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Acionista Controlador
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O conceito atual de acionista controlador não mais o associa apenas à pessoa, física ou jurídica, que detém a maioria das
ações com direito a voto. Por outro lado, busca-se identificar em uma sociedade quem de fato exerce o poder de
controle, seja uma pessoa ou grupo de pessoas. Realmente, na prática, há outras possibilidades para o exercício do
poder de controle que não apenas a majoritária, exercida devido à propriedade da maioria absoluta das ações com
direito a voto. Pode haver um controle compartilhado, em que o poder é exercido por diversas pessoas em grupo
constituído, por exemplo, em acordo de acionistas. Pode ainda existir a figura do controle minoritário, na hipótese de AGENDA (/menu/eventos.html)
uma companhia com ações dispersas no mercado, em que um acionista ou grupo de acionistas, mesmo com menos da
metade do capital votante exerça de fato o poder de controle. E mais, mesmo em uma estrutura societária com um sócio
Não há eventos futuros.
majoritário, pode não ser ele quem de fato exerça o poder de controle. 

A importância em caracterizar o acionista controlador como quem tem efetivamente o poder de controle na sociedade
está relacionada às implicações disso nos rumos dos negócios. Envolve mais que uma simples questão de direito, ao
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contrário, torna-se uma questão de fato, no sentido de identificar quem realmente, e de modo permanente, tem poderes
para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos demais órgãos. Assim, o acionista controlador deixa de
ser visto como apenas mais um dentre todos os acionistas da companhia e passar a ser visto como se um próprio órgão ABRASCA - Associação Brasileira das Companhias
da sociedade, integrante da estrutura, com objetivos, direitos e deveres. Torna-se evidente a separação entre acionista Abertas(http://www.abrasca.org.br)
minoritário e acionista controlador. ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Capitais(http://www.anbima.com.br)
A Lei 6404/76, já introduzindo esse conceito moderno, apresenta duas características que devem estar presentes
ANBIMA - Como Investir?(http://www.comoinvestir.com.br)
simultaneamente para a caracterização do acionista controlador. São elas: (i) ser titular de direitos de sócio que lhe
assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia-geral e o poder de eleger a ANCORD - Associação Nacional das Corretoras e Distribuidora
Mobiliários, Câmbio e Mercadorias(http://www.ancord.org.br)
maioria dos administradores da companhia; e (ii) usar efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar
APIMEC - Associação dos Analistas e Profissionais de Investim
o funcionamento dos órgãos da companhia.
Capitais(http://www.apimec.com.br)
Embora o poder de controle seja legítimo, ele tem limites. Em verdade, é um poder vinculado à realização dos objetivos B3 - Brasil, Bolsa e Balcão(http://www.b3.com.br/pt_br/)
da companhia. Assim, a Lei 6404/76, no parágrafo único do artigo 116, estabelece que o acionista controlador deve usar Comissão de Valores Mobiliários (CVM)(http://www.cvm.gov.
o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e
Comitê Consultivo de
responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que Educação(/menu/Menu_Academico/Comite_educacao/Princip
atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.
ENEF - Estratégia Nacional de Educação
Financeira(http://www.vidaedinheiro.gov.br/)
Assim, a Lei determina expressamente a responsabilização dos acionistas controladores por atos praticados com abuso
de poder, ou seja, o exercício do poder com fim distinto ao determinado na lei e no estatuto da companhia. Indo além, a Escola de Educação Previdenciária do
Rioprevidência(https://www.rioprevidencia.rj.gov.br/EscolaPr
Lei ainda cita modalidades de exercício abusivo de poder, conforme transcrito abaixo.
Escola Nacional de Defesa do
“Art. 117. O acionista controlador responde pelos danos causados por atos praticados com abuso de poder.
Consumidor(https://www.defesadoconsumidor.gov.br/escolan
§ 1º São modalidades de exercício abusivo de poder:
PLANEJAR - Associação Brasileira de Planejadores
a) orientar a companhia para fim estranho ao objeto social ou lesivo ao interesse nacional, ou levá-la a favorecer Financeiros(http://www.planejar.org.br/)
outra sociedade, brasileira ou estrangeira, em prejuízo da participação dos acionistas minoritários nos lucros ou IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa(http://
no acervo da companhia, ou da economia nacional;

IBRI - Instituto Brasileiro de Relações com Investidores(http:


b) promover a liquidação de companhia próspera, ou a transformação, incorporação, fusão ou cisão da
INFE/OECD - Internacional Network on Financial Education(h
companhia, com o fim de obter, para si ou para outrem, vantagem indevida, em prejuízo dos demais acionistas, education.org)
dos que trabalham na empresa ou dos investidores em valores mobiliários emitidos pela companhia;

Instituto Iberoamericano de Mercados de Valores(http://www


c) promover alteração estatutária, emissão de valores mobiliários ou adoção de políticas ou decisões que não
Ministério da Economia(http://www.economia.gov.br/)
tenham por fim o interesse da companhia e visem a causar prejuízo a acionistas minoritários, aos que trabalham
na empresa ou aos investidores em valores mobiliários emitidos pela companhia;

d) eleger administrador ou fiscal que sabe inapto, moral ou tecnicamente;

e) induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal a praticar ato ilegal, ou, descumprindo seus deveres definidos
nesta Lei e no estatuto, promover, contra o interesse da companhia, sua ratificação pela assembléia-geral;

f) contratar com a companhia, diretamente ou através de outrem, ou de sociedade na qual tenha interesse, em
condições de favorecimento ou não equitativas;

g) aprovar ou fazer aprovar contas irregulares de administradores, por favorecimento pessoal, ou deixar de
apurar denúncia que saiba ou devesse saber procedente, ou que justifique fundada suspeita de irregularidade.

h) subscrever ações, para os fins do disposto no art. 170, com a realização em bens estranhos ao objeto social da
companhia.

§ 2º No caso da alínea e do § 1º, o administrador ou fiscal que praticar o ato ilegal responde solidariamente com
o acionista controlador.

§ 3º O acionista controlador que exerce cargo de administrador ou fiscal tem também os deveres e
responsabilidades próprios do cargo.”

Portanto, há na legislação societária brasileira uma evidente preocupação em proteger os acionistas minoritários de
possíveis abusos de poder dos controladores. Para isso, a regulamentação avançou, como visto acima, em três aspectos
fundamentais: (i) na evolução do conceito, que mudou o foco da questão de direito, ou seja, do critério exclusivo da
propriedade das ações com direito a voto, para a questão de fato, observando quem realmente detém e exerce o poder
de controle nas companhias; (ii) na compreensão do fato de que o acionista controlador desempenha um papel
específico, como uma unidade própria na organização, com objetivos, direitos e deveres; e (iii) no reconhecimento de
que esse poder, caso mal utilizado, pode ser prejudicial ao acionistas minoritários que, por isso, precisam da tutela
regulamentar.

Saiba mais sobre "Acionistas - direitos e informações"


(/menu/Menu_Investidor/acionistas/introducao.html)

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