: Os documentos só existem após assinatura do titular da OM ou autoridade


por ele delegada, inclusive as cópias cegas. Os tipos de modalidade de assinatura
previstas são:

Interinamente – Quando uma autoridade estiver no exercício de cargo ou função em


caráter interino, logo após a denominação do cargo, a palavra “Interino”. Ex:
(NOME)
Capitão-de-
Mar-e-Guerra
Diretor-
Interino
Por delegação de competência – Compete ao Titular da OM decidir sobre a
necessidade de delegar a assinatura de documentos “Por ordem”.
Âmbito Interno: A assinatura será precedida do termo “Por ordem”, digitada ou
carimbada logo abaixo do texto, no mesmo alinhamento do parágrafo.

“3. Em consequência, solicito a V.Sa ….................................................

Por ordem:
(Nome)
Capitão-de-Fragata
Chefe do Departamento de
Administração”

Âmbito Externo: O termo “Por ordem” será substituído pelo “Incumbiu-me”, a ser
inserido no início do texto, apondo somente o nome/posto/gargo de quem assina:

“Incumbiu-me o Secretário-Geral da Marinha de solicitar a Vossa Senhoria …....


Atenciosamente:

(NOME)
Capitão-de-Fragata
Chefe do Departamento de Administração”

OBS: Para aqueles documentos destinados a autoridade de maior precedência o termo


“Incumbiu-me” será substituído por “Na ausência”.

“Na ausência do Secretário-Geral da Marinha participo a Vossa Excelência …....


Respeitosamente,

(NOME)
Capitão-de-Fragata
Chefe do Departamento de Administração”

No Impedimento – Na ausência prevista ou imprevista, da autoridade incumbida da


assinatura, todo documento que não possa aguardar o regresso dessa autoridade será
assinado por seu substituto legal, desde que não existam restrições administrativas.
Compete ao Titular da OM estabelecer, através de OI ou Portaria, as situações em que
não será utilizada assinatura no impedimento, fixando claramente os casos em que será
aguardado o regresso da autoridade responsável

Âmbito Interno: A assinatura será precedida do termo “No impedimento de:”,


admitindo-se nos casos imprescindíveis, abreviá-lo para “No impto. De:”, no mesmo
alinhamento do nome e do parágrafo, digitada ou carimbada logo abaixo do texto.

“3. Em consequência, solicito a V. Sa. ….............................................................

No impedimento de: (NOME)


Capitão-de-Mar-e-Guerra
Diretor
(NOME)
Capitão-de-Fragata
Vice-Diretor”

Âmbito Externo: O termo “No impedimento de:” será substituído pelo “Incumbiu-me”,
a ser inserido no início do texto, apondo somente o nome/posto/gargo de quem assina:

“Incumbiu-me o Diretor de Finanças da Marinha de participar a Vossa Senhoria


…....
Atenciosamente:

(NOME)
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Diretor”

OBS: Para aqueles documentos destinados a autoridade de maior precedência o termo


“Incumbiu-me” será substituído por “Na ausência”.

“Na ausência do Diretor de Finanças da Marinha participo a Vossa Excelência


…....
Respeitosamente,

(NOME)
Capitão-de-Fragata
Chefe do Departamento de Administração”

No âmbito interno em caso da assinatura no impedimento ocorrer na ausência da


autoridade que assina “Por ordem:”, a escrituração dos documentos ocorrerá conforme o
exemplo abaixo:

“Em consequência, solicito a V. Sa............................................... .

Por ordem:

No impedimento de: (NOME)


Capitão-de-Mar-e-Guerra
Diretor
(NOME)
Capitão-de-Fragata
Chefe do Departamento de Administração”
Assinatura “Pelo:” - Os anexos de documentos, assinados pelos elementos
organizacionais, poderão ser assinados pelo “mais antigo” presente no setor quando o
“mais moderno”, encarregado do assunto, estiver ausente, devendo ser utilizada a
palavra “Pelo:”

Anexo A(2), do Of n° 2/2010, da DAdM a DcoM.

ORDEM NIP NOME

Pelo: (NOME)
Segundo-Tenente (AA)
Enc. da Divisão de Pessoal
(NOME)
Capitão-de-Tenente (T)
Enc. da Divisão de Apoio
Administrativo

Cópias autenticadas – Visa desobrigar as autoridades de assinar ou rubricar todas as


cópias dos documentos que expedem, através de pessoa autorizada a fazê-lo para
Almirantes e Titulares de OM que, comprovadamente, expedem elevada quantidade de
documentos. Abaixo da assinatura, em seguida â expressão “Autenticado por:” - aporá a
rubrica sobre o nome, posto/categoria funcional e função, digitados ou sob a forma de
carimbo.

Autenticado por:
(NOME)
Agente Administrativo
Encarregado da Secretaria

RUMB

Classificação dos uniformes da MB:

Básico – Uniforme comum aos militares de um Corpo ou Quadro, Posto ou Graduação.


Especiais – Uniforme usado pelo militar par o exercício de serviço específico.

Os uniformes Básicos e Especiais são compostos por:

Peça Fundamental – Peça de uso obrigatório na composição dos uniformes básicos ou


especiais.
Peça Complementar – Peça de uso obrigatório apenas para quem exerce certas funções
específicas ou de uso facultativo nos uniformes básicos ou especiais.

CM – Aprova as características das peças, fundamentais e complementares, que


compõem os uniformes básicos.
Secretário-Geral da Marinha – Aprova as peças que compõem os uniformes
especiais, bem como as peças de baixo dos uniformes em geral, e aprova as
especificações necessárias à padronização de todas as peças de uniformes usados na
Marinha.
Peça Padrão – Amostra da peça aprovada. O Secretário-Geral da Marinha determinará
quem deverá ter a guarda, com exceção das equipagens para o armamento, para os
instrumentos musicais e para as peças que fazem parte da equipagem individual básica
de combate, cuja guarda será determinada pelo CGCFM.
Andaina de Uniforme – Conjunto de peças de uniformes, previstas neste regulamento,
que os militares ou as OM deverão dispor, em condições de uso, para o exercício de
suas funções e atividades.
OBS: As peças componentes dos diversos uniformes, serão divididas em peças de
posse: obrigatória, facultativa e de dotação de OM

Etapa de Fardamento – Importância em dinheiro concedida anualmente, - a título de


crédito, para aquisição na rede de Postos de Distribuição de Uniformes da MB – Aos
militares que tenham direito de receber uniformes a expensas da União. É calculado
pela DAbM e seu valor é função do preço, da quantidade e da duração de cada peça que
compõe a Andaina de Uniformes.

Os uniformes especiais serão classificados por grupos, de acordo com os tipos das
atividades desenvolvidas pelos seus usuários ou de acordo com a situações peculiares de
usuários específicos.

 GRUPO I ATIVIDADES OPERATIVAS


OP – A BORDO / AV – DE VÔO / MG – DE MERGULHO / AC – DE CAMPANHA /
PQ – DE PÁRA- QUEDISMO / HN – DE HIDROGRAFIA
 GRUPO II ATIVIDADES DE APOIO
SP – SERIVÇO DE GUARDAS / SS - SERVIÇO DE SAÚDE / EP – INSTRUTORIA
DE EDUCAÇÃO FÍSICA / TA – SERVIÇO GERAL DE TAIFA
 GRUPO III DIVERSOS
M – MOTORISTA / GE – GESTANTES / P – SENTENCIADOS / PE – PRAÇAS
ESPECIAIS.

OBS: As diversas peças que compõem os uniformes especiais serão consideradas:


De posse obrigatória, as incluídas nas Andainas Complementares.
De dotação de OM, as peças não enquadradas no item acima.
Insígnias – São indicativos de postos, corpos e quadros de Oficiais ou de graduações,
especialidades e subespecialidades de Praças. São compostas por Galões e divisas, que
distinguem os diversos postos e graduações, e por distintivos, que distinguem os corpos,
quadros, especializações e subespecializações.
Condecorações e medalhas nacionais e condecorações estrangeiras ainda não aprovadas
para uso, os agraciados deverão solicitar autorização para usá-las, mediante
requerimento encaminhado à DPMM, ao qual deverá ser anexada a cópia do diploma
correspondente ou do ato de concessão. Encaminhando ao CM a documentação, via
DGPM e EMA, emitindo parecer sobre a conveniência de sua inclusão, com base na
decisão do CM, despachar o requerimento.
As condecorações podem ser divididas em três grandes grupos:

 Medalhas Condecorativas;
 Ordens Honoríficas; e
 Medalhas-Prêmio.
As peças fundamentais e complementares, definidas são classificadas em:

 Peças Fundamentais de Uniformes Básicos (FB);


 Peças Fundamentais de Uniformes Especiais (FE);
 Peças Complementares de Uniformes Básicos (CB);
 Peças Complementares de Uniformes Especiais (CE); e
 Peças de Baixo (PB).

As peças são, ainda classificadas, para efeito de posse, como: Obrigatórios (O),
facultativas (F) ou dotações de OM (M)

Fatos da História Naval

Poder Marítimo – Toda potencialidade marítima de um país, traduzida em termos de


uso do mar, constituí seu Poder Marítimo.
Comunicações Marítimas – Vias pelas quais se ligam os diversos pontos terminais
junto ao mar. Compõem se das Rotas de Navegação usadas mundialmente nos oceanos e
mares.
Controle ou Domínio do Mar – Em guerra, negar ao inimigo o uso de suas
Comunicações Marítimas e garantir o livre uso as próprias comunicações.
Batalha Naval – Decisão entre beligerantes acerca do Domínio do Mar.
Batalha Decisiva – Obtenção do aniquilamento da Esquadra Inimiga.
Bloqueio – Impedir a Esquadra adversária de sair de suas bases (Paralisação da frota
inimiga).
Domínio do Mar Contrastado – Em determinada área marítima, nenhum dos dois
lados consegue o domínio do mar e ambos usam ou tentam usar o mar em seu proveito.
Primeira Talassocracia: Cretense.
Remo – Impulsionar o barco e dar-lhe rumo
Vela – Permitia ao homem descansar durante as travessias mais longas
Características do
Navio Mercante: Forte calado e boca relativamente larga (Navio Redondo). O meio de
propulsão era a vela, embora possuíssem remos para auxiliar manobras de entrada e
saída de portos, assim com para casos de completa calmaria. Ficava preso a uma poita
quando fundeado
Navio de Guerra: Grande capacidade de manobra, pouca boca (Navio Comprido), bem
estreito. Tinha o fundo chato. A propulsão principal era o remo. Havia velas para
travessias longas.
Armador – Prepara navios para viagens , equipamentos e tripulação.
Comandante do Navio (capitão) – Experimentado marinheiro, resistente as
intempéries, enérgico e resoluto.
Marinheiro – Homem inculto que só conhecia sua profissão. Cuidava das velas, dos
cabos e fazia um sem-número de funções variadas.
Mestre – Experimentado marinheiro cuja atribuição principal era a manobra do velame
e a supervisão geral do convés.
Piloto – As vezes o próprio comandante, seu mister era a navegação, tinha
conhecimentos acima da maioria do pessoal (conhecimentos técnicos).
Batalha de Salamina – A primeira grande batalha naval da história.
Ateniense Formion – Primeiro Almirante.
Esporão, Aríete ou Rostrum – Protuberância colocada na proa do navio à linha d'água.
Arma principal do navio de guerra. Os fenícios foram os aperfeiçoadores, sendo
revestido de bronze.
Pólvora e Imprensa – Grandes invenções da Idade Média.
Barcha, Barca ou Barinel – Primeiras navegações portuguesas.
Caravela – Alongado, velas latinas, mais característico na época dos descobrimentos.
Nau – Maior que a caravela.

Atributos da Liderança Direta

Exemplo (modelo) - Comportamento firme, permanente e coerente conquistando


confiança, respeito e admiração dos subordinados;
Comunicação - Requisito fundamental, Transmissão de ordens claras e inteligíveis:
 Permite avaliar o estresse, ressaltando a importância do subordinado como
membro da equipe;
 Demonstra confiança, estabelecendo um ambiente saudável de construtivo; e
 Possibilita ao subordinado conhecer a situação para o cumprimento eficiente da
missão.
Espírito de Equipe - Estabelecer e guiar os estágios de - Formação, Crescimento e
Manutenção
Tomada de Decisão - O líder deve ter iniciativa buscando se antecipar aos fatos
(Proativo)
Aprendizagem - Processo contínuo que ocorre em todos os níveis de uma organização.
Supervisão - Verificar tudo e a todo momento (Obrigação).
Motivação - Uso da palavra e do exemplo, não surge da autoconfiança, nem somente
da confiança dos liderados no líder. Promove-se enfrentando dificuldades e
adestramentos rigorosos.
Desenvolvimento Pessoal - Preparar líder antes da assunção de posição hierárquica,
permitindo adquirir competência e confiança.
Pensamento Crítico (Raciocinar) - Desenvolver análise crítica (Resolver Problemas). É
a parte essencial para tomada de decisão.
Criatividade - Nova forma de visualizarmos ou fazermos as nossas obrigações.
Responsabilidade Moral - Obrigação de responder por certos atos, próprios ou de
outrem. Não existe liderança sem responsabilidade.
Distinguem-se nitidamente dois tipos:
 Responsabilidade Legal: Estabelecida por Lei ou Regulamento (Função do
Militar)
 Responsabilidade Moral: Responder ações perante própria consciência o padrão
de moralidade existente, mesmo sem estar obrigado a prestar contas por força de
Lei ou Regulamento.
Quando assume os dois tipos, o Líder obtém dignidade e autoridade moral
Flexibilidade - Acessível a novos conhecimentos e aberto a mudanças, ouvir críticas
(reavaliar decisões),
Objetividade - Implementar decisões de forma racional e prática, descartando múltiplas
interpretações. Gera desconfiança e desmotivação a ausência de objetividade.
Conhecimento Profissional - Adquirido por experiência e aprendizagem, aspectos:
1. Conhecimento dos Equipamentos: Funcionamento e melhor maneira de utilizar
equipamentos;
2. Conhecimento Doutrinário: Conhecer com profundidade os procedimentos
consagrados no âmbito de atuação, incutir no subordinado o firme desejo de
aperfeiçoamento.
3. Conhecimento do Ambiente de Trabalho: Conhecimentos objetivos e específicos
do ambiente de trabalho. Desenvolvido através do adestramento.

Controle de Avarias

Organização do CAV -
Comandante: Planejar, supervisionar, orientar e coordenar os controles (Estação de
Comando)
Controle: Exercido na Estação Primária de Controle
Estações: Locais físicos configurados especialmente exercer atribuições operativas
específicas sendo coordenadas pelos respectivos controles.
Estação Secundária de Controle: Estações capacitadas a substituir a Estação Primária
Estações componentes: Todas as estações, exceto a Estação Primária e Estação
Secundária.
Prioridades do Comandante: Combater, Flutuar e Navegar.
Propósito do CAV: Manter o Máximo poder combatente do navio.
Função: Papel definido desempenhado por militar dentro de um Estação de acordo com
a Organização de Combate do Navio.
Tarefa: Ação que um militar tem a executar determinada em documentos, manuais de
procedimentos ou publicações.
Atribuição: Conjunto de tarefas específicas diretamente relacionadas com a função que
um militar ou estação exercem.
Atribuições do CAV: Planejar, preparar e supervisionar as fainas específicas do CAV
antes e após a ocorrência do sinistro. São classificadas em
Medidas Preliminares - Adotadas no porto, antes de suspender, antes de entrar em zona
de mau tempo, e, principalmente, antes do combate.
Medidas Após Sofrer Avarias - Adotadas para localizar avarias sofridas, bem como para
corrigi-las ou reduzir os efeitos indesejáveis delas decorrentes.

Subdivisões do CAV: Estação Central do CAV e Estações de Reparo (área estabelecida


na OA e Estação de CAV secundária na ORCOMB).

ESTAÇÃO ÁREA DE RESPONSABILIDADE


Estação de Reparo I Convés Principal e Superestrutura
Estação de Reparo II Cobertas abaixo AV
Estação de Reparo III Cobertas abaixo AR
Estação de Reparo IV Cobertas abaixo MN
Estação de Reparo V Praças de Máquinas
Estação de Reparo VI Armamento
Estação de Reparo VII Ilha e Hangares do NAe
Estação de Reparo VIII Eletrônica

Tarefas dos Reparos


 Manutenção da Flutuabilidade reparos I, II, III, IV e V.
 Manutenção da Integridade Estrutural do Navio: reparos I, II, III e IV.
 Manutenção da Propulsão do Navio: reparo V.

Enfermaria de Combate

 Tripulação acima de 300 homens deve possuir no mínimo duas enfermarias de


combate.
 Tripulação abaixo de 300 homens deve possuir no uma enfermaria de combate.

Grupo - Conjunto de militares com funções administrativas diversas, mas cujas


atribuições convergem para consecução de objetivos comuns, dentro da OA do navio
(Grupo de CAV de SVÇ)

Equipe - Conjunto de militares que possuem funções e tarefas distintas na estrutura de


combate, mas cujas atribuições convergem para a consecução de objetivos comuns
(Equipe de Manobra e Crash)

Turma - Conjunto de militares com a mesma função dentro da estrutura e combate do


navio e guarnecem os mesmos equipamentos de Proteção Individual (EPI), e cujas
atribuições convergem para objetivos comuns.

Encarregado do Reparo - Oficial, Suboficial ou Sargento supervisiona a atuação do


reparo, responsável por todo material designado para área do Reparo e armário do CAv

Mensageiro - Estabelecer troca de informações entre: Líder na Cena de Ação x


Encarregado do Reparo.

Líder do Reparo = Líder da Cena de Ação = Responsável pelas ações na área do


sinistro, em Postos de Combate.

Líder da Turma de Incêndio (Suporte A ou B) ≠ Líder da Cena de Ação (Líder do


Reparo)
Homem que guarnece a Câmera de Imagem Térmica, nos navios que a possuem, caso
contrário, homem que possuir mais experiência em CAV, ou melhor conhecer a área
sinistrada.
Componente da turma de incêndio, orienta as ações da turma no local.

Turma de Ataque = Líder do reparo (Líder da Cena de Ação), um eletricista e mais


duas praças

Turma de Suporte "A" - Composta por pelo menos três homens vestidos apenas com
macacão, capuz e luvas anti-flash e máscara de combate a incêndio. Rende a Turma de
Ataque no local do incêndio em até três minutos através de linhas de mangueira.

Turma de Suporte "B" - Composta por pelo menos quatro homens com roupa para
combate a incêndio, botas, capuz anti-flash, luvas para CBINC, capacete, lanterna de
combate e máscara de combate a incêndio. Apresenta-se ao Líder, logo que pronta num
tempo máximo de 8 minutos.
Investigador - Guarnece equipamento autônomo de respiração e EPI. Supervisiona o
cumprimento do fechamento do material. Elo entre o EncRep e Líder da Cena de Ação
se necessário. Relata fatos sobre andamento das ações para o Encarregado do Reparo e
o Líder da Cena de Ação.

Turma de Contenção - Segue ordens do investigador

Turma de Máscaras - Pelo menos três homens, Controlador (máximo de oito


utilizadores) e dois ajudantes

Turma de Remoção de Escombros - Após incêndio ser extinto (rescaldo da área),


como machado de CAv e ancinho de CAv verificará pontos quentes.

Eletricista - Isolamento elétrico e controle e remoção da fumaça coordenados pela


Central de CAv EL

Composição de um repara sem acúmulo de funções = 24 homens ou ORCOMB do


navio caso contrário.

Encarregado do CAv é administrativamente subordinado ao CheMaq

Fiel de CAv do Navio - Auxiliar direto do Encarregado do CAv (Curso de FICAv)

Encarregado de Divisão - Manutenção preventiva em suas áreas de responsabilidade

Fiel de CAv da Divisão - Praça qualificada com ELCAv

Turma de Ataque Rápida no Mar (TAR) cuja organização compete ao Encarregado


do CAv

A preparação do CAv para combate é feita em três fases


Fase I: Ataque inimigo ou Avaria Possível: menor grau de preparação do CAv
(Habitabilidade)
Fase II: Ataque ou Avaria Provável: No mar, cruzeiro de guerra
Fase III: Ataque ou Avaria Iminente: maior grau de preparação do CAv. Não leva em
consideração as condições de habitabilidade. Todas as funções estão guarnecidas.

Alijamento de Pesos - Remoção de pesos altos de bordo, com a finalidade de melhorar


a estabilidade do navio, quando esta estiver afetada.

Preparar para suspender e para mau tempo


Encarregado do CAv: Exercer supervisão funcional sobre as providências dos diversos
Departamentos de bordo.

CheMaq: Responsável pela manutenção da estabilidade de bordo.

Pessoal de Bordo: Responsáveis pela estanqueidade e retirada do lixo de bordo


Encarregados de Divisões: Responsáveis pela condição de fechamento do material nas
suas áreas de responsabilidade, exceto em postos de combate, quando a
responsabilidade é dos militares que guarnecem o reparo responsável pela área.

Chefes de Departamento: Responsáveis pela peiação do material em suas áreas de


responsabilidade e inspecionar seus compartimentos antes de suspender para não haver
lixo tanto nos recipientes de lixo como em pisos e espaços de difícil acesso.

Devido ao impacto, choques sonoros e mecânicos poderão ocorrer, após disseminado


"PREPARAR PARA O IMPACTO":

 Dobrar levemente os joelhos;


 Levantar os calcanhares do chão;
 Afastar os pés na largura dos ombros;
 Agarrar-se firmemente á alguma parte rígida estrutural do navio;
 Abrir a boca;
 Curvar a cabeça para baixo; e
 Voltar a parte frontal do corpo na direção oposta à ameaça.

Princípios Básicos para investigação de avarias:

1. A investigação deve ser completa;


2. Deve ser conduzida cuidadosamente;
3. As informações devem ser acuradas; e
4. As informações devem ser repetidas para evitar que as avarias subsequentes ou
progressivas passem desapercebidas.

Investigação de tanques e espaços vazios - Pesquisar três perigos em potencial: Gases


explosivos (Explosímetro), Gases Tóxicos (Detector tipo Dräger) e deficiência de
oxigênio (Oxímetro)

Entrar na área equipado com máscara de respiração autônoma.

Fases de preparação do CAv para o combate:

a) Fase I - Ataque inimigo ou avaria provável - Depende de aviso de ataque antecipado.


Menor grau de preparação do CAv. Melhores condições de habitabilidade no porto.
Rotina e manutenção dos equipamentos não são comprometidos.

b) Fase II - Ataque ou avaria provável - No mar, cruzeiro de guerra.

c) Fase III - Ataque ou avaria iminente - Maior grau de preparação do CAv, não leva
em conta as condições de habitabilidade do navio. Todas as funções do Cav são
guarnecidas.

Condições de prontidão

A preparação para o combate é executada em três etapas:


a) Passagem da situação de Paz para a situação de Guerra -
Retirada de objetos, materiais e equipamentos não essenciais à vida de bordo e
que possam aumentar o risco de incêndios ou danos ao pessoal e ao material;
Recebimento de suprimentos constantes na dotação de guerra; e
Remanejamentos e distribuição de diversos itens a bordo.

b) Preparação para o Cruzeiro de Guerra - Inclui a preparação para o mar, onde a


verificação da condição de fechamento d material e a peiação do material volante são
responsabilidades dos Chefes de Departamento nas áreas sob suas responsabilidades. A
supervisão será exercida pelo Imediato, auxiliado pelo Encarregado do CAv,
recebendo o pronto dos Departamentos.
CheMaq - Responsável pela manutenção da estabilidade.

Manter os porões limpos e esgotados; Manobrar com carga líquida de modo a atestar os
tanques e eliminar o efeito de superfície livre e manter o navio a prumo; admitir lastro,
quando necessário; distribuir o material de CAv; e distribuição, pelo médico, do
material cirúrgico e de PRISOC.

c) Preparação para o mar - Medidas especiais na iminência do combate, para


aumentar a probabilidade de sobrevivência, caso o navio sofra danos.

Procedimento de abandono, salvamento e destruição do navio; Plano de emergência de


aviação;
Rancho em postos de combate; Rendição em postos de combate; Rendição dos quartos
de serviço; Carregamento dos mísseis nos lançadores; Colocação de mísseis ou munição
em praça de municiamento; e preparação para o combate.

Condições de Prontidão são níveis de guarnecimento das estações, postos e serviços


para a reação a ameaças ou para o desempenho de tarefas específicas, são três:
Condição I - Máxima capacitação para o combate, estando com:
Todo armamento, sensores e estações de comando e controle em operação e
guarnecidos;
Melhor capacidade de manobra, de máquinas, de operação de aeronaves, e
Alerta completo do CAv.
Condição II - Navio tem 2/3 da tripulação guarnecida, apesar de não possuir
capacitação máxima para combate, terá todas as Estações primárias e secundárias
guarnecidas . Todos os sensores e estações estarão guarnecidas mesmo que
parcialmente. Situações especiais de elevado grau de prontidão apesar de não haver
situação de combate iminente.
Condição Z de fechamento do material do convés principal para baixo e no mínimo a
condição Y de fechamento nos demais conveses a critério do Comando. Duração
máxima de 72 horas.
Condição III - Capacitação elevada de vigilância sobre a área de interesse tático e de
reação imediata a qualquer ameaça,
Armamento, sensores e estações de camando e controle parcialmente em operação e
guarnecidos,
Boa capacidade de manobra e de máquinas,
Capacidade completa de operação com aeronaves;
Patrulhamento de CAv nas áreas frequentadas de bordo e suscetíveis a avarias.
Condições básicas de fechamento do material (Determinada pelo comandante)

XRAY - Mínimo de proteção, navio fora de perigo, sem esperar ataque: atracado à sua
base, expediente normal. Acessórios marcados com X fechados.
YANKEE - Estabelecida normalmente no mar, porto tempo de guerra ou fundeado em
porto protegido ou atracada à sua base, após expediente normal. Acessórios marcados
com X e Y fechados.
YANKEE MODIFICADA (Y-1) - Fechamento acessórios X e Y abaixo do convés
principal, e permite acessórios Y acima desse, possibilitando aumento de ventilação e
habitabilidade. Algumas vezes navegando escoteiro, com boa visibilidade e mar calmo e
no porto, após expediente, em tempo de paz.
ZULU - Mais alto grau de estanqueidade e segregação no navio:
(a) Quando tocado postos de combate, imediata e automaticamente;
(b) Entrando e saindo e saindo do porto em tempo de guerra;
(c) Localizar avaria, controlar incêndios e alargamento quando a tripulação não está
em postos de combate;
(d) Se o comandante desejar a capacidade máxima de sobrevivência do navio.
(e) Acessórios marcados com X, Y e Z são fechados.

ZULU modificada - Maior grau de sobrevivência do que a condição YANKEE. É


menos restrita que a condição ZULU melhorando o acompanhamento dos requisitos
operacionais dos equipamentos:
(1) Reabastecimento no mar;
(2) Entrada e saída de porto em tempo de paz;
(3) Reabastecimento vertical;
(4) Operações aéreas;
(5) Operações anfíbias; e
(6) Trânsito em área de perigo à navegação.

ZULU - NBQ - Maior grau grau de proteção contra contaminação nuclear, biológica ou
química. Fecha-se os acessórios classificados com R e W envolvidos com círculo.

Classificação do Material Estanqueidade

X (marcada com X preto): Acessórios estanques que devem estar sempre fechados, em
qualquer condição de fechamento do material. Sendo abertos somente para reparo, saída
ou entrada de material, limpeza. Somente quando a abertura for necessária e por
pequenos períodos de tempo, devendo ser obtida permissão da ECCAv.

Y (marcada com Y preto): Acessórios estanques que devem permanecer fechados nas
condições YANKEE e ZULU.

Z (marcada com Z vermelho): Acessórios estanques que devem ficar normalmente


abertos para o serviço do navio, acesso aos postos de combate e melhorar as condições
de habitabilidade, mas que devem ser fechados na condição de fechamento do material
ZULU.

W (marcada com W preto): Acessórios estanques que devem ficar normalmente


abertos, em qualquer condição de fechamento - Portas e Escotilhas nunca são marcados
com W - Aplica-se às válvulas de aspiração de condensadores principais, bombas de
incêndio, aspirações de motores etc e válvulas vitais que se fechadas prejudicam
mobilidade e proteção contra incêndio. Somente são fechados para combater avarias ou
contaminação (ZULU - NBQ).

X preto dentro do círculo preto: Fechado durante as condições XRAY, YANKEE e


ZULU.

Y preto dentro do círculo preto: Fechado nas condições YANKEE e ZULU.

X e Y são aplicados a portas, escotilhas escotilhões que podem


ser abertos

sem autorização especial, quando assumindo postos de combate, para permitir


transferência de munição ou operações de sistemas vitais.

Z vermelho dentro do círculo vermelho: Fechado durante a condição ZULU.


Acessórios que poderão ser abertos quando a condição ZULU for prolongada devido
confecção e distribuição de rancho de combate, facilidades sanitárias, ventilar
determinados compartimentos e acesso as salas de reunião ou convés de vôo.

D preto envolvendo Z vermelho: Fechado durante a condição ZULU ou quando


determinado o escurecimento do navio, neste caso, independentemente da condição de
fechamento do material estabelecida. Tais acessórios evitam a saída de luzes do interior
do navio.

W preto envolvido por círculo: Designa acessórios sempre abertos, mas que devem ser
fechados para defesa contra ataques NBQ.

Classificação R (marcada com R preto): Exclusivamente a válvulas e "flaps" de


sistemas de ventilação e suspiros de tanques, que não são abertos ou fechados por força
da classificação, mas apenas estabelecem comunicação alternativa para o ambiente
interior e exterior, conforme haja ou não, respectivamente, estabelecida a condição Z -
NBQ

Marcação A (marcada com A laranja): Acessórios fechados adicionalmente aos da


condição Z, para completa estanqueidade de gases por ocasião do estabelecimento da
condição Z - NBQ.

Marcação M (marcada com M laranja): Sistemas necessários a condução das


máquinas. Sua abertura e fechamento sã controladas pelo CCM durante a manutenção
da condição Z - NBQ.

RESPONSABILIDADE PELO FECHAMENTO.

Divisões de bordo: X e Y
Área do Reparo do CAv:n R, W e Z

Regulamentada na: Lista de Verificação de Compartimentos.


Livro de Controle da Condição de Fechamento do Material: Escriturado na ECCAv,
anotando-se qualquer alteração, incluindo motivo, horário de alteração e quem solicitou.

Livro de CAv do Navio: Base para estipular os acessórios estanques (classificados


como X ou Y) que poderão ser abertos simultaneamente.

MB CONDIÇÃO / VARIANTE
MARCA XRAY YANKEE ZULU Y MOD Z MOD Z - NBQ
X F F F F F F
A
Y A F F F F
F
A
Z A A F A F
F
X F F F F F F
A
Y F F F F F
F
A F
A A F A
Z F
Z A A F A A F
W A A A A A A
W A A A A A F
R EXTERIOR EXTERIOR EXTERIOR EXTERIOR EXTERIOR INTERIOR
Tabela sobre Classificação do material estanque

Testes e Inspeções de Estanqueidade

Durante construção do navio e antes a incorporação (NAVIO ISOLADO), em cada


compartimento, será realizado dois testes: Teste de resistência e estanqueidade e Teste
Final.

Plano para Teste dos Compartimentos e Diagrama para Testes dos Compartimentos:
Fornece dados e instruções sobre os testes de Inspeções e Estanqueidade e teste Final.

Inspeções Semanais: Todos os compartimentos do navio devem ser inspecionados


semanalmente (exceto tanques que contenham líquidos, gases inertes, espaços
classificados como vazios, duplos fundos e conferdãs), normalmente pelo Encarregado
da Divisão responsável pelo compartimento.
Testes e Inspeções Periódicas: Para todos os navios (Testes realizados pelo pessoal de
bordo), exceto submarinos onde os testes e inspeções serão realizados por bases e
arsenais.
Inspeção de Vazamento - Uma vez a cada seis meses, feita com o tanque cheio na
capacidade máxima. Se o tanque for de água ou óleo, e estiver vazio a 18 meses, deverá
ser submetido a um teste de ar, e caso o navio não o possua, passará por uma inspeção
visual
Inspeção Visual - ENCAv organiza os limites estanques do navio. Escure-se
completamente o compartimento e ilumina-se intensamente o outro lado. De menor
importância que o teste de ar, devido a impossibilidade de se manter pressão de ar no
compartimento.
Teste de Ar - Compartimento não destinado a água ou óleo e não possuir aberturas
permanentes para atmosfera. Processo mais indicado para determinar o grau de
estanqueidade à água

Medidas para realização do teste de ar:

Proceder um exame visual


Fechar todas as aberturas normais

5 3

3 1 1 5

Fechamento ou Abertura
Para Abrir
Para Fechar

de acessórios estanques
4 2 2 6

6 4

Célio Adriano da Silva Bandeira


CB-PL
Auxiliar do Tráfego-de-Cargas
Tel: (84) 3216-3327/ 3342 ou 3201-3796
Grupos de Documentos

Documentos Operativos Publicações Documentos Administrativos (DA) Documentos Operativos

Normativos Correspondência Declaratórios

- Instrução Normativa (IN); - Carta (Crt); - Atestado;


- Instrução Permanente (INST); - Circular (Circ); - Certidão (Ctd);
- Norma Permanente (NORM); - Comunicação Interna (CI); - Ordem do Dia (OD);
- Ordem Interna (OI); e - Comunicação Padronizada (CP); - Ordem de Serviço (OS);
- Portaria (Port). - Comunicação Padronizada de Processos Judiciais (CPPJ); - Parecer (Par); e
- Correspondência Eletrônica (CE); - Termo.
- Despacho (Desp);
- Despacho Decisório (DD);
- Fac-Símile (Fax);
- Memorando (Memo);
- Ofício (Of);
- Ofício Externo (OfExt); e
- Requerimento (Req).
ACESSO

Âmbito
Externo
Interno

Precedência
Urgente Especial Rotina
SIGILOSOS OSTENSIVOS
Ultra-Secreto
Secreto
Confidencial
Reservado

"Documento desclassificado de acordo ___________________________"


(documento que divulgou a alteração)
Anotação da alteração do Grau de Sigilo
"Grau de sigilo alterado para __________ de acordo com ____________________"
(novo grau de sigilo) (documento que divulgou a alteração)

Desclassificação por Retirada de Anexo “Este documento ficará automaticamente desclassificado logo após retirado o anexo".

Parte Básica de Composição do DA


Cabeçalho Texto Cabeçalho Assinatura

Fonte Estilo Cor Categoria Tamanho


Texto em Geral 12
Times New Roman Normal Preta Citações 11
Notas de Rodapé 10
***
Arial Black Normal Preta Sigilo e Precedência 14

Tipos de Timbre
Comandante da Marinha Demais autoridades Alguns documentos
MINISTÉRIO DA DEFESA MARINHA DO BRASIL MARINHA DO BRASIL
MARINHA DO BRASIL NOME DA OM

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