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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS - CECH


DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - DCOS

KARLA KAROLINE FONTES MENESES

MARCAS DE UMA VIDA


Livro reportagem sobre histórias de mulheres vítimas do câncer

São Cristóvão
2019
KARLA KAROLINE FONTES MENESES

MARCAS DE UMA VIDA


Livro reportagem sobre histórias de mulheres vítimas do câncer

Projeto experimental apresentado em


cumprimento parcial ao componente curricular
Projetos Experimentais em Jornalismo do
Departamento de Comunicação Social (DCOS)
da Universidade Federal de Sergipe (UFS) para a
obtenção do título de Bacharel em Comunicação
Social com habilitação em Jornalismo.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Franciscato

São Cristóvão
2019
KARLA KAROLINE FONTES MENESES

MARCAS DE UMA VIDA


Livro reportagem sobre histórias de mulheres vítimas do câncer

Projeto experimental apresentado em


cumprimento parcial ao componente curricular
Projetos Experimentais em Jornalismo do
Departamento de Comunicação Social (DCOS)
da Universidade Federal de Sergipe (UFS), para
a obtenção do título de Bacharel em
Comunicação Social com habilitação em
Jornalismo.

Aprovado em ___ / ___ / ______

BANCA EXAMINADORA

____________________________________
Prof. Dr. Carlos Eduardo Franciscato
Orientador (DCOS/UFS)

___________________________________
Prof. Dr. Josenildo Luiz Guerra
1º Avaliador (DCOS/UFS)

____________________________________
Prof.ª Dr.ª Greice Schneider
2ª Avaliadora (DCOS/UFS)
AGRADECIMENTOS

Relutei muito em escolher o jornalismo como formação profissional, mas o meu


amor por contar histórias e o meu ímpeto de reivindicar por vida digna pelas pessoas que
sofrem falaram mais alto. Hoje, aqui estou eu prestes a concluir o curso de jornalismo.
Devo essa conquista, primeiramente, a Deus e, depois, aos meus pais, Luiz Carlos e
Maria José; aos meus irmãos, Daiane e Alan; ao meu avô, Cecílio Bahia de Menezes (in
memória) e ao meu tio, Edinaldo Oliveira, que sempre me incentivaram e contribuíram para
meu aprendizado.
Mas, além dos familiares, devo essa conquista a pessoas muito especiais que fizeram e
fazem parte de minha vida de maneira muito ativa, entre elas: a minha mestra e madrinha,
Jucimária Gomes – que sempre puxou minhas orelhas por não gostar das disciplinas
português e redação – e o meu noivo, José Itallo, que sempre esteve ao meu lado, dizendo-me
para não desistir e lembrando-me que eu sempre lutei e luto por aquilo que acredito. Um
parceiro que passou alguns semestres me ensinando a montar gráficos e me transmitindo paz e
tranquilidade, através de seu abraço afetuoso ou de seu olhar sereno, quando eu apagava o
sorriso do rosto e desabava em lágrimas. Obrigada por sempre acreditar em mim, meu amor.
Na árdua caminhada acadêmica, toda vez que eu pensava em desistir, me lembrava
dessas pessoas especiais e me reanimava a seguir em frente também por elas.
No âmbito da academia, Deus, em sua infinita sabedoria, colocou um grande amigo
em minha vida. E como não falar dele. O meu amigo-irmão, aquele que sempre esteve ao meu
lado na vida acadêmica: Lucas Honorato. Quando eu dizia “Vou desistir”, ele retrucava:
“Você é louca? Já chegamos até aqui, agora vamos. Nem que seja só para pegar o diploma.” E
lá íamos nós, tentando estágios, quebrando a cabeça com trabalhos, sofrendo juntos os
projetos que não davam certo.
Nós não desistimos. Obrigada Lucas.
Estes agradecimentos pela minha conquista estendo também aos meus queridos
professores do ensino fundamental e médio do Colégio Estadual João Batista Nascimento e
ao grupo “Mulheres de Peito”, o qual agradeço imensamente por me permitir o
acompanhamento das atividades do grupo durante alguns meses, possibilitando a coleta de
dados para a realização deste trabalho. Grata pelo acolhimento e pelos ensinamentos sobre o
sentido da vida e a riqueza do amor ao próximo.
Por fim, não posso deixar de agradecer ao meu orientador, Carlos Eduardo
Franciscato, que sempre se dedicou ao jornalismo e à docência e aceitou o desafio de me
orientar nesse livro-reportagem do qual tenho muito orgulho. Obrigada, meu amigo e
professor. Hoje, posso dizer que cada dia que acordei cedo valeu a pena. Meu sonho está se
realizando e em breve direi: Sou Jornalista!
Quem diria que aquela menina que sempre sonhou em ser enfermeira e cuidar de
doentes e das feridas do corpo, quando adulta se formaria jornalista para escrever sobre as
feridas da alma?
Hoje, trilho um novo caminho, um caminho que eu sempre dizia não fazer o meu
estilo (risos) – o caminho das letras! Como briguei com a minha mestra amiga por causa de
redações... Mas, eu consegui, eu superei dificuldades e, hoje, concilio minhas três paixões:
informar àqueles que buscam a notícia; reivindicar por aqueles que reclamam seus direitos
subtraídos e, por fim, curar as feridas da alma reportando histórias inspiradoras.
Um sonho não apenas meu, mas também de cada um que viveu e vive comigo essa
longa e louca história. A melhor história de minha vida até agora.
Obrigada..
Dedico esse livro a ao grupo Mulheres de Peito,
a minha madrinha, Jucimária Gomes e a todos
aqueles que acreditam no valor da vida.
A todas elas, meu carinho e dedicação.
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RESUMO

O câncer é uma das doenças que mais acomete e vitima a população mundial. No Brasil, de
acordo com levantamento feito pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa de
novos casos no ano de 2018 era de aproximadamente 600 mil novos diagnósticos. No ano de
2015, essa enfermidade tirou a vida de aproximadamente 200 mil pessoas. A trajetória de um
personagem da vida real pode ser praticamente idêntica a história de outro e, assim por diante,
criando uma ligação não apenas pela similaridade da doença, mas também pelas histórias de
luta e superação. Para apresentar essas histórias, foi acompanhado um pouco do dia a dia de
mulheres diagnosticadas com o câncer dentro da associação do Grupo Mulheres de Peito, que
atua no Estado de Sergipe, resultando, esse acompanhamento, na elaboração de um livro-
reportagem, que tem como objetivo narrar histórias de vida de mulheres acometidas pelo
câncer; assim como, mostrar que há vida após o diagnóstico.

Palavras-chaves: câncer; vida; morte; livro-reportagem; superação; histórias.


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ABSTRACT

The Cancer is one of the diseases that most attack and injure the world population. In Brazil,
accordingto a research made by Instituto Nacional do Câncer (INCA), the estimate of new
cases in 2018 was nearly 600 thousand new diagnosis. On the year 2015, this illness has take
away the life about nearly 200 thousand people. The trajectory of a personage of real life can
be almost identical to the story of another one, and so on, creating a connection not only by
the similarity of the disease, but also by the stories of struggle and overcoming it. To present
this stories was made an accompany part of the day-to-day of women diagnosed with Cancer
in the association of the Mulheres de Peito group, that acts in state of Sergipe, resulting in the
elaboration of a book report, that which aims narrate moments life’s of women affected by the
Cancer; even as present there is life after the diagnosis.

Keywords: cancer; life; book report; overcomig; stories; death.


10

LISTA DE FIGURAS

FIGURA I..................................................................................................................... 23
11

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………....……… 12
2. OBJETIVOS……………………………………………………………....………. 13
2.1. OBJETIVOS GERAIS……………………………………........…………… 13
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS………………………………….........………. 13
3. JUSTIFICATIVA………………………………………………………………..... 15
4. METODOLOGIA………………………………………………………………..... 18
5. DESCRIÇÃO DO PRODUTO E DO PROCESSO…………………………....... 21
5.1. PLANEJAMENTO…………....……………………………………...……. 21
5.2. PRINCIPAIS ATIVIDADES…………………….…………………...……. 21
5.3. IDENTIDADE VISUAL…………………….……………………......…… 22
5.4. ENTREVISTAS………………………………………………………...…. 22
5.5. LIVRO-REPORTAGEM………………………………………………....... 23
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………....... 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………….……………………………..... 27
ANEXOS……………………………………………………………………………....... 28
12

1. INTRODUÇÃO

A notícia e a reportagem são os gêneros do jornalismo mais comuns e consumidos


pelos leitores cotidianamente. São publicações que tratam, geralmente, sobre acontecimentos
singulares. No entanto, uma história retratada em uma matéria jornalística possui grandes
chances de estar diretamente ligada a um acontecimento social mais amplo e que envolve
muito mais pessoas. A trajetória de uma personagem da vida real pode ser praticamente
idêntica à história de outra e, assim, por conseguinte, se formam grupos dentro da sociedade.
Desse modo, assim como explica Genro Filho (1987), o jornalismo costuma tratar os
acontecimentos na perspectiva da singularidade ou, em outras palavras, acontecimentos em
algo particular. Porém, para o autor, além do singular existem outras duas esferas que
permeiam os acontecimentos que irrompem na sociedade: a particular e a universal. No
tocante à particular, este se constitui de grupos que vivenciam a mesma realidade; enquanto
na universal, os acontecimentos singulares e os particulares se juntam em um mecanismo
muito maior presente na sociedade (GENRO FILHO, 1987).
Assim, considerando as ponderações do autor, entende-se que há acontecimentos na
sociedade que merecem um maior espaço para apresentação e contextualização por parte do
jornalismo. A doença denominada Câncer, por exemplo, é um desses acontecimentos. Esse
conjunto de doenças, genericamente conhecido por câncer, apresenta-se, sem dúvida, como
um dos temas que precisa de maior espaço no jornalismo , por ser uma doença que atinge
diversas pessoas a cada ano, por seu grau de letalidade, por sua carga de dramaticidade que
atinge pacientes e seus familiares, por ser os doentes divididos em grupos, categorizados
segundo suas enfermidades, por esses pacientes criarem grupos para trocar experiências e,
inclusive, pelas estratégias montadas por essas pessoas para terem mais espaço na luta pelos
meios mais adequados de tratamento. Por tudo isso, cabe um amplo espaço no jornalismo.
Nesse recorte da formação de grupos pelos próprios pacientes, tem-se a associação do
Grupo Mulheres de Peito, que de um espaço para troca de mensagens de apoio e informações
sobre o tratamento do câncer, saiu da tela dos aparelhos celulares e constituiu-se como um
grupo no mundo real, com reuniões para compartilhamento de experiências e para a união de
forças, de acordo com a singularidade de cada integrante, para lutar por melhores condições
de tratamento da doença, no estado de Sergipe.
Desse modo, se há grupos atingidos pela doença, também há pessoas com as próprias
individualidades. Assim, uma notícia que se torna reportagem e que gera diversas outras
prova que há ainda muito mais a ser contado, além das páginas de um jornal ou revista, das
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ondas do rádio ou das telas dos televisores ou dispositivos conectados a internet. Nesse
sentido, um gênero jornalístico capaz de abranger o percurso que vai da universalidade,
passando pela particularidade e culminando nas singularidades é o livro-reportagem.
Para Rocha e Xavier (2013), um livro pode ser considerado como um produto
jornalístico, neste caso, um livro-reportagem. Quando uma obra trata de acontecimentos que
realmente ocorreram no meio social e que utiliza procedimentos de elaboração pertencentes
ao campo do jornalismo, mesmo que não haja um descarte de um tom literário no modo de
trabalhar o assunto a qual se propõem. Nessa perspectiva, percebe-se o tom da veracidade,
atualidade, assim como a redação elaborada de uma maneira diferenciada daquela que
historiadores poderiam trabalhar o mesmo assunto (ROCHA e XAVIER, 2013).
Por considerar relevantes tanto as dimensões como acontecimento insere-se dentro
das definições do jornalismo quanto à possibilidade de aprofundamento do assunto, mediante
livro-reportagem, que houve a escolha desse gênero para trabalhar, contar e apresentar as
histórias de mulheres que, mesmo diagnosticadas com câncer, não desistiram de lutar e
seguiram buscando a cura e, neste ato coletivo, encontraram motivações para continuar
vivendo intensamente a vida.
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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS

Escrever e publicar um livro-reportagem sobre as histórias de vida das mulheres da


Associação Grupo Mulheres de Peito, que atua no estado de Sergipe, que foram
diagnosticadas com câncer, mas que não se deixaram abater pela doença, acreditando
intensamente na vida e mostrando que a enfermidade não significa um fim, mas um
recomeço; uma nova ótica de cada simples atividade do dia a dia.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Escrever um livro-reportagem sobre as histórias de vida e superação de mulheres que


enfrentaram, superaram ou ainda continuam realizando tratamentos contra o câncer;
● Apresentar questões ligadas ao diagnóstico, tratamento e situações enfrentadas
diariamente na busca pela cura;
● Contar as histórias individuais de participantes do grupo “Mulheres de Peito”,
abordando não apenas o aspecto negativo relacionado à doença, mas também a força
de vontade e atividades que as fazem sentirem-se vivas;
● Mostrar para o público que o câncer não as desmotivou de continuar lutando contra a
doença e continuar realizando as atividades que sempre fizeram ou quiseram realizar,
vivendo intensamente;
● Servir como uma fonte de inspiração e de recuperação do entusiasmo pela vida para
pessoas que, porventura, estejam enfrentando alguma situação parecida.
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3. JUSTIFICATIVA

O projeto surgiu a partir de dois importantes aspectos que se interligam. O primeiro,


relacionado aos impactos quantitativos e nas estimativas da incidência do câncer no estado de
Sergipe e no mundo, assim como a ênfase na importância da prevenção e do diagnóstico
precoce. O segundo, o enfoque em mostrar que existe vida após a descoberta da doença,
mostrando histórias da vida real.
Segundo dados do Instituto Oncoguia 1, a estimativa de novos casos de câncer no
Brasil, para o biênio 2018 e 2019, foi de 600 mil para cada ano. No tocante ao câncer de
mama, a anomalia que acometeu a todas as mulheres que tiveram as histórias de vida narradas
no livro-reportagem “Marcas de uma Vida” , a estimativa para essa enfermidade, nesse
mesmo período, foi de 59,7 mil casos; o que equivale a 29,5% do diagnóstico dos principais
tipos de cânceres, listados pelo instituto. Além disso, o câncer está entre as enfermidades que
mais matam no mundo.
Levando em consideração esses dados, diante da gravidade da doença e da
complexidade do tratamento no Estado de Sergipe, um grupo de 4 mulheres pacientes de
oncologia se reuniram pela primeira vez em novembro de 2014, por meio de um aplicativo de
mensagens (Whatsapp), inicialmente como um grupo de autoajuda. O grupo se reunia todas as
sextas-feiras para fazer a revisão das próteses da mama (já que em decorrência de cirurgia,
tiveram que ser retiradas) e trocavam experiências do que cada uma tinha vivenciado durante
a semana. A partir daí, a cada novo encontro para uma consulta ou para uma quimioterapia, as
quatro integrantes iniciais encontravam mulheres na mesma situação e eram adicionadas ao
grupo. Em agosto de 2015, já eram 30 mulheres e uma das fundadoras, Sheila Galba, precisou
fazer um tratamento de radioterapia, que foi quando a máquina quebrou novamente. Então, o
grupo se reuniu para ver se conseguiam chamar a atenção dos órgãos competentes. Assim, a
partir de um chamado, todas elas estavam na porta do Hospital de Urgências de Sergipe
(Huse), e o grupo tornou-se um movimento que luta por melhores condições de tratamento da
doença no estado de Sergipe.
Nesse aspecto, cabe ressaltar algumas dessas dificuldades encontradas para o
tratamento do câncer em Sergipe. A partir de buscas por publicações jornalísticas identificou-
se questões como a constante quebra dos aparelhos de radioterapia localizados em duas

1
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estimativas-no-brasil/1705/1/
16

unidades de saúde do Estado: Hospital de Cirurgia e Hospital de Urgências de Sergipe (Huse),


e falta de medicamentos para o tratamento. Em diversos veículos de comunicação ambas as
situações foram repercutidas de forma recorrente nos últimos anos. Nesse levantamento,
foram encontradas matérias desde 2015 até o presente momento, em diversos veículos de
comunicação como os portais de notícias Infonet 23, F5 News 456 e Cinform 78.
Por ser uma luta de um grupo de mulheres contra uma doença grave e pela forma
como as dificuldades no tratamento dessa anomalia eram enfrentadas por elas, cabia ao
trabalho ir mais além do que as simples estatísticas e procurar pela singularidade das
histórias de vida das personagens do livro-reportagem, que juntas formam uma obra densa,
cujo intuito é alertar para a prevenção e mostrar que existe força para lutar e continuar
vivendo, ainda que depois de um diagnóstico complexo como é o do câncer.
Nesse sentido, diante da multiplicidade de histórias da vida real apuradas, o suporte
escolhido foi o livro-reportagem. Esse gênero além de possibilitar um maior espaço para a
narração dos eventos em relação a notícias e a reportagens, é definido no campo do
jornalismo como uma obra que trata de acontecimentos ou fenômenos reais e utiliza em sua
produção os procedimentos inerentes às atividades do jornalismo - desde a definição da pauta,
passando pela seleção das fontes, construção dos textos, edição e publicação -, mas sem
descartar a possibilidade de utilização de uma escrita com um teor literário (ROCHA,
XAVIER; 2013).
Em complemento, ainda no sentido de valorizar a riqueza das histórias, ressaltando
cada detalhe narrado, por meio da amplitude do espaço; assim como, possibilitando ir além do
conteúdo previamente formatado presente nos demais suportes impressos (jornais e revistas) e
do constante foco pela rapidez da publicação, registrando de forma objetiva e sem um grande
aprofundamento do tema (como nos portais de notícias), importantes fatores para a escolha do
livro-reportagem para a realização do projeto apresentado. Nesse sentido, assim como cita
Lima (1993 apud FARO, 1999), o livro-reportagem fornece espaço ao jornalista que tem algo
a dizer, mas não encontra o espaço necessário para fazê-lo no âmbito regular do trabalho, na

2
https://infonet.com.br/noticias/saude/maquina-de-radioterapia-volta-a-quebrar-no-huse/
3
https://infonet.com.br/noticias/saude/medicamentos-para-a-quimioterapia-estao-em-falta-no-huse/
4
https://www.f5news.com.br/cotidiano/aparelho-de-radioterapia-quebra-mais-uma-vez-no-hospital-
cirurgia-em-aracaju-se_37746/
5
https://www.f5news.com.br/cotidiano/pacientes-esperam-mais-de-dois-meses-por-tratamento-
oncologico-em-aracaju_51125/
6
https://www.f5news.com.br/cotidiano/pacientes-oncologicos-voltam-a-ficar-sem-quimioterapia-em-
sergipe_38656/
7
https://www.cinform.com.br/2018/11/12/omissao-do-estado-condena-pacientes-com-cancer-em-
sergipe/
8
https://www.cinform.com.br/2018/09/03/maquina-da-radioterapia-do-hospital-cirurgia-esta-quebrada/
17

imprensa cotidiana; criando, assim, uma satisfação pelo uso de todo o potencial próprio e
também do tema, instigando o desafio da comunicação e impulsionando alguns dos
profissionais da imprensa a procurar o livro-reportagem para que possam por em prática as
habilidades de comunicação social ao máximo (LIMA, 1993 apud FARO, 1999).
Assim, o tema escolhido coincide diretamente com algumas das características
inerentes a produção jornalística e a de um livro reportagem. Para Rocha e Xavier (2013),
nesse processo encontra-se pontos fundamentais do Jornalismo, como o interesse público, a
atualidade e a veracidade. Nesse ponto, pela amplitude do câncer, seja no diagnóstico da
enfermidade, no impacto emocional e mudança de hábitos das pessoas que estão ao redor;
assim como a presença do assunto diariamente na realidade de vários grupos, formados e
unidos através do diagnóstico, tratamento e junção de forças.
18

4. METODOLOGIA

A elaboração de um conteúdo jornalístico passa por alguns processos até que seja
obtido o resultado final, que será levado ao público. No tocante ao livro-reportagem “Marcas
de uma Vida” não seria diferente. A partir das reuniões iniciais com o orientador, além da
escolha do tema, também foram sendo definidas etapas que contemplaram a concepção inicial
do projeto e abrangeram processos de apuração, escrita e narração das histórias contadas para
que fossem possíveis a materialização e a conclusão da proposta.
Diante dessas definições acerca do modelo de trabalho adotado, continuou-se a
aproximação com as fontes que fazem parte da associação do Grupo Mulheres de Peito, tendo
em vista que, muitas histórias das pessoas que fazem parte do grupo, já vinham sendo
acompanhadas pela discente no decorrer dos últimos semestres letivos, tanto para fins
acadêmicos quanto pelo interesse pessoal da aluna pelo tema e pelas experiências, vivência e
luta pela superação do câncer por parte de cada uma das mulheres que tiveram suas histórias
contadas neste livro.
O contato com a Associação do Grupo Mulheres de Peito – que surgiu como uma
forma de união de forças para cobrar melhorias no tratamento das pessoas com câncer em
Aracaju e dar apoio umas as outras – teve início a partir da ideia da aluna em realizar um
ensaio fotográfico sob a ótica do Outubro Rosa, desenvolvido para a disciplina de
Fotojornalismo II, do curso Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, do qual o livro-
reportagem é apresentado como Projeto de Conclusão de Curso. O ensaio, à época, teve como
objetivo não apenas a rememoração da data e da importância dos exames preventivos mas
também o enfoque em mostrar que há vida após o diagnóstico, que há uma luta, mas há
também uma grande vontade de viver. Esse objetivo continuou, perpassando por outros
trabalhos acadêmicos e profissionais (campanha de divulgação da data), até chegar a ser
definido como um dos pontos de partida para o livro-reportagem aqui apresentado.
A primeira ideia para o projeto foi a de contar as histórias por meio de visitas ao
Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), porém não houve viabilidade devido a burocracia
imposta pela unidade de saúde. Então, a ideia passou a ser de narrar as histórias por meio de
visitas e entrevistas na sede da associação. Nesse sentido, as dificuldades, apoiadas sobre os
trâmites legais da unidade hospitalar, foram transpostas e o livro-reportagem pôde ser
produzido.
Nesse aspecto, as conversas informais e o contato constante com as mulheres que
tiveram as histórias contadas no livro-reportagem “Marcas de uma Vida” prosseguiram. Em
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paralelo, foram iniciadas as entrevistas, processo fundamental para a complementação das


observações e obtenção de outras informações essenciais para a construção da narrativa
jornalística. Medina (2008) e Lage (2009) sustentam a importância da entrevista para as mais
diversas situações do cotidiano social, em particular no campo do jornalismo. Para os autores,
a entrevista é caracterizada como interações presentes na sociedade e que permitem a abertura
de um diálogo envolvendo aqueles que desejam obter uma informação ou ampliação de um
conhecimento sobre determinado assunto e os que possuem as respostas por estudo ou
vivência (MEDINA, 2008; LAGE, 2009).
No tocante às entrevistas, cabe aqui distinguir como esse importante processo de
obtenção de respostas pode ser caracterizado ou dividido. Segundo a autora Medina (2008),
na comunicação coletiva há dois grandes grupos: um que tem como pretensão a
espetacularização do ser humano; e outro, o mais direcionado a uma abordagem que visa ao
entendimento humano, que tem como objetivo a compreensão, a intenção de compreender um
modo de vida, de agir ou o processo pelo qual um personagem da vida real passou antes e
depois de um determinado marco na vida. Desse modo, é nesse segundo grupo, o que mais
trabalha com o sensorial humano que o livro-reportagem “Marcas de uma Vida” está inserido,
por contar a descoberta do câncer, como era e passou a ser a vida das mulheres as quais as
histórias foram contadas.
Ainda no tocante ao processo de obtenção das informações, para a construção desse
livro-reportagem, também ressalta subgêneros da entrevista de compreensão. De acordo com
os conceitos abordados por Medina (2008), podemos admitir que duas dessas subdivisões
aparecem no processo de construção do projeto. A Entrevista-conceitual, que tem como
grande objetivo a comunicação entre quem possui a informação e o repórter; e a Entrevista-
enquete, a qual trabalha com um questionário básico, mas que precisa ir além de uma ou duas
pessoas com algo em comum, vai além da amostragem, sendo um ponto de partida para
definição e delimitação do tema tido como o ponto de partida (MEDINA, 2008). No primeiro
caso, essa entrevista começou desde os primeiros trabalhos realizados com o grupo, como o
ensaio fotográfico, citado anteriormente, até as entrevistas feitas diretamente para o livro-
reportagem. Já no segundo caso, para que houvesse a unidade, era preciso reunir as partes,
cada história tornou-se uma peça fundamental na construção do todo ou, em outras palavras,
cada depoimento foi uma peça fundamental, indo além de uma amostragem, mas reiterando
ainda mais o lado humano.
Em paralelo, também foram realizadas pesquisas em conteúdos jornalísticos já
publicados na imprensa local e nacional ou publicações acadêmicas que também puderam
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clarificar o assunto câncer, tais quais as condições de diagnóstico, sintomas e tratamento.


Além desses referenciais, outro importante ponto a se ressaltar, no tocante a produção do
livro-reportagem, foi a busca por dados que caracterizam o cenário da quantidade de pessoas
que são acometidas por essa enfermidade em conjunto com o tempo que podem levar para
descobrir a presença da doença e iniciar o tratamento.
As entrevistas foram transcritas e as histórias começaram a ser escritas, tanto a partir
do que foi contado nos áudios quanto a partir das observações ligadas ao convívio com as
mulheres que tiveram as histórias contadas no livro-reportagem. Cabe destacar que a
convivência foi uma das etapas necessárias para a construção e conclusão do produto final, o
livro-reportagem.
21

5. DESCRIÇÃO DO PRODUTO E DO PROCESSO

5.1 Planejamento

O planejamento para início dos trabalhos de produção do livro-reportagem se deu no


início no semestre letivo 2017.2, equivalente aos meses de outubro de 2017 e março de 2018.
Desde o período letivo citado, a aluna e o professor orientador tiveram reuniões para definição
do tema central do livro-reportagem e como seriam realizados os processos de entrevistas e de
narração das histórias; além do formato que seria adotado para o projeto. Em paralelo a essas
decisões, foram iniciados os primeiros contatos com as fontes, dessa vez, já na perspectiva da
elaboração do Projeto de Conclusão de Curso, descrito neste trabalho. Em seguida, foram
feitas as entrevistas, decupagem dos áudios, seleção dos aspectos mais importantes de cada
história e construção do livro-reportagem “Marcas de uma Vida”.

5.2 Principais Atividades

● Visita ao Hospital de Urgências de Sergipe (Huse);


● Visita à associação do Grupo Mulheres de Peito;
● Conhecimento do espaço;
● Conhecimento das atividades desenvolvidas pelo grupo;
● Conhecimento do perfil das entrevistadas;
● Ouvida das histórias;
● Seleção dos perfis que foram trabalhados no livro-reportagem;
● Conversa com as integrantes para autorização da gravação das entrevistas;
● Início das entrevistas, decupagem dos áudios e escrita do livro-reportagem;
● Edição e finalização do projeto.
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5.3 Identidade Visual

Desde o princípio, a ideia do livro era que fosse algo sutil e ao mesmo tempo
prazeroso de se ler, de se olhar. Quando realizado o primeiro ensaio com o grupo “Mulheres
de Peito”, pensou-se em algo que causasse certo impacto e que na mesma medida não tirasse a
atenção de quem estava observando. “Uma imagem cinza sobre um fundo preto parece muito
mais clara do que a mesma imagem sobre um fundo branco” (GUIMARÃES, 2001).
Queria algo que trouxesse uma ideia sobre a morte e a vida. Então, achei no branco
uma reflexão sobre a luz, a pureza e a fragilidade de um corpo; no preto, uma reflexão alusiva
ao medo, a perda, ao luto e a melancolia. Desse modo, as fotografias foram trabalhadas para
as tonalidades preta e branca, com o intuito de equilibrar as cores dos elementos textuais,
criando uma identidade uniforme na totalidade do livro-reportagem. Além disso, permitindo
que o leitor possa procurar nas fotografias, por meio da observação do olhar ou gestos das
mulheres, todos os sentimentos citados ou ainda criar uma reflexão sobre os acontecimentos
narrados, um pensamento sobre como pode ter sido vivenciado cada momento descrito nas
histórias. O projeto gráfico do livro prima pela expressão dos sentimentos, sem retirar o foco
das histórias e do trabalho jornalístico desenvolvido no livro-reportagem.
Para a escolha da fonte Book Antiqua, e suas derivações, presentes em títulos e no
corpo do texto de cada capítulo, foram feitos alguns testes durante o processo de diagramação
do livro-reportagem. Antes de ser distribuído pelas páginas do livro, foram testadas fontes que
pudessem compor o material final. Nesse processo, buscou-se uma fonte de estilo mais
clássico e elegante para livros e de fácil leitura para pessoas de todas as idades. Já a ideia de
colocar fotos e citações das entrevistas era para que quem estivesse lendo o livro conseguisse
imaginar a entrevistada narrando a própria história em uma conversa informal com ele.

5.4 Entrevistas

A maioria das entrevistas foram feitas na sede da Associação do Grupo Mulheres de


Peito, situada na rua de Geru, no centro da capital, com exceção apenas das entrevistas do
capítulo sobre a morte, que foram feitas nas residências de familiares de duas das mulheres
citadas no livro. Na Associação, as entrevistas ocorreram em uma pequena sala de porta cor
de rosa e janela estreita, nomeada como “Sala de cuidados Alice Ramos,” nome de uma das
mulheres que fez parte da associação.
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Todas as questões foram voltadas ao tema trabalhado, com profundidade no âmbito de


vida particular de cada uma delas. Vale ressaltar ainda, que todas as perguntas tiveram o livre
consentimento de todas as entrevistadas que assinaram um termo de concordância para
vinculação das respostas obtidas. No termo assinado por elas consta o número de telefone da
repórter e a opção de que possam desistir a qualquer momento sem que haja qualquer multa
ou encargo.

5.5 Livro-reportagem

Figura 1: Capa do livro-reportagem “Marcas de uma Vida”

Decidi trabalhar na distribuição das histórias sob o aspecto de linearidade, contando


como são as primeiras sensações, emoções, o processo de aceitação e o enfrentamento.
Contando também sobre o momento da descoberta, o medo, a depressão, os sonhos que elas
precisaram abrir mão. Optei por deixar o capítulo da morte para o meio do livro por acreditar
que a vida é um ciclo que, a qualquer momento, pode ser interrompido, mas que após uma
dura perda de um ente querido, ainda resta a esperança, a fé, e aqueles que ainda estão ali.
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O livro foi dividido em oito capítulos, dos quais, um deles narra a história de duas
mulheres que faleceram vítimas do câncer. A seleção das personagens se deu através de
conversas com o orientador e a escolha de perfis que já havíamos traçado para cada capítulo.
O livro conta com uma introdução em cada capítulo, narrado em primeira pessoa, com
o objetivo de aproximar o leitor da realidade enfrentada por cada uma dessas mulheres,
fazendo com que a pessoa possa se imaginar no lugar do outro e sentir o mínimo de como é
conviver com uma doença tão devastadora como o câncer.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto do livro-reportagem intitulado “Marcas de uma Vida” teve como objetivo


principal mostrar que, mesmo sendo uma doença de difícil tratamento, a vida continua e é
possível seguir realizando as atividades do dia a dia e, até mesmo, desenvolver uma nova
percepção sobre a vida, criando novas tarefas, conhecendo novas pessoas e passando a
cultivar um hobbie (uma atividade de interesse pessoal). Nesse sentido, o livro-reportagem
também mostrou como é possível se reerguer diante do diagnóstico e reunir forças para ajudar
não apenas a si mesmo e aos amigos e familiares, mas também fornecer apoio para que outras
pessoas também trilhem esse mesmo caminho, percebendo que há um tempo presente para ser
vivido e que o câncer não é um limitador ou barreira para se continuar vivendo.
Desde os primeiros contatos com as mulheres que integram a Associação do Grupo
Mulheres de Peito, antes mesmo da definição do tema do Projeto de Conclusão de Curso, já
me identificava com as causas abraçadas por elas e sentia o desejo de contribuir de alguma
forma, através do jornalismo, para motivá-las a não deixar que as próprias histórias caíssem
no esquecimento, uma única página da vida.
Assim, pela existência desse contato tão próximo, houve facilidades e dificuldades que
se fizeram presentes de forma paralela no processo de produção do livro-reportagem. No
tocante às facilidades, a existência de um contato prévio com as integrantes da associação, por
meio de conversas que resultaram em trabalhos acadêmicos anteriores, como um ensaio
fotográfico realizado durante a graduação. Essas atividades colaboraram para que fosse
adquirida uma confiança junto às mulheres que tiveram as histórias contadas, junto aos
familiares e às pessoas próximas a elas; possibilitando as entrevistas e a autorizações para a
construção do material. Já referente às dificuldades, é necessário destacar que a proximidade
com as integrantes do grupo desencadeou em momentos de reflexão e tomada de decisões
sobre quais as partes mais importantes deveriam ser contadas ou se alguma informação
poderia realmente ser contada sem afetar a rotina vivida por alguma das personagens da vida
real. Além disso, o processo de ouvir durante a entrevista e reproduzir novamente os áudios
para a escrita do livro-reportagem criou momentos de emoção, de envolvimento com a
história. Todos esses elementos interligados possibilitaram a percepção prática da
objetividade e da subjetividade, assim como da ética necessária a construção de um trabalho
jornalístico.
Contudo, ao fim da construção do livro-reportagem, aqui detalhado, tenho a sensação
do dever cumprido e o desejo de seguir caminhando na busca por novas histórias de vida e de
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superação, transformando os acontecimentos sociais em jornalísticos. Sempre prezando pelo


dever de informar, sem expor. Em resumo, de informar sem espetacularizar as histórias, mas
sim, de forma que desperte a atenção de outras pessoas que vivam situações semelhantes ou
que possam contribuir na solução de um problema. Esses são meus grandes objetivos junto ao
jornalismo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GENRO FILHO, Adelmo. O segredo da pirâmide - para uma teoria marxista do jornalismo.
Porto Alegre, Tchê, 1987.

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, linguística e


cultural da simbologia das cores. Annablume, 2001.

FARO, José Salvador. Revista realidade 1966-1968: tempo de reportagem na imprensa


brasileira. Editora Age, 1999.

LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de


Janeiro: Record, 2009.

LIMA, Edvaldo Pereira. Paginas ampliadas: o livro-reportagem como Extensão do Jornalismo


e da Literatura apud FARO, José Salvador. Revista realidade 1966-1968: tempo de
reportagem na imprensa brasileira. Editora Age, 1999.

MEDINA, Cremilda de Araújo. Entrevista: o diálogo possível. São Paulo: Ática, 2008.

ROCHA, Paula Melani; XAVIER, Cíntia. O livro-reportagem e suas especificidades no


campo jornalístico. Rumores, São Paulo, número 14, volume 7, p. 138-157, julho a
dezembro. 2013.
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ANEXO I
TERMO DE AUTORIZAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE


CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Você está sendo convidada a participar da reportagem jornalística “Marcas de uma Vida",
parte do Trabalho de Conclusão de Curso da aluna Karla Karoline Fontes Meneses, do curso
de Jornalismo da Universidade Federal de Sergipe. Esta reportagem é destinada a informar
sobre a vida e as marcas que o câncer deixou.

Você foi selecionada por ter o perfil que buscamos.

Sua participação nesta reportagem jornalística não é obrigatória. A qualquer momento você
pode desistir de participar e solicitar que as informações e imagens sejam retiradas de
qualquer suporte jornalístico em que esta reportagem vier a ser publicada.

Sua participação consistirá em dar entrevistas sobre sua vida e o impacto que teve nela após a
descoberta da doença, bem como permitir que a aluna repórter acompanhe sua rotina para
conhecer seus hábitos semanais e ainda, entreviste seus familiares.

Este trabalho não prevê nenhum tipo de risco para sua saúde.

Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone da aluna repórter Karla Fontes,
podendo tirar suas dúvidas sobre a reportagem e sua participação, agora ou a qualquer
momento.

_________________________________________
Carlos Eduardo Franciscato
Professor da Universidade Federal de Sergipe
Orientador deste trabalho de conclusão de curso

Aluna-repórter:
- Karla Karoline Fontes Meneses
- Telefone para contato: (79) 9- 9859-6555

Declaro que entendi os objetivos de minha participação na reportagem jornalística e concordo


em participar.
________________________________________________
Nome completo: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
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ANEXO II
CAPA DO LIVRO
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ANEXO III
Declaração revisão textual
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