Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
iNTRODUgÁO
Nos últimos 20 anos, os profissionais dedicados a cirurgia redutora da mama
obtiveram bons resultados estéticos quanto a forma, tanto pela utilizacao de
novas técnicas como pela experiencia ou por sua sensibilidade.
As mamas, entretanto, seja por dificuldades técnicas ou má cicatriza-
cao, ou em razao das características pessoais das pacientes (independente-
mente de raca ou idade), sempre deixavam a desejar exatamente no aspecto,
na forma e na qualidade das cicatrizes.
Assim, foi criado o binomio forma versus cicatriz, suscitando polémi- Fritz Lotsch (1923). George Arié (1957).
cas entre as diversas escolas, cada urna defendendo sua corrente, seus argu-
mentos e suas experiencias próprias.
A grande maioria nao acreditava, inclusive eu, ou ainda nao acredita, que
seja possível obter urna boa forma com cicatrizes reduzidas. Muitos pensavam
que tal binomio era irredutível, mas, com o passar do tempo e considerando a
filosofía de Peixoto, acabamos por mudar de idéia. Hoje, eremos píamente na
reducáo das cicatrizes, sem prejuízo para o resultado final.
O único ponto a ser discutido ainda é o da radicalizarlo dos conceitos,
pois sofremos limitacóes para alcancar os resultados esperados. Pensamos
também que as vezes os bons resultados a longo prazo sao resultantes de
pouca de paciencia por parte das pacientes.
Diante desses fatos, concebemos a técnica do losange nao como urna
técnica pessoal, mas como um conjunto de técnicas e condutas adquiridas Lassus (1970) e Lejour (1980).
Fig. 2a. No desenho vemos a marcacao dos pontos B e C. Fig. 2b. Na paciente, mediante manobra bidigital, sao determinados os pontos B e C.
Fig. 3a. Manobra de aproximacáo dos pontos B e C na qual é observada a marcagáo do
ponto A, que coincide com a maior projecao, após a manobra bidigital.
lOcm
Fig. 4c. No desenho, ligamos os pontos A, B, C e D, formando urna figura geométrica Fig. 4d. O mesmo procedimento é observado na paciente, verificándose a distancia de
semelhante a um losango. 10cm entre o ponto D e a linha hemiesternal.
Fig. 5a. Desenho do pedículo de base inferior, em que as linhas tracejadas correspon-
dem á parte do retalho que está por tras da pele.
á Á
m.
<
Fig. 8a e b. Iniciamos a liberacao de todo o polo inferior da mama,
incluindo os prolongamentos laterais e mediáis.
Fig. 9a e b. Expomos todo o retalho do polo inferior ja com as extremidades
mediáis e laterais liberadas. É urna manobra que deve ser realizada
junto a pele, até alcancar o sulco mamario original, evitando
desta forma lesar os vasos perfurantes dos quarto, quinto e sexto
espagos intercostais.
Fig. 10a e b. Ñas reducóes iniciamos a confeccáo do pedículo, ou retalho,
ressecando-se os segmentos mediáis e laterais. Este pedículo deve ter
aproximadamente 3cm de espessura para possibilitar
sua vitalidade através dos vasos perfurantes intercostais.
Fig. 11a e b. Observa-se no desenho e na paciente o pedículo,
ou retalho, ja confeccionado.
Fig. 12a. Se desejamos urna reducao maior e nao restarem dúvidas quanto á vitalidade
do pedículo, ressecamos os tecidos excedentes no polo superior.
Fig. 12b. É possível também "enmagrecer" o próprio retalho, ressecando parte dos tecidos de
sua porcao ventral, com o cuidado de manter sua espessura em aproximadamente 3cm.
Fig. 13a e h. Neste tempo, deitamos a paciente - que se encontrava em posicao semi-sentada - e montamos o pedículo no seu interior com tantos pontos quantos forem necessários
(fios ¡nabsorvíveis).
Fig. 14. No desenho, observamos o perfil do pedículo após sua montagem no interior
da mama, ou seja, apenas com a extremidade voltada sobre ele próprio.
^
1-' \
Fig. 15a, b e c. Iniciamos a montagem da mama com sutura provisoria de baixo para cima, até 4 ou 5cm a partir do novo sulco submamário. A forma cónica que a mama comeca
a adquirir ja pode ser observada.
¿Set*
Fig. 16a e b. Em 80% dos casos, após a sutura provisoria, observa-se urna
pequeña "orelha" em que o excesso de pele
é determinado nesta manobra bidigital.
Fig. 17a e h. Observa-se no desenho e na paciente urna pequeña "orelha" de
pele que deverá ser retirada, nao devendo ultrapassar
o sulco mamario original previamente tatuado.
Fig. 18a e b. Após a retirada da "orelha", iniciamos a sutura vertical, sempre de
baixo para cima, em dois planos: dérmico e epidérmico. Observa-se também a
clrenagem com succáo por via axilar, retirada após 24 horas.
Fig. 19ti, b e c. Resultado final, cuja sutura vertical nao ultrapassa o sulco mamario. Na Fig. b é possível observar a forma cónica obtida no final da cirurgia, quando a mama é
tracionada com um gancho. A forma se mantém após a retirada do gancho, ja que a conicidade é originada do pedículo.
Fig. 20a. A imobilizacáo deve ser feita com fita adesiva microporosa, tracionando-se
cuidadosamente a mama para cima, o que ajudará a manter sua forma a mais cónica
possível. A aplicagáo das fitas é feita de baixo para cima e de fora para dentro.
Fig. 20b. Final da imobilizagao. Após 7 dias, abre-se urna "janela" no nivel das suturas,
quando os pontos comegam a ser retirados. A imobilizacao com fita microporosa é
retirada após 15 dias.
CASOS CLÍNICOS
Fig. 21a. Pré-operatório de urna paciente com hipertrofia media e ptose mamaria. As mamas apresentam consistencia dura e boa elasticidade, porém sao alargadas em sua base e
ligeiramente achatadas, b. Pos-operatorio com 15 dias. c. Pos-operatorio de 18 meses. Observa-se urna forma melhor, com correcáo da ptose e pequeña reducáo.
Hg. 22a. Pré-operatório com a paciente em posicáo oblíqua. Notar o achatamento do polo superior e a ptose existente, b e c. Pos-operatorio com a paciente em posicáo oblíqua.
Pode ser verificada a forma cónica e harmoniosa obtida somente com urna cicatriz vertical e areolar.
Fig. 23a. Perfil da mesma paciente no pré-operatório. b e c. Pos-operatorio, observando-se, a reducáo com corregao da ptose com 15 días e com 18 meses.
Fig. 24a. Pré-operatório, com a paciente de frente, de urna hipertrofia media com assimetria e ptose. Na juventude da paciente reside a principal indicagao para a técnica, h. Pos-
operatorio de 2 anos. Apesar da boa forma e da elevacáo, é possível notar urna assimetria de aréola, o que nao comprometeu o resultado final, c. Paciente elevando os bracos para
observagáo de urna única cicatriz vertical e areolar.
Fig. 25a. Preoperatorio, em que se observam o tamanho da mama no sentido antero-posterior e sua forma globosa, b. Pos-operatorio na mesma posicáo (perfil), observando-se
agora a grande redugáo obtida, embora, após a cirurgia, a paciente tenha também emagrecido. c. Paciente no pré-operatório e em posicáo oblíqua. Observar o prolongamento
axilar da mama. d. Pos-operatorio. A correcáo da ptose, a redugáo da mama e a forma cónica sao obtidas com urna única cicatriz vertical, além da areolar.
I
Fig. 26a. Pré-operatório de urna paciente com media hipertrofia, ptose e ligeira assímetria. h. Pos-operatorio de frente, 1 ano depois, tendo sido utilizada a técnica do losango.
Podem ser constatadas a simetría e as formas obtidas. c. Paciente com os bracos elevados para melhor observacao da cicatriz, somente vertical.
Fig. 27a, b, c e el. Pré e pos-operatorio ñas posigóes oblíqua e de perfil para melhor observarmos os resultados obtidos com apenas urna cicatriz vertical e areolar.
Fig. 28a, b, c e d. Pré e pos-operatorio de mamas somente ptosadas (é grande indicacáo da técnica do losango). Com o sutiá do biquíni nao se véem as cicatrizes.
Fig. 29a, b e c. Pré e pos-operatorio da mesma paciente da Fig. 28 na posicáo de perfil.
—*
Fig. 30a, b e c. Pré e pos-operatorio de mamas ptosadas, sendo observadas apenas as cicatrizes verticais e areolares.
Fig. 31a e b. Pré e pos-operatorio da mesma paciente da Fig. 30 de perfil. Observar a
boa forma obtida, sem os inconvenientes das cicatrizes laterais.