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Classes de palavras
Por Diogo Berquó
As seis primeiras cat egorias modificam as suas formas, conforme o cont ext o de uso, mas as demais se mant êm int act as, independent ement e da sit uação na
qual elas est ejam.
As classes de palavras são catego rias gramaticais que visam o rganizar o vo cabulário de aco rdo co m as funçõ es e estrutura das palavras.
gênero (masculino/feminino);
número (singular/plural);
→ Palavras invariáveis
Os advérbios, as preposições, as conjunções e as int erjeições são palavras invariáveis, já que não comport am t ransformações em suas formas.
Substantivo
Substantivo é uma classe gramat ical cuja função é nomear os seres em g eral. Apesar de essa conceit uação est ar present e em vários locais, há que se
dest acar a sua incomplet ude, já que o subst ant ivo pode t ambém ser responsável por denominar:
Primitivo: t ermos que não se originaram de out ros exist ent es na mesma língua.
Exemplos: maçã, port a, livro.
Simples: são const it uídos por apenas um radical (part e da palavra que carrega o sent ido principal dela).
Exemplos: garrafa, t ênis, feijão.
Concreto: nomeiam seres de exist ência própria, ist o é, figuras independent es que fazem part e de um universo real ou imaginário.
Exemplos: canet a, vampiro (ent idade), São Paulo (cidade), Minist ério da Saúde (inst it uição).
Abstrato: designam qualidades, ações, sent iment os, est ados, sensações.
Exemplos: soberba, riso, solidão, juvent ude, confort o.
Veja também: Substantivos coletivos – substantivos que correspondem a um ag rupamento de elementos semelhantes
Artigo
O artig o é a palavra que precede os substantivos a f im de determiná-los, t ant o de maneira part icular, por meio do uso de o, a, os, as, quant o de modo
vago, ao ut ilizar um, uma, uns, umas.
Exemplos:
- O amor de Ant ônia era fort e (não é qualquer amor, sabe-se que é um específico).
- Os bandidos at acaram novament e (sabe-se que são as mesmas pessoas que comet eram os crimes).
- As rosas do jardim est ão secas (o sujeit o que fez t al afirmação fez menção a det erminadas flores).
Exemplos:
- Falt a um cant or para complet ar o espet áculo (pode ser o João, o José, o Miguel, qualquer um que cant e).
- Gost aria de saber se há uma lanchonet e na região (no caso, a pessoa não especificou qual a lanchonet e, podendo ser a do João, a da Maria, ent re out ras)
- Em cima da mesa, est ão uns biscoit os (a informação impossibilit a saber a marca, o t ipo das bolachas).
- Seria ót imo conhecer umas at rizes famosas (não se sabe quais at rizes são).
Adjetivo
O adjetivo é uma palavra ou locução (iniciada por preposições: de, em, com, sem) que conf ere características, estados, qualidades aos seres. Também
pode inst it uir relações de t empo, de espaço, de finalidade, de procedência com o subst ant ivo.
Exemplos:
Exemplos: azul, roxo, verde, branco, grande, escuro, liso, feliz, t rist e.
Derivados: são originados de out ras palavras. Assim, são acrescent ados afixos (part es das palavras que carregam um sent ido complement ar ao principal,
por exemplo, infeliz, em que o in significa não) ao radical.
Exemplos:
- desfavorável - favor
- esverdeado - verde
- europeia - Europa
Numeral
O numeral é responsável por quantif icar, de f orma exata, os seres (pessoas, objet os, ent re out ros). Além disso, t ambém t em a função de identif icar a
posição ocupada por um ser em um cont ext o específico.
Exemplos:
Ordinais: conforme a própria palavra já anuncia, diz respeit o à ordem, assim sempre se est abelecerá uma relação ent re vários seres.
Exemplos:
Pronome
O pronome, além de estabelecer quais são os seres que f azem parte diretamente da interlocução (1ª e 2ª pessoas), ainda são empregados para indicar
os demais present es no discurso (3ª pessoa), ou seja, essa classe gramat ical faz referência a quem fala, com quem se fala e a de quem ou do que se fala. Diant e
dessa caract eríst ica, normalmente substituem os substantivos.
Exemplo:
Luíza (subst ant ivo) comprou um carro. Agora, ela (pronome) chega mais rapidament e aos lugares.
Átonos Tônicos
Singular eu me mim
Singular tu te ti
Exemplos:
Pronomes possessivos: det erminam uma relação de posse, de algo pert encent e às pessoas do discurso.
Exemplos:
Pronomes demonstrativos: são ut ilizados para det erminar as dist âncias t ant o físicas quant o cronológicas de algo em relação às pessoas do discurso.
Variáveis Invariáveis
Exemplos:
- O grande acont eciment o de hoje foi est e: ir ao supermercado. (int roduz uma ideia)
- Nesse int ervalo, eu fiz muit as coisas. (t empo que est á imediat ament e ant es do present e)
- Comprei um celular, mas esse não funciona muit o bem. (ret oma uma informação)
- Você conhece aquela cachoeira? (dist ância t ant o de quem fala quant o de quem ouve)
- Consegui const ruir um celeiro e um lago. Est e ficou bem feit o, ent ret ant o aquele não. (element o referido ant eriorment e a out ro)
- Naquela década, as mulheres não podiam vot ar. (t empo dist ant e)
Pronomes indef inidos: fazem referência, de maneira vaga, à 3ª pessoa gramat ical.
Exemplos:
Pronome (ant es do subst ant ivo) adjetivo (depois do subst ant ivo)
Pronomes relativos: iniciam novas orações ao subst it uírem um subst ant ivo ou mesmo um pronome ant ecedent e.
Exemplos:
Pronomes interrog ativos: são observados em frases ou orações int errogat ivas, sejam elas diret as, ou seja, cuja conclusão se dá por meio do uso de
pont o de int errogação e o início mediant e a colocação do pronome, sejam elas indiret as, ist o é, t erminadas por pont o-final e ent remeadas pelos t ermos
de t eor quest ionador.
Exemplos:
Verbo
Os verbos são palavras que expressam uma ação, um estado, um f enômeno, os quais se encont ram sit uados cronologicament e. Essa classe de palavras é
uma das que mais flexiona, pois se adapt a à pessoa, ao número, ao t empo, ao modo, além de cont er as f ormas nominais.
→ Formas nominais
Inf initivo: expressa o fat o verbal em si, port ant o não há pist as do início ou t érmino da ação, est ado ou fenômeno. Assim, adquire valor de subst ant ivo.
Gerúndio: det ermina o processo, ou seja, algo que est á acont ecendo no moment o do discurso.
Particípio: marca a conclusão de um fat o. Muit as vezes adquire valor de adjet ivo.
→ Conjugações
1ª conjugação: verbos t erminados em -ar. Exemplos: cant ar, beijar, mascarar.
→ Modos
Indicativo: exprime cert eza.
→ Tempos
Presente: o inst ant e no qual ocorre a ação verbal coincide com o do discurso.
Passado: o moment o em que acont ece a ação verbal é ant erior ao do discurso.
- Pretérito perf eito: o fat o expost o t em final bem delimit ado e concluído ant es de ser ext eriorizado, por meio do uso da língua.
- Pretérito imperf eito: o episódio ext eriorizado pelo verbo não foi finalizado quando um novo acont eceu.
Além disso, t ambém apresent a fat os passados que eram habit uais.
- Pretérito mais-que-perf eito: a ocorrência cont ida no verbo é ant erior à out ra que t ambém é sit uada no passado.
Degust ei a sobremesa feit a pela Fernanda, mas, ant es disso, eu comera um macarrão.
- Futuro do presente: indica episódios cujas ocorrências serão concret izadas depois da fala ou da escrit a.
- Futuro do pretérito: expressa um fat o fut uro, mas conect ado a um segundo que est á sit uado no passado.
Exemplos:
- Eu amo, t u amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam.
- Eu abraço, t u abraças, ele abraça, nós abraçamos, vós abraçais, eles abraçam.
Perceba que o radical am- e abraç- permanecem os mesmos, e as desinências coincidem ent re os dois verbos.
Irreg ulares: não est ão de acordo com o paradigma, assim podem sofrer modificação t ant o o radical quant o as desinências.
Exemplo:
- Eu faço, t u fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem.
Exemplo:
verbo ir – eu vou (present e do indicat ivo), eu ia (pret érit o imperfeit o do indicat ivo), eu fui (pret érit o perfeit o do indicat ivo), quando eu for (fut uro do
subjunt ivo).
Def ectivos: são verbos cuja conjugação não exist e em det erminadas pessoas do discurso.
Intensidade: const it uem uma maximização ou minimização da ideia manifest ada pelo t ermo a que se ligou.
Exemplos: muit o, pouco, meio, bast ant e, ainda, bem, mal, quase, apenas.
Neg ação: t razem uma ideia cont rária à exist ent e no verbo, adjet ivo ou advérbio.
Dúvida: t ransmit em uma incert eza relat iva ao que est á previst o na oração.
Exemplos: amanhã, sempre, cedo, t arde, hoje, nunca, ant es, depois, out rora, ent ão, aí.
Lug ar: marcam o local no qual ocorreu um episódio, ou onde se percebeu uma qualidade, ou circunst ância.
Exemplos: lá, ali, aqui, aí, longe, onde, pert o, abaixo, acima.
Conjunção
Conjunção é um element o gráfico, sonoro e semânt ico que estabelece uma união entre orações ou entre palavras, desde que est as exerçam idênt icas
funções sint át icas e est ejam na mesma oração. Essa classe de palavras pode ser dividida em:
subordinativas: conect a duas orações, sendo uma delas fundament al para a const rução do sent ido complet o da out ra;
coordenativas: que liga element os independent es, ou seja, une orações ou t ermos de idênt ica função gramat ical det ent ores de sent ido complet o.
Exemplo: As crianças gost am do Nat al, mas as famílias est ão cada vez mais descrent es.
Alternativa: const rói uma alt ernância de ideias, mas t ambém exclui uma para que a out ra vigore.
Conclusiva: int roduz uma consequência e um fechament o do raciocínio desenvolvido na oração ant erior.
Exemplo: Não assist o mais aos DVDs, pois vejo filmes on-line.
Exemplo: Segundo a not ícia do jornal, a pandemia gerou muit os mort os.
Concessiva: manifest a uma ideia que cont rapõe a exist ent e na oração ant erior, mas não t em a força de anulá-la.
Exemplo: Só beberei água quando chegar em casa, embora est eja com sede.
Exemplo: Tomás levant a da cama como um urso sai de sua t oca no inverno.
Proporcionais: const rói uma relação de igualdade ent re os fat os cont idos em cada uma das orações.
Exemplo: À medida que as pessoas desmat avam a florest a, crescia o buraco na camada de ozônio.
Exemplo: Est ude bast ant e para que você t enha sucesso.
Preposição
A preposição é o t ermo que conecta duas outras palavras, const ruindo relações de sent ido e dependência ent re elas.
Acidentais: palavras de classes diversas que, às vezes, desempenham a função preposit iva.
Exemplos: como, conforme, mediant e, segundo, senão, vist o.
Interjeição
São as palavras ou um grupo delas que marcam, de maneira f orte e abrupta, as reações, os sentimentos, as emoções.
Exemplos:
- Puxa!
- Cuidado!
- Ufa!
- Nossa!
- Tomara!
- Credo!
Exercícios resolvidos
Questão 1- (UFES - adapt ada)
B) A est imat iva de órgãos oficiais é de que hoje em dia cerca de um t erço da população mundial (...) (linha 11)
C) (...) a pessoa que t em o bacilo, mas não desenvolveu a doença (...) (linhas 12-13)
D) (...) a expect at iva é de que a chance de desenvolviment o da doença seja apenas 10% (...) (linha 14)
E) (...) sendo que, ao final de 10 anos, a grande maioria (...) (linha 17)
Resolução
Alt ernat iva C. Nesse t recho, "que" é pronome relat ivo porque ret oma o t ermo imediat ament e ant erior, "pessoa", sendo sujeit o do verbo "t em"; além disso,
int roduz uma oração.
Questão 2 (UPE – 2015 - adaptada) Acerca de algumas relações semânt icas present es nas frases e orações a seguir, assinale a alt ernat iva corret a.
A) Ao afirmar: “Gost o de t rabalhar com o port uguês, embora inglês seja a que eu mais leio.”, o ent revist ado faz uma afirmação e, em seguida, apresent a uma
causa para o que foi afirmado.
B) Com o t recho: “Shakespeare fez muit a best eira, mas t em t rês ou quat ro obras perfeit as”, o locut or faz uma declaração e, em seguida, int roduz a
explicação do cont eúdo declarado.
C) No t recho: “Aprendi desde cedo a t er o cuidado de não rimar ao escrever uma frase.”, o segment o dest acado t em valor t emporal.
D) O t recho: “Se t odo mundo erra na crase é a regra da crase que est á errada, como aliás est á.” é int roduzido por um segment o que t em valor concessivo.
E) No t recho: “insist iram que o cert o é ʻveadoʼ quando o Brasil int eiro pronuncia ʻviadoʼ”, os segment os est ão int erligados por uma relação de causa e
consequência.
Resolução
Alt ernat iva C. No t recho, o segment o dest acado t em valor semânt ico t emporal, ou seja, seu sent ido indica uma circunst ância de t empo na qual se sit ua uma
ação, no caso, o cuidado que o aut or revela t er "ao escrever uma frase”.
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