O documento discute dois acórdãos judiciais sobre limitações administrativas e desapropriações indiretas. Embora os acórdãos tenham analisado os mesmos pontos de direito, eles tiveram resultados diferentes devido à condução processual distinta: um negou o recurso enquanto o outro determinou o retorno do processo à origem para solução integral do mérito.
O documento discute dois acórdãos judiciais sobre limitações administrativas e desapropriações indiretas. Embora os acórdãos tenham analisado os mesmos pontos de direito, eles tiveram resultados diferentes devido à condução processual distinta: um negou o recurso enquanto o outro determinou o retorno do processo à origem para solução integral do mérito.
O documento discute dois acórdãos judiciais sobre limitações administrativas e desapropriações indiretas. Embora os acórdãos tenham analisado os mesmos pontos de direito, eles tiveram resultados diferentes devido à condução processual distinta: um negou o recurso enquanto o outro determinou o retorno do processo à origem para solução integral do mérito.
1- As decisões proferidas nos acórdãos do presente trabalho, quais sejam, o
acórdão do AgRg nos EDcl no Agravo em Recurso Especial n ⁰ 457.837 e o acórdão do REsp. 1.653.169, não possuem uma contradição de direito expressamente, ou mesmo um contraponto material para os detalhes sobre o que difere uma limitação administrativa para uma desapropriação indireta, ou mesmo diferem sobre o direito de indenização dos recorrentes nos recursos. Na realidade os acórdãos se complementam na visão sobre tais institutos e sobre as leis infraconstitucionais discutidas, levando a uma consolidação mais aprofundada sobre a ação devida para os casos fáticos da discussão, ou seja, para os casos de uma perda considerável ou mesmo total do valor econômico da propriedade, bem como seus usos e elementos de propriedade, e sua devida indenização pelo poder público. Todavia, os acórdãos resultam em resultados diversos, pelo fato de uma contradição não no direito elencado nos recursos mas sim na condução processual, haja vista que a Ministra Regina Helena Costa, relatora que fundamentou o provimento do recurso especial, ressalta os mesmo pontos que o Ministro Humberto Martins, relator que fundamentou a decisão que negou o provimento do acordão do Agravo, porém a Ministra vai além em sua análise e conduz o recurso para um provimento de adequação da ação e determina o retorno dos autos à origem, demonstrando uma completude de julgamento com base na princípio da primazia da solução integral do mérito, positivado no artigo 4º do Código de Processo Civil de 2015 (Lei n⁰ 13.105, de 16 de março de 2015), algo que traz diferenças entre os acórdãos não em contradição propriamente dita, mas sim em julgamento sistemático diferente, algo que pode ser apontado como “se contradizem de alguma maneira", sendo que em situação de eficácia processual há uma grande discrepância.