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CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

Declaração Doutrinária - revisão


PRINCIPAIS CRITÉRIOS ADOTADOS PARA O TRABALHO

O objetivo da Comissão foi promover a revisão da Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira e, nesse trabalho, levou
em conta alguns critérios, entre os quais:
1. Antes de iniciar seus trabalhos, a Comissão promoveu consulta pública para ouvir o povo batista e, após a presente revisão, novamente
promoverá esse recurso, sendo uma iniciativa inédita na história batista em âmbito mundial para a elaboração do trabalho ligado a uma
Declaração Doutrinária.
2. O trabalho da Comissão foi revestido de intensos, cordiais e respeitosos debates em busca do consenso no sentido bíblico e dentro do modo
batista de ser e pensar.
3. A Comissão compreendeu que a Declaração Doutrinária, como o seu próprio nome define, não é um Código de Conduta Ética ou moral,
devendo, portanto, abranger conteúdo doutrinário que possa ser referencial para o tratamento das demais abrangências temáticas .
4. A Comissão realizou ajustes e simplificação frasal, além de atualização semântica, evitando-se a utilização de termos técnicos de modo a
alcançar o maior número de pessoas. Exs.: a atualização semântica do termo “homem” quando se refere à natureza humana para “pessoa” ou
“ser humano”; os termos técnicos para os atributos divinos foram explicitados.
5. Para se referir a Deus, houve a utilização de iniciais maiúsculas dos pronomes pessoais, possessivos e oblíquos.
6. Uniformização de linguagem e construções frasais. Ex.: crentes por regerados.
7. Tratamento de temas contemporâneos, não contemplados na Declaração atual. Ex.: abortamento, cultura de gênero, ecologia. O tema cultura
de gênero recebeu tratamento também com a explicitação da natureza humana (homem e mulher, natureza heterossexual) e da constituição
do casamento (homem e mulher).
8. Melhor sistematização da composição dos artigos de modo a facilitar a compreensão doutrinária, especialmente unindo artigos que estavam
separados. Ex.: Reino de Deus e Igreja.
9. Amplificação da compreensão em temas de modo a tornar mais clara a sua compreensão. Ex.: o tema mordomia foi ampliado para sentido
total de modo a mobilizar o cristão a maior envolvimento em seu compromisso com o Evangelho e abrangendo por exemplo, os compromissos
com temas ecológicos. No artigo que se refere ao ministério, houve maior abrangência considerando os variados ministérios, dons e talentos
presentes nas Escrituras.
10. Ajustes e atualização dos títulos de alguns artigos de modo a ficarem mais compreensíveis.

A Comissão
Josue Mello Salgado, vice relator
Klaudy Garros
Linaldo de Souza Guerra
Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Samuel Mouta
Lourenço Stelio Rega, relator
1
Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira - Revisão

TEXTO ATUAL TEXTO REVISADO – v. 1.7


INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

Os discípulos de Jesus Cristo, que vieram a ser designados pelo Os discípulos de Jesus Cristo que vierem a ser designados pelo
nome Batista, se caracterizavam pela sua fidelidade às Escrituras nome de “Batistas” sempre se caracterizaram pela sua fidelidade
e por isso só recebiam em suas comunidades, como membros às Escrituras Sagradas. Pela forma como recebiam os membros
atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus.
Somente essas pessoas eram por eles batizadas e não
reconheciam como válido o batismo administrado na infância por A primeira igreja com o nome de “batista” surgiu na Holanda, em
qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recém-nascidas 1609. Eram puritanos separatistas ingleses, que foram assim
não podiam ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. apelidados porque pregavam o batismo dos convertidos, negando
Para adotarem essas posições, eles estavam bem fundamentados o batismo de bebês. Essa ênfase na conversão e batismo teve,
nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A certamente, uma influência dos anabatistas do Século XVI, mas
mesma fundamentação tinha todas as outras doutrinas que encontrou sua fundamentação nas Escrituras, sendo a essência do
professavam. Mas sua exigência de batismo só de convertidos é Evangelho.
que mais chamou a atenção do povo e das autoridades, daí
derivando a designação “batista” que muitos supõem ser uma Da Holanda, e depois da Inglaterra, o grupo espalhou-se pela
forma simplificada de “anabatista”, “aquele que batiza de novo”. Europa, e de lá para as Américas, África, Ásia e Oceania, tornando-
A designação surgiu no século 17, mas aqueles discípulos de se uma denominação forte e reconhecida em todo o mundo.
Jesus Cristo estavam espiritualmente ligados a todos os que,
através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos No Brasil, os batistas chegaram por meio da imigração de batistas
ensinamentos das Escrituras, repudiando, mesmo colocando em americanos, no estado de São Paulo, sendo organizada a primeira
risco a própria vida, os acréscimos e corrupções de origem igreja batista em solo brasileiro no dia 10 de setembro de 1871.
humana. Também vieram para o Brasil, no final do século XIX e início do
Através dos tempos, os Batistas se têm notabilizado pela defesa Século XX, imigrantes batistas alemães, letos, ingleses e outros,
destes princípios: que também organizaram igrejas em diferentes lugares do território
nacional. Mas o avanço missionário se deu na década 1880,
1º) A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e quando os missionários pioneiros William e Anne Bagby,
conduta; juntamente com Zacary e Katy Taylor e o brasileiro Antônio Teixeira
2º) O conceito de Igreja como sendo uma comunidade local de Albuquerque (ex-padre convertido à fé evangélica e consagrado
democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e pastor batista) organizaram a Igreja Batista em Salvador, na Bahia,
biblicamente batizadas; voltada para a evangelização dos brasileiros, em 15 de outubro de
2
3º) A separação entre Igreja e Estado. 1882. Depois foram organizadas as igrejas do Rio de Janeiro,
4º) A absoluta liberdade de consciência. Maceió, Recife e seguiu-se uma multiplicação de igrejas batistas
5º) A responsabilidade individual diante de Deus. em todos os estados do Brasil, tanto por missionários estrangeiros
6º) A autenticidade e apostolicidade das Igrejas. quanto pelos líderes brasileiros que foram levantados e formados.

Os Batistas caracterizam-se também pela intensa e ativa Em 1907, na cidade de Salvador/BA, se reuniram os
cooperação entre suas Igrejas. Não havendo nenhum poder que representantes de 43 igrejas batistas de diferentes estados do
possa constranger a Igreja local, a não ser a vontade de Deus, Brasil para organizarem a Convenção Batista Brasileira e, na
manifestada através de seu Santo Espírito, os Batistas, baseados mesma assembleia deliberaram organizar duas juntas
nesse princípio da cooperação voluntária das Igrejas, realizam uma missionárias, para a evangelização da pátria e do mundo (a Junta
obra geral de missões, em que foram pioneiros entre os de Missões Nacionais e a Junta de Missões Mundiais). A partir de
evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de então, a CBB tem se dedicado a servir às igrejas locais,
educação teológica, religiosa e secular; de ação social e de viabilizando a cooperação para a obra missionária, educacional,
beneficência. Para a execução desses fins, organizam doutrinária, de formação ministerial e teológica.
Associações regionais e Convenções estaduais e nacionais, não
tendo estas, no entanto, autoridade sobre as Igrejas, devendo suas Ao longo dos séculos, no mundo inteiro, os batistas têm-se
resoluções ser entendidas como sugestões ou apelos. caracterizado pelos seguintes princípios:
Para os Batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo
Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de 1º - A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e
quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas conduta.
declarações doutrinárias que esclareçam os espíritos, dissipem 2º - O conceito de igreja como sendo uma comunidade local
dúvidas e reafirmem posições. Cremos viver um momento assim democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e,
no Brasil, quando uma declaração desse tipo deve ser formulada, biblicamente batizadas.
com a exigência insubstituível de ser rigorosamente fundamentada 3º - A separação entre igreja e Estado.
na Palavra de Deus. É o que faz agora a Convenção Batista 4º - A absoluta liberdade de consciência.
Brasileira, nos 19 artigos que seguem: 5º - A responsabilidade individual diante de Deus.
6º - A autenticidade e apostolicidade das igrejas.

Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa


cooperação voluntária entre as igrejas, a fim de realizar a obra de
missões (em que foram pioneiros entre os evangélicos nos tempos
modernos); de evangelização; de educação teológica, religiosa e
secular; de ação social e de beneficência. Para a execução desses
fins, as igrejas locais organizam associações regionais e

3
convenções estaduais e nacional, não tendo estas, no entanto,
autoridade sobre as igrejas, que são autônomas.

Em matéria doutrinária, quando uma igreja solicita livremente o


ingresso na Associação, Convenção Estadual ou Regional e na
Convenção Batista Brasileira, deve declarar explicitamente que
adota a Declaração Doutrinária da CBB como fiel interpretação das
Escrituras, e assim deve observá-la no ensino e prática. Para os
batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento,
constituem a única regra de fé e conduta, e, de quando e quando,
as circunstâncias exigem que sejam feitas declarações doutrinárias
que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem
posições frente à novas demandas contemporâneas. Cremos estar
vivendo um momento assim no Brasil, quando a declaração de
1986 foi revisada em sua linguagem e abrangência, com a
exigência insubstituível de ser rigorosamente fundamentada na
Palavra de Deus. É o que faz agora a Convenção Batista Brasileira,
nos artigos que seguem:

I- Escrituras Sagradas I – Escrituras Sagradas

A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana. A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana e seus
princípios são sempre atuais e aplicáveis a qualquer época, povo
1 - É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos e situação.1 É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo a
homens; toda humanidade.2 Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita
2 - Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens por pessoas inspiradas e dirigidas pelo Espírito Santo.3 Tem por
inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo; finalidade revelar os propósitos de Deus levar os pecadores à
3 - Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os salvação, edificar os regenerados, e promover a glória de Deus.4
pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Seu conteúdo é verdadeiro, sem mescla de erro, e por isso é um
Deus; perfeito tesouro da instrução divina.5 Revela o destino final do
4 - Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de erro, e por isso é um mundo e os critérios pelos quais Deus julgará a todos.6 A Bíblia é
perfeito tesouro de instrução divina; a autoridade única em matéria de fé, fiel padrão pelo qual devem
5 - Revela o destino final do mundo e os critérios pelo qual Deus ser aferidas as doutrinas e a conduta de todos.7 Ela deve ser
julgará todos os homens; interpretada sempre à luz da Pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo

4
6 - A Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pela iluminação do Espírito Santo.8
pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta dos homens;
7 - Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos TEXTOS BÍBLICOS
de Jesus Cristo.
1 Sl 119.89; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44-48; Rm 3.2; Hb 1.1,2; 1 Pe

1. Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 1.25; 2 Pe 1.19-21; Ez 3.1-7


2
3.2; 1Pe 1.25; 2Pe 1.21 Is 40.8; Mt 22.29; Mt 24.35; Lc 24.44-48; Rm 16.25-27; Hb 1.1, 2;
2. Is 40.8; Mt 22.29; Hb 1.1,2; Mt 24.35; Lc 16.29; 24.44,45; Rm 1 Pe 1.25
16.25,26; 1Pe 1.25 3 2 Sm 23.2; At 3.21; 2 Pe 1.21
4
3. Ex 24.4; 2Sm 23.2; At 3.21; 2Pe 1.21 Rm 1.16; Rm 15.4; Ef. 6.17; Hb 4.12; 2 Tm 3.16,17; 1 Pe 2.1-3.
5
4. Lc 16.29; Rm 1.16; 2Tm 3.16,17; 1Pe 2.2; Hb 4.12; Ef 6.17; Rm Sl 19.7-10; 119.105; Pv 30.5; Jo 10. 35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; 2
15.4 Tm 3.15-17
5. Sl 19.7-9; 119.105; Pv 30.5; Jo 10.35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; 2Tm 6 Jo 5.39; Jo 12.47, 48; Rm 2.12-16
7
3.15-17 2 Cr 24.19; Sl 19.7-9; Is 34.16; Is 8.20; Mt 5.17,18; At 17.11; Gl
6. Jo 12.47,48; Rm 2.12,13 6.16; Fp 3. 16; 2 Tm 1.13
7. 2Cr 24.19; Sl 19.7-9; Is 8.20; 34.16; Mt 5.17,18; At 17.11; Gl 8 Lc 24.44,45; 11.29,30, Jo 5.39,40; Jo 1.1,2,14; Hb 1.1,2
6.16; Fp 3.16; 2Tm 1.13
8. Lc 24.44,45; Mt 5.22,28,32,34,39; 11.29,30; 17.5; Jo 5.39,40; Hb
1.1,2; Jo 1.1,2,14

II- Deus II – Deus

O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, Eterno, Infinito O único Deus vivo e verdadeiro é espírito pessoal, auto existente,
e Imutável; é Onipotente, Onisciente, e Onipresente; é perfeito em eterno, infinito e imutável; é Todo Poderoso, tem saber absoluto e
Santidade, Justiça, Verdade e Amor. está presente em todos os lugares; é perfeito em santidade, justiça,
verdade e amor.1 Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como
1 - Ele é o Criador, Sustentador, Redentor, Juiz e Senhor da Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas distintas mas sem divisão em
história e do universo, que governa pelo Seu poder, dispondo de sua natureza ou essência2 ; e só a Ele havemos de adorar e prestar
todas as coisas, de acordo com o Seu eterno propósito e graça; culto.3 Ele é o criador, sustentador do Universo, redentor, juiz e,
2 - Deus é infinito em santidade e em todas as demais perfeições; como Senhor, exerce seu reinado na história e no mundo, dispondo
3 - Por isso, a Ele devemos todo o amor, culto e obediência; de todas as coisas, de acordo com o seu eterno poder, propósito e
4 - Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como Pai, Filho e graça. Em sua gestão, tem acesso a tudo permitindo ou
Espírito Santo, pessoas distintas, mas sem divisão em sua determinando os acontecimentos.4 Deus é infinito em santidade e
essência. em todas as demais perfeições.5 Por isso, a Ele devemos todo o

5
amor e obediência.6
1. Dt 6.4; Jr 10.1; Sl 139; 1Co 8.6; 1Tm 1.17; 2.5,6; Ex 3.14; 6.2,3;
Is 43.15; Mt 6.9; Jo 4.24; Ml 3.6; Tg 1.17; 1Pe 1.16,17 TEXTOS BÍBLICOS
2. Gn 1.1; 17.1; Ex 15.11-18; Is 43.3; At 17.24-26; Ef 3.11; 1Pe 1.17
3. Ex 15.11; Is 6.1,2; 57.15; J34.10 1 Êx 3.14; 6.2,3 Dt 6.4; Jr 10.10; Sl 139; Is. 43.15; Ml 3.6; Mt 6.9; Jo

4. Mt 22.37; Jo 4.23,24; 1Pe 1.15,16 4.24; 1 Co 8.6; 1 Tm 2.5,6; 1.17; Tg 1.17; 1 Pe 1.16,17
2
5. Mt 28.19; Mc 1.9-11; 1Jo 5.7; Rm 15.30; 2Co 13.13; Fp 3.3 Mt 3.16,17; Mc 1.9-11; 1 Jo 5.7; Rm 15.30; 2 Co 13.13; Fp 3.3
3 Êx 20.3-5. Mt 4.10; Dt 6.13; 1 Cr 16.29; Sl 95.6; Mt 2.8,11; Jo 4.24
4 Gn 1.1; 17.1; Ex 15.11-18; Is.43.3; At 17.24-28; Ef. 3.11; 1 Pe

1.17
5
Êx 15.11-13; Is 6.2,3; 57.15; Jó 34.10-12
6 Dt 6.1-9; Mt 22.37; Jo 4.23,24; 1 Pe 1.14-16

(1)- Deus Pai 1. O Pai


Deus, como Criador, manifesta disposição paternal para com todos
os homens. O pai, como Criador, manifesta disposição amorosa para com
todos.1 Historicamente Ele se revelou primeiro como Pai ao povo
1 - Historicamente, Ele se revelou primeiro como Pai ao povo de de Israel, que escolheu conforme os propósitos de sua graça.2 Ele
Israel, que escolheu consoante os propósitos de Sua graça; é o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a este
2 - Ele é Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a este mundo para salvar os pecadores e deles fazer filhos por adoção.3
mundo para salvar os pecadores e deles fazer filhos por adoção; Aqueles que recebem a Jesus Cristo pela fé são feitos filhos de
3 - Aqueles que aceitam a Jesus Cristo e nele creem são feitos Deus, nascidos pelo Seu Espírito, e, assim, passam a tê-lo como
filhos de Deus, nascidos pelo Seu Espírito, e, assim, passam a tê- Pai celestial, dele recebendo proteção, provisão e disciplina.4
lo como Pai celestial, dele recebendo proteção e disciplina.
TEXTOS BÍBLICOS
1. Is 64.8; Mt 6.9; 7.11; At 17.26-29; 1Co 8.6; Hb 12.9
2. Ex 4.22,23; Dt 32.6-18; Is 1.2,3; 63.16; Jr 31.9 1 Is 64.8; Mt 6.9; 7.11; At 17.26-29; 1 Co 8.6; Hb 12.9,10
2
3. Sl 2.7; Mt 3.17; 17.5; Lc 1.35; Jo 1.12 Gn 12.1-3; Ex 4.22,23; Dt 32.6-18; Is 1.2,3; 63.16; Jr 31.9
3
4. Mt 23.9; Jo 1.12,13; Rm 8.14-17; Gl 3.26; 4.4-7; Hb 12.6-11 Sl 2.7; Mt 3.17; Mt 6.9; 17.5; Lc 1.35; Jo 1.12; Ef 1.3
4 Mt 23.9; Jo 1.12,13; Rm 8.14-17; Gl 3.26; 4.3-7; Hb 12.3-11

(2) - Deus Filho 2. O Filho

Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus. Jesus Cristo, um em essência com o Pai e com o Espírito Santo, é

6
o eterno Filho de Deus.1 Nele, por Ele e para Ele, foram criadas
1 - Nele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas; todas as coisas.2 Na plenitude dos tempos Ele se fez carne, na
2 - Na plenitude dos tempos, Ele se fez carne, na pessoa real e pessoa real e histórica de Jesus Cristo, gerado pelo Espírito Santo
histórica de Jesus Cristo, gerada pelo Espírito Santo e nascido da e nascido de Maria, que era virgem, sendo Ele verdadeiramente
Virgem Maria, sendo, em Sua pessoa, verdadeiro Deus e divino e verdadeiramente humano.3 Jesus é a imagem visível do
verdadeiro homem; Deus invisível, a revelação suprema de Deus à humanidade.4 Ele
3 - Jesus é a imagem expressa do seu Pai, a revelação suprema honrou e cumpriu plenamente a lei divina e obedeceu toda a
de Deus ao homem; vontade de Deus.5 Identificou-se perfeitamente com o ser humano,
4 - Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e revelou e sofrendo o castigo e expiando a culpa de nossos pecados,
obedeceu toda a vontade de Deus; conquanto Ele mesmo não tivesse pecado.6 Para nos salvar do
5 - Identificou-se perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu
e expiando a culpa de nossos pecados, conquanto Ele mesmo não dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus
tivesse pecado; discípulos com corpo glorificado, foi elevado aos céus, onde à
6 - Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao direita do Pai, exerce o Seu eterno sumo sacerdócio.7 Jesus Cristo
terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer é o único Mediador entre Deus e a humanidade e o único e
muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde, à destra suficiente Senhor e Salvador.8 Pelo seu Espírito, Ele está presente
do Pai, exerce o Seu eterno sumo sacerdócio. e habita no coração de cada pessoa regenerada e na Igreja.9 Ele
7 - Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens e o voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória, para
Único e Suficiente Salvador e Senhor; julgar a humanidade e consumar Sua obra redentora.10
8 - Pelo seu Espírito ele está presente e habita no coração de cada
crente e na Igreja; TEXTOS BÍBLICOS
9 - Ele voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória,
para julgar os homens e consumar sua obra redentora. 1 Sl 2.7; 110.1; Mt 1.18-23; 3.17; 8.29; 14.33; 16.16; 27; 17.5; Mc

1.1; Lc 4.41; 22.70; Jo 1.1,2; 11.27; 14.7-11; 16.28


1. Sl 2.7; 110.1; Mt 1.18-23; 3.17; 8.29; 14.33; 16.16,27; 17.5; Mc 2 Jo 1.3; 1 Co 8.6; Cl 1.15-17; Hb 1.1-4
1.1; Lc 4.41; 22.70; Jo 1.1,2; 11.27; 14.7-11; 16.28 3 Is 7.14; Mt 1.21-25; Lc 1.26-35; Jo 1.14; Gl 4.4,5

2. Jo 1.3; 1Co 8.6; Cl 1.16,17 4 Mt 11.27 Jo 14.7-9; 10.30,38; 12.44-50; Cl 1.15,19; 2.9; Hb 1.3
5
3. Is 7.14; Lc 1.35; Jo 1.14; Gl 4.4,5 Is 53; Mt 5.17; Hb 5.7-10
6
4. Jo 14.7-9; Mt 11.27; Jo 10.30,38; 12.44-50; Cl 1.15,19; 2.9; Hb Rm 8.1-3; Fp 2.1-11; Hb 4.14,15; 1 Pe 2.21-25
1.3 7 Mt 28.1-6; Lc 24.46; Jo 20.1-20; 19.30,35; At 2.22-24; 1.6-14; 1

5. Is 53; Mt 5.17; Hb 5.7-10 Co 15.1-8


8
6. Rm 8.1-3; Fp 2.1-11; Hb 4.14,15; 1Pe 2.21-25 Jo 14.6; At 4.12; 1 Tm 2.4,5; At 7.55,56; Hb 4.14-16; 10.19-23
7. At 1.6-14; Jo 19.30,35; Mt 28.1-6; Lc 24.46; Jo 20.1-20; At 2.22- 9 Mt 28.20; Jo 14.16,17; 15.26; 16.7; 1 Co 6.19; Rm 10.9
24; 1Co 15.4-8 10 At 1.11; 1 Co 15.24-28; 1 Ts 4.14-18; Tt 2.13

7
8. Jo 14.6; At 4.12; 1Tm 2.4,5; At 7.55,56; Hb 4.14-16; 10.19-23
9. Mt 28.20; Jo 14.16,17; 15.26; 16.7; 1Co 6.19
10. At 1.11; 1Co 15.24-28; 1Ts 4.14-18; Tt 2.13

(3) - Deus Espírito Santo 3. O Espírito Santo


O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é
pessoa divina. O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é
pessoa divina.1 É o Espírito da verdade.2 Atuou na criação do
1 - É o Espírito da verdade; mundo e inspirou os escritores da Bíblia Sagrada.3 Ele ilumina e
2 - Atuou na criação do mundo e inspirou os homens a escreverem capacita a compreensão da verdade divina.4 No dia de
as Sagradas Escrituras; Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das promessas,
3 - Ele ilumina os homens e os capacita a compreenderem a o Espírito Santo se manifestou de maneira singular, quando os
verdade divina; primeiros discípulos foram nEle batizados, passando a fazer parte
4 - No dia de Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das do Corpo de Cristo que é a Igreja. Suas outras manifestações,
promessas quanto à descida do Espírito Santo, Ele se manifestou constantes no livro Atos dos Apóstolos, confirmam a evidência de
de maneira singular, quando os primeiros discípulos foram universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que creem em
batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo, Cristo.5 O recebimento do Espírito Santo, sempre ocorre no
que é a Igreja. Suas outras manifestações, constantes no livro Atos momento em que os pecadores se convertem a Jesus Cristo,
dos Apóstolos, confirmam a evidência de universalidade do dom regenerados pelo Espírito, que os integra à Igreja.6 Ele dá
do Espírito Santo a todos os que creem em Cristo; testemunho de Jesus Cristo e O glorifica.7 Convence do pecado,
5 - O recebimento do Espírito Santo sempre ocorre quando os da justiça e do juízo.8 Opera a regeneração do pecador perdido.9
pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, Sela o regenerado para o dia da redenção final,10 e nele habita.11
regenerados pelo Espírito, à Igreja; Guia-o em toda a verdade.12 Capacita-o para obedecer à vontade
6 - Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica; de Deus.13 Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do
7 - Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo.14 Sua
8 - Opera a regeneração do pecador perdido; plenitude e seu fruto na vida do regenerado são necessários para
9 - Sela o crente para o dia da redenção final; a vida cristã vitoriosa e testemunho eficaz.15 Ele capacita a igreja
10 - Habita no crente; para o cumprimento da Grande Comissão.16
11 - Guia-o em toda a verdade;
12 - Capacita-o a obedecer a vontade de Deus; TEXTOS BÍBLICOS
13 - Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do Corpo
de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo; 1 Gn 1.2; Sl 51.11; 139.7-12; Is 61.1-3; Mt 28.19; Lc 4.19,18; Jo

4.24; 14.16,17; 15.26; Hb 9.14

8
14 - Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem 2Jo 14.17; 15.26; 16.13; 1 Jo 5.6
3
condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante. Gn 1.2; 2 Tm 3.16,17; 1 Pe 1.21
4
Lc 12.12; Jo 14.16,17,26; 1 Co 2.10-14; Hb 9.8
1. Gn 1.2; J23.13; Sl 51.11; 139.7-12; Is 61.1-3; Lc 4.18,19 ; Jo 5 Jl 2.28-32; At 1.5; 2.1-4; 37-41; 8.14-17; 10.44-48; 19.5-7; 1 Co
4.24; 14.16,17; 15.26; Hb 9.14; 1Jo 5.6,7; Mt 28.19 12.12-15
6
2. Jo 16.13; 14.17; 15.26 At 2.38,39; 1 Co 12.12-15
7
3. Gn 1.2; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21 Jo 14.16,17; 16.13,14
4. Lc 12.12; Jo 14.16,17,26; 1Co 2.10-14; Hb 9.8 8 Jo 16.8-11

5. Jl 2.28-32; At 1.5; 2.1-4; 24.29; At 2.41; 8.14-17; 10.44-47; 19.5- 9 Ez 36.26,27; Jo 3.5; Rm 8.9-11
10
7; 1Co 12.12-15 Ef. 1.13,14; 4.30
11
6. At 2.38,39; 1Co 12.12-15 Jo 14.17; Rm 8.9-11; 1 Co 6.19,20
7. Jo 14.16,17; 16.13,14 12 Jo 14.26; 16.13
13
8. Jo 16.8-11 Atos 1.1,2; 15.28,29; Ef. 5.16-25
14
9. Jo 3.5; Rm 8.9-11 1 Co 12.1-31; Ef. 4.11-13
10. Ef 4.30 15 Ef. 5.18-21; Gl 5.22.23; At 1.8
11. Rm 8.9-11 16 Mt 28.19,20; Lc 24.44-48; At 1.8

12. Jo 16.13
13. Ef 5.16-25
14. 1Co 12.7,11; Ef 4.11-13
15. Ef 5.18-21; Gl 5.22,23; At 1.8
III - O Homem III – O ser humano

1- Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à Sua imagem Por um ato especial, o ser humano, homem e mulher, foi criado por
e conforme a Sua semelhança e disso decorrem o seu valor e Deus à sua imagem e conforme à sua semelhança, como coroa da
dignidade. criação, e disso decorrem o seu valor, dignidade e funcionalidade,
2 - Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó há de desde sua concepção até a sua morte.1 Seu corpo foi feito do pó
voltar; da terra e para o mesmo pó há de voltar.2 Seu espírito procede de
3 - Seu espírito procede de Deus e para ele retornará; Deus e para Ele retornará. A vida humana pertence a Deus, que a
4 - O criador ordenou que o homem domine, desenvolva e guarde deu, e somente Ele tem o direito de tomá-la.3 O Criador ordenou
a obra criada; que o ser humano domine, desenvolva e guarde a obra criada.
5 - Criado para a glorificação de Deus; Também está ordenado que ele ame ao seu semelhante e próximo
6 - Seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu como a si mesmo.4 Homens e mulheres são iguais em valor diante
Criador, bem como cumprir Sua divina vontade; de Deus, mas diferentes em sua natureza, numa função de mútua
complementaridade.5 Seu propósito é glorificar, amar, conhecer e

9
7 - Ser pessoal e espiritual. O homem tem capacidade de perceber, estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir Sua
conhecer e compreender, ainda que em parte, intelectual e divina vontade.6 Ser pessoal e espiritual, ele depende da
experimentalmente, a verdade revelada, e tomar suas decisões em iluminação do Espírito Santo a fim de perceber, conhecer e
matéria religiosa, sem mediação, interferência ou imposição de compreender, ainda que em parte, intelectualmente e por
qualquer poder humano, seja civil ou religioso. experiência pessoal, a verdade revelada, e tomar suas decisões
em matéria religiosa, sem mediação, interferência ou imposição de
1. Gn 1.26-31; 18.22; 9.6; Sl 8.1-9; Mt 16.26 qualquer poder humano, seja civil ou religioso.7
2. Gn 2.7; 3.19; Ec 3.20; 12.7
3. Ec 12.7; Dn 12.2,3 TEXTOS BÍBLICOS
4. Gn 1.21; 2.1; Sl 8.3-8
1
5. At 17.26-29; 1Jo 1.3,6,9 Gn 1.26-31; 5.1,2; 9.6; Sl 8; Mt 16.26
6. Jr 9.23,24; Mq 6.8; Mt 6.33; Jo 14.23; Rm 8.38,39 2 Gn 2.7; 3.19; Ec 3.20; 12.7

7. Jo 1.4-13; 17.3; Ec 5.14,17; 1Tm 2.5; Jó 19.25,26; Jr 31.3; At 3 Ec 12.7; Dn 12.2,3


5.29; Ez 18.20; Dn 12.2; Mt 25.32,46; Jo 5.29; 1Co 15; 1Ts 4 Gn 1.26-30; 2.19,20; Sl 8.3-8; Lv 19.18; Mt 5.43-45; 19.19; 22.39;
4.16,17; Ap 20.11-30 Jo 15.12; Rm 12.10; Gl 5.14; Ef 5.2; 1 Pe 1.22,23; 1 Jo 4.7,8;19-
21
5
Gn 1.27; 5.1,2; At 17.26-29; Gl 3.28.
6
Jr 9.23,24; Mq 6.8; Mt 6.33; Jo 14.23; Rm 8.38,39; 12.1,2; 1 Co
10.31.
7 Jó 19.25,26; Jr 31.3; Ez. 18.20; Dn 12.2; Mt 25.32,46; Jo 5.29;

1.4-13; 17.3; At 5.29; 1 Co 15; 1 Ts 4.16,17; 1 Tm 2.5; Ap 20.11-


15

IV - O Pecado IV – Pecado

No princípio, o homem vivia em estado de inocência e mantinha No princípio, o homem e a mulher viviam em estado de inocência
perfeita comunhão com Deus. e mantinham perfeita comunhão com Deus.1
Mas, caindo na tentação de Satanás, num ato livre de
1 - Mas, cedendo à tentação de Satanás, num ato livre de desobediência e rebeldia contra seu Criador, eles pecaram e assim
desobediência contra seu Criador, o homem caiu no pecado e toda raça humana perdeu a comunhão com Deus e dEle ficou
assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado; separada.2
2 - Em consequência da queda de nossos primeiros pais, todos Em consequência da queda de nossos primeiros pais, todos
somos, por natureza, pecadores e inclinados à prática do mal; somos, por natureza, pecadores e inclinados à prática do mal.3
Portanto, assim que se tornam capazes de ação moral, os seres

10
3 - Todo pecado é cometido contra Deus, Sua pessoa, Sua vontade humanos se tornam imputáveis e ficam sob condenação.
e Sua lei; Todo pecado é cometido contra Deus, Sua pessoa, Sua vontade
4 - Mas o mal praticado pelo homem atinge também o seu próximo; e Sua lei.4
5 - O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Jesus Mas o mal praticado pelo ser humano atinge também o seu
Cristo, o Filho de Deus, como salvador pessoal; próximo, a sociedade, a cultura e a criação.5
6 - Como resultado do pecado, da incredulidade e da O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Jesus Cristo,
desobediência do homem contra Deus, ele está sujeito à morte e à o Filho de Deus, como Senhor e Salvador pessoal, o que
condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da corresponde ao pecado contra o Espírito Santo.6
própria criação de Deus; Como resultado do pecado, o ser humano está sujeito à morte e
7 - Separado de Deus, o homem é absolutamente incapaz de à condenação eterna, além de se tornar inimigo de Deus, do
salvar-se a si mesmo e assim depende da graça de Deus para ser próximo, da sociedade e da própria criação.7
salvo; Separado de Deus, o ser humano é absolutamente incapaz de
salvar-se a si mesmo e assim depende da graça de Deus para ser
1. Gn 2.15-17; 3.8-10; Ec 7.29 salvo.8
2. Gn 3; Rm 5.12-19; Ef 2.12; Rm 3.23
3. Gn 3.12; Rm 5.12; Sl 51.5; Is 53.6; Jr 17.5; Rm 1.18-27; 3.10-19; TEXTOS BÍBLICOS
7.14-25; Gl 3.22; Ef 2.1-3
1
4. Sl 51.4; Mt 6.14; Rm 8.7-22 Gn 1.27; 2.15-17; 3.8-10; Ec 7.29
5. Mt 6.14,15; 18.21-35; 1Co 8.12; Tg 5.16 2 Gn 3; Rm 3.23; 5.12-19; Ef. 2.12

6. Jo 3.36; 16.9; 1Jo 5.10-12 3 Gn 3; Sl 51.2-6; 58.3; Is 53.6; Jr 17.5,6; Rm 1.18-32; 3.10-20;5.12;

7. Rm 5.12-19; 6.23; Ef 2.5; Gn 3.18; Rm 8.22 7.14-25; Gl 3.22; Ef. 2.1-3; Tg 1.14,15
8. Rm 3.20; Gl 3.10,11; Ef 2.8,9 4 Sl 51.4; Mt 6.14,15; Lc 15.21; Rm 8.7,8
5 Mt 6.14,15; 18.21-35; 1 Co 8.12; Tg 5.16
6
Mt 12.31,32; Jo 3.36; 16.9; 1 Jo 5.10-12
7
Gn 3.18; Rm 5.12-19; 6.23;8.22,23; Ef. 2.5
8 Rm 3.20; Gl.3.10,11; Ef. 2.8,9

Os Artigos V (Salvação) e VI (Eleição) foram unificados

V - Salvação V – Salvação

A salvação é outorgada por Deus pela Sua graça, mediante A salvação, prevista desde a eternidade, é outorgada por Deus
arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo como pela Sua graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé
único Salvador e Senhor. em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador.1 A redenção

11
eterna do crente foi consumada de uma vez e para sempre por
1 - O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pela sua morte na cruz, sua ressurreição.2 A salvação
Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz; é individual e significa a redenção da pessoa na inteireza do seu
2 - A salvação é individual e significa a redenção do homem na ser.3 É um dom gratuito que Deus oferece livremente a todas as
inteireza do seu ser; pessoas e que compreende a eleição, regeneração, justificação, a
3 - É um dom gratuito que Deus oferece a todos os homens e que santificação e a glorificação.4 A salvação que Cristo oferece no
compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a Evangelho traz razão em viver, mas não assegura
glorificação. necessariamente prosperidade material ou saúde neste tempo
presente.5 A salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram
1. Sl 37.39; Is 55.5; Sf 3.17; Tt 2.9-11; Ef 2.8,9; At 15.11; 4.12 em Cristo e estão guardados pelo poder de Deus. Nenhuma força
2. Is 53.4-6; 1Pe 1.18-25; 1Co 6.20; Ef 1.7; Ap 5.7-10 ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus
3. Mt 16.24; Rm 10.13; 1Ts 5.23,24; Rm 5.10 em Cristo Jesus. O novo nascimento, o perdão, a justificação, a
4. Rm 6.23; Hb 2.1-4; Jo 3.14; 1Co 1.30; At 11.18 adoção como filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo
asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação. Esta
A regeneração é o ato inicial da salvação em que Deus faz nascer salvação é tratada na Bíblia por meio de figuras descritivas que
de novo o pecador perdido, fazendo dele uma nova criatura em aprofundam sua compreensão, entre as quais, temos:
Cristo. É obra do Espírito Santo em que o pecador recebe o perdão,
a justificação, a adoção como filho de Deus, a vida eterna e o dom 1. A eleição é a escolha soberana de Deus do seu povo, desde a
do Espírito Santo. Nesse ato o novo crente é batizado no Espírito eternidade, não por qualquer mérito, mas segundo a riqueza de
Santo, é por Ele selado para o dia da redenção final e é liberto do Sua graça. No Antigo Testamento, a partir de Abraão, Deus
castigo eterno dos seus pecados. formou um povo Seu e para Si, a fim de abençoá-lo e Lhe servir
de testemunho para todas as nações abençoando, assim, todas
1 - Há duas condições para o pecador ser regenerado: as famílias da Terra.6 A eleição é a escolha divina para a
arrependimento e fé. O arrependimento implica mudança radical salvação, para uma vida abundante, santa, frutífera, cumprindo
do homem interior, por força do que ele se afasta do pecado e se a missão de testemunhar e proclamar o amor de Deus a todas
volta para Deus. A fé é a confiança e aceitação de Jesus Cristo as gentes e povos.7 Essa figura missiológica do Antigo
como Salvador e a total entrega da personalidade a ele por parte Testamento é aplicada ao Novo Testamento como a maneira de
do pecador. Deus, em Cristo, à luz de sua presciência, escolher para Si
2- Nessa experiência de conversão o homem perdido é aqueles que livremente creem no Evangelho, pelo
reconciliado com Deus, que lhe concede perdão, justiça e paz. convencimento do Espírito Santo, tornando-se o Seu povo,
3- 1 Dt 30.6; Ez 36.26; Jo 3.3-5; 1Pe 1.3; 2Co 5.17; Ef 4.20-24 nação eleita, sacerdócio real e geração santa para o
2 Tt 3.5; Rm 8.2; Jo 1.11-13; Ef 4.32; At 11.17 cumprimento de missão de Deus no mundo e a salvação
3 2Co 1.21,22; Ef 4.30; Rm 8.1; 6.22 eterna.8

12
A justificação, que ocorre simultaneamente com a regeneração, é 2. A regeneração é o ato da salvação em que Deus faz nascer de
o ato pelo qual Deus, considerando os méritos do sacrifício de novo o pecador perdido, dele fazendo uma nova criatura em
Cristo, absorve, no perdão, o homem de seus pecados e o declara Cristo. É obra do Espírito Santo em que o pecador recebe o
justo, capacitando-o para uma vida de retidão diante de Deus e de perdão, a adoção como filho de Deus, a vida eterna e o dom do
correção diante dos homens. Espírito Santo.9 Arrependimento e fé são essenciais para o
pecador ser regenerado. O arrependimento implica em
2 - Essa graça é concedida não por causa de quaisquer obras transformação radical do ser interior, por força de que ele se
meritocratas praticadas pelo homem, mas por meio de sua fé em afasta do pecado e se volta para Deus. A fé é a confiança e
Cristo. aceitação de Jesus Cristo como Salvador e a total entrega da
personalidade a ele por parte do pecador.10 Nessa experiência
1. Is 53.11; Rm 8.33; 3.24 de conversão o perdido é reconciliado com Deus, que lhe
2. Rm 5.1; At 3.19; Mt 9.6; 2Co 5.21; 1Co 1.30 concede perdão, justiça e paz.11

A santificação é o processo que, principiando na regeneração, leva 3. A justificação, que ocorre simultaneamente com a regeneração,
o homem à realização dos propósitos de Deus para sua vida e o é o ato pelo qual Deus, considerando os méritos do sacrifício de
habilita a progredir em busca da perfeição moral e espiritual de Cristo, absolve, no perdão, a pessoa arrependida de seus
Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que pecados libertando-a do castigo eterno, a declara justificada,
nele habita. trazendo-lhe a reconciliação e a paz, capacitando-a para a vida
de retidão diante de Deus e de transformação constante diante
3 - Ela ocorre na medida da dedicação do crente e se manifesta das pessoas.12 Essa graça é concedida não por causa de
através de um caráter marcado pela presença e pelo fruto do quaisquer obras meritórias, mas por meio de sua fé em Cristo.13
Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço
consagrado a Deus e ao próximo. 4. A santificação representa a separação dos pecados
proporcionada pelo sacrifício de Cristo e leva a pessoa à
1. Jo 17.17; 1Ts 4.3; 5.23; 4.7 realização dos propósitos de Deus para sua vida e a habilita a
2. Pv 4.18; Rm 12.1,2; Fp 2.12,13; 2Co 7.1; 3.18; Hb 12.14; Rm progredir em busca da perfeição moral e espiritual de Jesus
6.19; Gl 5.22; Fp.1.9-11 Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que
nela habita.14 Ela se desenvolve na medida da dedicação do
A glorificação é o ponto culminante da obra da salvação.1 É o salvo por meio de um caráter marcado pela presença e pelo fruto
estado final, permanente, da felicidade dos que são redimidos pelo do Espírito Santo na vida de testemunho fiel e serviço
sangue de Cristo. consagrado a Deus e ao próximo.15

1. Rm 8.30; 2Pe 1.10,11; 1Jo 3.2; Fp 3.12; Hb 6.11 5. A glorificação é a plenitude da obra da salvação e o estado
2. 1Co 13.12; 1Ts 2.12; Ap 21.3,4 final, permanente, da felicidade dos que são redimidos pelo
sangue de Cristo.16
13
TEXTOS BÍBLICOS
VI - Eleição
1 Gn 3.15; Sl 37.39; Is 55; Lc 24.44-48; Jo 3.14,15; At 2.37,38; Sf
Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, 3.17; At 15.11; 4.11,12; Ef 1.4; 2.8,9; Tt 2.9-11
2
de pessoas para a vida eterna, não por qualquer mérito, mas Is 53.4-6; 1 Pe 1.18-25; 1 Co 6.20; Ef. 1.7; Ap 5.7-10
3
segundo a riqueza da sua graça. Mt 16.24,25; Rm 5.10; 10.13; 1 Ts 5.23,24.
4 Jo 3.14; At 11.18; Rm 6.23; Rm 8.29,30; 1 Co 1.30

1 - Antes da criação do mundo, Deus, no exercício da Sua 5 Mt 10.37,38; 16,24-27; Mc 8.34-38; Lc 9.23-27; 14.27; Jo 8.31,32;

soberania divina e à luz de Sua presciência de todas as coisas, 12.20-26; Rm 14.9; Gl 2.20
6
elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no Gn 12.1-3; Ex. 19.5,6;1 Cr 16.13; Ez. 36.22,23,32; 1 Pe 1.2; Rm
correr dos tempos, aceitariam livremente o dom da salvação; 9.22-24; 1 Ts 1.4
7
2 - Ainda que baseada na soberania de Deus, essa eleição está 2 Rm 8.28-30; Ef. 1.3-14; 2 Ts 2.13,14
8
em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos Dt 30.15-20; Jo 15.16; Rm 8.35-39; 1 Pe 2.9,10; 5.10; Jo 3.16,36;
os homens; 5.24; 10.28,29; 1 Jo 2.19; Mt 24.13; Rm 8.35-39; Jo 10.28; Rm
3 - A salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram em Cristo 8.35-39; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9; Jd 24
9
e estão guardados pelo poder de Deus; Dt 30.6; Ez. 36.26; Jo 3.3-5; 1 Pe 1.3-5; 2 Co 5.17; Ef. 4.20-24
10
4 - Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o Jo 1.11-13; At 11.17; Rm 8.2; Ef. 4.32; Tt 3.5
crente do amor de Deus em Cristo Jesus; 11 Rm 5.1,2; 8.1; 6.22; 2 Co 1.21,22; Ef. 4.24, 30

5 - O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como 12 Is 53.11; Rm 3.24-26; 5.1,2; 8.33
13
filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos Mt 9.6; At 13.19; Rm 5.1,2; 2 Co 5.31; 1 Co 1.30
salvos a permanência na graça da salvação; 14 Lv 19.2; Jo 17.17; 1 Ts 4.3,7; 5.23; Hb 12.14; 1 Pe 1.14-16
15 Pv 4.18; Rm 6.19; 12.1,2; 2 Co 3.18; 7.1; Fp 2.12,13
16
1. Gn 12.1-3; Ex 19.5,6; Ez 36.22,23,32; 1Pe 1.2; Rm 9.22-24; 1Ts Rm 8.30; 2 Pe 1.10,11; 1 Jo 3.2; Fp 3.12; Hb 6.11; 1 Co 13.12; 1
1.4 Ts 2.12; Ap 21.3,4
2. Rm 8.28-30; Ef 1.3-14; 2Ts 2.13,14
3. Dt 30.15-20; Jo 15.16; Rm 8.35-39; 1Pe 5.10
4. Jo 3.16,36; Jo 10.28,29; 1Jo 2.19
5. Mt 24.13; Rm 8.35-39
6. Jo 10.28; Rm 8.35-39; Jd 24

14
OBS.: Os artigos VII (Reino de Deus) e VIII (Igreja) foram
unificados

VII - Reino de Deus VI – Igreja

O Reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus e é Igreja é a congregação local de pessoas regeneradas e batizadas
eterno. após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra "igreja" é
empregada no maior número de vezes nos livros do Novo
1 - É também o domínio de Deus no coração dos homens que, Testamento.2 Tais congregações são constituídas por livre vontade
voluntariamente, a Ele se submetem pela fé, aceitando-o como dessas pessoas com finalidade de amar e adorar a Deus, por meio
Senhor e Rei. É, assim, o reino invisível nos corações regenerados do culto e da vida, observar as ordenanças e os ensinos de Jesus
que opera no mundo e se manifesta pelo testemunho dos seus para a edificação mútua, proclamar o Evangelho todo para todas
súditos; as pessoas e para a pessoa toda, desenvolver a comunhão entre
2 - A consumação do reino ocorrerá com a volta de Jesus Cristo, seus membros e servir com seus dons e talentos.3 Igreja é
em data que só Deus conhece, quando o mal será completamente instrumento de Deus em seu reinado no mundo e na história,
vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna trazendo, pelo seu testemunho e influencia, os valores desse
habitação dos remidos com Deus; reinado e, pelo discipulado, formando pessoas que exerçam seu
papel de sal e luz, fomentando esperança e salvação.1 As igrejas
1. Dn 2.37-44; Is 9.6,7 neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático,
2. Mt 4.17; Lc 17.20; 4.43; Jo 18.36; 3.3-5 praticam a disciplina e se regem em tudo pela Palavra de Deus,
3. Mt 25.31-46; 1Co 15.24; Ap 11.15 sob a orientação do Espírito Santo.4 Para o serviço cristão Deus
concedeu aos crentes dons, segundo as Escrituras. As igrejas
devem relacionar-se prioritariamente com as demais igrejas da
VIII - Igreja mesma fé e ordem e cooperar, voluntariamente, nas atividades do
reinado de Deus. O relacionamento com outras organizações, quer
Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e seja de natureza eclesiástica ou outra, não deve envolver a
batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra violação da consciência ou o comprometimento da lealdade a
“igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Cristo e Sua Palavra. No Novo Testamento temos também a
Testamento. palavra igreja como a reunião universal dos remidos de todos os
tempos, edificada por e sobre Jesus Cristo, constituindo-se no
1 - Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas corpo espiritual do Senhor, do qual ele mesmo é a cabeça – o
pessoas com finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as princípio e o fim.5 Sua unidade, que procede de Deus, se expressa
ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinamentos da Bíblia para pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na
a edificação mútua e para a propagação do evangelho; realização dos propósitos comuns do Seu reinado, cabendo à

15
2 - As Igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo igreja preservar esta unidade pela prática dos valores e princípios
democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as bíblicos.6
questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras
de Deus, sob a orientação do Espírito Santo; TEXTOS BÍBLICOS
3 - Há nas Igrejas, segundo as Escrituras, duas espécies de
1.
oficiais: pastores e diáconos. As Igrejas devem relacionar-se com Mt 5.13ss; 18.17; At 5.11; 20.17-28; 1 Co 4.17
2.
as demais Igrejas da mesma fé e ordem e cooperar, At 2.41,42; 8.1; 14.23; 15.22; Ef 1.22; 5.25,27; Cl 1.18,24; Ap 1.4;
voluntariamente, nas atividades do Reino de Deus. O 2.7; 22.16
relacionamento com outras entidades, quer seja de natureza 3. Lc 24.44-48; At 1.8; 17.6; Rm 12.1, 3-8; 1 Co 12.12-28
4.
eclesiástica ou outra, não deve envolver a violação da consciência Mt 18.15-17; At 20.17,28; 1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9
5.
ou o comprometimento da lealdade a Cristo e sua palavra. Cada Mt 16.18; Ef. 1.22,23; Cl 1.18; Hb 12.22-24; Ap 1.8; 22.13
Igreja é um templo do Espírito Santo; 6. At 2.42-47; Rm 12.4,5; 1 Co 12.27; Ef 4.3

4 - Há também no Novo Testamento um outro sentido da palavra


“igreja”, em que ela aparece como a reunião universal dos remidos
de todos os tempos, estabelecida por Jesus Cristo e sobre ele
edificada, constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual
Ele mesmo é a cabeça. Sua unidade é de natureza espiritual e se
expressa pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação
voluntária na realização dos propósitos comuns do reino de Deus;

1. Mt 18.17; At 5.11; 20.17-28; 1Co 4.17


2. At 2.41,42
3. Mt 18.15-17
4. At 20.17,28; Tt 1.5-9; 1Tm 3.1-13
5. Mt 16.18; Cl 1.18; Hb 12.22-24; Ef 1.22,23

IX - O Batismo e a Ceia do Senhor VII – Batismo e Ceia do Senhor

O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja Dentre os mandamentos de Jesus à sua igreja, temos duas
estabelecidas pelo próprio Jesus Cristo, sendo ambas de natureza ordenanças de natureza simbólica – batismo e ceia do Senhor –
simbólica. que não são meios da graça de Deus.1 O batismo consiste na
imersão da pessoa regenerada em água após seu público
testemunho de fé em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador,

16
1 - O batismo consiste na imersão do crente em água, após sua suficiente e pessoal, diante da igreja.2 Simboliza a morte e
pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, sepultamento da velha natureza e a ressurreição para uma nova
suficiente e pessoal; vida em identificação com a morte, sepultamento e a ressurreição
2 - Simboliza a morte e sepultamento do velho homem e a do Senhor Jesus Cristo.3 O batismo, que é condição para ser
ressurreição para uma nova vida em identificação com a morte, membro de uma igreja, deve ser ministrado sob a invocação do
sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e também nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.4 A ceia do Senhor é uma
prenúncio da ressurreição dos remidos; cerimônia memorial e comemorativa da igreja reunida, em
3 - O batismo, que é condição para ser membro de uma igreja, comunhão como Corpo de Cristo e proclamadora da morte do
deve ser ministrado sob a invocação do nome do Pai, do Filho e do Senhor Jesus Cristo. 5 Neste memorial, o pão simboliza Seu corpo,
Espírito Santo; e o vinho, Seu sangue oferecidos por nós na cruz do Calvário. 6 A
ceia do Senhor deve ser celebrada pelas igrejas até a volta de
4 - A ceia do Senhor é uma cerimônia da Igreja reunida, Cristo e, para sua participação, pressupõe-se o batismo bíblico e o
comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, cuidadoso autoexame dos participantes.7
simbolizada por meio dos elementos utilizados: o pão e o vinho;
5 - Nesse memorial, o pão representa Seu corpo dado por nós no TEXTOS BÍBLICOS
Calvário e o vinho simboliza o Seu sangue derramado;
6 - A ceia do Senhor deve ser celebrada pelas Igrejas até a volta 1. Mt 3.5,6,13-17; Jo 3.22,23; 4.1,2; 1 Co 11.20,23-30
de Cristo e sua celebração pressupõe o batismo bíblico e o 2. At 2.41,42; 8.12,36-39; 10.47,48
cuidadoso exame íntimo dos participantes. 3. Rm 6.3-5; Gl 3.27; Cl 2.12
4. Mt 28.19; At 2.38,41,42; 10.48
5
1. Mt 3.5,6,13-17; Jo 3.22,23; 4.1,2; 1Co 11.20,23-30 1 Co 10.16-21; 11.23-29; At 2.42; 20.7
2. At 2.41,42; 8.12,36-39; 10.47,48 6. Mt 26.26-29; 1 Co 11.23-25
3. Rm 6.3-5; Gl 3.27; Cl 2.12 7. Rm 6.1-11; 1 Co 11.26-30

4. Mt 28.19; At 2.38,41,42; 10.48


5 e 6. Mt 26.26-29; 1Co 10.16,17-21; 11.23-29
7. Mt 26.29; 1Co 11.26-28; At 2.42; 20.4-8

OBS.: Os artigos X (O dia do Senhor) e XII (Mordomia) foram


unificados

X - O Dia do Senhor VIII – Gestão e o cuidado com a natureza e com a vida

O domingo, dia do Senhor, é o dia do descanso cristão Deus é o Criador, Senhor e Dono de todas as coisas e confiou ao
satisfazendo plenamente a exigência divina e a necessidade ser humano a tarefa de administrá-las com zelo, responsabilidade,

17
humana de um dia em sete para o repouso do corpo e do espírito.1compromisso, solidariedade e generosidade. Esta é a doutrina
Com o advento do Cristianismo, o primeiro dia da semana passou bíblica da mordomia da vida.1 Todos somos criação de Deus e
a ser o dia do Senhor, em virtude de haver Jesus ressuscitado todas as bênçãos temporais e espirituais procedem de dEle.2 Com
neste dia.2 Deve ser para os cristãos um dia de real repouso em a queda, a humanidade se afastou de Deus e seguiu o seu próprio
que - pela frequência aos cultos nas igrejas e pelo maior tempo caminho para gerir a vida e o cuidado com a natureza, longe do
plano original da criação.3 Pertencendo a Deus, o crente é
dedicado à oração, à leitura bíblica e outras atividades religiosas -
eles estarão se preparando para “aquele descanso que resta para mordomo ou administrador da vida, do seu corpo, das aptidões, do
o povo de Deus”.3 Nesse dia os cristãos devem abster-se de todo tempo, dos bens, da influência, das oportunidades, dos recursos
trabalho secular, excetuando aquele que seja imprescindível e naturais e de tudo o que Deus lhe confia em seu infinito amor,
indispensável à vida da comunidade. Devem também abster-se de providência e sabedoria.4 Temos assim o desafio de cuidar do
recreações que desviem a atenção das atividades espirituais. nosso corpo seguindo o princípio divino do descanso, presente
desde a criação em que devemos dedicar um dia em sete para a
1. Gn 2.3; Ex 20.8-11; Is 58.13-14 renovação de nossa condição física, emocional, mental, espiritual
2. Jo 20.1,19,26; At 20.7; Ap 1.10 e o convívio social e familiar. A igreja cristã primitiva celebrava a
3. Hb 4.9-11; Ap 14.12,13 ressurreição do Senhor no primeiro dia da semana e,
4. Ex 20.8-11; Jr 17.21,22,27; Ez 22.8 historicamente, os cristãos de diversas partes do mundo têm
dedicado o domingo como o dia principal para o descanso e para
o culto público.5 Além disso, o ser humano tem o dever de cuidar
XII - Mordomia e zelar pela natureza criada promovendo o seu desenvolvimento
ambiental sustentável.6 As Escrituras Sagradas ensinam que o
Mordomia é a doutrina bíblica que reconhece Deus como Criador, plano específico de Deus consiste na entrega de forma sistemática
Senhor e Dono de todas as coisas. e proporcional, com alegria e liberdade, de dízimos e ofertas pelos
crentes para o sustento do ministério e da ação da igreja como
1 - Todas as bênçãos temporais e espirituais procedem de Deus e instrumento de Deus para o Seu reino.7
por isso os homens devem a Ele o que são e possuem e, também,
o sustento;
2 - O crente pertence a Deus porque Deus o criou e o remiu em TEXTOS BÍBLICOS
Jesus Cristo;
3 - Pertencendo a Deus, o crente é mordomo ou administrador da 1. Gn 1.1; 14.17-20; Sl 24.1; Ec 11.9; 1 Co 10.26
vida, das aptidões, do tempo, dos bens, da influência, das 2. Gn 14.20; Dt 8.18; 1 Cr 29.14-16; Tg 1.17; 1 Co 8.5,6
oportunidades, dos recursos naturais e de tudo o que Deus lhe 3. Gn 1.27; At 17.28; 1 Co 6.19,20; Tg 1.21; 1 Pe 1.18-21
confia em seu infinito amor, providência e sabedoria; 4. Sl 139.14-16; Mt 25.14-30; Rm 12.1,2; 1 Co 6.19,20; Ef 5.15,16;
4 - Cabe ao crente o dever de viver e comunicar ao mundo o Tg 4.13-17; Ec 3.1-11; Dt 8.18; Rm 1.14, 15; 1 Co 9.16; Fp 2.14-
Evangelho que recebeu de Deus; 16

18
5 - As Escrituras Sagradas ensinam que o plano específico de 5.1 Co 6.19,20; Jo 20.19; At 20.7; 1 Co 16.2.
Deus para o sustento financeiro de Sua causa consiste na entrega 6 Gn 1.26-31; 9.2,3, 8-17; Dt 10.12-18; 1 Cr 29.14; Sl 8; 24.1,2;
pelos crentes de dízimos e ofertas alçadas; 104.10-13; Is 43.20; 45.12; Jr 27.5
6 - Devem eles trazer à Igreja sua contribuição sistemática e 7.Gn 14.20; Lv 27.30; Pv 3.9,10; Ml 3.8-12; Mt 23.23; At 11.27-30;
proporcional com alegria e liberdade, para o sustento do ministério, 2 Co 8.1-15; 9.6-15; Fp 4.10-18
das obras de evangelização, beneficência e outras;

1. Gn 1.1; 14.17-20; Sl 24.1; Ec 11.9; 1Co 10.26


2. Gn 14.20; Dt 8.18; 1Cr 29.14-16; Tg 1.17; 2Co 8.5
3. Gn 1.27; At 17.28; 1Co 6.19,20; Tg 1.21; 1Pe 1.18-21
4. Mt 25.14-30; 31.46
5. Rm 1.14; 1Co 9.16; Fp 2.16
6. Gn 14.20; Lv 27.30; Pv 3.9,10; Ml 3.8-12; Mt 23.23
7. At 11.27-30; 1Co 8.1-3; 2Co 8.1-15; Fp 4.10-18

OBS.: Os artigos XI (Ministério da Palavra) e XIV (Educação


Religiosa) foram unificados

XI - Ministério da Palavra IX – Ministérios cristãos

Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação,1 para
o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo2 e promover o
Seu reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Seu reino, na medida dos talentos e dos dons de serviço
Espírito Santo. concedidos pelo Espírito Santo.3 Entretanto, Deus, de maneira
especial, chama e separa certas pessoas para o serviço distinto,
1 - Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de definido e singular em ministérios específicos, mediante o
maneira especial para o serviço distinto, definido e singular do reconhecimento da igreja, ao constatar evidências de terem sido
ministério da Sua Palavra; chamadas e separadas por Deus e de possuírem as qualificações
2 - O pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os descritas na Bíblia.4 Cabe à igreja local promover a sua
homens; consagração, comissionamento e suporte. Dentre os variados
3 - Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas ministérios descritos nas Escrituras Sagradas podemos destacar:
do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento,
tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo; 1. Ministério pastoral
O Novo Testamento utiliza termos que definem e ampliam a

19
4 - A obra do porta-voz de Deus tem finalidade dupla: a de abrangência da atuação pastoral incluindo o ministério da Palavra,
proclamar as Boas Novas aos perdidos e a de apascentar os o cuidado e acolhimento de pessoas, o ensino, a liderança capaz
salvos; e gestão estratégica.5
5 - Quando um homem convertido dá evidências de ter sido
chamado e separado por Deus para esse ministério, e de possuir 2. Ministério diaconal
as qualificações estipuladas nas Escrituras para o seu exercício, Deus concede o dom da diaconia ou serviço, que abrange a
cabe à Igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e atuação em variadas necessidades humanas e organizacionais da
publicamente, em reconhecimento da vocação divina já existente igreja.6
e verificada em sua experiência cristã;
6 - Esse ato solene de consagração é consumado quando os 3. Ministério missionário e evangelístico
membros de um presbitério ou concílio de pastores, convocados Para cumprir a Grande Comissão, todo crente é testemunha das
pela Igreja, impõe as mãos sobre o vocacionado; Boas Novas para fazer discípulos de Jesus.7 Além disso, Deus
7 - O ministro da Palavra deve dedicar-se totalmente à obra para a separa alguns para o ministério missionário e evangelístico.
qual foi chamado, dependendo em tudo do próprio Deus; Compete à igreja local o sustento da obra missionária.8
8 - O pregador do Evangelho deve viver do Evangelho;
9 - Às Igrejas cabe a responsabilidade de cuidar e sustentar 4. Ministério educacional
adequada e dignamente seus pastores; O ensino na igreja fortalece o crente para que exerça seu papel no
mundo, como sal e luz, de forma integral, tendo como ponto de
1. Mt 28.19,20; At 1.8; Rm 1.6,7; 8.28-30; Ef 4.1,4; 2Tm 1.9; Hb partida a Palavra de Deus para informar, formar e transformar o
9.15; 1Pe 1.15; Ap 17.14 caráter,9 seguindo o modelo de relacionamento entre o mestre e
2. Mc 3.13,14; Lc 1.2; At 6.1-4; 13.2,3; 26.16-18; Rm 1.1; 1Co seu discípulo, tal como o de Jesus.10 O programa educacional da
12.28; 2Co 2.17; Gl 1.15-17 igreja deve valorizar a atuação dos pais no lar como modelo de
3. Ex 4.11,12; Is 6.5-9; Jr 1.5-10; At 20.24-28 vida e discipuladores dos seus filhos.11
4. At 26.19,20; Jo 13.12-15; Ef 4.11-17
5. Mt 28.19,20; Jo 21.15-17; At 20.24-28; 1Co 1.21; Ef 4.12-16 5. Ministério de música e adoração
6. At 13.1-3; 1Tm 3.1-7 A música na igreja tem importante papel no estímulo e condução
7. At 13.3; 1Tm 4.14 da adoração individual e coletiva, na manifestação e proclamação
8. At 6.1-4; 1Tm 4.11-16; 2Tm 2.3,4; 4.2,5; 1Pe 5.1-3 da fé por meio do louvor, no ensino, na comunhão e no
9. Mt 10.9,10; Lc 10.7; 1Co 9.13,14; 1Tm 5.17,18 doutrinamento.
10. 2Co 8.1-7; Gl 6.6; Fp 4.14-18
Outros ministérios existem na igreja e que se associam aos
variados dons e talentos, tais como exercício da misericórdia,
aconselhamento, artes, finanças, tecnologia etc.

20
XIV - Educação Religiosa TEXTOS BÍBLICOS:
1
OBS.: Parte do texto desse artigo foi contemplado no Artigo Rm 1.6,7; 8.28-30; 2 Tm 1.9; Hb 9.15; 1 Pe 1.15,16
XII – Crescimento Cristão da revisão 2 Mt 28.19,20; At 1.8
3 Ef. 4.1-16; Rm 12.4-8; 1 Co 12.11
4
O ministério docente da Igreja, sob a égide do Espírito Santo, At 13.1-3; Rm 1.1; Ef 4.11-12; Gl 1.15,16; Gl 1.15-17; Ex 4.11,12;
compreende o relacionamento de Mestre e discípulo, entre Jesus Is 6.1-13; Jr 1.5-10
Cristo e o crente. 5 Ef 4.11,12; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9; At 20.28
6 At 6.1-6; 1 Tm 3.12,13
7
1 - A palavra de Deus é o conteúdo essencial e fundamental nesse Mt 10.1-42; 28.19,20; Lc 24.46-49; At 1.8
8
processo e no programa de aprendizagem cristã; Mt 28.19,20; Jo 17.26; Jo 4.31-38; At 1.8; 13.2,3; Rm 10.13-15;
2 - O programa de educação religiosa nas Igrejas é necessário para Ef 4.11,12; 2 Co 5.18-20
9
a instrução e desenvolvimento de seus membros, a fim de Gl 4.19; Ef 4.11-16; Fil 2.14-16; Cl 1.24-29
10
“crescerem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Às igrejas Mt 10.1-42; 11.29,30; Lc 6.12-16; 24.24-27; Jo 13.14-17; At
cabe cuidar do doutrinamento adequado dos crentes, visando à 1.15-26
sua formação e desenvolvimento espiritual, moral e eclesiástico, 11 Dt 6.1-9; Pv 4.1-27; Jo 14.26; 1 Co 3.1,2; 2 Tm 2.15; Mt

bem como motivação e capacitação sua para o serviço cristão e o 28.19,20; 2 Tm 3.16,17; Hb 12.4-13; 2 Pe 3.17,18
12
desempenho de suas tarefas no cumprimento da missão da Igreja 1 Cr 6.31-32; 16.7-9, 22; 2 Cr 5.13-14; 20.22; Sl 147.1; 149.1;
no mundo; 150; Ec 2.8; At 16.25; Ef 5.19,20; Cl 3.16; Ap 5.9

1. Mt 11.29,30; Jo 13.14-17
2. Jo 14.26; 1Co 3.1,2; 2Tm 2.15
3. Sl 119; 2Tm 3.16,17; Cl 1.28; Mt 28.19,20

XIII - Evangelização e Missões X – Evangelização e Missões

A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, Adorar e glorificar a Deus é o propósito primordial do seu povo, que
visando à reconciliação do homem com Deus. tem a missão de viver e proclamar o Evangelho ao mundo, visando
a reconciliação do ser humano com Deus.1 Todo discípulo de Jesus
1 - É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as Igrejas Cristo e todas as igrejas possuem o desafio de proclamar, pelo
proclamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do exemplo e pelas palavras, a verdade do Evangelho, procurando
Evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo em fazer novos discípulos de Jesus Cristo em todas as nações,
todas as nações, cabendo às Igrejas batizá-los a observar todas as cabendo às igrejas batizá-los e ensiná-los a observar todas as
coisas que Jesus ordenou; coisas que Jesus ordenou.2 A evangelização é a proclamação do

21
2 - A responsabilidade da evangelização estende-se até aos Evangelho todo, para todas as pessoas e a pessoa toda. Cabe às
confins da terra e, por isso, as Igrejas devem promover a obra de igrejas a promoção e o investimento na obra missionária até aos
missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua confins da terra, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros
seara; para a sua seara.3

1. Mt 28.19,20; Jo 17.20; At 1.8; 13.2,3 TEXTOS BÍBLICOS


2. Mt 28.18-20; Lc 24.46-49; Jo 17.20
3. Mt 28.19; At 1.8; Rm 10.13-15 1. Mt 28.19,20; Jo 17.26; At 1.8; 13.2,3; 2 Co 5.18-20
2. Mt 28.18-20; Lc 24.46-49; Jo 17.20
3.
Mt 28.19; Jo 4.31-38; At 1.8; Rm 10.13-15

Artigo que traz parte do texto do artigo XIV (Educação


Religiosa), que não foi incluído no Artigo IX (Ministérios
cristãos) da revisão

XI – Crescimento cristão

Depois da experiência do novo nascimento, a pessoa necessita


crescer no relacionamento pessoal com Deus, em sua fé,
convicções doutrinárias e maturidade cristã integral.1 Às igrejas
cabe cuidar da formação adequada dos crentes, visando seu
desenvolvimento doutrinário, espiritual, ético e eclesiástico, bem
como sua motivação e capacitação para o serviço cristão e o
desempenho de suas tarefas no cumprimento da missão de Deus
para a igreja no mundo.2 E para isso, cabe a ela a promoção de
ações, tais como a educação religiosa, o aconselhamento, a
convivência, a assistência e serviço social, a capacitação para o
testemunho, a evangelização e o exercício dos dons e vocação.3

TEXTOS BÍBLICOS:
1
1 Co 3.1-9; Ef 2.19-22; 4.15,16; 4.11-16; 1 Ts 3.11-13; 2 Pe 3.18
2
Cl 1.9-14; 24-29; 3.16,17; 2 Tm 2.1,2; Jo 13.12-17
3 At 2.42-47; 4.32-37; Cl 3.16; 1 Pe 4.10; Tg 1.27; Mt 25.31-40

22
XV - Liberdade Religiosa XII – O relacionamento da igreja com o Estado e a liberdade
religiosa
Deus, e somente Deus, é o Senhor da consciência.
Deus e somente Deus é o Senhor da consciência.1 A liberdade de
1 - A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem, crença, de culto, de proclamação e divulgação da fé é um dos
inerente à sua natureza moral e espiritual; direitos fundamentais do ser humano, inerente à sua natureza
2 - Por força dessa natureza, a liberdade religiosa não deve sofrer moral e espiritual e deve ser respeitada.2 Por força dessa natureza,
ingerência de qualquer poder humano; a liberdade religiosa não deve sofrer ingerência de qualquer poder
3 - Cada pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo os humano.3 Cada pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo
ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer espécie; os ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer
4 - A Igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes espécie.4 O Estado sendo laico e a igreja livre, devem estar
em sua natureza, objetivos e funções; separados por serem diferentes a sua natureza, objetivos e
5 - É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade funções.5 É dever do Estado garantir o pleno exercício de liberdade
religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo; religiosa, sem favorecimento ou cerceamento a qualquer grupo ou
6 - O Estado deve ser leigo e a Igreja livre. Reconhecendo que o credo.6 O Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos
governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade. É dever dos crentes orar
cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar
pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade
os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade de Deus. O livre exercício da cidadania é direito e compromisso de
e à lei de Deus; todos e requer a participação ativa na busca de melhorias das
condições de vida e de uma sociedade mais justa à luz dos valores
1. Gn 1.27; 2.7; Sl 9.7-8; Mt 10.28; 23.10; Rm 14.4-9,13; Tg 4.12 bíblicos. Como cidadão, cada pessoa tem sua liberdade individual
2. Js 24.15; 1Pe 2.15,16; Lc 20.25 de escolha política e voto que deve ser respeitada.7
3. Dn 3.15-18; Lc 20.25; At 4.9-20; 5.29
4. Dn 3.16-18; 6; At 19.35-41 TEXTOS BÍBLICOS
5. Mt 22.21; Rm 13.1-7
1.
6. At 19.34-41 Gn 1.27; Sl 9.7-8; Mt 10.28; 23.10; Rm 14.4; Tg 4.12
7. Dn 3.16-18; 6.7-10; Mt 17.27; At 4.18-20; 5.29; Rm 13.1-7; 1Tm 2. Js 24.15; Lc 20.25; 1 Pe 2.15,16
2.1-3 3. Dn 3.15-18; At 4.9-20; 5.29; Lc 20.25
4. Dn 3.16-18; 6; At 19.35-41
5.
Mt 22.21; Rm 13.1-7
6.
At 19.34-41

23
7.Dn 3.16-18; 6.7-10; Mt 17.27; At 4.18-20; 5.29; Rm 13.1-7; 1 Tm
2.1-3

XVI - Ordem Social XIII – Ordem Social

Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem o dever de Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem o dever de
participar em todo esforço que tende ao bem comum da sociedade participar em todo esforço que tende ao bem comum da sociedade
em que vive. e da nação em que vive, inclusive no exercício de uma cidadania
responsável, comprometido com os valores do Reino de Deus.1 O
1 - Entretanto, o maior benefício que pode prestar é anunciar a bem-estar social e o estabelecimento da justiça entre os seres
mensagem do Evangelho; o bem-estar social e o estabelecimento humanos dependem basicamente da regeneração de cada pessoa
da justiça entre os homens dependem basicamente da e da prática dos princípios do Evangelho na vida individual e
regeneração de cada pessoa e da prática dos princípios do coletiva.2 Como cristãos devemos estender a mão de ajuda, aos
Evangelho na vida individual e coletiva; órfãos, aos viúvos, aos anciãos, aos enfermos e a outros
2 - Todavia, como cristãos, devemos estender a mão de ajuda aos necessitados, bem como a todos aqueles que forem vítimas de
órfãos, às viúvas, aos anciãos, aos enfermos e a outros qualquer injustiça e opressão, com empatia e solidariedade.3
necessitados, bem como a todos aqueles que forem vítimas de Nosso papel é contribuir também para uma sociedade justa e
quaisquer injustiças e opressões; honesta discipulando pessoas para que se tornem cidadãos
3 - Isso faremos no espírito de amor, jamais apelando para participativos nas ações e transformações da sociedade por meio
quaisquer meios de violência ou discordantes das normas de vida dos valores cristãos. Isso faremos no espírito de amor, jamais
expostas no Novo Testamento; utilizando de quaisquer meios de violência ou discordantes das
normas de vida expostas nas Escrituras.4
1. Mt 5.13-16; Jo 12.35-36; Fp 2.15
2. Mt 6.33; Mc 6.37; Lc 10.29-37
3. Ex 22.21,22; Sl 82.3,4; Ec 11.1,2 TEXTOS BÍBLICOS
4. Is 1.16-20; Mq 6.8; Mt 5.9
1. Mt 5.13-16; Jo 12.35-36; Fp 2.15,16; 1 Pe 2.11-17
2.
Sl 89.14; Dn 12.3; Mt 6.33; Mc 6.37; Lc 10.29-37
3.
Ex 22.21,22; Sl 82.3,4; Ec 11.1,2; Is 58.6-12; Mt 25.31-46; Rm
12.13; Tg 1.27
4. Gn 18.19; Is 1.16-20; Mq 6.8; Mt 5.1-12; Cl 4.1

24
XVII - Família XIV – Família e casamento

A família, criada por Deus para o bem do homem, é a primeira A família, criada por Deus para o bem do ser humano, é a primeira
instituição da sociedade. Sua base é o casamento monogâmico e instituição da sociedade, cuja base é o casamento, que é a união
duradouro, por toda a vida, só podendo ser desfeito pela morte ou entre um homem e uma mulher, sendo sua natureza
pela infidelidade conjugal. heterossexual, monogâmica e indissolúvel. O propósito imediato
da família e do casamento é glorificar a Deus e prover a satisfação
1 - O propósito imediato da família é glorificar a Deus e prover a das necessidades humanas, comunhão, educação,
satisfação das necessidades humanas de comunhão, educação, companheirismo, segurança, realização pessoal, preservação da
companheirismo, segurança, preservação da espécie e bem assim espécie e bem assim o perfeito ajustamento da pessoa humana em
o perfeito ajustamento da pessoa humana em todas as suas todas as suas dimensões, especialmente a criança e o idoso.1 A
dimensões; vida sexual dentro do casamento é dádiva de Deus, mas fora do
2 - Caída em virtude do pecado, Deus provê para ela, mediante a casamento é pecado contra Deus. Os conflitos na família e
fé em Cristo, a bênção da salvação temporal e eterna, e quando casamento, alguns de natureza irreconciliável, fogem do plano
salva poderá cumprir seus fins temporais e promover a glória de original de Deus sendo provenientes da dureza do coração
Deus; humano. 2 Segundo a Bíblia, os filhos, desde o momento da
concepção, são bênçãos e herança do Senhor. O lar cristão deverá
1. Gn 1.7; Js 24.15; 1Rs 2.1-3; Ml 2.10 ser ambiente fértil para a formação integral da pessoa à luz dos
2. Gn 1.28; Sl 127.1-5; Ec 4.9-13 valores cristãos, tendo os pais como modelos de vida, integridade
3. At 16.31,34 e serviço a Deus e à igreja. Cabe a esta dar suporte aos pais na
formação educacional e espiritual de seus filhos.3

TEXTOS BÍBLICOS
1.
Gn 1.26-28; 2.18-25; Js 24.14,15; 1 Re 2.1-4; Mt 19.3-12; Rm
7.1-3; 1 Co 7.10-17
2. Gn 1.28; Sl 127.1-5; 128.1-6; Ec 4.9-13; Mt 19.4-6; Ef 5.22-6.4;

Cl 3.18-21
3.
Dt 6.1-9; Sl 127.3; At 2.42-47’; 16.31-34

XVIII - Morte XV – Morte

Todos os homens são marcados pela finitude, de vez que, em Todas as pessoas são finitas, e, em consequência do pecado, a
consequência do pecado, a morte se estende a todos. morte se estende a todos.1 A Palavra de Deus assegura a

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continuidade da consciência e da identidade pessoais após a
1 - A Palavra de Deus assegura a continuidade da consciência e morte.2 E é durante a vida que a pessoa definirá seu estado eterno
da identidade pessoais após a morte, bem como a necessidade de após a morte, com a oportunidade de receber a graça de Deus em
todos os homens aceitarem a graça de Deus em Cristo enquanto Cristo.3 Ao ser salvo, o regenerado tem a garantia de vencer a
estão neste mundo; morte, que deixa de ser tragédia, tendo a garantia de um estado de
2 - Com a morte está definido o destino eterno de cada homem; completa e constante felicidade na presença de Deus.4 Sem a
3 - Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz,
salvação, a pessoa, a partir da morte, se encontra em um estado
a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta parade separação definitiva de Deus.5 Na Palavra de Deus temos a
um estado de completa e constante felicidade na presença de proibição divina da busca de contato com os mortos e o ensino da
Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam “dormir ineficácia de atos religiosos com relação aos que já morreram.6
no Senhor”.
4 - Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, em um TEXTOS BÍBLICOS
estado de separação definitiva de Deus.
5 - Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa a 1. Gn 3.1-19; Rm 5.12; 1 Co 15.21-26; Hb 9.27; Tg 4.14
proibição divina da busca de contato com os mortos, bem como a 2. Lc 16.19-31; Hb 9.27
negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já 3. Lc 16.19-31; 23.39-46; Jo 3.36; 5.24; Hb 9.27
4.
morreram; Rm 5.6-11; 14.7-9; 1 Co 15.19-23; 2 Co 5.14,15; Fp 1.21-23; 1
Ts 4.13-17; 2 Tm 2.8-11
1. Rm 5.12; 1Co 15.21-26; Hb 9.27; Tg 4.14 5. Dn 12.2; Mt 25.41-46; Lc 16.19-31; Jo 5.28,29

2. Lc 16.19-31; Hb 9.27 6. Lv 19.31; 20.6,27; Dt 18.10-12; 1 Cr 10.13; Is 8.19; Jo 3.18

3. Lc 16.19-31; 23.39-46; Hb 9.27


4. Rm 5.6-11; 14.7-9; 1Co 15.18-20; 2Co 5.14,15; Fp 1.21-23; 1Ts
4.13-17; 2Tm 2.11
5. Lc 16.19-31; Jo 5.28,29
6. Ex 22.18; Lv 19.31; 20.6,27; Dt 18.10; 1Cr 10.13; Is 8.19; Jo 3.18

XIX - Justos e Ímpios XVI – O final dos tempos

Deus, no exercício de sua sabedoria, está conduzindo o mundo e Deus, no exercício de sua sabedoria, está conduzindo o mundo e
a história a seu termo final. a história a seu termo final.1 Em cumprimento à sua promessa,
Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente, em
1 - Em cumprimento à sua promessa, Jesus Cristo voltará a este grande poder e glória.2 Os mortos em Cristo serão ressuscitados,
mundo, pessoal e visivelmente, em grande poder e glória; arrebatados e se unirão ao Senhor.3 Os mortos sem Cristo também
serão ressuscitados.4 Conquanto os crentes já estejam justificados

26
2 - Os mortos em Cristo serão ressuscitados, arrebatados e se pela fé, todos comparecerão perante o tribunal de Jesus Cristo
unirão ao Senhor; para serem julgados, cada um segundo suas obras, pois por meio
3 - Os mortos sem Cristo também serão ressuscitados; destas é que se manifestam os frutos da fé ou os da incredulidade.5
4 - Conquanto os crentes já estejam justificados pela fé, todos os Os ímpios condenados e destinados ao inferno lá sofrerão o
homens comparecerão perante o tribunal de Jesus Cristo para castigo eterno, separados de Deus. 6 Os justos, com os corpos
serem julgados, cada um segundo suas obras, pois através destas glorificados, receberão seus galardões e habitarão para sempre no
é que se manifestam os frutos da fé ou os da incredulidade; céu como o Senhor.7
5 - Os ímpios condenados e destinados ao inferno lá sofrerão o
castigo eterno, separados de Deus; TEXTOS BÍBLICOS
6 - Os justos, com os corpos glorificados, receberão seus galardões
1.
e habitarão para sempre no céu como o Senhor. Mt 13.39,40; 28.20; At 3.19-21; 1 Co 15.24-28; Ef 1.10
2.
Mt 16.27; Mc 8.38; Lc 17.24; 21.27; At 1.11; I Ts 4.16,17; 1 Tm
1. Mt 13.39,40; 28.20; At 3.21; 1Co 15.24-28; Ef 1.10 6.13-16; 2 Tm 4.1,8
2. Mt 16.27; Mc 8.38; Lc 17.24; 21.27; At 1.11; 1Ts 4.16; 1Tm 3. Dn 12.2,3; Jo 5.28,29; Rm 8.23; 1 Co 15.12-58; Fl 3.20,21; Cl 3.4
6.14,15; 2Tm 4.1,8 4. Dn 12.2; At 24.15; Jo 5.28,29; 1 Co 15.12-24

3. Dn 12.2,3; Jo 5.28,29; Rm 8.23; 1Co 15.12-58; Fp 3.20; Cl 3.4 5. Mt 13.49,50; At 10.42; 1 Co 4.5; 2 Co 5.10; 2 Tm 4.1; Hb 9.27; 2

4. Dn 12.2; Jo 5.28,29; At 24.15; 1Co 15.12-24 Pe 2.9


6.
5. Mt 13.49,50; At 10.42; 1Co 4.5; 2Co 5.10; 2Tm 4.1; Hb 9.27; 2Pe Dn 12.2,3; Mt 16.27; Mc 9.43-48; Lc 16.26-31; Jo 5.28,29; Rm
2.9 6.22,23
6. Dn 12.2,3; Mt 16.27; Mc 9.43-48; Lc 16.26-31; Jo 5.28,29; Rm 7. Dn 12.2,3; Mt 16.27; 25.31-40; Lc 14.14; 16.22,23; Jo 5.28,29;
6.22,23 14.1-3; Rm 6.22,23; 1 Co 15.42-44; Ap 22.11,12
7. Dn 12.2,3; Mt 16.27; 25.31-40; Lc 14.14; 16.22,23; Jo 5.28,29;
14.1-3; Rm 6.22,23; 1Co 15.42-44; Ap 22.11,12

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