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INSTITUTO DE QUÍMICA
Departamento de Operações e Projetos Industriais
Laboratório de Engenharia Química I
Prof. Marco Antonio Gaya de Figueiredo
Relator:
Dezembro 2013
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE QUÍMICA
Departamento de Operações e Projetos Industriais
Laboratório de Engenharia Química I
Prof. Marco Antonio Gaya de Figueiredo
Sumá rio
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................................5
2.1 FILTROS-PRESA – FILTRAÇÃO À PRESSÃO CONSTANTE.................................................5
2.2 TRATAMENTO MATEMÁTICO.......................................................................................6
2.2.1 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE..................................................................................8
2.2.2 EQUAÇÃO DO MOVIMENTO.....................................................................................8
2.3 OPERAÇÃO A PRESSÃO CONSTANTE..........................................................................11
2.4 OPERAÇÃO A VAZÃO CONSTANTE..............................................................................12
2.5 OPERAÇÃO DE LAVAGEM DA TORTA..........................................................................12
2.6 PROJETO DO FILTRO-PRENSA.....................................................................................12
2.7 HIPÓTESES DE SCALE-UP............................................................................................13
3. MATERIAL E METODOLOGIA..............................................................................................14
3.1 MATERIAL.........................................................................................................................14
3.2 METODOLOGIA EXPERIMENTAL.......................................................................................15
4 - RESULTADOS.........................................................................................................................16
5 – DISCUSSÃO...........................................................................................................................19
6- CONCLUSÃO...........................................................................................................................20
7- BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................21
8- ANEXOS..................................................................................................................................22
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Índice de figuras:
Figura 1:Esquema do Filtro-prensa..............................................................................................5
Figura 2:Esquema representativo da formação da torta..............................................................6
Figura 3:Vista geral do Filtro Prensas de Placas e Quadros........................................................14
Figura 4: Gráfico t/V versus V.....................................................................................................17
Índice de Tabelas:
Tabela 1:Dados experimentais...................................................................................................16
Tabela 2:Dados obtidos experimentalmente das dimensões da torta.......................................21
Tabela 3:Dados experimentais para construção do Gráfico.......................................................21
Tabela 4:Dados obtidos na pesagem da torta............................................................................21
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1. INTRODUÇÃ O
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Existem dois tipos de filtração na prática: os filtros de superfície, que são usados para a
filtração com formação de tortas; e os filtros de profundidade que são usados para filtração em
leitos fixos. Na filtração com formação de tortas a deposição de partículas sobre o meio filtrante
é desejável para se obter a formação da torta que irá filtrar a suspensão. Na filtração em
profundidade, a deposição das partículas ocorre nos canais do meio filtrante e a deposição na
superfície não é desejável, pois pode gerar problemas de entupimento (colmatação) e
incrustação.Neste experimento fez-se uso do filtro-presa que é um filtro de superfície e
escolheu-se condição de pressão constante.
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aos furos dos canais nas placas e nos quadros. Uma vez fechada a prensa, o meio filtrante
atua como uma gaxeta, selando as juntas entre as placas e os quadros e formando um canal
contínuo com os furos existentes em uns e outros destes elementos.
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∆Pm
∆Pc
PL
P0
Filtrado Suspensão
∆x
P1
Meio
Filtrante Torta
L
A torta oferece uma barreira ao escoamento. Isto explica a queda de pressão ao longo
da mesma. Já o meio filtrante serve apenas como suporte mecânico; quem realiza
efetivamente a filtração é a torta que se forma. Desta figura, podem ser definidos os conceitos:
queda de pressão na torta, equação [1], e o de queda de pressão no meio filtrante, equação [2],
conforme vemos a seguir:
Pc PL P0 [1]
Pm P0 P1 [2]
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Ps
d) As propriedades da torta dependem da pressão sobre os sólidos ( ), onde
Ps =P L−P PL P
, e é a pressão na cabeça da torta e é a pressão em um ponto
qualquer da torta.
É válido ressaltar que Ps significa o quanto de pressão foi perdido num dado ponto da
torta e foi transferida para o sólido.
¶
( eρ ) + ⃗
Ñ ( eρ ⃗q )=0
¶t
[3]
⃗q
onde é a velocidade superficial e é a massa específica do fluido.
A partir das hipóteses já ditas no item anterior, a equação [5] resume-se em:
dq=0
[4]
q
isto é, a velocidade superficial do fluido independe da posição no meio poroso.
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ερ
[ ∂v
∂t ]
+ ( grad v ) v =−divP−m+ ερ g
[6]
m
onde representa a perda de momento do fluido para o sólido e como uma das
hipóteses diz que o escoamente é Darcyano, então:
m
m= eU , onde : U =v −v s
k (e )
[7]
μq
−d ( P L−P ) = dx
κ
[8]
dM A dx
Definindo como sendo a massa de sólido presente no elemento de volume ,
isto é:
1
dM =ρ s ( 1−e ) Adx ¿ dx= dM
ρs ( 1−e ) A
[9]
μq 1
−d ( P L−P ) = dM
A κρ s ( 1−ε )
[11]
1
α=α ( Ps ) =
κρ s ( 1−ε )
[11]
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d ( P L−P ) μq
− = dM
α A
[12]
P L− PL
d ( P L −P ) M
μq
− ∫ α
=∫
A
dM
P L− P 0 0
[13]
⟨α⟩
resistividade média da torta , que é determinada a partir de testes experimentais. Desta
forma tem-se que:
P L−P μ q
− = M
⟨α⟩ A
[14]
ΔP c=P L−P 0
Como , ou seja, a queda de pressão devido à presença da torta:
μ ⟨α⟩ q
ΔP c= M
A
[15]
C
E definindo mais um parâmetro de composição , temos:
massa de sólidos M
C= =
massa de líquidos ρV + ρV t ⟨ε⟩
[16]
Vt M V ρ
onde é o volume de torta, é a massa de sólidos na torta, é o volume de filtrado e é
a densidade/massa específica do fluido.
Na equação [16], considerou-se que o líquido saiu totalmente clarificado. Supondo que
a massa de líquido filtrado é muito maior que a massa de líquido retido na torta, tem-se que
M≈ρ CV
e aplicada na equação [16].
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μ ⟨α⟩ ρCVq
ΔP c=
A
[17]
A aproximação sugerida pela equação [17] é tão mais válida quanto mais diluída for a
suspensão: muita suspensão daria pouca torta que, por sua vez, retém em seus poros pouco
líquido.
( 1−ε ) ρ s [ ∂ vs
∂t ]
+ ( grad v s ) v s =gradT s +m + ( 1−ε ) ( ρs −ρ ) g
[18]
dP μ q
=
dx κ m
[19]
κm
onde é a permeabilidade do meio filtrante. Integrando esta última, tem-se:
Lm
ΔP m=μ q =μ qRm
κm
[20]
Lm Rm ΔP m
onde é a espessura do meio filtrante, é a resistência do meio filtrante e, é a queda
de pressão devido a imposição do meio filtrante.
dx dV
A formação de uma espessura de torta está associada a coleta de um volume
dt
de filtrado e o transcurso de um intervalo de tempo . Assim, pode-se reescrever a velocidade
superficial de filtrado da seguinte forma:
1 dV
q=
A dt
[22]
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Que resulta então na nossa equação de trabalho para os diferentes tipos de regime de
filtração:
dt
=
dV AΔP A (
μ ⟨α⟩ ρCV
+R m )
[23]
t
=
V AΔP (
μ ⟨α m ⟩ ρ CV
2A
+ Rm ) [24]
⟨αm ⟩ C
μ Rm
dV
=Q=c te
dt
[25]
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t 1
= =
V Q AΔP A (
μ ⟨ α m⟩ ρCV
+ Rm )
[26]
1 t
= l =
m áα m ⟩ ρCV f
Ql V l ADP A (
+ Rm ) ¿t l =
ADP (
V l m áα m ⟩ ρCV f
A
+ Rm )
[27]
Ql tl Vl
onde é a vazão de lavagem, é o tempo de lavagem, e é o volume de lavagem.
Sabe-se que:
M ( 1 -áe ⟩ ) V t ρs
M=( 1 -á e ⟩ ) V f ρ s e C= ⇒ V=
ρV ρC
[28]
Vf ε
onde é o volume filtrado durante toda operação, é a porosidade da torta.
Sendo,
A
V t= e
2
[33]
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e
onde é a espessura do quadro. Vale ressaltar que em cada quadro há a formação de 2
tortas; por isso a divisão por 2.
Definindo,
Vf
β=
Vt
[34]
( 1−⟨ ε⟩ ) ρs
β=
ρC
[35]
Vf Vt
onde é o volume de filtrado, é o volume de torta.
Vp Vi Vi ep
= ¿ Ai =
Ap e p Ai e i V p ei
2 2
[36]
Rm
Logo que a torta começa a ser formada, torna-se desprezível. Então:
2
ξV
t= 2
A
[37]
μ ⟨α m ⟩ ρC
ξ=
2 ΔP
onde .
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tp
( VA )
2
(p )
=
ti
( VA )
2
(i)
e
( ) (V A )
(V A )
p
i
=
ep
ei
⇒ t i=t p
( )
ei
ep
2
[41]
tls tlc
Definindo as equações abaixo onde é o tempo de lavagem simples e é o tempo
de lavagem completa.
Vl Vl
t ls =2 t e t lc=8 t
V V
[42] e [43]
Agora definindo,
Vl Vl β'
β'= e =
Vt V β
[44] e [45]
Logo,
β'
t l =K t i
β
[46]
3. MATERIAL E METODOLOGIA
3.1 MATERIAL
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Após a filtração, pesou-se a massa de torta úmida e a massa de torta seca para,
assim, permitir a previsão da porosidade média da torta, e proceder com os cálculos
necessários.
4 - RESULTADOS
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Tabela 1
Volume Volume
Tempo (T) Vazão (Q) T/V
(V) (V)
(s) (m³/s) (s/m³)
(mL) (m³)
200 0,0002 75 2,67E-06 3,75E+05
400 0,0004 209 1,91E-06 5,23E+05
600 0,0006 375 1,60E-06 6,25E+05
800 0,0008 544 1,47E-06 6,80E+05
1000 0,001 833 1,20E-06 8,33E+05
1200 0,0012 1104 1,09E-06 9,20E+05
1400 0,0014 1405 9,96E-07 1,00E+06
1600 0,0016 1736 9,22E-07 1,09E+06
1800 0,0018 2097 8,58E-07 1,17E+06
1,20E+06
1,00E+06
t/Q (s/m3)
8,00E+05
6,00E+05
4,00E+05
2,00E+05
0,00E+00
0 0,0005 0,001 0,0015 0,002
V (m3) y = 5E+08x + 313954
R² = 0,9918
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μ Rm
coeficiente linear = =313954
A ∆P
μαρC 8
coeficiente angular= 2
=3.10
2A ∆P
M 88,51∗2∗10−3
C= =
ρV 1000∗1,8∗10−3
OBS: a massa de sólidos na torta foi dividida por dois, pois a massa pesada corresponde a duas
“cabeças” de torta, ou seja, cada quadro forma duas tortas de mesmo volume, hipoteticamente.
Rm α
Isolando e , obtemos os seguintes valores:
7 −1
Rm =2,48.10 m
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5 – DISCUSSÃ O
6- CONCLUSÃ O
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7- BIBLIOGRAFIA
FOX, Robert W, MCDONALD, Alan T. & PRITCHARD, Philip J.; Mecânica dos
Fluidos; tradução de Ricardo N. N. Koury, Geraldo A. C. França.- Rio de Janeiro: LTC,
6ª Ed., 2006.
FOUST, Alan S. et al. – “Princípios das Operações Unitárias”, LTC – Livros Técnicos
e Científicos Editora LTDA, 2a edição, Rio de Janeiro, 1982.
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8- ANEXOS
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