1) O homem primitivo desenvolveu habilidades e ferramentas a partir de recursos naturais como madeira, pedra e argila para atividades como caça, agricultura e tecelagem.
2) Foram criados meios de transporte como trenós, jangadas e carros puxados por animais, permitindo o desenvolvimento do comércio.
3) O comércio evoluiu de uma troca de presentes para sistemas com mercados, com diversos itens sendo usados como moeda até a adoção dos metais preciosos
Descrição original:
As bases que levaram ao desenho da indústria primitiva.
1) O homem primitivo desenvolveu habilidades e ferramentas a partir de recursos naturais como madeira, pedra e argila para atividades como caça, agricultura e tecelagem.
2) Foram criados meios de transporte como trenós, jangadas e carros puxados por animais, permitindo o desenvolvimento do comércio.
3) O comércio evoluiu de uma troca de presentes para sistemas com mercados, com diversos itens sendo usados como moeda até a adoção dos metais preciosos
1) O homem primitivo desenvolveu habilidades e ferramentas a partir de recursos naturais como madeira, pedra e argila para atividades como caça, agricultura e tecelagem.
2) Foram criados meios de transporte como trenós, jangadas e carros puxados por animais, permitindo o desenvolvimento do comércio.
3) O comércio evoluiu de uma troca de presentes para sistemas com mercados, com diversos itens sendo usados como moeda até a adoção dos metais preciosos
Se o homem começou com a fala, e a civilização com a agricultura, a
indústria teve início com o fogo. Não se trata de invenção humana; o
homem limitou-se a conservar o fogo e a imitar a natureza. O primeiro, talvez, foi a tocha com que dominou o seu mais terrível inimigo – o escuro; usou-o depois para aquecer-se; pôde assim passar-se dos trópicos para zonas menos enervantes e lentamente conquistar o planeta. Aplicou- o aos metais, para amolecê-los, temperá-los e confeiçoá-los em formas diferentes daquelas em que os obtinha em estado natural. Nas plantas que rodeavam o homem primitivo, muitos instrumentos se revelavam em estado potencial. Do bambu tirou ele dardos, facas e vasilhas; dos galhos de árvores fez tenazes, pinças e tornos; da casca e das fibras teceu cordas e panos de inúmeras variedades. E acima de tudo fez o bordão. Foi um invento modesto, mas de uso tão variado que sempre foi olhado pelo homem como símbolo da autoridade. Na agricultura o bordão se tornou a enxada; na guerra, a lança, o dardo, a seta, a espada, a baioneta. De novo recorreu o homem ao mundo mineral e talhou a pedra numa variedade de armas e instrumentos: martelos, bigornas, panelas, raspadores, pontas de flechas, serras, cunhas, alavancas, machados e brocas. Do mundo animal tirou colheres, vasos e vasilhas, pratos, taças, navalhas e anzóis – utilizando-se de conchas da praia, de marfim ou chifre, de dentes e ossos; também utilizou-se da pele e do pêlo dos animais. Muitos desses artigos tinham cabos de pau, amarrados de maneiras curiosas, com embiras ou tendões; ocasionalmente eram colados com estranhas misturas de sangue. A habilidade primeva revelou-se muito inventiva na arte de tecer. Embiras de certas árvores, folhas e fibras eram trançadas para roupas e tapetes, e às vezes com perfeição inigualada pela tecelagem mecânica. Novamente a arte começava onde a natureza acabava; ossos de pássaros e peixes e fibras de bambu eram transformados em agulhas; e os tendões dos animais se afilavam de modo a passar pelo buraco das nossas mais finas agulhas de hoje. Certas cascas eram macetadas para colchões e roupas, peles eram secadas para calçados e peças de vestuário, fibras eram tecidas em resistentes filaças, e lascas vegetais ou vimes eram trançados em cestos de todas as formas, algumas mais belas que as de hoje. Lado a lado, com a arte do cesto, surge a arte da cerâmica. A argila aplicada sobre o vime para defendê-lo contra o fogo endurecia numa casca, mantendo a forma do cesto mesmo depois de desaparecido o vime; deve ter sido esse o primeiro estágio do desenvolvimento que iria culminar nas admiráveis porcelanas da China. Ou talvez algumas placas de argila secas ao sol sugerissem a arte da cerâmica; teria sido o primeiro passo; o segundo foi substituir o sol pelo fogo. E surgiu a fabricação de vasos de mil formas, para fins utilitários e finalmente para ornamento. Desenhos feitos com os dedos, as unhas ou qualquer corpo duro sobre a argila mole foram as primeiras formas de arte – e talvez os primeiros vagidos da escrita. Com a argila seca ao sol as tribos primitivas fizeram adobes e telhas. O caçador nômade ou o criador de rebanhos preferia a tenda, removível de um ponto para outro. Apenas três passos tinham os primitivos de dar para a criação dos fundamentos essenciais à civilização: os mecanismos de transporte, os processos comerciais e um meio para troca de produtos. No começo, sem dúvida nenhuma, era o homem sua própria besta de carga. Mas o homem inventou a corda, as alavancas e as rodas; domesticou os animais e pôs-lhes cargas ao lombo; construiu o primeiro trenó depois de haver feito os animais arrastarem pelo campo galhos de árvores com sua bagagem em cima; o trenó apenas se arrastava, mas se sob eles se pudessem roletes, deslizaria com mais facilidade – e daí surgiram as rodas e o carro. Lançou troncos a água, uniu-os, fez a jangada; cavando os troncos, fez canoas – e os rios se tornaram estradas móveis. O caminhar pela terra fez nascer a trilha, e da trilha nasceu a estrada. O homem estudou as estrelas e passou a guiar as caravanas no deserto, e, através das montanhas, por meio das luzes do céu. E remou e navegou de ilha para ilha, e por fim devassou os mares, espalhando sua modesta cultura por todos os continentes. Os principais problemas já estavam resolvidos quando a escrita entrou em cena. Desde que a habilidade dos homens e os recursos naturais estavam diversa e desigualmente distribuídos, um povo podia, com a aplicação da destreza manual e o uso dos materiais que tinham à mão, produzir certas coisas melhor e mais facilmente que os vizinhos. Desses artigos obtinha mais que o necessário ao consumo local e oferecia o excedente aos vizinhos em troca de produtos que a estes igualmente sobravam – e aí está a origem do comércio. O intercâmbio dos excedentes foi inicialmente uma troca de presentes. A troca era facilitada pela guerra, pelo roubo, pelos tributos, pelas multas ou pela compensação: os artigos tinham de manter-se em movimento! Aos poucos um ordenado sistema de trocas emergiu, e foram aparecendo postos de traficância, mercados e bazares – primeiro, ocasional e periodicamente; depois, fixa e permanente – onde os que possuíam artigos em excesso trocavam-nos pelos dos que tinham necessidade. Os primeiros instrumentos de troca foram os artigos de procura mais geral, que todos aceitavam em pagamento: tâmaras, sal, peles, couro, ornamentos, instrumentos, armas; em tal tráfico duas facas valeriam um par de meias, os três valeriam um lençol, os quatro valeriam uma espingarda, os cinco valeriam um cavalo; dois dentes de alce valeriam um cavalo, e oito cavalos, uma mulher. Tudo foi empregado como dinheiro, por algum povo, em certo tempo: feijão, anzóis, conchas, pérolas, contas, sementes de cacau, chá, pimenta, e por último carneiros, porcos, vacas e escravos. O gado constituía um bom padrão de valor e um meio de troca entre caçadores e criadores; proporcionava renda com a criação e movia- se com os próprios pés. Quando começou a mineração, lentamente os metais substituíram os velhos padrões, pelo fato de sob pequena massa representarem muito valor – e a prata e o ouro tornaram-se a moeda da humanidade.