Você está na página 1de 6

Slide 1

Situação da pandemia continua melhorando, com a média móvel de novos casos e mortes dando sequência a tendência de queda. Ontem, tivemos 243
mortes nas últimas 24 horas, o que levou a média móvel a 230 mortes, uma queda de 30% em relação a duas semanas atrás e com esse resultado chegamos
a mais de 610 mil mortes na pandemia.

Em relação ao número de casos, tivemos ontem pouco menos de 15 mil novos casos, o que levou a média móvel a 11.421 casos, queda de apenas 1% em
relação a duas semanas atrás, o que indica estabilidade nessa medida.

Já temos 74% da população vacinada com uma dose e 58% da população totalmente imunizada. A média móvel de vacinação continua em ritmo elevado,
indicando que devemos ter a maioria da população imunizada até o fim do ano.
Slide 2 – Inflação

Nessa semana tivemos a divulgação da inflação de outubro que registrou alta de 1,25%. Com isso, o índice acumula alta de 8,24% no ano e 10,67% no
acumulado em 12 meses.

Nesse mês, todos os nove grupos de bens pesquisados tiveram alta, com destaque para Transportes que apresentou a maior alta e maior impacto no mês,
principalmente devido aos combustíveis. A gasolina aumentou mais um mês e já acumula alta de 38% em 2021.
Slide 3 – Inflação

E o resultado dá continuidade à situação delicada da inflação. Muitos, inclusive o Banco Central, esperavam que a inflação tinha atingido o pico em
setembro. Não foi o caso e neste mês vimos o avanço do índice de difusão, que mede a proporção de bens e serviços que tiveram aumento de preço no
mês, e o indicador subiu de 64% para 67%. E pela média móvel vemos uma tendencia de alta nesse indicador, indício de uma inflação generalizada pela
economia e não tão transitória quanto se gostaria.

Outro ponto importante é que a inflação tem se mantido muito acima dos níveis históricos, especialmente quando comparada aos dois últimos anos. E esse
mês não foi diferente, a inflação de outubro foi a maior para um mês de outubro desde 2002.
Slide 4 – Varejo

Outro termômetro importante da atividade econômica foi divulgado nesta semana que são as vendas no varejo. Em setembro, as vendas recuaram pelo
segundo mês consecutivo, registrando queda de 1,3% em setembro. Ainda assim, o setor apresenta desempenho positivo no ano, com alta de quase 4%.

O setor tem sofrido com a inflação e desemprego elevado, que tem reduzido a demanda de forma generalizada nos segmentos que formam o varejo.

O comércio já vem de uma desaceleração até pela concorrência com os serviços, mas esses dados ainda não contabilizam o impacto dos aumentos da Selic,
o que piora a perspectiva para o setor, com o crédito ficando mais caro num contexto em que grande parte das famílias brasileiras se encontram
endividadas, diminuindo ainda mais a margem de expansão do setor.
Slide 5 – Focus

As expectativas coletadas pelo Focus continuam piorando. O IPCA sofreu a trigésima primeira revisão altista, para 9,33%, vindo de 9,17%. Para 2022, a
expectativa continua descolando, com a mediana hoje em 4,63%, já bem acima da meta e se aproximando do limite da banda da meta.

A mediana para o PIB foi revista para baixo novamente, ficando em 4,93 em 2021 enquanto para 2022 recuou para 1%.

A mediana do câmbio ficou estável em 5,50 para 2021, o mesmo valor para 2022. A aprovação da PEC dos precatórios gerou alívio no mercado, pois a
alternativa era pior. Ainda assim, ela precisa ser aprovada no Senado, e o governo não vislumbra um caminho tão fácil quanto na Câmara. Inclusive, já existe
movimentação do governo em garantir o auxílio ano que vem independentemente do andamento no Senado, o que pode gerar volatilidade no câmbio.

Por fim, a Selic manteve-se estável em 9,25%, valor sugerido pelo Banco Central na última reunião. Entretanto, o resultado da inflação de outubro já faz
aumentar as apostas de um ajuste mais firme em dezembro, de 2 p.p, levando a Selic a 9,75%, então podemos ver uma movimentação nesse sentido na
próxima leitura do Focus.
Slide 6 – Internacional

No lado internacional, o dado de Payroll da economia americana veio bem forte, registrando a criação de 531 mil novos empregos formais em outubro. Com
a diminuição dos benefícios do seguro-desemprego o mercado de trabalho tem apresentado desempenho mais forte, apesar de que a escassez de
trabalhadores persiste.

Ainda nos Estados Unidos tivemos a divulgação dos indicadores de inflação. Os preços ao produtor avançaram 8,6% no acumulado em 12 meses em
outubro, enquanto a inflação ao consumidor avançou 6,2% no acumulado em 12 meses. Ambos os valores recordes. A inflação ao produtor é a maior em 11
anos, enquanto ao consumidor em 30 anos. Lá como aqui, a inflação tem sido bastante influenciada pelos preços dos combustíveis e energia elétrica.

Na Europa, as vendas no varejo recuaram 0,3% em setembro na comparação com agosto, mas ainda assim, as vendas estão 4,4% acima do nível de janeiro
de 2020. Resultado inesperado, que levanta preocupações sobre a saúde do comércio à medida que as infecções por covid voltam a aumentar na Europa,
diminuindo a confiança do consumidor para os próximos meses.

Na China, a balança comercial apresentou superávit de 84,54 bilhões de dólares em outubro, fruto de uma forte expansão das exportações que veio acima
do esperado. Também tivemos os dados de inflação. A inflação ao produtor avançou 13,5% na comparação anual enquanto a do consumidor avançou 1,5%.
A inflação ao produtor é a maior em 26 anos e já dá indícios de contaminação na inflação ao consumidor que apresentou o maior valor desde setembro de
2020.

Por fim, o Real se valorizou 1,96% em relação à sexta-feira, encerrando ontem cotado a R$ 5,40, em um pregão de forte queda. Ontem, em particular, o
Dólar foi ajudado pelo alívio com a tramitação da PEC dos Precatórios. Além disso, aumenta a expectativa de que o Banco Central endurecerá o ritmo da alta
dos juros para tentar conter a inflação, dado o avanço do nível de preços em outubro.

Você também pode gostar