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Direcção Científica e Pedagógica

Faculdade de Ciências Agrárias

Delegação de Nampula

Qualidade de Sementes: atributos fisicos (testes de controlo de qualidade física)

Licenciatura em Ciências Agrárias

4°Ano

Docente:

Engº. Leandro Essimela Momade

Nampula

2022
Adriano Zito Zacarias Taiar 100 %

Ibat Mussagy Mário Maida 100 %

Saide Atumane Sualehé 100 %

Teresa Agostinho 100%

Qualidade de Sementes: atributos fisicos (testes de controlo de qualidade física)

Licenciatura em Ciências Agrárias

4°Ano

Trabalho de Carácter Avaliativo a Ser


Apresentado na Universidade Mussa Bin Bique
(Faculdade de Ciências Agrárias), na Cadeira de
Produção e Tecnologias de Sementes,
recomendado pelo Engº. Leandro Essimela
Momade

Nampula

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2022

Índice
I. CAPÍTULO -INTRODUÇÃO.......................................................................................4

1.1. Introdução...................................................................................................................4

1.2. OBJECTIVOS............................................................................................................5

1.2.1. Gerais...................................................................................................................5

1.2.3. Específicos..........................................................................................................5

II. CAPÍTULO - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................6

2.1. Qualidade de Sementes: atributos fisicos (testes de controlo de qualidade física).....6

2.2. ATRIBUTOS FISICOS (TESTES DE CONTROLO DE QUALIDADE FÍSICA). .7

2.3. Pureza varietal........................................................................................................7

2.4. Pureza Física...........................................................................................................8

2.5. Umidade......................................................................................................................9

2.6. Dano mecânico.........................................................................................................10

2.7. Peso de mil sementes................................................................................................11

3. As características de deterioração de sementes...........................................................11

3.1. Os cuidados com o armazenamento das sementes...................................................12

3.2. Parâmetros avaliados e momento de realização dos testes.......................................13

3.3. CONCLUSÃO..........................................................................................................17

3.4. Referências Bibliográficas........................................................................................18

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I. CAPÍTULO -INTRODUÇÃO

1.1. Introdução
A qualidade de um lote de sementes é determinada por suas características genética,
física, fisiológica e sanitária. Para fins de comercialização, um lote de sementes de
milho deve ser identificado com a classe de semente (genética, básica, registrada,
certificada ou fiscalizada), nome, endereço, número de registro do produtor, número
do lote, nome da espécie, nome da variedade, peso líquido, em kilogramas, safra,
número da peneira em que foi classificada, germinação mínima, em percentagem, e
pureza mínima, em percentagem. Tambérn deve ser informado quando for tratado
com algum produto químico.

A qualidade genética do lote está diretamente relacionada com a pureza varietal, que
pode afetar a produtividade da lavoura. Quando ocorre mistura de outras variedades,
há uma queda na produtividade, seja pela adição de plantas de outras variedades com
menor potencial de produtividade ou pela adição de plantas atípicas, mais baixas ou
mais altas, plantas que tombam, com ciclo vegetativo diferente e plantas mais
suscetíveis ao ataque de pragas e doenças, proporcionando uma lavoura desuniforme
e heterogênea, que reduz a eficiência da colheita. Por isso, quanto maior a
percentagem da pureza genética maior será a produtividade.

A qualidade física, que é expressa pela pureza física do lote de sementes, é


constituída pela percentagem de sementes silvestres, outras sementes e material
inerte. A consequência da utilização de um lote de sementes com baixa pureza física é
a infestação da lavoura com plantas indesejáveis, que competirão em nutrientes, água
e luz, reduzindo a produtividade e a eficiência da colheita. Após a colheita, um lote
com baixa pureza física pode dificultar a pré-limpeza, a secagem, a classificação e
servir como fonte de umidade e de microrganismos indesejáveis na massa de
sementes.

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1.2. OBJECTIVOS
1.2.1. Gerais
1.2.2. Estudar a qualidade das sementes e seus atributos

1.2.3. Específicos
 Analisar a qualidade das sementes;
 Caracterizar os seus atributos fisicos;
 Mencionar os atributos da qualidade física das sementes.

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II. CAPÍTULO - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Qualidade de Sementes: atributos fisicos (testes de controlo de qualidade


física)
A qualidade da semente é influenciada por diversos fatores bióticos a abióticos que
devem ser trabalhados com atenção a fim de minimizar os danos ao produto final.
Basicamente para melhor entendimento, dois momentos sãos responsáveis por
influenciar na qualidade de grãos, sendo eles: o período em que a planta está no campo
e o período de colheita, beneficiamento e armazenagem das sementes.

Em um primeiro momento, quando a planta se encontra em um ambiente externo, deve-


se atentar para práticas de manejo que garantam a qualidade das sementes, como por
exemplo o uso de material genético de qualidade, controle de pragas e plantas daninhas,
nutrição de plantas, entre outros.

O controle de pragas e plantas daninhas é fundamental para garantir a qualidade das


sementes. Segundo KRZYZANOWSKI et. al, (2018), o percevejo é o principal inseto
causar danos á sementes de soja. Ao picá-la, ele injeta enzimas salivares na semente e
inocula a levedura Nematospora coryli, que pode estar associada a fungos saprófitas,
como alternaria spp. e Fusarium spp., resultando em necroses nas regiões afetadas.
(Figura 1).

 Figura 1. Semente de soja com punctura causada por percevejo.

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Em um segundo momento, deve-se ter cuidado com a manutenção da qualidade da
semente produzida a campo. É importante ressaltar que esse cuidado deve ser tomado
antes mesmo do momento de colheita, onde a avaliação dos teores de umidade é
fundamental para a realização da prática.

No momento da colheita, é importante se certificar que as bordaduras serão desprezadas


da colheita de sementes. Não é recomendado o uso de graneleiros de transbordo que
possuam rosca sem fim como sistema de descarga, este sistema pode causar danos
físicos à semente. Outro cuidado importante a ser tomado é quanto a umidade das
sementes, o processo de hidratação e desidratação da semente ao longo do tempo pode
causar microfissuras no tegumento da semente, decorrentes do enrugamento do
tegumento, tornando-se porta de entrada para patógenos e afetando a qualidade das
sementes.

2.2. ATRIBUTOS FISICOS (TESTES DE CONTROLO DE QUALIDADE


FÍSICA)
O sucesso de uma lavoura depende de diversos fatores, mas, sem dúvida, o mais
importante deles é a utilização de sementes de elevada qualidade, que gere plantas de
elevado vigor e desempenho superior de campo. O uso de sementes de elevada
qualidade permite o acesso aos avanços genéticos, com as garantias de qualidade e
tecnologias de adaptação nas diversas regiões produtoras.

2.3. Pureza varietal


Para comercialização de sementes, os testes de germinação das sementes, pureza física e
varietal. A pureza varietal garante a qualidade genética da semente, considerando que
não é permitida a mistura varietal.

É avaliada com base em caracteres morfológicos associados a semente, como tamanho


médio, formato, coloração do tegumento, formato e cor do hilo, e alguns outros
caracteres que podem ser influenciados pelo ambiente SCHUSTER et. al, (2004). Desta
forma, é possível garantir que a cultivar produzida mantem as características genéticas
do material desejado.

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No quesito atributo físico, considera-se a pureza física, teor de umidade e danos
mecânicos causados por insetos. A semente deve estar livre de deteriorações, materiais
inertes e impurezas. Para avaliar danos externos e internos, se faz necessário atestar sua
qualidade física.

A análise da pureza física serve para assegurar que o consumidor conheça a quantidade
de material inerte e outras sementes contidas no lote.  A pureza física pode sofrer
influência pela forma de manejo da cultura e colheita.

A umidade é um dos principais fatores considerados para garantir a qualidade das


sementes, já que está relacionada a danos por deterioração da semente. O
monitoramento da deterioração por umidade pode ser observado a partir do teste de
tetrazólio.

Quando se trata de dano mecânico, podemos pensar que eles vêm de processos físicos
como desidratação e hidratação do tegumento ou também de práticas de manejo durante
a colheita e transbordo das sementes. É um fator agravante na qualidade, classificados
como de efeito imediato (visível a olho nu) ou latente (não é aparente e é mais
acentuado do que o imediato).

Os atributos físicos de uma semente dizem respeito à condição de o lote estar livre de
outras sementes, bem como de materiais inertes (insetos, torrões, fragmentos de plantas
e contaminantes, por exemplo). Outros atributos nessa categoria são:

 Pureza física — aponta o grau de contaminação do lote sementeiro;


 Umidade — indica o nível de umidade da semente na ocasião da colheita (o
grau ótimo para a comercialização é de 13%);
 Danos mecânicos — comprometem a aparência da semente e a qualidade
fisiológica do lote, podendo afetar a germinação;
 Aparência — é um fator importante para a comercialização dos lotes;
 Peso de 1000 sementes — informa o tamanho e o peso da semente;
 Peso volumétrico — indica o peso de um dado volume de sementes.

2.4. Pureza Física


A análise de pureza física visa garantir ao consumidor o conhecimento da quantidade de
material inerte e outras sementes contidas no lote. A análise é realizada a partir de
amostras de serviço oriundas de um lote de sementes, as amostras devem seguir as
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orientações e especificações da Regra para Análise de Sementes (RAS), do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e se enquadrar na Instrução
Normativa MAPA 40/2010.

A pureza física das sementes pode ser influenciada pelo manejo da cultura no campo, o
correto manejo de plantas daninhas e um adequado sistema de trilha e separação da
colhedora pode aumentar a qualidade das sementes em virtude da diminuição de
materiais inertes e outras sementes.

2.5. Umidade
Sendo um dos fatores determinantes para garantir a qualidade das sementes, a umidade
está relacionada a danos por deterioração da semente. Segundo FRANÇA-NETO et. al,
(2016), os danos por umidade são decorrentes da variação do teor de umidade das
sementes, essa variação é consequência dos processos de hidratação e desidratação das
sementes. A variação de umidade pode ser oriunda da influência de chuvas, neblinas e
orvalho, tendo maior consequência quando relacionadas a altas temperaturas do ar. O
sucessivo ciclo de hidratação e desidratação das sementes pode causar rugas no
tegumento (casca), deixando as sementes com aspecto de enrugadas.

De acordo com FRANÇA-NETO et. al, (2007) a deterioração por umidade ocorre após
a maturação fisiológica, antes da colheita e é um dos fatores que mais afetam a
qualidade das sementes. Os dados por umidade podem ser visualizados a partir do teste
de tetrazólio, onde é possível visualizar a olho nu a deterioração das sementes de soja
(figura 2).

Figura 2. Dano decorrente da deterioração por umidade em sementes de soja,


visualizado por meio do teste de Tetrazólio.

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Foto: José de Barros França
Avaliando três lotes de uma cultivar de soja, FORTI et. al, (2010) verificou que um dos
lotes apresentou perda significativa na germinação das sementes com o aumento do
tempo de armazenamento em virtude da deterioração por umidade. A deterioração das
sementes por umidade pode interferir drasticamente em parâmetros fundamentais da
qualidade das sementes como a germinação e vigor, prejudicando a uniformidade do
estande de plantas e consequentemente a qualidade da lavoura.

2.6. Dano mecânico


Sementes sem danos mecânicos são fundamentais para garantir a qualidade e
viabilidade das sementes. Um dano mecânico pode ser originário de processos físicos
como a hidratação e desidratação do tegumento, causando rupturas no mesmo e
comprometendo a sanidade e viabilidade das sementes (figura 3), ou podem ser
oriundos de práticas de manejo como colheita e transbordo das sementes.

Figura 3. Ruptura no tegumento de semente de soja.

Adaptado: FLOR et. al, (2004).


Quando relacionados a práticas de manejo, o dano mecânico mais comum é a quebra da
semente. Esse dano pode ser consequente de fatores como a inadequada umidade das
sementes no momento da colheita (baixa umidade), sistemas de trilha inadequados ou

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mal regulados, uso de sistemas de caracol (rosca sem fim) para descarga das sementes,
formas de transbordo inadequadas, entre outros.

2.7. Peso de mil sementes


O peso de mil sementes é uma característica de origem genética que pode influenciar na
produtividade e qualidade das sementes produzidas. Sementes com maior tamanho
tendem a apresentar maior reserva nutricional para utilização no período inicial de
estabelecimento da cultura, no entanto, necessitam de maiores quantidades de água para
dar início ao processo de germinação.

Para valores mais usuais de sementes de soja, classificadas em peneira 5,5 mm a


6,5mm, CAMOZZATO et. al, (2009) não encontrou diferença significativa na
produtividade. Ou seja, nesse sentido a atenção deve ser voltada à qualidade final das
sementes produzidas, optando por sementes que possibilitem melhor uniformidade de
estande e qualidade da lavoura.

Na produção de sementes, a uniformidade do peso de mil sementes nos lotes produzidos


é importante para assegurar a qualidade do material genético, visto que esta
característica tem maior influência genética; as sementes produzidas tendem a produzir
mínima variação no peso de mil sementes, podendo o peso de mil sementes ser utilizado
para caracterizar a cultivar.

3. As características de deterioração de sementes


Além de saber o que determina a qualidade de sementes, é fundamental que o produtor
saiba reconhecer a deterioração desses insumos. Sendo assim, uma semente está
deteriorada (ou morta) quando não germina nas condições favoráveis para emitir a
radícula.

No geral, a viabilidade dos lotes sementeiros continua alta, mesmo decorrido um tempo
relativamente longo. No entanto, à medida que o período de armazenamento avança,

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começam a surgir os sinais de deterioração, já que as sementes maduras não conseguem
manter as suas funções vitais indefinidamente.

Os sintomas mais evidentes são os seguintes:

 Alterações de cor;
 Presença de fungos;
 Redução da taxa de crescimento das plântulas;
 Redução da velocidade de germinação;
 Menor resistência aos estresses do meio durante a germinação e os estágios
iniciais de desenvolvimento da plântula;
 Desuniformidade no desenvolvimento das plântulas;
 Desenvolvimento de plantas estéreis;
 Aumento da taxa de plântulas anormais.

Entre os fatores que influenciam a velocidade e a intensidade da deterioração estão:

 O momento da colheita;
 A condição inicial das sementes;
 As condições climáticas na maturação;
 As injúrias mecânicas;
 O processo de secagem;
 o beneficiamento;
 as condições e o período de armazenamento.

3.1. Os cuidados com o armazenamento das sementes


Como você pôde perceber no tópico anterior, alguns fatores que levam à deterioração
das sementes dependem das boas práticas de quem as produziu, e não de quem as
adquiriu. Aqui, cabe lembrar-se de que é fundamental comprar apenas de fornecedores
idôneos, que tenham boa reputação no mercado.

Além disso, tenha em mente que não é vantajoso economizar muito com esses insumos,
já que dificilmente preços muito baixos indicam alta qualidade de sementes. No entanto,

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você também deve ter notado que alguns pontos podem (e devem) receber a atenção do
produtor, principalmente no que se refere ao armazenamento dos lotes.

As dicas para melhorar o seu manejo são os seguintes.

 Controle a temperatura — para a maioria dos grãos, a temperatura ideal gira


em torno dos 25 °C. Para a soja e o milho, deve ser inferior a 20 °C. A cada 5
°C a mais na temperatura, a longevidade das sementes cai pela metade.

 Monitore a umidade do ar — a umidade relativa do ar tem que estar em


torno de 45%. Manejando a temperatura e a umidade, a longevidade das
sementes pode ser estendida, e, nesse caso, a umidade relativa do ar não deve
passar dos 12%.
 Atente na circulação de ar — os volumes não têm de ser armazenados muito
próximos um do outro, e a ventilação precisa ser satisfatória, mas controlada
para que o interior do galpão não seja afetado pela umidade externa.

 Faça limpezas periódicas — a higienização do ambiente precisa ser realizada


antes da entrada das sementes e durante todo o período que permanecerem por
lá. Remova todos os grãos que caírem no chão, evitando a proliferação de
roedores, insetos, fungos etc.

3.2. Parâmetros avaliados e momento de realização dos testes


Para o período em que a planta está no campo e o período de colheita, beneficiamento e
armazenagem sãos responsáveis por influenciar na qualidade das sementes. O primeiro
período é aquele em que a cultura se encontra em um ambiente externo e a atenção deve
estar voltada para práticas de manejo que garantam a qualidade das sementes, como o
uso de material genético de qualidade, controle de pragas e plantas daninhas, nutrição
de plantas, entre outros. Já o segundo período é aquele em que se faz a manutenção da
qualidade da semente produzida a campo, iniciado antes da colheita.

Para atestar a qualidade das sementes, alguns testes podem ser realizados com a
finalidade de quantificar e monitorar parâmetros qualitativos dos lotes de sementes. Os
testes mais realizados são: verificação de umidade, pureza física e varietal, peso de mil

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sementes (PMS), teste tetrazólio, teste de germinação, envelhecimento acelerado e
emergência de plântulas.

Estes testes devem ser realizados em momentos distintos e, muitas vezes, em conjunto,
com o propósito de inspecionar a qualidade das sementes.

Teste pré-colheita

Momento em que se utiliza uma amostra representativa do talhão a ser colhido para uma
validação de resultado. Nesse caso, o teste de tetrazólio é o teste realizado a fim de
melhor avaliar e informar sobre a qualidade das sementes. Este teste permite a detecção
dos danos causados por percevejos, deterioração de umidade, e dano mecânico, sendo
considerado um decisivo na tomada de decisão da colheita do campo para semente.

Na pré-colheita, é também interessante avaliar a umidade das sementes, que pode ser
avaliada por um medidor de umidade portátil ou em laboratório, pois é esse teste que
auxiliará na definição se o campo poderá ser colhido no dia seguinte.

Teste no momento da colheita

Momento que está próximo do ponto de maturação das sementes, em que possuem a
máxima germinação e vigor.

Neste momento a determinação do grau de umidade e teste de hipoclorito são


considerados testes fundamentais pois estes auxiliam na regulagem da colhedora para
que não ocorra o dano mecânico. O teste de determinação de umidade também definirá
o destino do material na indústria (secagem ou beneficiamento).

Ao longo do processo de colheita deve-se ter atenção duplicada para que não ocorra
mistura varietal entre os lotes

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Após a colheita, uma amostra do campo colhido é encaminhada para o laboratório para
realização do teste tetrazólio a fim de monitorar a qualidade da matéria prima destinada
a semente.

Teste na recepção das sementes

As avaliações feitas nesta etapa vão destinar o lote à secagem e/ou beneficiamento.
Aqui se avalia mais uma vez a umidade, os danos mecânicos e a ocorrência de sementes
esverdeadas, com especial atenção para que não ocorra mistura varietal de sementes

Teste na secagem

Neste momento, é novamente avaliada a umidade e a temperatura da massa de


sementes, e teste de hipoclorito na entrada e saída do processo, para monitoramento e
checagem de danos causados ao embrião.

Teste no beneficiamento

Etapa para caracterizar os lotes com base nos parâmetros e metodologias constituídas
pela Instrução Normativa 9 (normas de produção, comercialização e utilização de
sementes).

Nessa fase todo escopo de testes são realizados: verificação de umidade, pureza física e
varietal, peso de mil sementes (PMS), teste tetrazólio, teste de germinação,
envelhecimento acelerado e emergência de plântulas. Sendo estes os testes
fundamentais na seleção do que será ou não comercializado de acordo com os padrões
de qualidade definidos pela empresa.

Teste no armazenamento

Nesta etapa, é necessária a realização de checagem diária de temperatura e umidade


dentro dos armazéns. É realizada também uma nova bateria de testes de germinação e
vigor a fim de monitorar a qualidade do lote de sementes ao longo do tempo.

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Teste após TSI

O instante após o Tratamento de Sementes Industrial (TSI), deve-se realizar o teste


visual do TSI, em que se observa se houve boa e homogênea cobertura das sementes.
Aqui também é interessante realizar o teste de emergência de plântulas, para investigar
se os valores obtidos aferem com os valores verificados anteriormente, sem a
intervenção do TSI.

Teste pré-expedição

Nesta última etapa, a cada lote expedido uma amostra é encaminhada ao laboratório
para realização de testes de germinação e vigor para assegurar que o lote expedido
possui as características requeridas pela legislação para a comercialização.

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3.3. CONCLUSÃO
Chegado ao fim do presente trabalho de investigação ciêntifica, o grupo conclui que
Lotes com sementes de alta qualidade darão origem a plantas com porte, ciclo e alto
potencial produtivo iguais que, consequentemente, terão a mesma resistência a doenças,
pragas e herbicidas.

Essas características são intrínsecas à genética das sementes, que conferem uma lavoura
com plantas homogêneas. Sementes produzidas dentro das normativas possuem uma
garantia de alta qualidade, apresentando desempenho superior quando comparadas às
sementes de baixa qualidade.

A pureza física é constituída de três componentes: sementes puras, outras sementes e


material inerte (torrões, pedras, restos de plantas, insetos). O dano mecânico nas
sementes é um fator agravante na qualidade, podendo ser classificados como de efeito
imediato ou latente.

Imediato é visível a olho nu e identificado logo após a semente ter sido danificada. O
latente não é aparente, sendo mais acentuado do que o imediato. A redução do vigor em
sementes com dano latente ocorre durante o armazenamento, havendo redução do vigor
da semente danificada.

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3.4. Referências Bibliográficas
Belorte et. Al, danos causados por percevejos (hemiptera: pentatomidae) em cinco
cultivares de soja (glycine max (l.) Merrill, 1917) no município de araçatuba, sp. Arq.
Inst. Biol., são paulo, v.70, n.2, p.169-175, jun., 2003.

Camozzato et. Al, desempenho de cultivares de soja em função do tamanho das


sementes. Revista brasileira de sementes, vol. 31, nº 1, p.288-292, 2009.

Flor et. Al, avaliação de danos mecânicos em smentes de soja por meio da análise de
imagens. Revista brasileira de sementes, vol. 26, nº1, p.68-76, 2004.

Forti et. Al, avaliação da evolução de danos por “umidade” e redução do vigor em
sementes de soja, cultivar tmg113-rr, durante o armazenamento, utilizando imagens de
raio x e testes de potencial fisiológico. Revista brasileira de sementes, vol. 32, nº 3 p.
123-133, 2010.

França-neto et. Al, tecnologia da produção de sementes de soja de alta qualidade.


Embrapa, londrina, pr, documentos, n.380, nov., 2016.

França-neto et. Al, tecnologia da produção de sementes de soja de alta qualidade – série
sementes. Embrapa, londrina, pr, circular técnica n.40, mar., 2007.

18
Krzyzanowski et. Al, a alta qualidade de semente de soja: fator importante para a
produção da cultura., embrapa, londrina, pr, circular técnica n.136, mai., 2018.

Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento, instrução normativa mapa 40/2010,


mai., 2018.

Schuster et. Al, determinação da pureza varietal de sementes de soja com o auxílio de
marcadores moleculares mucrossatélites. Pesq. Agropec. Bras., brasília, v.39, n.3,
p.247-253, mar. 2004.

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