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Mais uma vez, a queda nos preços dos combustíveis foram responsáveis por gerar uma
deflação na economia brasileira. Em agosto, a variação do Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) foi de -0,36%, uma deflação mais tímida do que a de julho, quando a queda foi
de 0,68%. Ainda assim, foi uma queda importante e contribuiu para um recuo considerável da
inflação no acumulado dos últimos 12 meses. Em julho, esse indicador foi de 10,07%. Com
mais essa deflação, o índice acumula alta de 8,73% nos últimos 12 meses. Assim como no mês
passado, o resultado foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos Transportes,
que teve recuo de 3,37% em seus preços, contribuindo com um recuo de 0,72 ponto
percentual no índice cheio. Essa queda foi fruto do recuo nos preços dos combustíveis, que
caíram 10,82% na comparação com julho, com destaque para a gasolina e o etanol, que
recuaram 11,64% e 8,67%, respectivamente. A deflação dos últimos 2 meses alivia no bolso,
mas não resolve o problema. A inflação brasileira ainda tem pontos de atenção, como o
desempenho dos alimentos que continua pressionado. O papel das expectativas e o caráter
temporário da redução dos impostos sobre os combustíveis terão grande influência sobre o
desempenho da inflação no resto desse ano, e ao longo do próximo ano. É hora de dar um
suspiro de alívio, mas ainda estamos longe de ter terminado o trabalho de controlar a inflação.