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ESTATISTICAS E MEDIDAS

Prof. Me Tiago Venturini


Coordenadoria de Eletrotécnica
Instituto Federal do Espírito Santo

engenheirotiagoventurini@gmail.com
Fundamentos de estatística

Medições são parte fundamental de todo processo


industrial, pois é por meio delas que podemos estimar,
comparar e estabelecer critérios de performance para todo
o sistema. Porém, sensores e instrumentos de medição
estão sujeitos a incertezas de diferentes fontes, o que pode
comprometer a obtenção dos dados.

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Fundamentos de estatística

Para contornar esse problema, são utilizados


cálculos estatísticos para a análise dos dados, de
modo que se possa obter uma medição mais
próxima do valor real mesmo que o sistema
apresente ruído em suas medições.

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Exercício

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Média aritmética
Ao realizarmos diferentes medições de um processo, é
provável que o valor medido mais próximo do valor real da
grandeza seja dado pela média dos valores obtidos na leitura.
Nesse caso, é importante que o maior número de medições
possível seja realizado, uma vez que a média é tendenciosa e
um pequeno número de amostras pode nos levar a uma
conclusão errada acerca da variável.

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Exercício

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Mediana

A mediana é o número central quando ordenamos os


valores da medição por ordem de grandeza. Casa
tenhamos um número de medições par, a mediana
será dada pela média aritmética dos dois valores
centrais.

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Mediana

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Desvio da média

É a diferença entre o valor medido e a média das


medições realizadas. Nesse cálculo, cada amostra da
população terá seu próprio desvio da média dado por:

onde di é o desvio da média para a i-ésima amostra.


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Moda

É o valor que mais se repete em um conjunto de


dados. Existem casos em que a moda pode não existir
em um conjunto de dados ou em que a moda não seja
única, com múltiplos valores com a mesma frequência
na população.

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Moda

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Vejamos um exemplo para aclarar os conceitos.
Ao realizar a medição da temperatura em um tanque, um engenheiro obteve as seguintes
leituras, obtidas ao longo do dia:

Com base nesses dados, determine a média, a mediana, a moda e o desvio


das medidas obtidas.

FAÇA
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Solução. A média das amostras pode ser obtida por meio do seguinte
equacionamento:

Já a mediana pode ser obtida ao ordenarmos o vetor de medições e tirarmos a média das leituras centrais, como
demonstrado a seguir:

FAÇA
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Solução. A média das amostras pode ser obtida por meio do seguinte
equacionamento:

Já a mediana pode ser obtida ao ordenarmos o vetor de medições e tirarmos a média das leituras centrais, como
demonstrado a seguir:

FAÇA
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Dessa forma, temos que a mediana é 106,5°C. Já a moda é obtida ao
verificarmos o valor de maior frequência no conjunto. Nesses caso, a
moda é dada por 102 e 108. Por fim, calculamos o desvio da média
para os valores do conjunto, de modo que a seguinte tabela pode ser
estabelecida.

FAÇA
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Estatística na instrumentação
Ao utilizarmos estatística em nossas medições, também podemos
medir a qualidade e a performance de nossos instrumentos de
medição. Para os instrumentos de medição, o que desejamos são
duas características principais: a exatidão e a precisão.

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Estatística na instrumentação
Um instrumento exato é aquele cujo valor da medição está
alinhado com o valor “real” da grandeza que está sendo medida.

Já um instrumento preciso é aquele cujas medidas estão


próximas entre si, ou seja, há pouca dispersão entre as amostras.

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Desvio da média
Valores Desvio (x - µ)
41 -0,5
38 -3,5
39 -2,5
45 3,5
Diferença entre o valor e a média do
47 5,5
conjunto de dados populacional.
41 -0,5
44 2,5
41 -0,5
37 -4,5
42 0,5
Σ x = 415 Σ (x-µ) = 0
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Variância Populacional Valores Desvio (x - µ) (x - µ)2
41 -0,5 0,25
2
2
(𝑥 − 𝜇) 38 -3,5 12,25
𝜎 =
𝑁 39 -2,5 6,25

2
88,5 45 3,5 12,25
𝜎 = = 8,85 47 5,5 30,25
10
41 -0,5 0,25
Desvio padrão Populacional 44 2,5 6,25
41 -0,5 0,25
𝜎= 𝜎2 37 -4,5 20,25
42 0,5 0,25
𝜎= 8,85 = 2,97
Σ x = 415 Σ (x-µ) = 0 Σ = 88,5

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Variância Amostral Valores Desvio (x - µ) (x - µ)2
41 -0,5 0,25
2
(𝑥 − 𝑥) 38 -3,5 12,25
𝑆2 =
𝑛−1 39 -2,5 6,25
2
88,5 45 3,5 12,25
𝑆 = = 9,83
9 47 5,5 30,25
41 -0,5 0,25
Desvio padrão Amostral 44 2,5 6,25
41 -0,5 0,25
𝑆= 𝑆2
37 -4,5 20,25
42 0,5 0,25
𝜎= 9,83 = 3,14
Σ x = 415 Σ (x-µ) = 0 Σ = 88,5

Graus de liberdade (n-1) para correção com relação a variância populacional.


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ERROS DE MEDIÇÃO

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ERROS DE MEDIÇÃO

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ERROS DE MEDIÇÃO

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TIPOS DE ERROS
DE MEDIÇÃO

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ERROS DE MEDIÇÃO

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ERROS DE MEDIÇÃO

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ERROS DE MEDIÇÃO

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ERROS DE MEDIÇÃO

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ERROS DE MEDIÇÃO

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A INCERTEZA ESTIMADA DE UM CONJUNTO DE DADOS

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A INCERTEZA ESTIMADA DE UM CONJUNTO DE DADOS
A média simples, <X>, é a soma dos quatro termos dividida por 4, obtendo-se 10,2. O desvio
u u
do dado medido em relação ao valor médio, , está na coluna 2. O valor médio < > é nulo, 0,0, e
não traz qualquer informação adicional. A terceira coluna é o valor absoluto do desvio; seu valor
médio é o que se denomina de desvio médio, <X> = 0,3.

Na coluna 4 estão os valores dos quadrados dos desvios médios, ( |u | ) 2, e seu valor médio.
A coluna 5 reproduz a coluna quatro: se a soma dos quadrados dos desvios médios (∑ | u | )2 é
agora dividida pelo número de amostras menos um (n - 1 = 3), obtém-se a variância, . A raiz
quadrada da variância é o desvio padrão, SD. Observe que o desvio padrão é maior que o desvio
médio, SD = 0,38 e < X > = 0,3, mas cada um deles pode ser adotado para caracterizar a variação
dos dados experimentais.

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A INCERTEZA ESTIMADA DE UM CONJUNTO DE DADOS

A faixa dos valores medidos (a diferença entre o maior e o menor valor medido) é
importante, evidentemente, para os valores no topo e na base do conjunto de
dados. Por exemplo, pode-se questionar se são representativos frente ao
conjunto de dados e ao experimento em questão:

FVM = Xmáx - Xmín

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A INCERTEZA ESTIMADA DE UM CONJUNTO DE DADOS

A variância indica a dispersão do conjunto de dados em relação à média. Ela é a


média do quadrado dos desvios: na tab. 2.3, some os valores e divida por 3, o
número de dados da amostra menos 1:

2= ( 0,01 + 0,25 + 0,09 + 0,09) / 3 = 0,15s

A fórmula é então

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Algarismo significativos

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Algarismo significativos

Nas três leituras anotadas houve concordância que a barra tem mais que 13
cm. Esse número é exato. A dúvida está no algarismo da fração de cm. O valor
anotado por uma quarta pessoa como 13,65 cm é inaceitável, pois 0,05 cm,
nesse caso, está além da percepção da maioria das pessoas, portanto é um
número que não tem significado físico. O resultado de uma medida então
deve ser composto pelos algarismos corretos, e também um e apenas um
algarismo duvidoso.

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Algarismo significativos

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Arredondamento
O resultado de uma medida pode estar sujeito a manipulação numérica, ou
para expressá-lo com menor número de algarismos significativos ou para
compatibilização de valores.
Se o algarismo à direita do último dígito que se pretende representar for
inferior a 5, 50, 500..., apenas desprezam-se os demais dígitos à direita.

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Arredondamento
Se o algarismo à direita do último dígito que se pretende
representar for 5, 50, 500..., adiciona-se uma unidade ao último
dígito representado; e desprezam-se os dígitos à direita se esse
dígito for originalmente ímpar; apenas são desprezados os demais
dígitos à direita se esse dígito for originalmente par ou zero.

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Erros
Não existe sistema de medição perfeito. Toda medição está sujeita a
erros, que precisam ser conhecidos e minimizados.

Erro sistemático

Componente do erro de medição que, em medições repetidas, permanece constante ou


varia de maneira previsível.

Erro aleatório

Componente do erro de medição que, em medições repetidas, varia de maneira imprevisível.

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Erro de medição
Diferença entre o valor medido duma grandeza e um valor de referência.
Corresponde à soma do erro sistemático com o erro aleatório.

Na Tabela, os resultados da calibração de um gerador de impulso são mostrados no


certificado de calibração, em que o erro foi calculado em %.

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Erro de medição

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Conceitos de confiabilidade

Ao contrário do que se imagina, a calibração do instrumento, a


análise do certificado e sua validação para o uso não são suficientes
para garantir a confiabilidade metrológica, mas sim um eficiente
sistema de gestão da qualidade.

Essa garantia só é possível com o cumprimento das normas da


qualidade tais como as normas da série ISO 9000 para produtos e
serviços:

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Conceitos de confiabilidade

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INCERTEZA DE MEDIÇÃO

A incerteza de medição é um parâmetro (como um desvio padrão)


não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a
um mensurando com base nas informações utilizadas. Tais infor-
mações podem ser componentes estimados a partir de uma
distribuição estatística e desvios padrão estimados a partir de
outras informações e experiências.

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INCERTEZA DE MEDIÇÃO

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INCERTEZA DE MEDIÇÃO

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INCERTEZA DE MEDIÇÃO

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INCERTEZA DE MEDIÇÃO

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INCERTEZA DE MEDIÇÃO

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CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE MEDIÇÃO

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CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE MEDIÇÃO

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Validação do certificado
O certificado de calibração é emitido para o uso e não para ficar arquivado numa
pasta. Ao receber o certificado, verifique se ele atende aos requisitos mínimos
conforme a norma NBR ISO/IEC 17025. Confronte os erros com as especificações
do instrumento para se certificar de que nenhum ponto medido esteja fora
dessa especificação (o erro máximo admissível).

Numa segunda etapa, verifique a incerteza de medição e defina se o


instrumento está apto para o uso ou se há necessidade de correções.

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Validação do certificado
Não é uma regra fixa ADOTADO POR TODOS, mas pode ser um ponto de partida
adotar o seguinte critério para aprovar o instrumento ao uso:

Coloque os limites do EMA. A


partir do EMA, coloque o valor
da IM. Considere aprovado o
instrumento cujo erro
(encontrado no certificado de
calibração) esteja dentro da
área cinza.

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UNIDADES DERIVADAS DO SI

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UNIDADES DERIVADAS DO SI

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Múltiplos e submúltiplos das unidades SI

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Múltiplos e submúltiplos das unidades SI

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Unidade de comprimento
A unidade de comprimento é o metro. Com ela e seus múltiplos e
submúltiplos pode-se conhecer qualquer dimensão linear, área e volume.

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Unidade de força

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Unidade de temperatura

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Unidade de temperatura

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Unidade de pressão

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Unidade de pressão

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Unidade de massa

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FIM

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