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O viajante do deserto

Em meio de arbustos, o azul e predominante nas ruelas com galhos secos na terra fria. Eu era único
que sobrou das minhas tropas, e estava perdido, já nem lembrava feições do meu rosto e nem se
quer quem eu era, estou a dias a caminhar nesses locais estranhos e sei que fui maldiçoado.

Mas aquele local era diferente de todos, eu sentia uma presença forte, uma energia forte.

O brilho intenso da lua iluminava o gramado da terra, e os locais que ela não alcançara dava
surgimento de tons negros que tingiam com arte o solo da grama esverdeada com flores arrozadas
que perfumavam meu tornozelo, nunca tinha entrado em tão sublime solo, meus pés secos e pálidos
pelo calor do deserto se refrescavam.

Ouvi a voz da morte naquele deserto. Lembro de ter clamado aos deuses quando aquela tempestade
de abutres infernais atingiu-me, vi naquele dia o brilho dos olhos dos demónios na terra, reza a
lenda que quem olhar-lhe aos olhos é amaldiçoado, e la estava eu condenado a tal maldição,
esquecer minha propiá identidade e viajar anos sem encontrar meu destino, era um verdadeiro
inferno.

Os olhos dos demónios eram negros avermelhados o sol sumiu das minhas vistas com o negro das
aves negras expostas ao ceu, abutres de almas pecaminosas, famintos em arrastar todas almas
quantas conseguirem as trevas e perfurar suas entranhas com espadas afiadas forjadas no fogo do
inferno.

“Maldição” suspirei eu em silencio enquanto meus calcanhares pisavam na grama húmida, a luz da
lua brilhava sobre a cachoeira e logo ao fundo via-se uma gigantesca montanha esverdeada.

Eu sentei-me a beira do rio, mergulhei meu rosto por cima do meu reflexo que eu já nem lembrava
como era, matei a minha sede e as saudades que tinha de ver meu rosto, quando levantei-me segui
para onde a minha intuição levava.

Caminhos estreito com árvores altas, havia uma força que me abduzia, cheguei a um local e eu não
podia acreditar no que meus olhos viam, meu coração nem se quer conseguia se conter, calafrio e
pernas tremulas meu sangue aqueceu e acelerou nas minhas veias como quedas de meteóricos eu
senti pulsações fortes.

Vestes brancas , passos leves quase sem tocar o chão, cabelo crespo, típico da cultura africana,
olhos arregalados e lábios carnudos , um aroma doce a rodeava, tinha uma aura forte e com uma
energia hipnotizantes, já mais tinha visto tamanha grandeza em minha vida. Meu coração rendeu-se
a tamanha beleza celestial.

Eu achei que fosse um sonho ou que se trata-se de uma miragem ou alucinações por conta do que
passei no deserto.

Fechei meus olhos por uns segundos com minhas mãos timidamente estendidas para frente, como
fazem as crianças quando brincam a “cabra cega” , pensei bem baixinho, “acorda homem, estas
alucinando, acorda soldado, estas ainda no deserto ” abri as pestanas timidamente e lá estava ela
bem em frente ao meu rosto, aqueles olhos claros hipnotizantes , segurou-me a mão, e com passos
leves, quase sem tocar o chão puxou-me ate a caverna.

Dentro da caverna e ainda sem entender o que estava acontecer, sentei-me numa espécie de veludo
com acabamentos em ouro, havia pedras preciosas que faziam parte das suas vestes, um tesouro
faraónico um lugar que ate aquele momento era desconhecido por mim.
Ela tirou-me as vestes velhas que eu trazia, falou em frente ao meu rosto, como se a minha boca
você o ouvido do meu corpo, e disse simplesmente

“Vem”, e eu fui,

Entra, e eu entrei

Mergulha e eu mergulhei.

Era quente e morno, temperatura ideal para ficar ali mergulhado a vida inteira, pétalas de rosas
espalhadas a minha volta, e eu ali mergulhado no fundo daquela água de banho digno de um
majestoso. E ela, sentada num banco bem em frente de mim, os pés cruzados e uma taça de vinho
na mão olhando-me fixamente em meus olhos ela ordenou-me.

“Erga-te.”

Eu pus-me em pé, mas não eu só fiquei em pé como minha vareta levantou-se em respeito a beleza
que contemplara, havia desejo inflamável, eu simplesmente queria queima-la de alguma forma.

Deu um passo diante de mim, como uma mão em meu ombro e outra em meu varão e sem muitas
palavra, meteu em sua boca húmida, eu peguei-lhe pelos cabelos crespos e acompanhei os
movimentos da cabeça, segurei pela nuca fiz um movimento súbito e beijei-a, com uma mão ela
passava suas garras em minhas costas e a outra apertava o varão, tirei-lhe o manto branco que a
cobria e juntei-me ao corpo dela.

Deitamos os corpos no algodão e na seda, eu com uma mão na nuca e outra viajando fervosamente
pelo corpo dela, rendi-me a fruta e beijei o pêssego dela, o triangulo invertido, sim beijei aquela
fruta como se beija-se uma boca, eu não tinha pressa queria mesmo ficar ali lambendo e passando
minha língua nela, puxou-me pelo cabelo e fez pressão na vulva dela, com o rebento em formato de
uma semente no meio da minha boca, fiz com minha língua movimentos lentos circulares em sua
volta, deliciei o sabor do néctar que escorria e quase era esmagado pelas cochas que apertavam a
minha cabeça, os nosso corpos entraram em êxtase a temperatura subiu estrondosamente e uma
estranha energia circundava os nossos corpos, era algo inexplicável.

Ela sussurrava: “Eu quero que me possuas, eu quero que me penetres e deixes a tua energia vital em
mim.”

Pus minha língua no púbico dela, subi lentamente até a semente e dei uma ligeira pausa nesse ponto
e fiz movimentos circulares e lentos, continuei a subir levemente com a língua deslisando no corpo,
a minha mão nesse momento apertava carinhosamente os seus melões , mas a língua não parava de
seguir em direção ao umbigo e dei ligeira pausa e dei-lhe o mesmo tratamento que ao rebento,
continuei a minha viagem por aquele corpo celestial e quando cheguei a boca, beijei-a e penetrei-a
profundamente.

Ela contorceu-se e suspirou prazerosamente

“Haaai , esperei tanto por esse momento, por favor não pare”

Eu-“Minha deusa, só te via em sonhos e hoje nossas energias colapsam”

“Sentes o fervor do meu desejo por ti?”

Ela- “A minha alma entregou-se ao teu desejo e eu quero ascender minha luz astral com teu fogo”
Eu na posição que os budas meditam, ela por cima de mim com peito dela colado ao meu e com o
meu varão dentro dela, nossos corpos emanavam uma energia pura para o universo, criamos uma
aura a nossa volta enquanto nossos corpos estavam ligados.

Ficamos ali horas e horas, nos amamos como os deuses fazem amor, o tempo parou e a natureza se
prostrava diante de nós. Chegamos ao colapso do amor e nossos corpos uniram-se e ficou um só,
nossas almas ficaram luz, era luz sobre luz, pureza e bondade, era vida sobre vida, o sopro e palavra,
o universo e as galáxias, era simplesmente o climax, e a maldição quebrou-se.

Ela no meu ouvido disse bem baixinho.

“Bem vindo de volta ao teu Reino meu Rei”.

-Afinal, ali é que era meu destino.

Camilo Givá

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