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Rhanderson Cardoso, MD

métodos
para ter
ideias de
pesquisa de
forma
autônoma
e-Book

@rhandersoncardoso.md
Rhanderson Cardoso, MD

Olá,

Fico muito feliz em saber que você tem um interesse genuíno em aprender a fazer pesquisa
científica de qualidade e de forma autônoma. Tenho como propósito de carreira fazer a
democratização de pesquisa de qualidade entre estudantes de medicina, médicos(as) e outros
profissionais da área da saúde.

O caminho tradicional para quem tem interesse em pesquisa na faculdade é este: ficar implorando
por migalhas de oportunidades de pesquisa com diversos staffs; receber muitas respostas
negativas ou então falsas promessas de “quando surgir algo, te aviso”; ou, então, de fato receber
uma migalha – um relato de caso, uma coleta de dados em prontuário ou algo assim.

Eu sei porque eu mesmo trilhei esse caminho. Para que fique claro, não existe nada de errado em
fazer relatos de caso. Mas, permita-me te mostrar um caminho melhor, um caminho de excelência,
um caminho onde você consegue, de forma independente, publicar em grandes revistas
indexadas, apresentar trabalhos em congressos internacionais, sem depender de barreiras
tradicionais, como conhecimento estatístico, dinheiro, tempo de sobra, etc. Esse método permite
que você jogue na série A de pesquisa internacional com trabalhos citados como referência na
literatura mundial, independente do seu nível de treinamento.

Mas, isso só acontece se você entender o método. Este e-book é justamente


sobre o primeiro passo do método correto – ter ideias para pesquisa. É
importante entender que pesquisas científicas nada mais são do que
perguntas. E, de onde saem essas perguntas? Aqui nesse e-book você
encontra 3 métodos claros de fontes inesgotáveis de ideias.

Aproveito para te convidar para conhecer todo o método – todo o passo-a-


passo que culmina com você, apto(a) para conduzir sua própria pesquisa de
maneira independente. Mas não é qualquer pesquisa, é pesquisa de
impacto.

Te convido, então, para participar do Curso Intensivo de Metas. Se você


clicar nesse link e as vagas estiverem encerradas, tudo bem. Fique
tranquilo(a), preencha seu nome na lista de espera e te vejo na próxima
edição do Intensivo de Metas.

Rhanderson Cardoso, MD

Cardiologista e professor na Harvard Medical School

*este material não está filiado a Harvard e as minhas


opiniões não necessariamente refletem as opiniões
das instituições em que trabalho ou já trabalhei.
Quem é Rhanderson Cardoso?

Médico pela Universidade Federal de Goiás


Residente-chefe de Clínica Médica na Universidade de Miami, Jackson Memorial Hospital
Cardiologia pelo Johns Hopkins Hospital
Mestrado em Epidemiologia Cardiovascular na Bloomberg School of Public Health, Johns
Hopkins University
Chief-Fellow, Cardio-Imagem, Brigham & Women’s Hospital, Harvard Medical School
Professor e cardiologista no Brigham & Women's Hospital, Harvard Medical School
Autor de mais de 50 publicações indexadas; mais de 200 trabalhos apresentados em
congressos nacionais e internacionais; e com 1000 citações na literatura.

Entusiasta do ensino médico no Brasil e no mundo;


Mentor e fundador do Curso Intensivo de ECG, do
Curso Intensivo de Metas e do CardioClub;
Já ensinou + de 5.000 alunos de 12 países diferentes!

@rhandersoncardoso.md

@RCardoso_MD

Rhanderson Cardoso, MD | Intensivo

Rhanderson N. Cardoso

63 98484-5970

intensivodemetas.com

Rhanderson Cardoso, MD

Do interior de Tocantins à
Harvard Medical School
Rhanderson Cardoso, MD

Neste e-Book vamos


aprender métodos de obter
ideias para um tipo especial
de pesquisa: a que
proporciona maior nível de
evidência para a prática
clínica.

Revisões sistemáticas e metanálises

Estudos controlados randomizados

Estudos controlados não randomizados

Estudos observacionais com


grupos de comparação

Relato de caso e série de casos

Opiniões de especialistas

Vamos definir o que são as


revisões sistemáticas e
metanálises?

Material de apoio
Aqui vai uma aula completa sobre o que são e como
interpretar revisões sistemáticas e metanálises.

Quero assistir
Rhanderson Cardoso, MD

Resumindo...

Revisão sistemática

Síntese de evidências de estudos


individuais com termos de busca,
critérios pré-estabelecidos de inclusão
e exclusão, utilizando métodos
sistemáticos para minimizar vieses.

É a combinação estatística dos


resultados dos estudos individuais
similares entre si.

Metanálise
Rhanderson Cardoso, MD

E por que a metanálise é tão importante?


Veja o exemplo do poder de uma metanálise quando bem conduzida:
Hoje a terapia trombolítica é um tratamento amplamente validado para o
IAM com supra.

Os estudos randomizados testando o uso de trombolítico no IAM com


supra aconteceram dos anos 60 a 80. Nesse período, mais de 45.000
pacientes foram incluídos em 70 estudos randomizados testando a
hipótese de uso de trombolítico em IAM com supra.

Mas será que era necessário mesmo fazer tantos estudos?

Terapia
trombolítica no
infarto agudo do
miocárdio

Uma análise dos dados cumulativos acima mostra que ainda nos anos 70,
com < 4.000 pacientes incluídos em aproximadamente 15 estudos, já era
possível identificar um benefício robusto de trombolítico nesse cenário
caso uma metanálise dos estudos tivesse sido realizada.

Desde então, mais de 35.000 pacientes foram incluídos em estudos


adicionais, sempre sob o pretexto de que ainda não se sabia sobre o
benefício de trombolíticos em IAM com supra. De fato, a literatura médica
nesse período dos anos 70 e 80 ainda não recomendava o uso de
trombolíticos para esses pacientes.

Nesse caso específico, uma metanálise dos dados teria acelerado a


conclusão sobre o grande benefício de trombolíticos nessa população
em mais de uma década.
Rhanderson Cardoso, MD

Para atingir o patamar de independência em revisões sistemáticas


(RS) e metanálises (MA), é necessário que você tenha autonomia nas
ideias de pesquisa. Você nunca será independente se precisar de
terceiros para pensarem em ideias para você.

Neste e-Book vou te mostrar como você pode ter ideias próprias para
revisões sistemáticas e metanálises, independente do seu nível
atual de treinamento.

Existem inúmeras formas e fontes de ideias para RS e MA. A seguir vou

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lhe explicar três delas.

métodos para ter


ideias de revisões
sistemáticas e
metanálises
Rhanderson Cardoso,MD
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Rhanderson Cardoso, MD

Follow the data


Quando um estudo novo é publicado sobre um certo tema de seu
interesse, isso pode se tornar uma ideia para sua própria pesquisa.

Geralmente, novos estudos, principalmente ensaios clínicos,


fundamentam-se em experimentos prévios. Muitas vezes é possível que
você use essa nova publicação, juntamente com as pesquisas prévias,
para formular uma ideia para RS ou MA.

Inscreva-se para receber o newsletter das


principais revistas de sua especialidade. Por
exemplo, na cardiologia, você deve se
inscrever, no mínimo, nas seguintes revistas:
NEJM, Lancet, JACC, Circulation, JAMA
Cardiology, European Heart Journal.

Para receber o Table of Contents


semanalmente, basta criar uma
conta gratuita com seu email para
a maioria das revistas.

Reserve um tempo durante sua semana


para ler o título e/ou abstract dessas
revistas (você receberá no email). Esse
exercício de 30 min a 1 hora por semana vai
te proporcionar várias ideias de RS e MA.

Além disso, você ficará mais ágil e mais


efetivo nessa tarefa ao longo do tempo se
desenvolver esse hábito regular.
Rhanderson Cardoso, MD

Exemplo na prática

Ler na íntegra >

Eu tive essa ideia ao ver a publicação do estudo RIVER no New England


Journal of Medicine, um estudo brasileiro avaliando o uso de rivaroxabana
em pacientes com fibrilação atrial e uma valva mitral biológica:
(Guimaraes et al. N Engl J Med 2020;383:2117-2126)

Ler na íntegra >

Aqui é importante notar o quanto uma MA pode agregar à literatura de


forma importante, mesmo quando há um ensaio clínico randomizado
bem conduzido sobre o mesmo tema, como o estudo RIVER.
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Rhanderson Cardoso, MD

Beira-leito Beira-leito

Uma fonte importante de ideias são as dúvidas durante a prática


clínica.

À medida que você evoluir na sua carreira pelo ciclo clínico, internato,
residência e pós-residência, fique sempre atento(a) a perguntas do
dia a dia na prática médica.

Uma dúvida que surge na enfermaria, na UTI, ou no centro cirúrgico


pode virar uma publicação de alto impacto através de RS e MA.

Sempre anote essas perguntas para seu


próprio aprendizado e para alimentar
sua pesquisa científica.
Rhanderson Cardoso, MD

Exemplo na prática

Uma dúvida simples do ambulatório de cardiologia: paciente pós-


cirurgia cardíaca de revascularização miocárdica deve
permanecer com duplo antiagregante plaquetário ou apenas AAS?

Ler na íntegra >

Esta minha metanálise, que surgiu a partir de uma simples ideia,


foi referência para formular as diretrizes de 2021 de
revascularização miocárdica do American College of Cardiology
e American Heart Association.

Ler na íntegra >


Lawton et al. J Am Coll Cardiol 2022;79:e21-e129.
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Rhanderson Cardoso, MD

Diretrizes
Diretrizes são uma outra fonte muito boa para ideias de RS e MA. O
conceito aqui é simples. As diretrizes deixam evidente aquilo que não é
consolidado ainda em uma dada especialidade.

Ao ler uma diretriz, você pode buscar esses pontos de incerteza naquela
área para suas próprias ideias.

Cada especialidade/sociedade tem a sua própria forma de hierarquizar


os níveis de recomendação e força de evidência. Procure aquelas com
recomendações fracas para potenciais ideias de RS e MA.

Por exemplo, na cardiologia, recomendações classe 2a e 2b são


recomendações médias e fracas, respectivamente. Não são
recomendações sólidas a favor (classe 1) ou contra (classe 3) uma
certa intervenção. Portanto, na cardiologia, recomendações classe 2a
e 2b tendem a ser bons temas para RS e MA.

Exemplo: nas diretrizes de 2022 do AHA/ACC/HFSA de


Insuficiência Cardíaca, há uma recomendação classe 2a
para medir peptídeo natriurético (BNP ou NT-pro-BNP)
antes da alta hospitalar no paciente internado com
insuficiência cardíaca descompensada. Opa, isso pode ser
uma ideia de RS e/ou MA, pois trata-se de uma classe 2a.

Atenção:

Se a diretriz de sua especialidade não oferece classe de


recomendações, não tem problema. O princípio é o mesmo. Leia a
diretriz e procure áreas de incertezas na sua especialidade.

Exemplo: A diretriz de Síndrome Hepatorrenal e Peritonite


Bacteriana Espontânea da AASLD (American Association for
the Study of Liver Diseases) não oferece classe ou graus de
recomendação. Ainda assim, você pode identificar áreas
de incerteza no texto da diretriz.
Biggins et al. Hepatology 2021;74:1014-1048.
Rhanderson Cardoso, MD

Familiarize-se com o formato das diretrizes em sua especialidade de


interesse. Geralmente a explicação dos graus de evidência e
recomendações se encontra nas primeiras páginas das diretrizes.

Exemplo: Nível de evidência e classe de recomendação nas diretrizes do


ACC/AHA (cardiologia). Recomendações classe 2a (amarelo) e 2b (laranja)
são recomendações mais fracas, e potencialmente podem ser ideias de
revisões sistemáticas e metanálises.

Heidenreich et al. J Am Coll Cardiol 2022;79:1757-1780.


Rhanderson Cardoso, MD

Exemplo na prática
Na época em que escrevi essa MA, havia uma grande incerteza sobre uma
eventual interação entre inibidores de bomba de prótons com clopidogrel,
com potencial redução do efeito antiplaquetário do clopidogrel. Isso era
refletido em incertezas nas diretrizes:

Ler na íntegra >

Resultado: fiz uma MA sobre esse tema, que é um dos meus artigos mais
citados até hoje, inclusive por várias diretrizes internacionais, tanto de
cardiologia quanto de gastroenterologia.

Ler na íntegra >


Rhanderson Cardoso, MD

O que fazer
depois de gerar
uma ideia?

Formular pergunta
da metanálise

Testar viabilidade

Definir estratégia
de busca

C U R S O

Triagem dos
estudos

Aprenda do zero Coleta de dados

como fazer
publicações de Análise dos dados

impacto e de
forma autônoma. Avaliar riscos de
vieses
Infelizmente muitos estudantes de medicina,
médicos e outros profissionais da saúde

DESISTEM
da pesquisa acadêmica por barreiras como:

Editais complexos e pouco acessíveis;


Falta de apoio da faculdade;
Tempo escasso;
Não conseguirem orientador;
Conhecimento estatístico e clínico baixos;
Falta de oportunidades e conexões;
Acreditarem que o profissional "clínico" não precisa
de pesquisa;

Mas você pode


quebrar todas essas
barreiras com uma
só escolha.
Junte-se ao time que está
transformando o cenário da
pesquisa no Brasil.

Caroliny Hellen - 1º período


Primeira autora de uma metanálise aceita no Congresso
Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia

Matheus Moreira
Médico recém-formado,
abstract aceito no ACC
América Latina 2022

Quero fazer parte!


Junte-se ao time que está
transformando o cenário da
pesquisa no Brasil.

Dr. Bruno Menezes


Endocrinologista, aluno do
Intensivo de Metas, apresentará
trabalho "Late Breaking" no
Congresso Internacional de
Neuroendocrinologia, em
Glasgow

Dr. Marco Antônio Pontes


Reumatologista, aluno do Intensivo de
Metas, apresentará sua metanálise no
Congresso Brasileiro de Reumatologia.

Quero fazer parte!


Junte-se ao time que está
transformando o cenário da
pesquisa no Brasil.

Ana Vitória - 4º ano


Co-autora de 2 metanálises, foi aceita em 3
mestrados concorridos nos EUA ainda durante a
faculdade de medicina (Brown, NYU e UMiami)

Quero fazer parte!

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