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Parte 8
Utilização de resíduos na
agroindústria sucroenergética
838 Parte 8
Capítulo 1
Aproveitamento, tratamento
e disposição de resíduos na
cultura de cana-de-açúcar
Introdução
O Sistema Agroindustrial (SAG) da cana-de-açúcar vem gerando
divisas desde a colonização portuguesa e representa 18% de toda a
energia consumida pelo País. O setor sucroenergético tem papel-chave
nesse quadro: a cana-de-açúcar, matéria-prima para a produção de etanol
e bioeletricidade, é a segunda maior fonte de energia do País. O SAG da
cana-de-açúcar tem grande importância no âmbito social, já que gera,
aproximadamente, 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos, cerca de
US$ 1,2 milhão do PIB setorial (US$ 48 bilhões) (UNIÃO DA INDÚSTRIA DE
CANA-DE-AÇÚCAR, 2014).
Utilização racional e
econômica da vinhaça
Quando se produz etanol por via fermentativa, a destilação do vinho
gera um resíduo chamado de vinhaça, vinhoto ou restilo. Segundo Penatti
(2013) e Silva et al. (2007), aplicada nas áreas de produção de cana-de-açú-
car, a vinhaça pode alterar propriedades químicas do solo com o aumento
da disponibilidade de alguns nutrientes para as plantas. A aplicação de
vinhaça pode também promover modificações nas propriedades físicas do
solo de duas formas: melhorando a agregação e elevando a capacidade de
infiltração de água, que tem como consequência a possibilidade de lixivia-
ção de íons. Quando em concentrações elevadas de íons, pode haver con-
844
apresentar vinho dos três tipos, operando só com caldo ou com melaço ou
com uma mistura de caldo e melaço (PENATTI, 2013).
Elia Neto (2016) discute resultados de caracterização da vinhaça,
com base nos trabalhos do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), antigo
Centro de Tecnologia Coopersucar (ELIA NETO; NAKAHODO, 1995; ELIA
NETO et al., 2009), comparando-os com dados clássicos de composição da
vinhaça (Tabela 4), e apresenta as seguintes principais características físico-
químicas médias da vinhaça sob os aspectos de controle de poluição e de
utilização como fertilizante:
• pH - 4,3.
• Temperatura - 90 °C.
• Vazão de vinhaça - 11,5 L L-1 etanol.
• DBO5 - 14.833 mg L-1.
• DQO - 23.801 mg L-1.
• Relação DQO/DBO5 - 1,6.
• Sólidos totais - 32.788 mg L-1.
• N:P:K - 433:34:2.206 mg L-1.
• Carga orgânica - 274 g DQO/L etanol.
2.000 m3 ha-1. Nos anos 1970, surgiram conceitos mais racionais para uso da
vinhaça como fertilizante, considerando sua composição química e as ca-
racterísticas dos solos e das culturas, chegando à recomendação de doses
de acordo com o teor de K (GLÓRIA, 1975; GLÓRIA; MAGRO, 1977).
Os efeitos da adição de vinhaça no solo foram discutidos por Rodella
et al. (1990), com base nas explicações de Glória (1976) e Glória et al. (1973).
Ao adicionar material orgânico ao solo em condições aeróbias, ocorre a
oxidação do C orgânico, que perde elétrons, que são recebidos pelo O2,
gerando o íon O2-, que apresenta forte característica básica, ou pelo íon H+,
consumindo os íons geradores de acidez, como se observa nas sequências
de reações:
CO → CO2 + 4 e-
O2 + 4 e- → 2 O2-
2 O2 + 2 H+ → 2 OH + 2 H+ → 2 H2O
2 H + 2 e- → 2 H2O
em que
0,05 = 5% da CTC
185 = massa, em kg, de K2O extraído pela cultura por hectare, por corte.
Silva et al. (2007) destacam que a visão ambiental vem sendo en-
fatizada, e, em alguns casos, a aplicação de vinhaça tem sido contestada
pelos seus efeitos no solo e nas águas subterrâneas. Tal cenário restringe
a utilização de sulcos de infiltração e favorece a distribuição de vinhaça
concentrada nas lavouras.
Tratamento da vinhaça:
concentração e biodigestão
Há duas alternativas principais para o tratamento da vinhaça: con-
centração ou biodigestão para produção de biogás (LUZ, 2005).
860 Parte 8
Utilização de resíduos
sólidos como fertilizantes
Subprodutos da agroindústria sucroenergética podem ser utilizados
na adubação da cultura de cana-de-açúcar. A reciclagem de nutrientes con-
tidos em subprodutos como vinhaça (rica em K, N e S), torta de filtro (rica
em P, N e Ca) e cinza de caldeira (K razoável) constitui um ótimo substrato
para a formulação de fertilizantes orgânicos e/ou organominerais. Isso re-
duz o aporte externo de nutrientes oriundos de fertilizantes minerais.
Fertilizante
Figura 1. Produção de fertilizante
organomineral
orgânico e organomineral.
Seleção de matérias-primas
Matérias-primas utilizadas na compostagem são selecionadas em
função da relação C/N, do fornecimento de nutrientes e do custo. As ma-
térias-primas podem ser divididas em fornecedoras de nutrientes, matrizes
de C e fontes minerais. Matérias-primas classificadas como fornecedoras
de nutrientes são adicionadas em menor quantidade nas leiras, pois apre-
sentam menores relações C/N, maior teor de nutrientes e maiores custos.
Capítulo 1 Aproveitamento, tratamento e disposição de resíduos na cultura de cana-de-açúcar 867
Estabelecimento da mistura
Pátio de compostagem
Produção do composto
Cap. Custo
Modal de Distância Dose Frete
carga R$ R$ t-1 R$ t-1 %
transporte (km) (t ha-1) (R$ ha-1)
(t) km-1 km-1 viagem
Rodotorta 52 6,00 0,115 5,77 25 10 57,69 67
Carreta 24 3,80 0,158 7,92 25 10 79,17 92
Truck 11 1,90 0,173 8,64 25 10 86,36 100
Fonte: Luz e Korndörfer (2011).
T1 81 69 122,14a
T2 54 96 126,53a
T3 0 150 123,31a
T4 81 99 117,12ab
T5 54 126 117,72ab
T6 0 180 131,04a
T7 81 129 116,01ab
T8 54 156 115,12ab
T9 0 210 116,16ab
T10 0 0 150 106,01bc
T11 0 0 0 94,94c
(1)
Termofosfato magnesiano Yoorin®.
Fonte: Rosseto et al. (2008).
Esterco de animais
O uso de esterco de animais como fertilizante orgânico é uma prática
viável na cultura de cana-de-açúcar. Quanto exposto às condições climá-
ticas de elevada temperatura, a perda de nutrientes por volatização em
esterco de animais é elevada. Perdas de N na faixa de 60% a 80% podem
ocorrer em sistemas aerados ou lagoas de decantação. Essas perdas podem
ser reduzidas para 2% a 3% em caixas de coleta.
Várias formas podem ser utilizadas para evitar perdas de N-NH3, tais
como:
Capítulo 1 Aproveitamento, tratamento e disposição de resíduos na cultura de cana-de-açúcar 879
Lodo de esgoto
Além do uso agrícola e florestal, várias são as opções para a disposi-
ção final de lodo de esgoto (LE) como o simples descarte em aterros sani-
tários, a incineração, a conversão em óleo combustível, o reuso industrial, o
tratamento no solo (landfarming) (ABREU JUNIOR et al., 2005; SILVA, 1995).
A utilização de LE na adubação de cana-de-açúcar pode substituir em 100%
o uso do adubo mineral nitrogenado (FRANCO et al., 2010). Além dos bene-
fícios ambientais e ecológicos, a técnica pode aumentar a produtividade e
diminuir custos.
chumbo (Pb), além de Mn, Fe, Al, cromo (Cr) e mercúrio (Hg), entre outros
menos frequentes, permanecem dentro das faixas aceitáveis para o seu uso
agronômico (ABREU JUNIOR et al., 2005, 2008; BETTIOL; CAMARGO, 2006;
GALLOWAY; JACOBS, 1977; TSUTIYA, 2001).
O trabalho relatado por Franco et al. (2010) demonstrou que não
houve prejuízo na qualidade tecnológica da cultura, medida pelo Brix, no
pol caldo, no pol cana, na pureza, nos açúcares redutores e nos açúcares
redutores totais, tanto na cana-planta quanto na cana-soca, quando o lodo
de esgoto é aplicado pelo critério do N. Além disso, a pesquisa teve como
caráter inédito a determinação de elementos potencialmente tóxicos em
todo o sistema solo-cana, incluindo o caldo – produto utilizado para a
produção do açúcar e etanol. As amostras de caldo de cana foram subme-
tidas à digestão ácida em ambiente fechado (sistema de micro-ondas) e
analisadas pelas técnicas de ativação neutrônica (Inaa) e de espectrometria
de massa com plasma (ICP-MS). Foram encontradas as seguintes concen-
trações, em µg kg1: prata (Ag) = 0,2–0,3; arsênio (As) = 1,0–3,3; B = 31–60;
berílio (Be) = 0,4–2,4; Cd = 1,7–14,1; cobalto (Co) = 5,6–16,0; Cr = 12,8–25,4;
Cu = 377–610; európio (Eu) = 0,3–2,7; Hg = 0,2–4,3; lantânio (La) = 0,5–1,3;
Mo = 1,0–4,7; Ni = 26–56; Pb = 18,6–39,5; antimônio (Sb) = 0,3–0,9; escân-
dio (Sc) = 0,5–1,3; selênio (Se) = 0,38–0,17; samário (Sm) = 0,2-9,4; tório
(Th) = 0,5–1,4; tálio (Tl) = 1,9–6,8; vanádio (V) = 4,4–9,3; e, em mg kg1: Al =
1,9–4,2; bário (Ba) = 0,6–1,4; Ca = 86–205; Fe = 5,1–8,0; K = 822–2.239; Mg =
193–316; Mn = 7,6–14; sódio (Na) = 0,3–1,2; P = 58–165; estrôncio (Sr) =
0,7–2,0; Zn = 1,7–4,3 (ABREU JUNIOR et al., 2008).
Composto de lixo
Um importante efeito da adição de composto de lixo (CL) ao solo
é o de modificar a dinâmica de nutrientes por aumentar a atividade e a
biomassa microbiana (ABREU JUNIOR et al., 2002). Os principais efeitos da
aplicação de CL no solo são aumento na disponibilidade de matéria orgâni-
ca (MO), N, P, K, Ca, Mg e S, elevação dos valores de pH e da CTC e a redução
da acidez total (H+ + Al3+) (ABREU JUNIOR et al., 2000, 2001, 2002; MAZUR
et al., 1983a, 1983b; OLIVEIRA et al., 2002a).
Para a adubação de plantio da cana-de-açúcar, o CL deve ser apli-
cado de uma só vez em área total ou no sulco de plantio, de acordo com
a análise de solo e os teores de N, P e K do CL, conforme Tabelas 10 e 11,
respectivamente (SILVA et al., 2002b). Alternativamente, pode-se estimar a
dose de CL com base no quociente entre a demanda de N pela cultura da
cana, que é em torno de 90 kg ha-1 de N (RAIJ et al., 1997), e a quantidade de
N adicionada pelo composto, considerando-se uma eficiência de aproveita-
mento de 40% a 50% do nutriente, ou seja, o teor de N-total do composto
multiplicado pelo fator de 0,4 a 0,5.
Na cana-soca, a resposta ao CL deve-se mais ao P e, em menor fre-
quência, ao K contido no material. Na prática, o mais usual é a aplicação de
60 t ha-1, sem suplementação de P, ou 30 t ha-1, com complementação da me-
tade da dose de P recomendada para a cultura da cana (SILVA et al., 2002b).
Em algumas situações, observa-se que o CL potencializa a produti-
vidade da cana-de-açúcar, mesmo em área já adubada com N, P e K, por
causa de um efeito positivo na retenção hídrica pela matéria orgânica adi-
cionada ao solo e pelo fornecimento de micronutrientes, proporcionando
produtividade superior àquela causada pelo uso dos fertilizantes minerais
(KIEHL, 1985).
Um dos primeiros trabalhos sobre uso de CL em cana-de-açúcar
no Brasil, em campo, foi o de Silva et al. (1996, 1998). O experimento foi
888 Parte 8
Considerações finais
A utilização de resíduos e efluentes em solo cultivado com cana-de-
-açúcar deve ser conduzida no sentido de não só eliminar a sua nocividade,
mas também tornar atraente o seu uso, isto é, agregar valor ao produto,
quer como fonte de nutrientes para a cultura ou como condicionador do
solo.
De um modo geral, a aplicação de resíduos e efluentes ao solo abre
perspectivas de estudos bastante amplos, e reconhece-se a extrema carên-
cia de dados, em especial com resíduos exógenos à agroindústria canavieira
em condições tropicais.
Referências
ABREU JUNIOR, C. H.; BOARETTO, A. E.; MURAOKA, T.; KIEHL, J. C. Uso agrícola de resíduos
orgânicos: propriedades químicas do solo e produção vegetal. Tópicos em Ciência do
Solo, v. 4, p. 391-479, 2005.
ABREU JUNIOR, C. H.; MURAOKA, T.; LAVORANTE, A. F.; ALVAREZ V, F. C. Condutividade
elétrica, reação do solo e acidez potencial em solos adubados com composto lixo. Revista
Brasileira de Ciência do Solo, v. 24, p. 635-647, 2000.
ABREU JUNIOR, C. H.; MURAOKA, T.; OLIVEIRA, F. C. Carbono orgânico, nitrogênio, fósforo e
enxofre em solos tratados com composto de lixo urbano. Revista Brasileira de Ciência do
Solo, v. 26, n. 3, p. 769-780, 2002.
ABREU JUNIOR, C. H.; MURAOKA, T.; OLIVEIRA, F. C. Cátions trocáveis, saturação por bases
e capacidade de troca de cátions em solos brasileiros adubados com composto se lixo
urbano. Scientia Agricola, v. 58, p. 813-824, 2001.
ABREU JUNIOR, C. H.; NOGUEIRA, T. A. R.; OLIVEIRA, F. C.; PIRES, A. M. M.; FRANCO,
A. Aproveitamento agrícola de resíduos no canavial. In: MARQUES, M. O.; MUTTON,
892 Parte 8
Capítulo 2
Cana-de-açúcar na
alimentação de rebanhos
leiteiros
Introdução
A disponibilidade de alimentos volumosos de qualidade e em quan-
tidade adequada, no período de seca, é um desafio a ser enfrentado pelos
pecuaristas, afetando o sistema de produção animal. Esse fato tem estimu-
lado o estudo de alternativas alimentares que solucione esse problema e
minimize o custo com a alimentação dos rebanhos.
Dentre as opções de volumosos suplementares, a cana-de-açúcar
tem posição consolidada. Simulações comparando fontes de forragem
para o rebanho indicam a cana-de-açúcar como volumoso ideal para a
diminuição dos custos de rações e, consequentemente, do produto animal
(NUSSIO et al., 2002). Contudo, a redução no custo de produção só ocorre
quando a cana-de-açúcar fornecida consegue proporcionar um desem-
penho animal adequado. No Brasil, de acordo com Landell et al. (2002),
aproximadamente 500 mil hectares de cana-de-açúcar são destinados para
alimentação animal, principalmente rebanhos leiteiros.
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar (Saccharum
officinarum), e esse fato é consequência da grande adaptabilidade dessa
cultura em nosso País e do desenvolvimento e do uso de materiais me-
lhorados para nossas condições. A previsão total de produção na safra
2012/2013 é de 595,13 milhões de toneladas, 6,2% superior em relação à de
2011/2012. A produtividade média está estimada em 69.846 kg ha-1, 4,2%
maior que na safra 2011/2012, que foi de 67.060 kg ha-1. A área cultivada
com cana-de-açúcar que deverá ser colhida na safra 2012/2013 está esti-
mada em 8.520,5 mil hectares (CONAB, 2013).
A cana-de-açúcar tem várias características que justificam sua utili-
zação na alimentação de ruminantes, dentre elas: o alto teor de sacarose, o
moderado teor de fibra insolúvel em detergente neutro (FDN) quando com-
parada a outros volumosos, a alta produção de matéria seca por unidade de
área, a simplicidade do cultivo e de tratos culturais, a relativa resistência a
902 Parte 8
Composição bromatológica
da cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar, como alimento volumoso para ruminantes,
apresenta limitações de ordem nutricional, por causa dos baixos teores de
proteína, minerais e do alto teor de fibra de baixa degradação ruminal.
Escolha da variedade
Nos últimos anos, as pesquisas com melhoramento genético da
cana-de-açúcar colocaram no mercado mais de 50 variedades de expressi-
vo potencial produtivo. Entretanto, a maioria das propriedades rurais que
utiliza a cana-de-açúcar para alimentação de animais não tem tido acesso
às variedades melhoradas, em razão da pouca disponibilidade desses ma-
teriais e, principalmente, porque essas variedades ainda não foram introdu-
zidas e testadas nesses locais (MACÊDO et al., 2006).
Outra característica que deve ser avaliada para escolha das varieda-
des é a maior capacidade de desfolha natural ou facilidade para promoção
dela, pois permite aumentar a eficiência no processo de corte e moagem,
além de reduzir a oferta do material de mais baixo valor nutricional ao re-
banho (MACÊDO et al., 2006).
Capítulo 2 Cana-de-açúcar na alimentação de rebanhos leiteiros 909
Consumo voluntário
Nos sistemas de alimentação em que os volumosos são os constituin-
tes principais da dieta, a ingestão voluntária de MS é determinante do de-
sempenho animal. O consumo voluntário de cana-de-açúcar por uma vaca
pode ser influenciado por vários fatores. Dentre muitos, pode-se destacar
aqueles inerentes à composição da dieta (relação volumoso:concentrado;
ingredientes volumosos e concentrados utilizados; disponibilidade de fon-
tes nitrogenadas para microbiota ruminal), à qualidade da cana-de-açúcar
(concentrações de CNE e de frações fibrosas; digestibilidade; proporção
de colmos na planta inteira; tamanho de partículas da cana picada), à vaca
(peso corpóreo; estágio fisiológico; nível de produção; composição genéti-
ca), e às condições de manejo e de clima (facilidade de acesso e disponibi-
lidade de cocho; manejo da alimentação; adaptação à dieta; presença de
abelhas; condições climáticas).
9:1
Continua...
Tabela 2. Continuação.
Produção
CMS Composição
de leite Dieta Referência
Capítulo 2
(%PV) genética
(kg vaca-1 dia-1)
Cana-de-açúcar (41,42%, base MS) suplementada com
Aquino et al.
2,82(1) Holandês 22,56 concentrado contendo 0% de ureia:sulfato de amônio
(2007)
9:1
Cana-de-açúcar (39,50%, base MS) suplementada com
Aquino et al.
2,76(1) Holandês 22,36 concentrado contendo 0% de ureia:sulfato de amônio
(2007)
9:1
Cana-de-açúcar (60%, base MS) suplementada com
Mendonça
2,9 Holandês 19,0 concentrado (40% da MS) contendo 0,35% de ureia:-
et al. (2004a)
sulfato de amônio 9:1 (base MN)
Cana-de-açúcar (60%, base MS) suplementada com
Mendonça
2,8 Holandês 18,6 concentrado (40% da MS) contendo 1,0% de ureia:sul-
et al. (2004a)
fato de amônio 9:1 (base MN)
Cana-de-açúcar (50%, base MS) suplementada com
Mendonça
3,1 Holandês 20,1 concentrado (50% da MS) contendo 1,0% de ureia:sul-
Cana-de-açúcar na alimentação de rebanhos leiteiros
et al. (2004a)
fato de amônio 9:1 (base MN)
Cana-de-açúcar (60%, base MS) suplementada com
Magalhães
3,27 Holandês 20,36 concentrado (40% da MS) contendo 3,24% de ureia:-
et al. (2004)
sulfato de amônio 9:1 (base MS)
Cana-de-açúcar suplementada com 3 kg vaca-1 dia-1 de
farelo de algodão (relação volumoso:concentrado = Aroeira et al.
2,5 Holandês x Zebu 6 a 10
77,5:22,5%, base MS) e 1,0% de ureia:sulfato de amônio (1995)
9:1 (base MN)
911
Continua...
Tabela 2. Continuação.
912
Produção
CMS Composição
de leite Dieta Referência
(%PV) genética
(kg vaca-1 dia-1)
Dieta com 11,3% de proteína bruta, composta por
cana-de-açúcar (60%, base MS) suplementada com Cordeiro et al.
2,35 Mestiça leiteira 10,98
1,0% de ureia:sulfato de amônio 9:1 (base MN) e (2007)
concentrado (40% da MS)
Dieta com 13,2% de proteína bruta, composta por
cana-de-açúcar (60%, base MS) suplementada com Cordeiro et al.
2,7 Mestiça leiteira 12,11
1,0% de ureia:sulfato de amônio 9:1 (base MN) e (2007)
concentrado (40% da MS)
Dieta com 14,6% de proteína bruta, composta por
cana-de-açúcar (60%, base MS) suplementada com Cordeiro et al.
2,85 Mestiça leiteira 12,79
1,0% de ureia:sulfato de amônio 9:1 (base MN) e (2007)
concentrado (40% da MS)
Dieta com 16,2% de proteína bruta, composta por
cana-de-açúcar (60%, base MS) suplementada com Cordeiro et al.
2,99 Mestiça leiteira 13,88
1,0% de ureia:sulfato de amônio 9:1 (base MN) e (2007)
concentrado (40% da MS)
Cana-de-açúcar (84,16%, base MS) suplementada
5/8 Holandês x Vilela et al.
1,81 7,35 com 2,18% de ureia:sulfato de amônio 9:1 (base MS) e
Zebu (2003)
12,33% de farelo de algodão (base MS)
Cana-de-açúcar (83,12%, base MS) suplementada
5/8 Holandês x Vilela et al.
1,45 7,13 com 3,22% de ureia:sulfato de amônio 9:1 (base MS) e
Zebu (2003)
12,33% de milho moído (base MS)
Parte 8
Continua...
Tabela 2. Continuação.
Produção
CMS Composição
Capítulo 2
Continua...
Tabela 2. Continuação.
914
Produção
CMS Composição
de leite Dieta Referência
(%PV) genética
(kg vaca-1 dia-1)
Cana-de-açúcar (45,3%, base MS) suplementada com Corrêa et al.
3,48(1) Holandês 31,9
concentrado (54,7% da MS) (2003)
Dieta com balanço de proteína metabolizável (PM)
de -70 g dia-1, composta por cana-de-açúcar (63,93%, Voltolini et al.
2,86 Holandês 18,07
base MS) suplementada com 1,0% de ureia:sulfato de (2008)
amônio 9:1 (base MN) e concentrado (37,18% da MS)
Dieta com balanço de PM de 99 g dia-1, composta por
Voltolini et al.
2,75 Holandês 17,19 cana-de-açúcar (63,92%, base MS) suplementada com
(2008)
concentrado (37,18% da MS)
Dieta com balanço de PM de 210 g dia-1, composta por
Voltolini et al.
2,66 Holandês 17,42 cana-de-açúcar (63,92%, base MS) suplementada com
(2008)
concentrado (37,17% da MS)
Dieta com balanço de PM de 70 g dia-1, composta
por cana-de-açúcar (77,53%, base MS) suplementada Voltolini et al.
2,39 Holandês 10,00
com 1,0% de ureia:sulfato de amônio 9:1 (base MN) e (2008)
concentrado (22,47% da MS)
Dieta com balanço de proteína metabolizável (PM)
de 145 g dia-1, composta por cana-de-açúcar (77,53%, Voltolini et al.
2,22 Holandês 10,24
base MS) suplementada com concentrado (22,47% da (2008)
MS)
Continua...
Parte 8
Tabela 2. Continuação.
Produção
CMS Composição
Capítulo 2
Continua...
916
Tabela 2. Continuação.
Produção
CMS Composição
de leite Dieta Referência
(%PV) genética
(kg vaca-1 dia-1)
Cana-de-açúcar (46%, base MS) suplementada com
1% de ureia:sulfato de amônio 9:1 (base MN) e com
3,07 Holandês 20,55 Sousa (2003)
concentrado (47% da MS) contendo 14% de caroço de
algodão (base MS da dieta)
½ Holandês x Cana-de-açúcar (59% da MS) suplementada com con-
Peixoto et al.
3,27 Zebu a Holandês 16,73 centrado (41% da MS) contendo 500 g de ácido graxo
(1994)
PC complexado com sal de cálcio
½ Holandês x
Cana-de-açúcar (58% da MS) suplementada com Peixoto et al.
2,98 Zebu a Holandês 16,59
concentrado (42% da MS) (1994)
PC
Holandês,
Mantiqueira, Cana-de-açúcar (62% da MS) suplementada com Biondi et al.
2,125 8,8
Mestiça 5/8 concentrado (38% da MS) (1978)
Tropical
(1)
Valor calculado a partir de dados apresentados no trabalho.
Parte 8
Capítulo 2 Cana-de-açúcar na alimentação de rebanhos leiteiros 917
Digestibilidade
Segundo Andrade (1999), não foi encontrada diferença significativa
na digestibilidade da matéria orgânica (DMO) entre dietas com cana-de-
-açúcar (67,82%) e silagem de milho (67,59%). A baixa digestibilidade da
FDN nas dietas com cana-de-açúcar (22,49%) foi compensada pela alta
DMO da fração não fibrosa (87,58%). A sacarose da cana foi aparentemente
mais digestível que o amido da silagem.
Resultado semelhante foi encontrado por Magalhães (2001), que
também não encontrou diferenças nas digestibilidades aparentes da MS,
MO, PB e carboidratos totais, quando comparou diferentes níveis de subs-
tituição de silagem de milho por cana-de-açúcar. Houve decréscimo linear
na digestibilidade da FDN com o incremento da inclusão de cana-de-açúcar
na dieta. Esse fato pode estar relacionado ao maior teor de lignina presente
nas dietas à base de cana-de-açúcar (MENDONÇA et al., 2004b). Costa et al.
(2005) também não encontraram diferença nas digestibilidades da MS e da
DMO entre dietas com silagem de milho ou cana-de-açúcar.
Vilela et al. (2003) avaliaram diferentes suplementos para vacas mesti-
ças em lactação, alimentadas com cana-de-açúcar. As dietas experimentais
eram isoproteicas, e os tratamentos com maior inclusão de ureia, que foram
o de cana-de-açúcar mais ureia (CAU) e o de cana-de-açúcar, milho grão e
ureia (CMM), apresentaram maiores coeficientes de digestibilidade da FDN
e dos carboidratos. Segundo os autores, os menores consumos nas dietas
Capítulo 2 Cana-de-açúcar na alimentação de rebanhos leiteiros 919
Desempenho animal
Novilhas leiteiras
Andrade (1999) avaliou o fornecimento de dietas isoproteicas con-
tendo 320 g de FDN oriundas de cana-de-açúcar ou de silagem de milho
para novilhas da raça Holandês. O consumo de concentrado foi de 3 kg de
animal por dia. O ganho de peso diário foi 1.175 g por novilha no tratamen-
to com silagem de milho e 1.009 g por novilha naquele com cana-de-açú-
car. Segundo o autor, o menor desempenho das novilhas alimentadas com
cana-de-açúcar foi resultado da menor ingestão diária de energia, em razão
da redução no CMS. Entretanto, mesmo promovendo menor desempenho
animal, a cana-de-açúcar, segundo o autor, foi alternativa viável para a
recria de novilhas da raça Holandês, já que ganhos de peso próximos de
750 g dia-1 seriam suficientes para obtenção de primeiro parto aos 24 me-
ses de idade, com peso corporal de 500 kg a 550 kg.
Vacas em lactação
Para se alcançar máxima receita sobre custos com alimentação, de-
vem-se formular dietas que sejam consumidas em grandes quantidades e
que contenham elevados níveis de nutrientes utilizáveis, assegurando, as-
sim, produção e condição corporal satisfatórias (MAGALHÃES et al., 2004).
As limitações nutricionais da cana-de-açúcar fazem com que seu uso
como volumoso exclusivo em dietas promova redução no consumo por
vacas leiteiras, conduzindo a desempenhos inferiores aos obtidos quando
a silagem de milho é utilizada.
Corrêa (2001), trabalhando com vacas de alta produção da raça
Holandês, comparou dietas com silagem de milho ou cana-de-açúcar como
volumoso único e encontrou produção diária de leite 2,5 kg inferior no tra-
Capítulo 2 Cana-de-açúcar na alimentação de rebanhos leiteiros 921
tamento com cana-de-açúcar. Costa et al. (2005), por sua vez, encontraram
redução de 2,79 kg vaca-1. Mendonça et al. (2004b) também observaram
que a produção de leite das vacas alimentadas com dietas à base de cana-
-de-açúcar como volumoso, independente do nível de ureia ou da relação
V:C, foi 2,77 kg menor que para aquelas que receberam dieta à base de
silagem de milho. A menor produção de leite das vacas alimentadas com as
dietas com maior participação de cana-de-açúcar pode ser explicada pelo
menor CMS e, consequentemente, menor consumo de nutrientes para dar
o suporte necessário à lactação.
Cana-de-açúcar hidrolisada
Os carboidratos estruturais da cana-de-açúcar são fonte potencial de
energia de baixo custo para ruminantes. No entanto, tal uso como fonte de
energia é limitado por causa das baixas digestibilidade e taxa de degradação
da cana-de-açúcar e consequente baixo consumo voluntário. Esse fato está
relacionado, principalmente, com a estrutura da parede celular da cana-de-
-açúcar que protege os nutrientes da digestão microbiana no rúmen.
Quando a forragem apresenta alto teor de FDN, como das forrageiras
cortadas em idades avançadas, ou quando a fibra apresenta baixa digesti-
bilidade, como a da cana-de-açúcar (BOIN et al., 1987), o tratamento com
substâncias químicas visando melhorar a digestibilidade e a disponibilida-
de de nutrientes torna-se uma opção.
A cal micropulverizada, encontrada nas formas do óxido de cálcio
(CaO) e do hidróxido de cálcio (Ca(OH)2), que apresenta baixos teores de
magnésio (Mg), dioxinas e furanos, surge como alternativa segura e de
baixo custo quando comparada a outros tratamentos químicos. Nesse
sentido, já existem produtos à base de cal certificados pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para alimentação animal.
O tratamento alcalino, quando influencia positivamente a digestibili-
dade das frações fibrosas, proporciona melhor aproveitamento da fibra da
dieta, disponibilizando mais energia para crescimento microbiano, elevan-
do o aporte de proteína para o intestino (EZEQUIEL et al., 2005).
Capítulo 2 Cana-de-açúcar na alimentação de rebanhos leiteiros 925
Silagem de cana
Uma questão recorrente entre técnicos e produtores refere-se ao
valor nutritivo da silagem de cana-de-açúcar comparativamente ao da
cana-de-açúcar in natura. A dificuldade do fornecimento diário de cana-
-de-açúcar picada, associada aos inconvenientes dos tratos culturais esca-
lonados, estimulou o interesse do produtor pelo processo de ensilagem.
A ensilagem da cana-de-açúcar permite a colheita de todo talhão em curto
espaço de tempo, à época do máximo valor nutritivo da forragem, maxi-
mizando manejo agronômico do canavial, além de viabilizar a utilização
de canaviais implantados em áreas distantes do cocho de alimentação
ou mesmo externas à propriedade, ou em casos de incêndios acidentais
ou excedentes de produção. Embora represente elevação dos custos de
produção de matéria seca comparativamente ao manejo diário de cortes,
os possíveis ganhos em produtividade, com a melhora do manejo agronô-
930 Parte 8
Harris Júnior et al. (2003), Pedroso et al. (2010), Santos et al. (2011) e
Valvasori et al. (1998) observaram redução na produção de leite quando a
silagem de cana-de-açúcar foi comparada com o fornecimento de outros
volumosos. Outros autores não observaram diferenças na produção de
leite quando a silagem de cana-de-açúcar foi comparada com silagem de
gramínea e cana in natura (SUKSOMBAT; JUNPANICHCHAROEN, 2005) e
silagem de milho e cana in natura (QUEIROZ et al., 2008).
Considerações finais
A cana-de-açúcar pode ser utilizada para a alimentação de bovinos
leiteiros obtendo-se bons resultados de desempenho produtivo.
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