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Slide 1

Situação da pandemia continua melhorando, com a média móvel de novos casos e mortes dando sequência a tendência de queda. Ontem, tivemos 137
mortes nas últimas 24 horas, o que levou a média móvel a 111 mortes, uma queda de 39% em relação a duas semanas atrás, indicando tendência de queda.
Com esse resultado chegamos a mais de 618 mil mortes na pandemia. Entretanto, ontem 6 estados não reportaram seus dados e as estatísticas devem ser
lidas com cuidado. Os sistemas do SUS estão instáveis já tem duas semanas, desde aquele ataque hacker que apagou os certificados de vacinação no
ConectSUS.

Em relação ao número de casos, tivemos ontem 3174 novos casos, o que levou a média móvel a 3055 casos, queda de 63% em relação a duas semanas
atrás. Os dados de novos casos são os mais afetados por essa instabilidade do sistema, então com certeza tem algum ruído nesse valor. No geral,
continuamos a nossa tendência de melhoria com mais de 75% da população vacinada com uma dose e 67% da população totalmente imunizada, no atual
ritmo, devemos encerrar o ano com pouco menos de 70% da população imunizada com duas doses.
Slide 2 – Confiança Consumidor - Dezembro

Fim de ano chegando, pouquíssimas divulgações de dados econômicos, mas tivemos a divulgação do índice de confiança dos consumidores para o mês de
dezembro que apresentou alta de 0,6 ponto, após 3 meses consecutivos de queda. Apesar disso, o índice encerra 2021 2,6 pontos menor do que em 2020,
mostrando como 2021 foi um ano difícil para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo. Aliás, o descolamento entre a confiança
dos consumidores de baixa renda dos de alta renda atingiu o maior nível nos últimos 17 anos, principalmente em função da dificuldade financeira dos
consumidores de menor nível de renda diante do desemprego elevado, da alta dos preços e do aumento do endividamento.

No mês, a melhora na confiança foi principalmente devido às melhores expectativas para os próximos meses, com os consumidores antevendo melhores
condições financeiras. Apesar disso, o ímpeto de compras para próximos meses caiu pelo quarto mês consecutivo. Para 2022 devemos ter um ano
desafiador para a melhora da confiança geral dos consumidores e principalmente para a diminuição da desigualdade entre as percepções entre as famílias
de diferentes níveis de renda.
Slide 3 – Arrecadação federal novembro

Também tivemos a divulgação da arrecadação federal para o mês de novembro que mais uma vez apresentou forte resultado, com alta real de 1,41% em
relação a novembro de 2020, arrecadando mais de 157 bilhões, terceiro maior valor para um mês de novembro.

Com o desempenho do mês, o recolhimento no ano atingiu a marca de R$ 1,685 trilhão, uma elevação real de 18,13% ante o mesmo período de 2020. O
valor é recorde da série.

A arrecadação federal em 2021 foi robusta o ano inteiro, batendo recorde de arrecadação na maioria dos meses. Muito desse bom desempenho foi fruto de
fatores conjunturais que não devem se sustentar em 2022. Além disso, a inflação também contribui para uma maior arrecadação. Sem correção
inflacionária, a arrecadação mostrou uma alta de 12,30% em novembro ante o mesmo mês do ano passado. Portanto, não dá para ficar muito otimista com
esses resultados fiscais.
Slide 4 – Focus

No Focus, a expectativa para o IPCA de 2021 recuou mais uma vez, de forma marginal de 10,05 para 10,04. Muito em parte devido ao resultado abaixo do
esperado para a inflação de novembro, indicando que o pico inflacionário foi atingido em outubro e também devido ao fato de que em dezembro de 2020 a
inflação já estava iniciando sua aceleração o que torna a comparação anual para a inflação de dezembro mais favorável. Ainda assim, hoje a inflação está em
10,74%, portanto, para chegar nesse valor esperado, teremos de ter uma desinflação considerável. Para 2022, a expectativa variou marginalmente para
5,03. Mas chama a atenção a queda nas expectativas de 2023 e 2024, indicando que o discurso do banco central tem começado a dar efeito.

A mediana para o PIB foi revista para baixo novamente, ficando em 4,58 em 2021 enquanto para 2022 estabilizou em 0,5%.

A mediana do câmbio variou marginalmente alcançando 5,60 em 2021, e 5,57 em 2022.

Por fim, as expectativas para a Selic dos próximos anos ficaram estáveis, uma vez que não teve nenhuma novidade em relação à condução da política
monetária, então estamos em compasso de espera dos próximos passos.
Slide 5 – Setor externo

Fechando com o lado externo e internacional, a economia brasileira apresentou déficit de 6,5 bilhões em transações correntes no mês de novembro. Desses
6,5, 2,5 bilhões foram do déficit comercial que por sua vez foi resultado dos 20,5 bilhões de exportações e dos 23,1 bilhões de importações. Exportações
foram 17% maiores do que em novembro de 2020, enquanto as importações foram 45% maiores, indicando a normalização da demanda interna.

Em relação aos investimentos diretos, houve entrada líquida de 4,6 bilhões. Com esse resultado o acumulado em 12 meses alcançou 3,2% do PIB,
melhorando em relação ao mês anterior e principalmente em relação a novembro de 2020, também indicando uma melhora do apetite dos investidores
internacionais em relação ao Brasil.

Por fim, as reservas internacionais ficaram em 367,8 bilhões, redução de US$155 milhões em comparação a outubro de 2021. O Banco Central tem feito
intervenções frequentes no mercado cambial, ainda assim, temos reservas bastante confortáveis. Aliás, essas intervenções têm levantado dúvidas sobre
qual a real intenção do Banco Central, se é controlar a volatilidade do câmbio ou auxiliar no combate à inflação. Numa das intervenções dessa semana, o
bacen convocou o leilão na noite anterior, antes mesmo de ter todos os detalhes sobre quais seriam as efetivas condições de oferta e demanda por dólar.
Slide 6 – Internacional

Para finalizar, as notícias sobre a ômicron dominou o cenário externo. A onda de infecções já tem causado incertezas na economia americana e europeia,
cancelando diversos eventos de final de ano. Hoje essa variante já é a dominante nesses países.

Na Holanda, por exemplo, foi decretado um rigoroso lockdown até o dia 14 de janeiro. França e Austria também aumentaram as restrições. Mas nem tudo é
motivo de preocupação. Essa semana saíram dois estudos que indicam que a ômicron tem menor probabilidade de resultar em internações hospitalares do
que a Delta. Esses resultados, apesar de preliminares, nos dão esperança de que essa variante será menos problemática do que a Delta, especialmente em
locais onde grande parte da população possui algum grau de imunidade. Isso sugere que aqui no Brasil não devemos ter uma piora substancial na pandemia,
assim como foi com a Delta, que aqui nem de perto causou os estragos observados na Europa.

Por fim, o Real valorizou 0,3% em relação à cotação de sexta-feira, fechando ontem cotado a 5,6665. Na segunda-feira o avanço da omicron colocou medo
nos mercados globais, o que somado às incertezas do orçamento para 2022 fez a taxa de câmbio fechar em valor recorde de 5,74. Ontem, o Real reverteu
grande parte das perdas, valorizando 1,26% alinhado com o mercado global mas se beneficiando das atuações no banco central no mercado cambial.

Então é isso pessoal. Última apresentação do ano, então quero desejar a todos um feliz natal e um 2022 muito melhor que 2021. Que em 2022 consigamos
alcançar o bi. Se o Atletico de Minas conseguiu nós também iremos conseguir!

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