Por que Performance?

Movimento que surgiu no início dos anos 70, assim como uma série de outras
tendências originadas dos Estados Unidos, ou exportadas para lá, com esse
movimento batizado com nome de origem inglesa, essa palavra tem duas
conotações:
O da presença física e o espetáculo. São requisitos presentes no teatro, na dança e
na música. De acordo com a milenar arte, autores procediam por delegação,
reduzindo e atenuando dados na composição de seus trabalhos.
Dessa forma surgem as diversas formas de performances.
O dramaturgo é representado por atrizes e atores; o coreógrafo por bailarinas e
bailarinos; o compositor é mediado por músicos , ou ele mesmo executando sua
melodia; o pintor e o escultor materializam suas obras; o poeta e o escritor na
exposição de suas obras, escrevendo-as.
A arte da Performance é o resultado final de uma longa batalha para liberar as artes
do ilusionismo e do artificialismo.
Durante anos a arte da Performance foi evoluindo, com o uso de novos suportes,
particularmente duas novas mídias, com gravação de som em vídeo, com a
ampliação da fotografia, do cinema e plataformas digitais, com maiores
possibilidades de registros completos das obras dos arttistas.

Mapeamento da Performance
Começando o mapeamento sobre a arte da performance destacando o artista René
Berger, um filósofo, historiador da Arte que dedicou sua vida não somente a Arte,
mas como a Filosofia, e a Ciência. Sua importância parte da sua criação do 1º
Festival de Vídeo Arte e Tecnologia.
Partindo dessa premissa, a performance e a Body Arte devem ser repensadas
através da figura do Homem, não somente como um Homem em si, mas como um
corpo em movimento capaz de sofrer mudanças e transformações.
Artistas que centralizam seus trabalhos no corpo exaltando assim inúmeras
possibilidades, são destacados no texto. Ou seja, são referências significativas no
processo de expansão da performance como um todo.
É através desse corpo, que encontraremos a base da Arte Performance, incluindo
nessa perspectivas inúmeras situações. E a relação do corpo com espaço se torna
discussão pertinente para muitos estudiosos.
Com o passar do tempo, o corpo passa a não ser enxergado como centro da
performance - investigando nesse momento a relação do artista com o público. A
arte da performance, não está integralmente associada a apenas as questões sociais.
Para alguns, a alienação, a solidão, a massificação e o declínio espiritual, são
destaque nessa construção.
Pode-se citar ainda referências como o teatro e a dança, além, de significativas e
expressivas peças musicais, propostas fonéticas e ensaios linguísticos como
citações artísticas da performance.
Contrapartida, podemos referenciar dois eventos de destaque ocorridos no final dos
anos 70, na qual em torno de 50 performers apresentam seus trabalhos, ganhando
assim notoriade e expansão da arte por diversos países. Crescendo a influência da
performance por campos antes não atingidos.
Um ano após esse avanço, em Veneza, mais precisamente na 39ª Bienal, o espaço
para a performance foi deixado de lado. Sem muita representatividade e quase que
a extinção da arte performática. Porém , em protesto contra a tal desdenha, através
de um artista argentino, numa praça, enquanto acontecia a Bienal, fez com que sua
apresentação ganhasse notoriedade e se tornasse símbolo da resistência da
performance.