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O cenário econômico do mês de julho indica uma atividade resiliente, mas uma taxa de câmbio
pressionada e a inflação persistente.
Em julho, o mercado cambial observou alta volatilidade. O real caminhava para ter mais um
mês de perdas, mas, devido a comunicação errática do banco central americano, o dólar
perdeu força globalmente e o real teve ganhos de 5,88% entre os dias 25 e 29 de julho,
fechando o mês de julho com ganhos de 1,12%.
Com relação aos dados econômicos, os dados setoriais divulgados mostram resiliência da
economia em meio ao aumento nas taxas de juros, mas indicando desaceleração, com vários
setores muito próximos da estabilidade, com a produção industrial apresentando a primeira
queda depois de 4 meses consecutivos de alta.
Por fim, a inflação voltou a acelerar após dar sinal de alívio em maio, registrando alta de
0,67%, acima dos 0,47% observados em maio. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses
também avançou para 11,89%. Isso fez o banco central elevar a taxa de juros em 0,5 ponto
percentual, levando a Selic a 13,75%. Tudo indica que chegamos ao fim do ciclo de aperto
monetário, ou estamos muito próximos dele. Ainda assim, acredita-se que o banco central terá
de dar um novo aumento na taxa de juros em setembro, encerrando o ciclo com a Selic em
14% ao ano.