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20
15
Resultados
10
Foram investigados 206 casos em cinco municí- 5
pios: Votuporanga, Magda, São José do Rio Preto,
0
Nova Aliança e Nova Granada; sendo que os dois 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
50 1,50
Fontes: Datasus/MS e Planilhas da Vigilância Epidemiológica dos Municípios
da DIR XXII.
40
*Municípios de São José do Rio Preto, Votuporanga, Magda, Nova Aliança e
Nova Granada. 1,00
30
** por 1.000 habitantes
*** São José do Rio Preto 20
0,50
Os sinais e sintomas mais encontrados foram Considerando a avaliação clínica de grande parte
exantema (100%), febre (31%) e gânglios (26%) dos casos residentes nos municípios de São José do
(figura 3). Rio Preto, Votuporanga e Nova Aliança, que sugeria o
diagnóstico de eritema infeccioso, foram coletadas 26
Figura 3 amostras biológicas para a realização de sorologia
Distribuição dos casos de doença exantemática segundo sinais e
sintomas. DIR XXII*, setembro a dezembro de 2004 (semanas para parvovírus B19, processadas pelo IAL-Central.
epidemiológicas 38 a 48) O resultado de IgM foi reagente para este agente em
SINAIS E SINTOMAS Nº Casos % Casos 23 amostras (88,5%). Quatro casos inicialmente sus-
peitos no município de Votuporanga tiveram diagnós-
Exantema 206 100,00 tico sorológico de dengue, sendo excluídos desta
Febre 64 31,07 casuística por não terem apresentado exantema.
Gânglios 54 26,21 Um dos casos confirmados de parvovírus do muni-
Hiperemia Orofaringe 32 15,53 cípio de São José do Rio Preto era uma gestante que
Coriza 23 11,17 adquiriu a infecção no primeiro trimestre da gestação.
Tosse 21 10,19 Foi orientado seguimento acurado desta gestação.
Prurido 17 8,25 O município de Nova Granada havia notificado
Artralgia 14 6,80 cinco casos de doença exantemática, dos quais três
Conjuntivite 7 3,40 pertenciam a uma mesma família e tiveram diagnósti-
Dor retro-ocular 5 2,43 co clínico de escabiose, com resultado de IgM não
reagente para sarampo, rubéola e dengue. Com
Total: 206 pacientes relação aos demais casos deste município, um não foi
Fonte: Planilhas da Vigilância Epidemiológica dos Municípios da DIR XXII
encontrado devido a endereço incorreto, e o último
*Municípios de S.J.R.P., Votuporanga, Magda, Nova Aliança e Nova Granada caso era uma criança de três anos que preenchia
definição de caso para rubéola, porém, com IgM não
Na figura 4 está demonstrado o exantema reagente para esta doença e para sarampo.
tipicamente encontrado nos casos de eritema
No município de Magda foram notificados quatro
infeccioso em creches/escolas do município de São
casos de doença exantemática em uma mesma
José do Rio Preto.
família, os quais possuíam quadro clínico clássico de
Figura 4 escarlatina, segundo a avaliação de médicos da rede
Foto de criança com eritema infeccioso
básica de saúde. A VE do município realizou busca
Foto cedida pela VE do Município de São José do Rio Preto
Foi realizada busca ativa nas fichas de atendi- me, mas a primeira associação entre o parvovírus B19
mento referentes aos meses de setembro a novem- e a quinta doença foi feita apenas em 1984, por ocasião
(5)
bro de 2004, em um serviço pediátrico particular e de um surto em uma escola de Londres .
de convênio em São José do Rio Preto. A relação de A doença afeta principalmente crianças entre 5 e
atendimentos mensais e casos suspeitos está 15 anos de idade, com igual distribuição entre os
descrita na tabela 2. sexos(4,5,6,7). No presente surto também foi encontrada
Tabela 2 incidência praticamente igual em ambos os sexos. A
Resumo de atendimentos e casos suspeitos de doença faixa etária mais acometida foi de 5 a 9 anos, com
exantemática do pronto-atendimento pediátrico. Município de São
José do Rio Preto, setembro a novembro de 2004
coeficiente de incidência de 2,58/1.000, seguida da
faixa etária de 1 a 4 anos (1,72/1.000 habitantes).
Mês de Atendimento Nº de atendimentos Nº de casos suspeitos % de casos suspeitos O período de incubação varia de 4 a 14 dias . A
(7,8,9)
reposição desta população. Em estudo conduzido em de flebotomíneos testados em vários países (Killick-
três áreas no município de Araçatuba, verificou-se que Kendrick e col. 1997; Lucientes 1999; David e col.
a eutanásia de cães, associada ou não às atividades de 2001). O tempo de repelência foi testado por dife-
controle vetorial, foi efetiva em controlar a força de rentes autores podendo variar de 32 a 36 semanas
infecção entre os cães, resultando na redução da (Killick-Kendrick e col 1997; Lucientes 1999; David
incidência humana, desde que conduzida de forma e col 2001). Entre os estudos de campo conduzidos,
periódica e sistemática. No entanto, nas três áreas não um dos primeiros a ser publicado foi o estudo
se verificou diferença significativa nas taxas de preva- realizado no sudeste da Itália para avaliar o impacto
lência canina finais, em relação às iniciais, o que pode do uso de coleiras impregnadas com deltametrina
ser explicado, talvez, pela dinâmica da população em cães, em focos de leishmaniose visceral canina,
canina nestas áreas, dado que se observou alto cujo vetor é o Phlebotomus Perniciosus. Comparou-
percentual (de 18,5 a 26,2%) de cães oriundos de se duas áreas, uma controle e outra tratada, durante
outras áreas que migraram para as áreas estudadas as estações de transmissão, nos anos de 1998 e
(Camargo-Neves 2004a). 1999; verificando-se proteção de 86% nos cães da
A eliminação de cães soropositivos, embora seja área tratada, após a segunda estação de transmis-
uma medida cujos resultados são limitados, como já são no ano de 1999 (Maroli e col. 2001). No Irã, um
mencionado acima, é ainda a única que pode ser estudo conduzido em 18 vilas, destas 9 com inter-
dirigida diretamente à população canina e executada venção e 9 controles, verificou-se a redução da
em larga escala, sob o ponto de vista de saúde incidência em cães com L. infantum (64%) e em
pública. Uma outra medida de controle, muito discuti- crianças (decréscimo de 43%) depois de um ano de
da, para conter a transmissão entre os cães, foi o utilização da coleira (Gavgani e col 2002). No Brasil,
tratamento de animais sintomáticos e assintomáticos, em estudo conduzido por Lima e col. (2002, dados
por meio de drogas tradicionalmente empregadas não publicados) concluiu-se que a utilização de
com sucesso no tratamento da LVA em humanos. coleiras impregnadas são mais efetivas para
Vários autores já demonstraram a baixa eficácia prevenir a transmissão entre os cães quando
dessa medida. O uso rotineiro dessas drogas em comparada com a eutanásia de cães soropositivos,
cães pode induzir à remissão temporária dos sinais embora outras avaliações de campo semelhantes a
clínicos, não previne a ocorrência de recidivas e tem estes últimos estudos devam ser realizadas com a
efeito limitado na infectividade de flebotomíneos, finalidade de conhecer o impacto desta medida de
além de levar ao risco de selecionar parasitas resis- controle no comportamento da transmissão, frente
tentes às drogas correntemente utilizadas (Gradoni e às diversas condições epidemiológicas encontra-
col. 1987; Gramiccia 1992; Alvar e col 1994; Oliva e das no Brasil.
col. 1995; Poli e col. 1997; Cavaliero e col. 1999). Neste sentido, este trabalho teve como objetivo
Outras estratégias visando o controle da doença avaliar a efetividade da utilização de coleiras impreg-
mais factíveis referem-se a medidas alternativas de nadas com deltametrina a 4%, como medida alternati-
atuação sobre os flebotomíneos durante o período de va no controle da LVA visando a redução da prevalên-
pico anual de densidade da espécie responsável pela cia canina e da incidência na população humana. São
transmissão no local, tais como: o uso de cortinas apresentados os resultados preliminares da coorte
impregnadas de inseticida do grupo dos piretróides canina conduzida no município de Andradina, no
sintéticos em janelas e portas (Feliciangeli e col. 1995; período de 2002 a 2004.
Perruolo 1995; Killick - Kendrick 1999), o tratamento
tópico de cães com inseticidas por meio de banho ou
aplicação localizada (Guanghua e col.1994; Metodologia
Reinthinger e col. 2001) que demonstraram resultados Área de estudo
promissores em estudos experimentais no laboratório O estudo foi desenvolvido no município de
e em campo, para as diferentes espécies de flebotomí- Andradina, região administrativa de Araçatuba, no
neos testados, porém dependente do apoio do proprie- Planalto Ocidental Paulista. Neste município a
tário, uma vez que requer inúmeras aplicações, dado o estimativa da população em 2002 era de 55.161
tempo limitado de atuação do inseticida, sendo inviável habitantes (IBGE, 2000) e da população canina de
enquanto medida de saúde pública. 15.600 cães, segundo o Instituto Pasteur de São
Outra abordagem refere-se ao emprego de Paulo (comunicação verbal). O município é dividido,
coleiras impregnadas com deltametrina a 4%, que segundo critérios operacionais, em duas áreas,
mostrou resultados satisfatórios em experimentos de sendo cada uma delas divididas em cinco setores,
laboratório, com redução das taxas de alimentação onde também foram consideradas suas característi-
sangüínea e efeito letal para as diferentes espécies cas sócio-econômicas.
O vetor L. longipalpis foi detectado em área urbana forme as normas do Programa de Controle da
do município em 1998 e os primeiros casos de LVA cani- Leishmaniose Visceral Americana (PCLVA) do
na em 1999. Em inquérito canino realizado neste Estado de São Paulo (SES-SP 2000). Todos os cães
mesmo ano, a prevalência canina foi de 3,1% e até com resultado sorológico negativo receberam a colei-
2000 não havia sido registrado nenhum caso humano. ra conforme o seu peso (<20kg e >20kg), exceto em
A partir de 2001, observou-se o agravamento da situa- cães menores de 3 meses, conforme indicação do
ção epidemiológica, quando então foram registrados fabricante, a fim de reduzir a chance de efeito adverso
os primeiros casos humanos e 2 óbitos no município. a deltametrina. Os cães errantes foram recolhidos e
Até maio de 2002, haviam sido notificados 20 casos eutanasiados conforme as normas do PCLVA no ESP
humanos correspondendo a um coeficiente de incidên- (SES-SP 2000). As trocas das coleiras ocorreram em
cia de 38 casos/100.000 habitantes e de letalidade de abril/2003, outubro/ 2003 e abril/2004.
21,1%; o que justificava uma intervenção rigorosa no No intervalo entre as coletas, todos os imóveis
município e, portanto, aliado às medidas usualmente foram visitados para a verificação da presença e integri-
empregadas, propôs-se o estudo neste município. dade das coleiras e para a detecção de eventuais rea-
ções adversas. Também a população foi estimulada a
Avaliação da prevalência canina e colocação e solicitar a troca, em caso de quebra, ou reposição, em
manutenção das coleiras caso de perda, bem como a notificar sintomas que
Coorte canina: Foi constituída uma coorte canina pudessem sugerir um quadro de reação alérgica à co-
entre outubro de 2002 a outubro de 2004. Foram leira. Nestes casos, esses cães eram visitados por um
cadastrados todos os cães domiciliados existentes médico veterinário, sendo aconselhada a descontinui-
no município. Os dados coletados foram registrados dade do uso da coleira, caso o cão apresentasse qual-
em boletim apropriado, sendo anotados: nome e quer sinal de reação de hipersensibilidade.
endereço do proprietário, número e nome do cão, Cálculo da taxa de prevalência canina e incidência
sexo, idade, tipo de pêlo, cor, data e resultado do humana: As taxa de prevalência canina e os coefici-
exame sorológico, a data da eliminação e dados entes de incidência foram calculados por área e setor
sobre as perdas de observação, quando necessá- do município. A taxa de prevalência canina pelo núme-
rio. As avaliações sorológicas foram realizadas em ro de casos de LVA canina por 100 cães, calculada
intervalos semestrais no 0, 6º, 12º, 18º e 24º meses. pela fórmula:
Diagnóstico sorológico: As amostras de sangue
foram obtidas pela punção da veia marginal auricu- Nº total de casos de LVA canina presentes na população
lar do cão, utilizando-se estiletes descartáveis. O Taxa de canina no início do intervalo
material obtido foi coletado em lâminas de papel de = X 100
Prevalência População total de cães expostos ao risco de LVA canina
filtro Whatmann nº 1, sendo a área embebida de
sangue de 3cm de diâmetro. Cada amostra foi eti-
no início do intervalo
quetada com o nome e número do registro do ani- E, o coeficiente de incidência humana, por
mal, data, setor e responsável pela coleta. Para o 100.000 habitantes, calculado pela fórmula:
exame sorológico foi utilizada a reação de imunoflu-
orescência indireta para detecção de anticorpos da
classe IgG (IFI - IgG), conforme metodologia descri- Coeficiente de Nº total de casos novos de LVA por ano
= X 100.000
ta por Camargo e Rebonato (1969). Para tanto, Incidência População total exposta
foram utilizados kits padronizados por Bio-
Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Para o cálculo, foi considerada como população
Janeiro. Os exames foram realizados no laboratório exposta no município, a estimativa de população
regional - Instituto Adolfo Luz (IAL) de Andradina. O segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
título discriminante foi de 1/40, conforme descrito Estatística (IBGE 2004). Para a estimativa de
por Costa e col. (1991). população de cada área e setor, calculou-se, a partir
Colocação e manutenção das coleiras: Coleiras do número de imóveis existentes no município, a
impregnadas com deltametrina a 4% Scalibor® foram média de indivíduos por imóvel, que foi de 2,6
utilizadas em todos os cães domiciliados previamente habitantes/imóvel e a partir do número de imóveis
cadastrados, no período de outubro de 2002 a outu- de cada setor, a população do setor. A população da
bro de 2004. As coleiras consistiam de fitas brancas área foi dada pela somatória das populações dos
de 65cm de polivinil clorido (PVC) pesando 25g e setores. Os casos humanos foram obtidos no
impregnadas com 40mg/g. Todos os cães foram pre- Sistema Nacional de Agravos de Notificação -
viamente avaliados sorologicamente e aqueles com Sinan, revisados pela vigilância epidemiológica da
resultado positivo (IFI IgG) foram eutanasiados, con- regional de saúde de Araçatuba (DIR VI), sendo
Prevalência(%)
Análise estatística: As proporções foram compa-
radas pelo teste de qui-quadrado (÷2), corrigido 9,0
pelo coeficiente de yates quando indicado. Foram 7,5
considerados resultados estatisticamente signifi- 6,0
cantes o nível de significância de 5%. 4,5
Para análise dos resultados foram utilizadas 3,0
planilhas eletrônicas Excel (2000) e EPIINFO 6.04d 1,5
(Dean e col. 1994). 0,0
Geral Área 1 Área 2
Resultados Etapas
No período de outubro de 2002 a outubro de 2004, out/02 abr/03 out/03 abr/04
5 avaliações foram realizadas, porém serão apresen-
tados, neste trabalho, os dados até abril de 2004.
Assim sendo, verificou-se de outubro de 2002 a abril Figura 3
Distribuição da taxa de prevalência canina de leishmaniose visceral
de 2004, redução da população canina do município, americana por setores e período de avaliação. Área 1, Andradina SP,
variando de 11.486 cães a 8.013 cães, e esta foi 2002 - 2004
acompanhada de uma redução do número de cães 20,0
soropositivos e da prevalência canina como pode ser 18,0
observada na Figura 1. 16,0
PrevalênciaCanina(%)
14,0
Figura 1 12,0
Distribuição do número de cães existentes, positivos e taxa de 10,0
prevalência canina de leishmaniose visceral americana por ano.
Andradina SP, 2002 - 2004
8,0
6,0
P r e v a l ê n c i a c a n i n a (% )
10000 10,0
8013 8355 11 12 13 14 15
8000 8,0 Setores da Área 1
6000 4,8 6,0 out/02 abr/03 out/03 abr/04
4000 4,0
1245 1120 785 Figura 4
2000 401 2,0
Distribuição da taxa de prevalência canina de leishmaniose visceral
0 0,0 americana por setores e período de avaliação. Área 2, Andradina SP,
2002 - 2004
out/02 abr/03 out/03 abr/04
20,0
Mês da avaliação 18,0
16,0
PrevalênciaCanina(%)
Figura 7
Com relação aos casos humanos, a partir de 2001 Taxa de prevalência canina e coeficiente de incidência de
observou-se um aumento do número de casos, leishmaniose visceral americana por ano. Área 2, Andradina SP,
chegando em 2002 a serem registrados 19 casos. Em 2002 2004
2003, com a intervenção por meio da utilização das
P rev a lê nc ia ca n in a (% )
coleiras, verificou-se uma pequena redução no 45 15
número de casos e do coeficiente de incidência e, 40
c a s o s / 1 0 0 m il h a b .
somente em 2004, uma redução importante do 35
I n c id ê n c ia d e
número de casos foi observada até o mês de outubro 30 10
registrando-se apenas 2 casos e incidência de 3,6 25
casos/100.000 habitantes (Figura 5). 20
15 5
Figura 5 10
Distribuição do número de casos de leishmaniose visceral canina e 5
coeficientes de incidência por ano. Andradina SP, 1999 a 2004
0 0
Nº de coleiras
Quando comparadas às taxas de prevalência
canina e os coeficientes de incidência humana por Avaliação Nº de Colocadas Repostas
área por ano (Figuras 6 e 7), verificou-se a redução Cães
dos dois indicadores nas duas áreas, observando-se, Nº % Quebra Perda Total %
na área 1, em abril/2004, valores de prevalência
canina inferiores a 5%. out/02 11486 10.112 88.0 296 256 552 5.5
Figura 6
abr/03 9409 9.772 103.9 134 464 592 6.1
Taxa de prevalência canina e coeficiente de incidência de
leishmaniose visceral americana por ano. Área 1, Andradina SP, out/03 8013 7.837 97.8 28 52 80 1.0
2002 2004
abr/04 8355 8.917 106.7 129 443 572 6.4
P re v a lên c ia ca n in a (% )
45 15
c a s o s / 1 0 0 m il h a b .
35 Discussão
I n c id ê n c i a d e
provavelmente pela redução da força de infecção variar em média de 4 a 5 meses, portanto, os valo-
entre os cães, o que implicaria numa menor chance res semelhantes da prevalência canina no primeiro
de infecção do vetor, devido à barreira imposta pelo ano em Andradina, a exemplo do que ocorreu em
uso constante da coleira, e conseqüente redução da Araçatuba, pode refletir essa virada sorológica
incidência humana. tardia, o que levou a um resultado mais evidente na
Dados semelhantes desta redução da força de redução das taxas de prevalência canina, a partir do
infecção foram observados com relação à redução da segundo ano de acompanhamento.
incidência humana, quando programas de eliminação O número de cães que tiveram novas coleiras
de cães foram implementados de forma sistemática. entre as avaliações devido à quebra ou perda, não
Um estudo clássico foi o realizado por Ashford e col. parece ter sido o fator que explicaria estas diferenças
(1998), em Jacobina BA. Estes autores concluíram entre os setores. Neste estudo, encontrou-se que
que a eliminação da maioria dos cães soropositivos 4,9% das coleiras tiveram que ser repostas, resulta-
pode afetar a incidência cumulativa da soroconver- dos semelhantes ao encontrado por Maroli e col.
são temporariamente, bem como diminuir a incidên- (1999). Porém, diferente dos resultados encontrados
cia de casos humanos. Recentemente, na avaliação por Lima e col. (2002, dados não publicados), que
das atividades do programa realizadas em Feira de relataram uma perda por quebra de 41% nos primei-
Santana - BA (Oliveira e Araújo 2003) verificou-se ros seis meses de avaliação, o que pode ser explica-
redução da prevalência canina e da incidência huma- do pelas condições desse estudo, que foi realizado
na após cinco anos das ações de controle. Na análise em zona peri-urbana, em que grande parte da popula-
do conjunto das variáveis operacionais estes autores ção canina era parcialmente domiciliada; enquanto
verificaram que o número de ciclos de inquéritos cani- em Andradina, o estudo foi conduzido em área urbana
nos levou a uma redução da incidência da LVA. No e os cães que participaram eram domiciliados.
entanto, observaram aumento do coeficiente de inci- Outras análises ainda deverão ser realizadas para
dência com a interrupção das atividades. Esses resul- tentar explicar as diferenças entre áreas; entre os
tados nos levam a refletir sobre a necessidade de setores e entre as variáveis, que poderiam explicar
impor uma barreira entre a fonte de infecção e o vetor, essas diferenças tais como: a densidade de cão e
o que parece ser factível a partir do uso das coleiras, classe sócio-econômica da população de cada setor.
como observado com os resultados apresentados no Outra questão que também deverá ainda ser aborda-
município de Andradina. da, refere-se ao percentual de recusas para elimina-
Estudos de campo conduzidos em outros países ção do cão soropositivo por setor do município, como
como Itália (Maroli e col 2001) e Irã (Gavgani e col também o número de reações adversas, que implica-
2002), bem como o estudo conduzido no Brasil (Lima ria na retirada da coleira do animal.
e col 2002, dados não publicados), mostraram resul- Cabe lembrar, que a implantação de um progra-
tados semelhantes ao observado em Andradina, com ma de controle da LVA com a utilização ou não deste
relação à redução da incidência humana. Esses estu- novo instrumento, requer estruturação do município
dos, porém, tiveram uma abordagem diferente da e planejamento das ações. Atualmente, o maior
proposta neste trabalho, uma vez que compararam problema que se apresenta nas áreas endêmicas é
áreas com e sem a intervenção. Talvez por isso pos- a descontinuidade das ações. Os resultados preli-
sam ser observadas diferenças em um ano após a minares deste trabalho apontam para a utilização da
intervenção, o que não pode ser verificado no estudo coleira como mais um método a ser empregado no
de Andradina. controle da LVA, apesar de ser uma medida compro-
Observou-se redução dos valores da prevalência vada para a proteção individual do animal (Killick-
canina em relação aos valores iniciais em todos os Kendrick e col. 1997; Lucientes 1999; David e col.
setores. O aumento observado na segunda e 2001), em saúde pública só faz sentido se aplicada
terceira coletas pareceu refletir ainda a soroconver- de modo integral e, ao que parece, por tempo
são tardia. Como já foi apontado por outros autores, indeterminado. Não deve ser adotado de modo
métodos sorológicos, como a imunofluorescência, campanhista, pois requer abrangência na sua
podem detectar anticorpos até oito meses depois da utilização pela maioria dos cães de uma área, a fim
infecção (Quinnel e col 1997). Além do mais, a IFI de reduzir a força de infecção. Ainda não deve ser
possui sensibilidade inferior quando comparada às uma medida que substitua os inquéritos caninos ou
demais técnicas sorológicas (França-Silva 1997; o controle vetorial nas áreas de maior risco. Deve
Garcez e col 1996; Genaro 1993; Braga e col. 1998; ser um programa com o envolvimento de outros
Moreno e col. 2002). Em estudo anterior realizado setores da sociedade, participação comunitária e
no município de Araçatuba (Camargo-Neves individual, e deverá estar associado a um programa
2004a), verificou-se que o período pré-patente pode de controle de população animal.
Agradecimentos
À Superintendência de Controle de Endemias, allopurinol therapy of dogs naturally infected
Leishmania infantum. J. of Veterinary Internal Medicine
pelo apoio logístico e financeiro; à Vigilância 13: 330 - 334, 1999.
Epidemiológica da Região de Araçatuba, pelo
apoio administrativo; ao Centro de Controle de 9. DAVID J R, STAMM L M, BEZERRA H S, SOUZA R N,
KILLICK - KENDRICK R, LIMA J W O. Deltamethrin-
Zoonoses, Secretaria Municipal de Saúde de impregnated dog collars have a potent anti-feeding and
Andradina, pelo apoio na coleta das amostras inseticidal effect on Lutzomyia longipalpis and
sorológicas e na eliminação dos cães soropositi- Lutzomyia migonei. Mem. Inst Oswaldo Cruz, Rio de
vos; ao Setor de Andradina do Instituto Adolfo Janeiro 96 (6): 839 - 847, 2001.
Lutz, pela realização dos exames sorológicos e à 10. DEAN A G, DEAN J A, COULOMBIER D, BRENDEL
Intervet, pela disponibilização de um médico K A, SMITH D C, BURTON A H, DICKER R C,
veterinário durante 18 meses, para atendimento SULLIVAN K M, FARGAN R F, ARNER T G. Center of
de possíveis reações adversas. Disease Control on Prevention, World Health
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Paulo, Brasil. São Paulo. [Tese de Doutorado Phlebotomus perniciosus fed on naturally infect dogs
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HOFMANN-LEHMANN R, DEPLAZES P. Clinical, 19. KILLICK KENDRICK R. & KILLICK KENDRICK M.
serologic and parasitologic follow-up after long-term Biology of sand fly vectors of Mediterranean canine
Nº de
Metodologia Nº de Nº de
Classificação dos Nº de Trabalhadores
Leitos Ativos Trabalhadores
! Pesquisa bibliográfica sobre o glutaraldeído. Hospitais Hospitais (%)
(%) (%)
expostos ao
glutaraldeído (%)
! Elaboração e envio do questionário(5) “Condições
de uso do glutaraldeído em Estabelecimentos Públicos 09 (45%) 3.006 (34%) 17.853 (35%) *122 (11%)
Assistenciais de Saúde”,aos 28 hospitais integrantes
do Projeto Sentinela da Anvisa, no estado de São
Privados 03 (15%) 2.013 (23%) 8.974 (18%) 453 (41%)
Paulo, aos cuidados do Gerente de Risco Hospitalar e
com fixação de prazo para devolução.
Filantrópicos
! Visitas técnicas realizadas em 6 hospitais e 1 clíni- 03 (15%) 1.698 (19%) 10.150 (20%) *325 (30%)
ca de endoscopia, escolhidos pelo Grupo Técnico de
Públicos
Trabalho, com aplicação do questionário por equipe Universitários
05 (25%) 2.056 (24%) 13.400 (27%) *193 (18%)
multiprofissional do CVS.
! Critério de seleção dos hospitais: todos os hospi- Total Geral 20 (100%) 8.773 (100%) 50.377 (100%) *1.093 (100%)
tais integrantes do Projeto Sentinela possuem o
* Dados incompletos e imprecisos: deixaram de informar ou informaram
Gerente de Risco Hospitalar que foi capacitado para, aproximadamente
entre outras atribuições, manter vigilância e notificar
queixas e eventos adversos a Produtos de Saúde, A seguir, alguns dados de relevância encontrados,
incluindo saneantes, no Sineps - Sistema de tanto nas visitas técnicas, quanto nos questionários:
Notificação de Eventos Adversos a Produtos de
! Em 100% dos EAS utilizam o glutaraldeído, mas
Saúde, contribuindo com o diagnóstico da situação
com freqüente preocupação em diminuir o uso e até
quanto ao uso do glutaraldeído.
substitui-lo. A substituição seria feita pelo ácido
! Reuniões realizadas no CVS com o Grupo Técnico peracético e pelo processo de termo-desinfecção, de
de Trabalho, com cronograma de tarefas. acordo com o tipo de material.
! A categoria profissional mais exposta são os ! Elaboração de uma Norma Técnica para o uso
auxiliares e técnicos de enfermagem. controlado do glutaraldeído nos Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde, no Estado de São Paulo.
! Em 2003 e 2004 foram notificados 5 casos de
acidente de trabalho com emissão da Comunicação ! Elaboração e divulgação de um Manual de
de Acidente de Trabalho em 3 (15%) Hospitais Procedimentos sobre Glutaraldeído contendo
Sentinela, porém tais casos não constaram do orientações quanto ao uso e manuseio, riscos ocupa-
SINEPS-Sistema de Informação e Notificação de cionais, efeitos na saúde humana, prevenção,
Eventos Adversos de Produtos de Saúde do Projeto exames médicos, primeiros socorros, descarte do
Hospital Sentinela da Anvisa. produto, entre outros.
da substância no ar não pode ser excedida em aprovado pela RDC nº 50 de 21/1/2002 e dá outras
nenhum momento da jornada de trabalho. providências Diário Oficial da União, Brasília,
(4). Composição do Grupo Técnico de Trabalho: 21/7/2003.
Centro de Vigilância Sanitária 5. Brasil. Portaria nº 3.214, de 08/06/1978. Ministério
Florise Malvezzi, Maria Aparecida Gomes Bronhara do Trabalho. Aprova as Normas Regulamentadoras
Divisão Técnica de Vigilância Sanitária do Trabalho), (NR). Regulamenta a Lei 6.514, de 22/12/1977.
Zuleida Monteiro da Silva, José Geraldo Lupato Diário Oficial da União, Brasília, 23/12/1977.
Conrado (Divisão Técnica de Serviços de Saúde), 6. Brasil. Portaria nº 3.523, de 28/8/1998. Ministério
Isabel de Lelis Andrade Morais, Zuleide Ramos Fruet da Saúde. Regulamento Técnico contendo medidas
(Divisão Técnica de Produtos Relacionados à Saúde), básicas referentes aos procedimentos de verifica-
Lucia Viviano ( Divisão Técnica de Ação sobre o Meio ção visual do estado de limpeza, remoção de
Ambiente), Marcela Rodrigues da Silva, Eliane sujidades por métodos físicos e manutenção do
Gandolfi (Sistema Estadual de Toxicovigilância). estado de integridade e eficiência de todos os
Centro de Vigilância Epidemiológica componentes dos sistemas de climatização, para
garantir a qualidade do ar de interiores e prevenção
Maria Clara Padoveze (Divisão de Infecção
Hospitalar).
de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes
climatizados. Diário Oficial da União, Brasília,
(5). O questionário “Condições de uso do glutaraldeí- 31/8/1998.
do em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde”,
contem perguntas abertas e fechadas sobre: identifi- 7. Brasil. Resolução RE nº 9, de 16/1/2003. Agência
cação do estabelecimento, responsável pelo preen- Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa. Determina
chimento, informações sobre o glutaraldeído e a publicação de Orientação Técnica elaborada por
trabalhadores, programas relacionados à saúde e Grupo Técnico Assessor, sobre Padrões
segurança dos trabalhadores e equipe técnica Referenciais de Qualidade do Ar Interior, em ambi-
responsável pela aplicação do mesmo. entes climatizados artificialmente de uso público e
coletivo, em anexo. Diário Oficial da União, Brasília,
(6). O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais -
PPRA - faz parte da Norma Regulamentadora - NR 9
20/1/2003.
(Portaria nº 3.214, de 8/6/1978. Ministério doTraba- 8. São Paulo. Portaria CVS -15 de 26/12/2002. Centro
lho) é um instrumento necessário para adoção de de Vigilância Sanitária. Secretaria de Estado da
medidas de proteção coletiva e individual, incluindo Saúde. Define diretrizes, critérios e procedimentos
monitoramento ambiental, e que estabelece priorida- para a avaliação físico-funcional de projetos de
des através do cronograma de execução; se bem edificação dos estabelecimentos de interesse à saúde
elaborado e executado é um aliado na prevenção de para emissão de LTA - Laudo Técnico de Avaliação.
acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais. Diário Oficial do Estado, São Paulo, 27/12/2002.
9. São Paulo. Norma Técnica P4.262, de 11/2/2004.
Bibliografia Consultada Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
- CETESB. São Paulo. Gerenciamento de Resíduos
1. Brasil. Portaria SVS /MS nº 15, de 23/08/1988. Químicos Provenientes de Estabelecimentos de
Ministério da Saúde. Determina que o registro de Serviços de Saúde. Diário Oficial do Estado, São
produtos saneantes domissanitários com ação Paulo, 2/2/2004.
antimicrobiana seja procedido de acordo com as
normas regulamentares anexas à presente. Diário 10. São Paulo. Resolução SS-374, de 15/12/1995.
Oficial da União, Brasília. 5/9/1988. Secretaria de Estado da Saúde. Altera a Norma
Técnica sobre organização do Centro de Material e
2. Brasil. Portaria MS/GM nº 2616, de 12/5/1998. Noções de Esterilização. Diário Oficial do Estado,
Ministério da Saúde. Diretrizes e normas para a São Paulo, 16/12/1995.
prevenção e o controle das infecções hospitalares.
Diário Oficial da União, Brasília, 13/5/1998. 11. Glutaraldehyde. Guidelines for safe use and
handling in health care facilities, Division of
3. Brasil. Resolução RDC nº 50, de 21/2/2002. Environmental and Occupational Health Services.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária -Anvisa. New Jersey. march 1997.
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planeja-
mento, programação, elaboração e avaliação de 12. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de
projetos físicos de estabelecimentos assistências de Vigilância Epidemiológica. Divisão de Infecção
saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 2/3/2002. Hospitalar. São Paulo. Uso do glutaraldeido em
unidades de saúde. Junho 2004.
4. Brasil. Resolução RDC nº 189, de 18/7/2003.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa. 13. WEBER, D.J.;RUTALA, W.A. Occupacional risks
Dispõe sobre regulamentação dos procedimentos de associated with the use of selected disinfectants and
análise, avaliação e aprovação dos projetos físicos de sterilants. In: Rutala W.A, ed. Disinfection,
estabelecimentos de saúde no Sistema Nacional de Sterilization, and Antisepsis in Healthcare. Champlain,
Vigilância Sanitária, altera o Regulamento Técnico NY: Polyscience Publications; 1998: 211-226.
rotina de trabalho.
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