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All content following this page was uploaded by Juan Carlos Valdés Serra on 13 May 2020.
Resumo
Abstract
The technology to convert lignocellulosic biomass into fermentable sugars for ethanol
production has been considered as a promising alternative in order to meet the global
demand for fuel. This paper analyzes the potential of agricultural residues used in Brazil
as a source of biomass for the second generation ethanol production. Among the studied
waste, the sugar cane straw has cellulose content around 39%, the sugarcane bagasse 43%,
the wheat straw 35%, the rice straw 38% and the banana pseudostem 46%. According
to the study, with the rice-straw waste, it is achieved a high conversion of cellulose into
ethanol, somewhere around 80%, a very close value to those obtained with waste from
sugar cane, which are between 85-89%, other waste conversion is around 60% and both
have potential annual production of bioethanol in the order of billions of liters.
1 Mestranda em Engenheira Ambiental na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil e química da Fundação
Universidade Federal do Tocantins (UFT), Tocantins, TO. E-mail: rachelnunes@uft.edu.br
2 Doutor em Química Orgânica pelaUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil e professor adjunto do curso de
Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO. E-mail:emersonprof@uft.edu.br
3 Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São Paulo, SP, Brasil e professor associado I do
curso de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Tocantins, Palmas, TO. E-mail: juancs@uft.edu.br
4 Mestrando em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO e técnico de Laboratório da Universidade
Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO. E-mail: a.uft@hotmail.com
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(matéria orgânica) como uma forma de fer- mento; hidroponia em morangueiros; subs-
tilizante ou como cama para instalação de tituto do xaxim no enchimento de vasos para
animais (BAHIA, 2013). plantas e flores).
Da produção brasileira de trigo, as cul- Ela é um dos mais abundantes materiais
turas de trigo geram cerca de 6 milhões de residuais lignocelulósicos no mundo. A pa-
toneladas de palha. Considerando-se que lha de arroz inclui colmos (caule), lâminas
50% dos resíduos de palha estariam dispo- foliares, bainhas foliares e os restos da paní-
níveis para a conversão, mais de 600 milhões cula, após a debulha (JULIANO, 1985 apud
de litros de etanol e 1 milhão de toneladas de CHENG; TIMILSINA, 2011) e possui teores
lignina podem potencialmente ser produzi- similares de celulose, hemicelulose, lignina
dos (FERREIRA-LEITÃO et al., 2010). se comparados a resíduos de vegetais.
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investir em outras fontes de matéria-pri- ROSA et al., 2011), que produz banana no
ma, visando evitar que a mesma, como foco perímetro irrigado do Rio Jaguaribe/CE,
central do etanol de segunda geração, causa produz-se de 50 a 150 toneladas/hectare/ano
transtornos maiores, uma vez que o seu cul- de pseudocaule, resíduo lignocelulósico com
tivo influencia diretamente nos patamares de elevado potencial de produção de etanol.
alimentação, transporte e econômico. Percebe-se, assim, que uma grande
O Brasil bateu recorde absoluto de pro- quantidade de resíduos é gerada anualmente
dução de arroz no ciclo 2010/11, e os reflexos no país, o que acaba por ser um ponto posi-
das 13,6 milhões de toneladas colhidas naque- tivo, para a geração de etanol de 2ª geração,
la temporada chegaram à atual. Os cálculos uma vez que várias alternativas podem fo-
efetuados, para se chegar nesse valor, conside- mentar o desenvolvimento do processo.
ram o percentual de casca, correspondendo a Na tabela 2, estão descritos os poten-
22% da massa total do grão (CIENTEC, 1986 ciais de conversão da celulose e a capacida-
apud MAYER et al., 2006). Assim, no ciclo de de produção anual de bioetanol de cada
2010/2011, gerou-se quase 3 milhões de tone- resíduo, demonstrando que há uma grande
ladas de casca e palha de arroz. possibilidade de valoração dos mesmos, vis-
No cultivo de banana, o Brasil pos- to que, são gerados em grandes quantidades
sui mais de 500 mil hectares, sendo o ter- e, quase sempre, são apenas armazenados ou
ceiro maior produtor mundial de bananas. descartados, desperdiçando uma gama de
Segundo estimativas da UNIVALE (apud fonte de energia.
Tabela 2: Relação entre o teor de celulose, seu potencial de conversão em etanol e capacidade produ-
tiva alcóolica em função da produção anual de cada biomassa lignocelulósica no Brasil
Conversão de
Produção residual Produção
Resíduo Celulose (%) celulose em
anual (t) bioetanol (L)
etanol (%)
Palha cana 39 851 208 milhões6 87,38 bilhões
Palha trigo 35 892 6 milhões7 2,37 bilhões
Palha de arroz 38 803 3 milhões8 1,15 bilhões
Bagaço cana 43 894 208 milhões9 100,88 bilhões
Pseudocaule
46 615 50 milhões10 17,78 bilhões
bananeira
Fonte: 1- Silva (2009); 2- Santos, F. et al. (2012); 3- Monteiro et al. (2010); 4- Silva (2009); 5- Silva
(2009); 6- Rocha et al. (2011); 7- Ferreira-Leitão et al. (2010); 8- Mayer et al., 2006; 9- Rocha et al.
(2011); 10- Rosa et al. (2011).
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4 °C, nos quais observou uma conversão de relação sólido:líquido 1:10 (m/v). As cargas
85,0% de celulose em etanol. O inóculo foi enzimáticas que foram utilizadas são de 15
obtido do cultivo da levedura em meio sinté- FPU/g de material lignocelulósico seco, para
tico, contendo xilose como fonte de carbono, o complexo Celluclast 1,5 L, e de 10 UI/g de
suplementado com extrato de farelo de arroz material lignocelulósico seco, para a enzima
(20 g/L), CaCl2.2H2O (0,1 g/L) e (NH4)2SO4 β-glicosidase e no fim da etapa, o hidrolisado
(2,0 g/L), contendo 20 mL de meio, pH inicial hemicelulósico foi separado do material pré-
5,5 sob agitação de 200 rpm em incubadora de tratado por centrifugação. Esse protocolo foi
movimento rotatório a 30 °C por 24 h. escolhido, para se avaliar a sacarificação en-
O mesmo autor observa para bagaço de zimática das biomassas vegetais, após as eta-
cana, uma conversão de 89% da celulose re- pas de pré-tratamento e deslignificação.
cuperada, ou seja, um resultado um pouco Monteiro et al. (2010) obtiveram para
melhor que a palha, uma vez que o teor de um amostra de palha de arroz com con-
celulose do bagaço é quase 10% maior que o centração 20 g/L e, utilizando as leveduras
daquele. Saccharomyces cerevisiae, uma produção de
Santos, J. et al. (2012) observaram em etanol de 16 g/L, equivalente a 80% de con-
seus experimentos 72% de conversão da celu- versão da glicose em etanol. A casca de arroz
lose do bagaço da cana em etanol, após 30 h de foi hidrolisada com ácido sulfúrico (H2SO4)
fermentação, com carga enzimática (10 FPU/g 1%, em autoclave (121 ºC 30 minutos) e con-
de celulose e 5% v/v de a-glucosidase). Antes centrado 2,8 vezes. Após hidrólise, o meio foi
da fermentação, a amostra passou por pré– centrifugado e filtrado.
hidrólise de 6h a 50 ºC e 15 rpm de agitação De forma geral, realizando um balanço de
e composição de meio de cultura (NH4)2SO4 massa entre os percentuais de celulose, produ-
1 g/L; K2HPO4 0,5 g/L; MgSO4· 7H2O 0,25 g/L, ção anual desses resíduos e potenciais de con-
extracto de levedura 2 g/L, peptona a 1 g/L versão da celulose em etanol de cada matéria,
(cultura meio 1) e (NH4)2SO4 2 g/L, KH2PO4 pode-se estimar a produção de bioetanol, pelo
2 g/L, MgSO4· 7H2O 0,75 g/L, extracto de aproveitamento dessas biomassas lignoceluló-
levedura 4 g/L (meio de cultura 2) valor um sicas, na ordem de bilhões de litros.
pouco abaixo do ideal, o que pode ser ex- Este estudo demonstra que, mesmo uti-
plicado devido à combinação adequada das lizando técnicas ainda em fases de aprimo-
condições de pré–hidrólise, da temperatu- ramento, a conversão da celulose, obtida em
ra, agitação, composição de meio de cultura vários trabalhos, é alta, em média acima de
(com maior concentração de nutrientes) e a 80%, valores que incentivam a busca por no-
carga de enzima. vas tecnologias que facilitem o acesso à celu-
Silva (2009) mostra também resultados, lose, aumentando a sua capacidade de pro-
para o pseudocaule de bananeira, na qual a dução de álcool e diminuindo custos.
amostra apresentou uma conversão da celu- Nesse patamar, as inovações da utiliza-
lose de 61%, utilizando 10 kg de pseudocaule ção de biomassa seguem em ascensão, pode-
de bananeira (massa seca), 100 L de solução se citar: a criação de organismos genetica-
de H2SO4 1% (m/v), relação sólido-líquido mente modificados, para fazer combustível,
1:10 (m/v) e agitação de 100 rpm, sob aque- a partir de qualquer tipo de material orgâni-
cimento até temperatura de 120 ºC. A hidró- co; a prospecção e a seleção de fungos é uma
lise foi realizada sob as seguintes condições: das estratégias, para obter melhores enzimas,
tampão citrato de sódio 0,05 mol.L-1, pH para hidrolizar o material lignocelulósicos,
4,8, sob agitação de 100 rpm em incubadora onde o alto nível de biodiversidade como no
de movimento rotatório a 45 °C por 72 h e Brasil, propicia uma maior probabilidade de
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encontrar microrganismos que apresentem etanol de 2ª geração, tais como palha de ca-
novidades nesse aspecto; processos termo- na-de-açúcar, bagaço de cana, palha de trigo,
químicos que, na prática, funcionam como palha de arroz e pseudocaule de bananeira.
uma planta de biomassa em líquidos (BTL), Para a palha e bagaço de cana-de-açú-
transformando a matéria-prima em gás que, car, com teor celulósico em média de 39% e
posteriormente, é revertida em combustível; 43%, respectivamente, estima-se um poten-
testes de microrganismos fermentadores (os cial de produção de etanol em torno de 88 e
fungos Trichoderma reesei, Candida sheha- 101 bilhões de litros.
tae, Saccharomyces cerevisiae), buscando as Já os resíduos da cultura de arroz e trigo,
similaridades e diferenças no metabolismo apresentam potencial de 1,15 e 2,37 bilhões
de carboidratos, com isso, diminuir o tempo de litros, valores inferiores aos alcançados
da etapa e controlar possíveis inibidores. pelos resíduos da cana, não devido ao per-
A denominada produção de terceira e centual de conversão da celulose e, sim, pela
quarta geração são conceitos e técnicas ainda enorme diferença entre a produção anual
em estudo, mas já definidas quanto às áreas. destes resíduos.
Enquanto a tecnologia de terceira geração, O pseudocaule da bananeira, com
aproveita-se de novas colheitas de energia, maior teor de celulose e aplicação ainda de
especialmente projetadas, ou seja, a modifi- baixo valor agregado, apresenta potencial de
cação nas características de árvores, como a produção de aproximadamente 17 bilhões de
diminuição do teor da lignina, aumento no litros de etanol.
teor de açúcar e, até mesmo, plantas mais re- Dentro desse contexto, os materiais lig-
sistentes a temperaturas elevadas, são o foco nocelulósicos ocupam um lugar de destaque,
principal, a quarta geração faz das fontes de principalmente em função da sua abundân-
biomassa, máquinas captadoras de carbono cia e do seu caráter renovável, fatores que
que retiram CO2 da atmosfera e o armaze- têm propiciado um grande interesse por esse
nam em seus galhos, troncos e folhas, sen- tipo de material, tendo como principal papel
do depois utilizados como biomassa rica em na matriz energética serem fontes de energia
carbono, para conversão em combustível e que não contribuem para o acúmulo de gases
gases (BIOCOMBUSTÍVEIS, 2008). do efeito estufa na atmosfera.
Assim, um dos grandes desafios no uso
dos biocombustíveis está em superar o baixo Referências
custo da produção dos derivados do petró-
leo, definindo objetivos estratégicos nacio- AGUIAR, C. M. Hidrólise enzimática de
nais de médio e longo prazo. resíduos lignocelulósicos utilizando ce-
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versas fontes alternativas, para a produção do pa de Informação Tecnológica (AGEITEC).
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