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Slide 1

Começando pela atualização da pandemia. Ontem foram registrados 67 mil novos casos de covid, o que fez com que a média móvel chegasse a 46 mil casos,
uma queda de 58% em relação à média móvel de 14 dias atrás. É a primeira vez desde 11 de janeiro que a média móvel de casos fica abaixo de 50 mil,
indicando que o surto da omicron já é passado.

A mesma análise se estende às mortes. Ontem tivemos 594 mortes, totalizando mais de 650 mil mortes na pandemia, o que levou a média móvel a 451
mortes, queda de 46% em comparação a 14 dias atrás, abaixo da marca de 500 mortes pela primeira vez desde 28 de janeiro. Mas essa queda expressiva
tem de ser vista com cautela devido ao feriado do carnaval que naturalmente reduz as notificações de mortes, mas a tendência de queda é clara e devemos
continuar observando o retorno aos níveis pré omicron.

Vacinação continua na mesma, com 81% da população vacinada com 1 dose, 73% com duas doses e 31% com 3 doses. Devemos observar um aumento na 3
dose agora que a população abaixo de 30 anos está elegível e ela representa uma grande parte da pirâmide etária brasileira.
Slide 2 – Confiança

No lado econômico, tivemos a divulgação dos indicadores de confiança e notamos um descolamento entre os setores da economia.

Por um lado, aumentou o otimismo dos consumidores e do comércio.

Por outro lado, aumentou o pessimismo da indústria e dos serviços.

O curioso é que o resultado foi motivado pela expectativa futura, não pela situação corrente. Portanto, temos um descolamento em relação à expectativa
para os próximos meses, com os consumidores antevendo uma melhora, o que naturalmente afeta o comércio.

Mas, a omicron e as condições de oferta ainda delicadas, fizeram com que as expectativas para os próximos meses dos serviços e da indústria recuassem. E
esse resultado ainda não leva em conta a situação da Rússia e da Ucrânia, o que deve acentuar ainda mais essa divergência na próxima leitura,
especialmente para a indústria.
Slide 3 – IGP-M

Também tivemos a divulgação do IGP-M de fevereiro que subiu 1,83%, praticamente uma repetição do resultado de janeiro, quando havia subido 1,82%.

Com esse resultado, o índice acumula alta de 16,12% nos últimos 12 meses, dando continuidade no recuo dessa métrica.

O resultado do mês foi influenciado pelos preços das commodities, especialmente soja, milho e combustíveis, que juntos responderam por 45% da inflação
apurada pelo IPA.

IPA que subiu 2,36% em fevereiro ante 2,30%. Já o IPC variou 0,33%, abaixo dos 0,42% de janeiro. Por fim, o INCC variou 0,48%, abaixo dos 0,64% de janeiro.
Slide 4 – Estatísticas fiscais

Em janeiro, o governo federal arrecadou mais de 235 bilhões de reais, uma alta real de 18,3% na comparação com janeiro de 2021, batendo recorde da série
histórica para um mês de janeiro.

Com tamanha arrecadação, o governo também bateu recorde no superávit primário, que foi de 101,8 bilhões de reais, o maior de toda a série histórica
iniciada em 1995. Para se ter uma comparação, em janeiro de 2021 o governo registrou superávit de 58 bilhões. Com esse resultado, o governo acumula nos
últimos 12 meses um superávit primário equivalente a 1,23% do PIB.

Os outros indicadores fiscais também melhoraram. A dívida bruta do governo geral atingiu 79,6% do PIB em janeiro, redução de 0,7 ponto percentual em
comparação a dezembro. Mas o principal fator por trás dessa redução foi o crescimento do PIB nominal.

Já a dívida líquida do setor público atingiu 56,6% do PIB, redução de 0,6 ponto percentual em comparação a dezembro. E aqui o grande responsável pela
redução foi o expressivo superávit primário.
Slide 5 - Focus

No Focus sem muita novidade, a mediana para o IPCA aumentou novamente de 5,56 para 5,6, e aumentou marginalmente para 2023, de 3,5 para 3,51.

A mediana para o PIB ficou estável em 0,3 pela segunda semana consecutiva, assim como a expectativa para 2023 que ficou em 1,5.

A expectativa para a Selic se manteve em 12,25%, que é o valor que muito provavelmente o banco central irá encerrar o ciclo de alta.

Por fim, a expectativa para o câmbio recuou mais intensamente dessa vez, saindo de 5,58 para 5,50.

Falando em câmbio, ele fechou ontem cotado a R$5,02, uma valorização de 2,52% em comparação a cotação de sexta-feira passada, que foi o auge do
stress no mercado de câmbio com a questão da Ucrânia. Nesse sentido, o carnaval fez bem para o câmbio pois permitiu ao mercado assimilar melhor os
impactos desse conflito e ao que tudo indica a avaliação é que o Real continua bem-posicionado, com o diferencial de juros e a perspectiva de inflação de
commodities mais que compensando a incerteza e o respectivo prêmio de risco causado pela guerra.

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