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ORDEM PÚBLICA II
1ª SEMANA
1.3. Por que é importante estudar sobre modelos Internacionais de Polícia Comunitária:
- A discussão de novos modelos para o emprego operacional e jurídico das polícias mundiais
é global. Inúmeros países estão insatisfeitos com as metodologias adotadas pelas suas
instituições, fazendo com que aumente a discussão em todo o mundo. Um dos temas mais
atuais, o policiamento comunitário, tem mostrado a grande possibilidade de ampliar essa
discussão, pois aproxima a comunidade das questões de Segurança Pública.
Para efeito de estudos, foram analisadas as experiências nos Estados Unidos da América,
Canadá, Japão, além da província canadense e as experiências de alguns países da América
do Sul.
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ÍNDICE:
DESCRIÇÃO PÁG.
Koban 5
Chuzaisho 6
Premissas Gerais 8
Nota:
Esta apostila é um material de apoio. O seu conteúdo não esgota o assunto e desde
que previsto curricularmente, poderá ser objeto de avaliação. Com isso, é essencial
que você pesquise profundamente os assuntos, tomando por base as referências
bibliográficas dispostas, bem como outras que achar por bem utilizar.
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UD 01 – FUNDAMENTOS DE POLÍCIA COMUNITÁRIA
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Koban
Surgiu ao término da era Meiji (1868), sendo que os atuais Koban remontam a uma
antiga instalação chamada Kobansho. Naqueles tempos, cada Kobansho contava
geralmente com 12 policiais divididos em três turnos, de forma que todos os dias contavam
com 4 policiais de serviço. O Kobansho recebeu posteriormente o nome de Junsa-
hashutsusho em 1881, mas voltou a ser chamado Koban em 1994, já que era o termo mais
aceito pela população.
Nas dependências de um Koban encontramos um escritório, uma sala para
interrogatório, sala de estar e de descanso e um sanitário. São geralmente instalados em
áreas urbanas e normalmente contam com um quadro de policiais que trabalham de
acordo com a seguinte programação, com três ou mais policiais por turno de serviço:
Plantão de 24 horas (da 07:00 às 07:00 horas);
Folga (48 horas, podendo ser empenhado em missões ou instrução).
De modo a garantir uma maior confiança da população nas atividades policiais, o
comando da polícia tem recentemente designado policiais sênior (com maior experiência) a
vários Koban como seus chefes. Os chefes dos Koban trabalham diariamente de manhã e
a tarde, não em plantões de 24 horas, e como chefes, coordenam as atividades dos
policiais que trabalham segundo a programação descrita anteriormente.
O comando da polícia introduziu o “sistema de consultoria do Koban”, no qual
policiais aposentados são “consultores do Koban”, contratados e designados para prestar
esta assessoria em postos com localização estratégica, principalmente por receberem um
grande número de visitantes, sendo peculiar o repasse de informações e orientações aos
cidadãos, que buscam soluções de problemas de ordem criminais ou ligadas a acidentes
de trânsito.
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Chuzaisho
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custodiando crianças e pessoas alcoolizadas, bem como transmitindo sugestões aos
cidadãos em relação a melhoria da segurança.
Vigilância
Patrulha
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No ano de 2001, os policiais prenderam cerca de 247.000 suspeitos, representando
cerca de 76% de todas as prisões realizadas no Japão.
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Foi criado o COPS – Community Oriented Police Services, vinculado ao Ministério
da Justiça com a missão de reformular as polícias. Também foram criadas ONGs –
Instituto Vera, PERF (Police Executive Research Forum), Community Police Consortium.
Principais Programas: Tolerância Zero; Broken Windows Program; Policing Oriented
Problem Solving (Policiamento Orientado ao Problema).
Canadá
Criado entre 1986 e 1987, durou cerca de 08 anos para sua efetiva implantação,
visava reverter o quadro de insatisfação da população com a insegurança de então.
Foram implantadas mudanças administrativas, operacionais e principalmente
filosofia de trabalho, tais como:
- Base territorial;
- A operacionalidade e princípios de atuação;
- A atividade dos policiais;
- Estrita obediência ao escalonamento no uso da força, aproximação com o
jovem através da dança e música e projetos de esportes;
-Agilidade da polícia e da justiça;
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Histórico da Polícia Comunitária na PMESP
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delinquir e que enxerguem a Polícia Militar, como parceira e não como repressora ou
inimiga.
O ano de 1997 foi marcante para a Polícia Militar do Estado de São Paulo após o
episódio denominado “Favela Naval”, o qual desencadeou inúmeros movimentos para a
promoção de mudanças na estrutura das policias militares, mudanças essas propostas por
governantes e por integrantes da sociedade. A PMESP então desencadeou uma série de
mudanças internas visando maior aproximação e fortalecimento de sua imagem com a
sociedade, sendo uma das principais a criação da Polícia Comunitária, a qual teve seu
marco inicial com a implantação da Comissão Estadual de Polícia Comunitária, na época
denominada de Comissão Estadual de Implantação da Polícia Comunitária formada por
policiais militares, entidades Públicas e Particulares, com o objetivo de assessorar o
Comando da Corporação na implantação da Filosofia de Polícia Comunitária no Estado.
Desde então, essa Comissão vem se reunindo, de uma forma Central – junto ao Comando
da Corporação, e também junto aos Batalhões, para tratar de problemas relacionados com
as regiões, ajudando a Polícia Militar na busca do aprimoramento dos seus serviços.
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janeiro de 2008, período em que o serviço nas Bases Comunitárias de Segurança foi
padronizado e sistematizado metodologicamente.
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Conceito de Polícia Comunitária
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Na prática Polícia Comunitária (como filosofia de trabalho) difere do policiamento
comunitário (ação de policiar junto à comunidade). Aquela deve ser interpretada como
filosofia organizacional indistinta a todos os órgãos de Policia, esta pertinente às ações
efetivas com a comunidade.
A idéia central da Polícia Comunitária consiste na possibilidade de propiciar uma
aproximação dos profissionais de segurança junto à comunidade onde atua, como um
médico, um advogado local ou um comerciante da esquina; enfim, dar característica
humana ao profissional de polícia, e não apenas um número de telefone ou uma instalação
física referencial. Para isto realiza um amplo trabalho sistemático, planejado e detalhado.
O policiamento comunitário, portanto, é uma filosofia de patrulhamento
personalizado de serviço completo, onde o mesmo policial trabalha numa área, agindo em
parceria preventiva com os cidadãos, para identificar e resolver problemas.
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BIBLIOGRAFIA:
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de viagem de estudos;
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Comunitários de Segurança e dá outras providências;
DECRETO nº 25.366, de 11 de junho de 1986. Institui, na Secretaria de Segurança
Pública, a função de Coordenador para assuntos dos Conselhos Comunitários de
Segurança, altera os artigos 1º e 2º do Decreto nº 23.455, de 10 de maio de 1985, e dá
outras providências;
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública – Concessão,
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