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Manter sempre limpo o local de trabalho, evitando obstáculos inúteis que possam dificultar as
análises.
Usar uniforme adequado, de preferência em tecido de algodão, longo e fechado com velcro e
sem bolsos inferiores.
Não jogar na cesta de lixo fósforos acesos. Usar cinzeiros nos locais onde for permitido fumar.
Não usar nenhum objeto ou utensílio de laboratório para uso individual. Por exemplo, não tomar
água em béquer.
Ler os rótulos dos reagentes com atenção (inflamável, tóxicos, etc.) e utilizar os mesmos com
os devidos cuidados.
Quando for diluir ácidos fortes, adicionar sempre o ácido à água e nunca o contrário.
Ao preparar soluções que produzem reações exotérmicas fortes utilizar capela de exaustão e
banho de gelo.
Ao derramar alguma substância sobre a bancada ou chão, limpar imediatamente o local para
evitar acidentes.
Não trabalhar e não deixar frascos com inflamáveis próximos de chamas ou resistências
elétricas.
Não aquecer substâncias combustíveis (álcool, benzeno, etc.) sem os devidos cuidados. Usar
manta térmica ou banho-maria.
Não inalar vapores de gases irritantes ou venenosos. Utilizar a capela de exaustão na presença
dos mesmos.
Ter muita cautela ao testar um novo produto químico, não colocá-lo próximo ao nariz.
Nunca deixar sem atenção qualquer operação onde haja aquecimento ou reação violenta.
Não deixar sobre a bancada vidros quentes, se isto for necessário, avisar a todos os colegas.
Nunca trabalhar ou aquecer tubos de ensaio com abertura dirigida contra si ou outra pessoa.
Direcionar para o interior da capela.
2 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
Antes de proceder a uma reação da qual não saiba totalmente os resultados, fazer uma em
escala na capela.
Não trabalhar com material imperfeito principalmente vidros. Improvisações são o primeiro
passo para um acidente.
Após trabalhar com material tóxico, lavar bem as mãos, o local de trabalho e os materiais
utilizados.
Não jogar nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos. Colocar em recipientes especiais
para lixo.
Quando não forem inflamáveis ou tóxicos, podem ser despejados na pia, com bastante água.
Combustíveis e substâncias altamente inflamáveis devem ter local próprio e bem determinado
no laboratório, pois podem inflamar-se acidentalmente devido à falhas nas instalações elétricas
ou por elevação da temperatura local acima do ponto de ignição das mesmas.
Em incêndio produzido por papel, madeira ou material que deixa brasa ou cinzas, usar água.
Dirigir o jato de água para a base do fogo.
Os recipientes contendo líquido, quando se inflamam devem ser cobertos com tela de amianto,
ou outro objeto apropriado, para evitar a entrada de ar, apagando deste modo o fogo.
Não jogar água em fogo produzido por líquidos inflamáveis que não sejam miscíveis em água.
Apague as chamas com extintores (espuma, pó químico ou CO2) ou abafe imediatamente.
Não usar extintores de líquido em circuitos elétricos, usar sempre extintores de CO2.
Ao se retirar do laboratório, verificar se não há torneiras de água ou gás abertas. Desligar todos
os aparelhos, deixar todo o equipamento limpo e lavar as mãos. Fechar as janelas, apagar a
luz e fechar a porta.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 3
2.1.1. Introdução
Os óleos e gorduras são constituídos, principalmente, de triacilgliceróis que são produtos de
reação de esterificação de um mol de glicerina com três moles de ácidos graxos. A presença de
ácidos graxos livres (AGL) nos óleos e gorduras pode ser devido à hidrólise de alguns
triacilgliceróis e se obtém pela seguinte reação:
O maior ou menor grau de acidez de um óleo ou gordura está relacionado com o tipo de
tratamento que o mesmo foi submetido, isto é, no caso de óleo ou gordura refinados a acidez
aceitável pela legislação brasileira é no máximo 0,3% (expresso em ácido oleico). Já os óleos
consumidos sem refinação, como os azeites de oliva e dendê, apresentam uma acidez maior
que 1%.
2 - Solução de hidróxido de sódio 0,01M: pesar 0,45g de hidróxido de sódio (NaOH) em béquer
de 100 ml e transferir, após dissolução com água destilada, para balão volumétrico de 1000 ml.
Completar volume e agitar. Guardar a solução em frasco de polietileno.
P
f =
0,2042 x V x M
onde :
P = gramas de biftalato de potássio usado na titulação
V = volume em ml da solução de hidróxido de sódio gasto na titulação
M = molaridade da solução de hidróxido de sódio
4 - Titular com solução de hidróxido de sódio 0,01M (óleo refinado) ou 0,1M (azeite virgem,
azeite de dendê ou óleo bruto) agitando sempre o frasco Erlenmeyer até que uma coloração
rósea apareça e persista durante, pelo menos, 30 segundos.
Cálculos
A acidez pode ser expressa de três maneiras:
V x M x f x 100
Acidez em S.M.% =
P
V x M x f x 0,282 x 100
Acidez em Ác. Oleico % =
P
V x M x f x 0,0561 x 1000
Índice de Acidez =
P
Resultados e Discussão
O valor de acidez expresso em ácido oléico % deve ser comparado com a Resolução no.
270/2005 da ANVISA.
2.2.1. Introdução
A rancidez oxidativa ocorre em óleos e gorduras que contêm ácidos graxos insaturados,
levando à formação de compostos, a partir da adição de oxigênio às cadeias insaturadas de
ácidos graxos, denominados hidroperóxidos. Esses compostos são degradados e podem
formar várias estruturas químicas como aldeídos, cetonas, ácidos, álcoois, hidrocarbonetos,
etc., responsáveis pelas características organolépticas, físicas e químicas associadas a este
tipo de rancificação.
A rancidez oxidativa se inicia com a formação de radicais livres a partir da ação de vários
fatores como luz, calor, presença de metais, etc., sobre os óleos e gorduras. A reação tem
início com a perda de um proton do carbono alílico (fase de indução).
O radical formado, composto (1), pode reagir com o oxigênio atmosférico formando um
radical peróxido, composto (2). Este radical, pode participar de reações de decomposição e de
formação de novos radicais livres (fase de propagação).
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 7
Na fase de propagação outros compostos podem ser formados (3), levando a reação a se
propagar por toda a massa lipídica, com formação de novos radicais livres. A fase terminal da
reação ocorre quando os radicais livres reagem entre si.
RH
2 ) Fase de Propagação
RO2* + RH RO2H + R*
onde:
RO2H RO* + OH* ou
RO2H RO2* + H
Principais características :
a) alto consumo de O2 ;
b) cresce rapidamente a concentração de peróxidos e se inicia sua decomposição;
c) início das alterações organolépticas com aparecimento de odor característico, provocado
pelos produtos de decomposição dos hidroperóxidos.
3) Fase Terminal
R* + R* R-R
R* + RO2* RO2R
R* + OH* ROH
Principais características :
a) consumo de O2 tende a cair ;
b) diminui a concentração dos peróxidos ;
c) acentuada alteração organoléptica, podendo haver alteração de cor e viscosidade.
8 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
3 - Solução de tiossulfato de sódio 0,01M: pesar 2,6g de tiossulfato de sódio (Na2S2O3. 5H2O)
em béquer de 100 ml e, após solubilizar em água destilada, transferir para balão volumétrico de
1000 ml com auxílio de bastão de vidro. Completar volume e agitar. Guardar a solução em
frasco de vidro âmbar.
P
f =
0,049 x M x V
onde :
P = peso de bicromato de potássio em gramas usado na titulação
V = volume em ml da solução de tiossulfato de sódio
M = molaridade da solução de tiossulfato de sódio
Resultados e Discussão
V x M x f x 1000
Índice de Peróxido (meq/1000g de amostra) =
P
onde:
V = volume em ml de tiossulfato de sódio 0,1 ou 0,01 M
M = molaridade da solução de tiossulfato de sódio
f = fator de correção da normalidade
P = peso da amostra em gramas
O valor de acidez expresso em ácido oléico % deve ser comparado com a Resolução no.
270/2005 da ANVISA.
2.3.1. Introdução
Através da Cromatografia Gasosa pode-se fazer a identificação e quantificação dos ácidos
graxos presentes nos óleos e gorduras. O perfil em ácidos graxos de um óleo ou gordura
fornece, com boa margem de segurança, a sua identidade. Tendo em vista que os óleos não
são voláteis nas condições de operação do cromatógrafo, faz-se necessário a sua
derivatização.
Reação de saponificação
H O H
| |
O H -C-O- C - R1 H - C - OH
| |
C -O -C-H O + 3 KOH H - C - OH + 3 RCOOK
| | |
R2 H - C - O - C - R3 H - C - OH sabão
| |
H H
Triacilglicerol glicerol
Reação de metilação
O
H+
RCOOK + MeOH -------------> R - C - OCH3
catalizador
sabão NH4Cl éster metílico
10 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
3 - Solução saturada de cloreto de sódio: pesar 38,0g de cloreto de sódio em béquer de 50 ml.
Transferir, com auxílio de água destilada, para balão volumétrico de 100 ml. Completar volume
com água destilada e agitar. Guardar a solução em frasco de vidro na geladeira.
4 - Solução padrão de éster metílico de ácido graxo: pesar 10mg de cada ester metílico padrão
(C12:0, C14:0, C16:0, C16:1, C18:0, C18:1, C18:2, C18:3, C20:0, C20:4, C22:0 e C22:1),
separadamente, em béquer de 10 ml e transferir, com auxílio de hexano, para balão
volumétrico de 10 ml. Guardar as soluções em frasco de vidro âmbar na geladeira.
Condições cromatográficas:
Cromatógrafo à gás marca CHROMPACK modelo 9002 equipado com detector de ionização de
chama a 280o.C, injetor split a 280o.C e coluna capilar CPSIL 88 com 100m de comprimento,
0,25 mm de diâmetro e 0,25 de espessura de filme (cianopropilpolisiloxano). A coluna foi
programada a 170o.C/12 min. e depois a 2o.C/min. até 210o.C, permanecendo por 40 minutos.
Resultados e Discussão
A partir dos cromatogramas dos padrões e da amostra identificar os ácidos graxos e
comparar os resultados com a Resolução no. 270/2005 da ANVISA..
2.4.1. Introdução
O Índice de Iodo de um óleo ou gordura de origem animal ou vegetal avalia o grau de
insaturação desses produtos. Quanto maior o teor de ácidos graxos insaturados na composição
do óleo, maior é o seu Índice de Iodo. Por outro lado, como a gordura tem baixo teor de ácidos
graxos insaturados, o seu valor é menor.
A tabela anterior apresenta os valores de Índices de Iodo dos principais óleos e gorduras
comestíveis. Os dados mostram que esse Índice pode ser utilizado como auxiliar para a
identificação dos óleos e gorduras, uma vez que há grande diferença entre eles. O método
utilizado na determinação do Índice de Iodo baseia-se na quantidade de Iodo (em gramas)
absorvido por 100 gramas de óleo ou gordura.
2 - Adicionar 10 ml de tetracloreto de carbono, com auxílio de proveta, e agitar, por rotação, até
completa dissolução da amostra;
Resultados e discussão
(B - A) x M x f x 12,69
Índice de Iodo (g I2 / 100 g óleo) =
P
onde:
B = volume em ml de tiossulfato de sódio gasto na titulação do branco
A = volume em ml de tiossulfato de sódio gasto na titulação da amostra
M = molaridade da solução de tiossulfato de sódio
f = fator de correção da normalidade
P = peso da amostra em gramas
O valor do Índice de Iodo deve ser comparado com a Resolução no. 270/2005 da ANVISA.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 13
2.5.1. Introdução
O Índice de Saponificação é definido como o número de miligramas de hidróxido de potássio
necessário para saponificar um grama de óleo ou gordura, sendo inversamente proporcional ao
peso molecular médio dos ácidos graxos presentes nos triacilgliceróis. Isto é, quanto menor o
tamanho da cadeia do ácido graxo maior a quantidade de hidróxido de potássio necessária
para a reação. A tabela abaixo apresenta o Índice de Saponificação de alguns óleos e gorduras
comestíveis.
4 - Solução de ácido clorídrico 0,5M: medir, com auxílio de proveta, 45 ml de ácido clorídrico
concentrado (d=1,19) e transferir para balão volumétrico de 1000 ml contendo,
aproximadamente, 500 ml de água destilada. Completar volume e agitar. Guardar a solução
em frasco de vidro.
adicionar 50 ml de água destilada, com auxílio de proveta.. Agitar até dissolver e acrescentar 2
gotas de alaranjado de metila. Titular com a solução de ácido clorídrico até a viragem do
indicador.
5 - titular com solução de ácido clorídrico até que a coloração vermelha desapareça;
Resultados e discussão
(B - A) x f x 28,05
Índice de Saponificação (mg KOH /1,0 g óleo) =
P
onde:
B = volume em ml de ácido clorídrico gasto na titulação do branco
A = volume em ml de ácido clorídrico gasto na titulação da amostra
f = fator de correção da normalidade
P = peso da amostra em gramas
O valor do ìndice de Saponificação deve ser comparado com a Resolução no. 270/2005 da
ANVISA.
2.6.1. Introdução
A presença de resíduos de sabão em óleos e gorduras refinados acima do permitido pela
Resolução no.482 da ANVISA, indica falhas no processo de refinação a que o produto foi
submetido, pois as etapas de lavagem com água no processo de neutralização e posterior
clarificação dos óleos, promovem a remoção quase total desses resíduos. A Resolução no.482
estabelece o máximo de 50 ppm como limite para a presença de sabões em óleos e gorduras
refinados, expresso em oleato de sódio. O método de Wolff baseia-se na migração do sabão
para uma determinada quantidade de água adicionada ao óleo e, quantificação desse sabão
com solução de ácido clorídrico 0,01M.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 15
2 - Solução padrão de ácido clorídrico 0,01M: medir, com auxílio de pipeta volumétrica, 20 ml
de ácido clorídrico 0,5M (conforme preparado na determinação do Índice de Saponificação) e
transferir para balão volumétrico de 1000 ml. Completar volume e agitar. Guardar a solução em
frasco de vidro.
3 - Reagente para detecção de resíduo de sabão: Preparar uma solução contendo 100 ml de
acetona, 2 ml de água destilada e 0,5 ml de solução alcoólica de azul de bromofenol. Titular
com solução de ácido clorídrico 0,01M até o indicador apresentar uma coloração amarela.
5 - Na presença de sabão, a fase superior deve apresentar uma coloração azul ou esverdeada;
6 - Titular com solução de ácido clorídrico 0,01M até o indicador apresentar uma coloração
amarela.
Resultados e Discussão
V x M x f x 30,4
Oleato de sódio (%) =
P
onde:
V = volume em ml de ácido clorídrico gasto na titulação da amostra
M = molaridade da solução de ácido clorídrico
f = fator de correção da normalidade
P = peso da amostra em gramas
2.7.1. Introdução
A determinação do teor de água em produtos gordurosos como margarina, manteiga,
maionese, etc, tem fundamental importância não só para o controle de qualidade da indústria,
como também, em nível de consumidor. Para a indústria, o excesso de água nesses produtos
pode acarretar uma menor vida de prateleira em consequência de uma possível deterioração.
Quanto ao consumidor, estará comprando um produto com maior teor de água o que é
considerado uma fraude.
3 - Aquecer o balão com manta de aquecimento até que o nível de água no receptor
permaneça constante por 30 minutos;
Resultados e discussão
V x 100
Umidade % =
P
onde:
V = volume em ml de água retido no receptor Bidwell-Stirling
P = peso da amostra em gramas
LEITE E DERIVADOS
1. LEITE FLUÍDO
1.1. INTRODUÇÃO
O leite é proveniente da secreção das glândulas mamárias e se caracteriza como uma
emulsão de gordura em água, estabilizada por uma dispersão coloidal de proteínas em uma
solução de sais, vitaminas, peptídeos e outros constituintes menores. Seu pH varia de 6,5 a
6,7. A tabela abaixo apresenta a composição média dos constituintes do leite.
Componentes %
Água 87/88
Proteínas 3,2 (85% caseína)
Gordura 3,5
Lactose 4,6
Minerais 0,7
Fosfolipídeos 0,03
Cálcio 0,1
2 – Leite Esterilizado
a – Integral : 3,0%
c – Parcialmente desnatado : 0,6 – 2,9%
d – Desnatado : 0,5%.
18 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
Para que nós possamos nos referir aos valores da análise como se fosses no momento da
colheita, necessário se torna manter a amostra em temperaturas inferiores a 10oC. Quando
isso não for possível, adiciona-se a amostra um dos conservadores abaixo discriminados :
Obs. : o menos aconselhável é o HgCl2 por ser tóxico e atacar os metais, quando em
contato prolongado. Deve-se escrever no rótulo do recipiente da amostra o nome do
conservador usado e a indicação de “veneno”.
A lactofiltração ou prova de sedimento é uma análise que tem por finalidade informar
diretamente o grau de contaminação microbiana do leite. Indica, principalmente, as condições
higiênicas em que se deu a ordenha, estimando, aproximadamente, a quantidade de detritos
por litro de leite.
Minit - a filtração é feita por pressão. Consta o filtro de um cilindro com capacidade para 500
ml, provido de tampa, a qual se adapta uma pêra para fazer pressão. A parte inferior do
aparelho é afunilada e possui um dispositivo para receber o disco de algodão colocado sobre
uma tela. O leite é colocado no depósito, sendo então passado através do disco, para então ser
comparado a uma tabela, página 34.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 19
Leite normal - desliza em tênue camada uniforme ao longo das paredes do tubo.
Obs.: o álcool a 68º GL é preparado a partir de um álcool etílico p.a. a 95º GL, utilizando-se a fórmula:
20 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
C x V = C* x V*
onde:
C = álcool etílico a 95º GL
V = volume de álcool etílico utilizado para diluição
C* = álcool etílico a 72º GL
V* = volume final de diluição
A acidez do leite fresco varia de 0,12 a 0,23% em ácido lático. Vários são os métodos
utilizados para a quantificação da acidez em leite e derivados. Todos eles, no entanto, utilizam
solução de hidróxido de sódio como titulante e solução de fenolftaleína como indicador. A
tabela abaixo apresenta os métodos mais comuns.
A. Processo Dornic
2 - Solução de hidróxido de sódio 1/9M - pesar 4,5 gramas de hidróxido de sódio (NaOH) em
béquer de 100 ml e transferir , após dissolução com água destilada, para balão volumétrico de
1000 ml. Completar volume e agitar. Guardar a solução em frasco de polietileno.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 21
P
f =
0,2042 x V x N
onde :
P = gramas de biftalato de potássio usada na titulação
V = volume em ml da solução de hidróxido de sódio
M = molaridade da solução de hidróxido de sódio
Obs.: a titulação é realizada gotejando-se, cuidadosamente, a solução alcalina sobre o leite com o
indicador, sob constante agitação. Com a aproximação do ponto de viragem, a solução deve ser gotejada
de forma a não ultrapassá-lo.
B. Processo Thorner
V x M x f x 0,09 x 100
Acidez em Ác. Lático % =
Va
onde:
V = volume em ml de solução de hidróxido de sódio
M = molaridade da solução de hidróxido de sódio
f = fator de correção da normalidade
Va = volume em ml da amostra de leite
22 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
Método de Gerber
O leite "in natura" tem em média 3,5% de gordura e sua determinação é um indicativo da
integridade do mesmo, pois tanto o desnate quanto a adição de água, afetam o teor de
gordura. O método mais utilizado para a avaliação da gordura baseia-se na adição de ácido
sulfúrico ao leite, o que provoca a separação da gordura dos outros componentes, solubilização
com álcool isoamílico e complementado pela centrifugação. O método também é aplicado a
outros produtos como leite desnatado, creme, leite condensado, etc...
Temperatura em ºC
Densidade 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
(g/ml) 1,0
195 189 190 191 192 193 195 196 198 200 202 204 206 208 210 211 213 215
200 193 194 195 196 198 200 201 203 205 207 209 211 213 215 217 219 221
205 198 199 200 201 203 205 207 209 211 213 215 217 219 221 223 225 227
210 203 204 205 206 208 210 212 214 216 218 220 222 224 226 228 230 232
215 208 209 210 211 213 215 217 219 221 223 225 227 229 231 233 235 237
220 213 214 215 216 218 220 222 224 226 228 230 232 234 236 238 241 243
225 218 219 220 221 223 225 227 229 231 233 235 237 239 242 244 246 248
230 223 224 225 226 228 230 232 234 236 238 240 242 244 246 248 251 253
235 228 229 230 231 233 235 237 239 241 243 245 247 249 251 253 255 257
240 233 234 235 236 238 240 242 244 246 248 250 252 254 256 258 261 263
245 238 239 240 241 243 245 247 249 251 253 255 257 259 262 264 266 268
250 242 243 245 246 248 250 252 254 256 258 260 262 264 266 268 271 273
255 247 248 250 251 253 255 257 259 261 264 266 268 270 272 274 276 278
260 252 253 255 256 258 260 262 264 266 269 271 273 275 277 279 282 284
265 257 258 260 261 263 265 267 269 271 274 277 279 281 283 285 288 290
270 262 263 265 266 268 270 272 274 276 279 282 284 286 288 290 293 295
275 267 268 270 271 273 275 277 279 281 284 287 289 291 294 296 299 310
280 271 272 274 276 278 280 282 284 286 289 292 294 296 299 301 304 306
285 276 277 279 281 283 285 287 289 291 294 297 299 301 304 307 310 312
290 281 282 284 286 288 290 292 294 296 299 302 304 306 309 312 315 317
295 286 287 289 291 293 295 297 299 301 304 307 309 311 314 317 320 322
300 290 292 294 296 298 300 302 304 306 309 312 314 316 319 322 325 327
305 295 297 299 301 303 305 307 309 312 315 318 320 322 325 328 331 333
310 300 302 304 306 308 310 312 314 317 320 323 325 327 330 333 336 338
315 305 307 309 311 313 315 317 319 322 325 328 331 333 336 339 342 344
320 310 312 314 316 318 320 322 324 327 330 333 336 338 341 344 347 349
325 315 317 319 321 323 325 327 329 332 335 338 341 344 347 350 353 355
330 320 322 324 326 328 330 332 334 337 340 343 346 349 352 355 358 360
335 325 327 329 331 333 335 337 339 342 345 348 351 354 357 360 363 366
340 329 331 333 335 338 340 342 344 347 350 353 356 359 362 365 368 371
4 - Agitar o Butirômetro por inversão, após fechamento com rolha adequada, até dissolução do
coágulo formado;
7 - A leitura é feita com a rolha para baixo. Ajusta-se a linha de separação dos líquidos ao
ponto ZERO da escala ou até o número inteiro mais próximo. O Regulamento de Inspeção
Sanitária de Leite prevê um mínimo de 3% de gordura no leite normal.
24 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
O teor de sólidos totais (ST) representa o conjunto de todos os componentes do leite, com
exceção da água, e o teor de sólidos não gordurosos (SND) o extrato seco total sem gordura.
A. Processo direto
Cálculo:
PL - PS
ST = x 100
PL
onde :
PL = peso do leite correspondente a 5 ml
PS = peso seco após a estufa
B. Processos Indiretos
São mais utilizados na indústria por serem mais práticos e se baseiam na relação entre
gordura e densidade do leite. As determinações são feitas usando-se o calculador automático
de Ackermann e a fórmula de Fleishmann:
100 x d - 100
% ST = 1,2 x g + 2,665 x
d
onde:
g = % de gordura
d = densidade
Para a obtenção do teor de sólidos não gordurosos basta fazer a subtração da percentagem
de gordura do teor de ST da seguinte forma.
SNG = ST - %G
3 - Neutralizar com solução de hidróxido de sódio, colocada na bureta, deixando cair gota a
gota.
Cálculo:
% caseína = V x f x 1,63
onde :
V = volume em ml gasto na segunda titulação
f = fator de correção da normalidade
1,63 = fator de conversão (inclui a média ponderada dos pesos moleculares dos aminoácidos
que compõem a caseína, o volume da amostra, a normalidade da solução, entre outros
parâmetros)
c - a diferença entre os valores deve ser 0,20 ºC. Caso haja um valor diferente, calcular o fator
de correção dividindo-se 0,20 pela diferença encontrada.
Preparo da amostra
Cálculos
I.C. = (T1 - T2) x F + K
onde:
IC = temperatura de congelamento da amostra de leite
T1 = temperatura em ºC do congelamento da amostra de leite
T2 = temperatura em ºC do congelamento da água destilada
F = fator de correção do termômetro
K = fator de correção da acidez
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 27
(T - T*) x 100
% água =
T
onde:
T = temperatura padrão de congelamento do leite (- 0,55ºC)
T* = temperatura de congelamento da amostra de leite
6 - Solução de acetato (sulfato) de zinco a 30,0 % - pesar 30,0 gramas de acetato (sulfato) de
zinco em béquer de 50 ml. Transferir, com auxílio de água destilada, para balão volumétrico de
100 ml. Completar o volume e agitar. Guardar em frasco de vidro.
4 - Transferir para Erlenmeyer de 250 ml, com auxílio de pipeta volumétrica, 5 ml da solução A
e 5 ml da solução B, tomando o cuidado para não misturar as pipetas;
7 - Titular com a solução contida na bureta até a solução de FEHLING fique levemente
azulada;.
f = V x T
onde:
V = volume em ml da solução de lactose gasto para titular a solução de FEHLING
T = concentração da solução de lactose em g/100 ml.
T x 10.000
% Lactose =
Vg x Va
onde:
T = fator da solução de FEHLING em gramas
Vg = volume em ml da amostra gasto na titulação da solução de FEHLING
Va = volume em ml da amostra
1. Formaldeido
Relação de reagentes e vidrarias
Reagentes Vidrarias
Álcool etílico Béquer 25 ml - 2 unid.
Floroglucina p.a. Balão volumétrico 100 ml - 2 unid.
Hidróxido de sódio p.a. Bastão de vidro
Pipeta graduada 1 ml
Pipeta graduada 2 ml
Pipeta graduada 10 ml
Tubo de ensaio 20 ml
2 - Solução de hidróxido de sódio a 10% - pesar 10,0 gramas de hidróxido de sódio em béquer
de 25 ml e transferir, com auxílio de água destilada, para balão volumétrico de 100 ml.
Completar volume e agitar. Transferir para frasco de polietileno.
3. Sacarose
Relação de reagentes e vidrarias
Reagentes Vidrarias
Ácido clorídrico conc. d = 1,19 Pipeta graduada 1 ml
Resorcina p.a. Pipeta graduada 10 ml
Tubo de ensaio 20 ml
4. Amido
O amido com o iodo forma um composto de adsorção de coloração azul.
Preparo do reagente
Solução de Lugol - pesar 3,0 gramas de iodeto de potássio e 1,0 grama de iodo em béquer de
25 mL. Adicionar 50 mL de água destilada, em pequenas porções, e transferir para frasco de
vidro âmbar.
5. Cloro e Hipocloritos
Fundamenta-se na formação do iodo livre a partir do iodeto de potássio, pela ação do cloro
livre ou hipoclorito.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 31
2 - Solução de amido a 1,0 % m/v - pesar 1,0 grama de amido em béquer de 50 ml e adicionar
5 ml de água destilada fria para formar uma pasta. Transferir esta mistura para béquer de 100
ml contendo 50 ml de água destilada em ebulição e manter a fervura por 2 minutos. Esfriar e,
após transferir para frasco de vidro, conservar em geladeira.
3 - Solução de ácido clorídrico - HCl (1+2) - medir, com auxílio de pipeta graduada, 5 ml de
ácido clorídrico concentrado e adicionar, lentamente, em 10 ml de água destilada. Guardar a
solução em frasco de vidro.
6 - Alcalinos (NaHCO3)
Relação de reagentes e vidrarias
Reagentes Vidrarias
Ácido rosólico p.a. Balão volumétrico 50 ml
Álcool etílico p.a. Bastão de vidro
Solução de hidróxido de sódio 0,1N Béquer 25 ml
Béquer 100 ml
Funil de vidro 5 cm
Pipeta graduada 5 ml - 2 unid.
Pipeta graduada 10 ml
Tubo de ensaio 20 ml - 2 unid.
uma coloração levemente rosada. Reservar para o preparo da solução descrita abaixo e no
preparo da amostra.
2 - Solução alcoólica de ácido rosólico a 2% m/v- pesar 1,0 grama de ácido rosólico em béquer
de 50 ml e transferir, com auxílio de álcool neutro, para balão volumétrico de 50 ml. Completar
volume e agitar. Guardar a solução em frasco de vidro.
2 - Adicionar, com auxílio de pipeta graduada, 10 ml de álcool etílico neutro e agitar por
inversão lentamente;
7 . Cloretos (NaCl)
Fundamenta-se na reação do nitrato de prata com os cloretos em presença de cromato de
potássio como indicador.
3 - Adicionar, com auxílio de pipeta graduada, 4,5 ml de solução de nitrato de prata e agitar;
A pasteurização do leite pode ser feita em temperatura baixa por longo tempo (63ºC a 65 ºC
- 30 minutos) ou temperatura alta e tempo curto (73ºC a 75 ºC - 15 a 20 segundos). O
tratamento térmico do leite visa aumentar a sua vida útil até a chegada ao consumidor. Além
disso, é o único tratamento que elimina as bactérias patogênicas, tornando-o uma fonte
saudável de nutrientes. Para que o consumidor tenha segurança no consumo do leite
pasteurizado, faz-se necessária a verificação da eficiência do tratamento da pasteurização.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 33
1. Pesquisa de Peroxidase
A peroxidase, ao hidrolisar o peróxido de hidrogênio, libera oxigênio, o qual transformará o
guaiacol da sua leucobase para a forma corada.
peroxidase
H2O2 + HA 2 H2O + A
Os métodos usuais baseiam-se na oxidação do guaiacol cujo composto formado pode ser
dosado colorimétricamente.
3 - O aparecimento de uma coloração salmão indica que o leite não foi aquecido além de 75oC
por mais de 20 segundos.
34 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
2 - Pesquisa de Fosfatase
As enzimas que pertencem ao grupo fosfatase são totalmente destruídas no processo de
pasteurização. Assim, quando uma amostra de leite apresentar fosfatase negativa significa que
o mesmo foi efetivamente pasteurizado. No caso positivo ou o tratamento térmico foi deficiente
ou houve mistura de leite pasteurizado com leite crú.
O fundamento do método de dosagem baseia-se na ação da fosfatase sobre o fenil fosfato
dissódico e liberação de fenol, que reage com o 2,6- dicloroquinonacloramida produzindo o azul
de indofenol, dosado espectrofotométricamente.
Catalisador: dissolver 0,2 g de sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4.5 H2O) p.a. em 100 mL
de água.
Tampão carbonato: pesar 46,89 g de carbonato de sódio anidro (Na2CO3) p.a. e 37,17 g de
bicarbonato de sódio (NaHCO3) p.a., dissolver e levar ao volume de 1000 mL (solução
estoque). Retirar uma alíquota de 25 mL da solução estoque, transferir para balão volumétrico
de 500 mL e completar o volume. O pH deste tampão diluído deverá situar-se entre 9,5 e 9,7.
2. Esfriar o tubo de ensaio em água corrente, adicionar 6 gotas de solução reagente e 2 gotas
do catalisador.
4. Resultado
Positivo: coloração azul intensa – leite cru.
Negativo: coloração cinza – leite pasteurizado.
Observação:
A tonalidade do azul vai ficando tanto mais intensa, quanto maior for a deficiência de pasteurização.
A amostra deverá sofrer cuidadosa agitação antes de ser analisada, visando distribuir a gordura
ou a camada de creme pelo líquido. A retirada de uma alíquota da amostra a partir da sua
camada superior poderá levar a resultado positivo ou suspeito, ainda que o leite tenha sido
adequadamente pasteurizado. A fosfatase alcalina encontra-se adsorvida aos glóbulos de
gordura.
A fosfatase alcalina poderá sofrer reativação após algum tempo de pasteurização do leite. Não
é comum encontrar esse tipo de interferência, mas o analista deverá ter em conta a vida de
prateleira do produto ao ser analisado, principalmente se o teste for conduzido depois de 24
horas de o leite ter sido processado.
2. MANTEIGA
2.1. Introdução
A manteiga é o produto resultante da batedura do creme de leite fresco ou fermentado pela
adição de fermento lático selecionado, com ou sem adição de sal. Quando o leite é deixado em
repouso, forma-se em sua superfície uma camada espessa, opaca e amarelada denominada
nata (creme). Esse material é formado, principalmente, de glóbulos gordurosos que
apresentam densidade menor que o leite. O creme é submetido ao processo de batedura para
romper a tensão superficial existente entre os glóbulos e ,assim, formar a manteiga
propriamente dita. A designação manteiga é reservada exclusivamente ao produto do leite de
vaca. Quando o creme for procedente de outra espécie animal, o produto será designado de
manteiga, acrescido da designação da espécie que lhe deu origem.
2.2. Classificação
2.2.1. Manteiga Extra: É a manteiga que corresponde à classe de qualidade I da
classificação por avaliação sensorial, segundo Norma FIL 99A: 1987.
2.4.3. Requisitos
2.4.3.1. Características sensoriais
Aspectos.
Consistência sólida, pastosa à temperatura de 20ºC, de textura lisa uniforme, untosa, com
distribuição uniforme de água (umidade).
Sabor e odor. De sabor suave, característico, aroma delicado, sem odor e sabor estranho.
2.5. Acondicionamento.
A manteiga deverá ser envasada com materiais adequados para as condições de
armazenamento e que confiram proteção apropriada contra a contra a contaminação.
2.6.1.1 Permite-se a adição dos seguintes corantes naturais ou sintéticos, idênticos aos
naturais, em quantidade suficiente para obter o efeito desejado:
Bixa orelana, beta caroteno e curcuma ou curcumina.
2.6.1.2. Descorantes.
Permite-se o uso de clorofilina ou clorofilina cúprica em quantidade suficiente para obter o
efeito desejado.
2.7. Coadjuvantes
Permite-se a adição dos seguintes sais neutralizantes, em uma quantidade máxima de 2.000
mg/kg isolados ou combinados, expressos como substancias anidras.
Ortofosfato de sódio
Carbonato de sódio
Bicarbonato de sódio
Hidróxido de sódio
Hidróxido de cálcio
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 37
2.8 Rotulagem
Será aplicada a legislação especifica.
Será denominado "manteiga" ou "manteiga salgada" ou "manteiga com sal" segundo
corresponda.
Poderá indicar-se como "manteiga sem sal", no caso de não haver sido utilizado sal como
ingrediente opcional.
Poderá denominar-se "manteiga maturada", quando corresponder.
Poderá declarar-se "Extra" ou de "Primeira Qualidade" se estiver de acordo com a
classificação 2.2.
2 - Padronização da solução de nitrato de prata 0,1M - pesar 2,0 gramas de cloreto de sódio
em cápsula de porcelana e aquecer em mufla a 300 ºC por 3 horas. Esfriar em dessecador e
pesar 0,0145 gramas ( o mais rápido possível, porque o sal é muito higroscópico)) em frasco
Erlenmeyer. Adicionar 20 ml de água destilada e 1 ml de cromato de potássio. Titular com a
solução de nitrato de prata.
P
f =
0,0585 x V x M
onde :
P = gramas de cloreto de sódio usada na titulação
V = volume em ml da solução de nitrato de prata
M = molaridade da solução de nitrato de prata
38 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
5 - Solução de ácido nítrico 1+9 v/v - misturar 1 ml de ácido nítrico concentrado com 9 ml de
água destilada.
8 - Titular com solução de nitrato de prata até o aparecimento de uma coloração alaranjada.
Cálculo:
V x f x 0,0585 x 50
Cloreto de sódio (g/100g) =
P
onde :
V = volume em ml da solução de nitrato de prata gasto na titulação
f = fator de correção da normalidade da solução de nitrato de prata
P = peso da amostra em gramas
2.9.3. Determinação do teor de gordura
6 - Ler o teor de gordura na haste graduada. Subtraindo-se 0,5 do valor encontrado, obtém-se
o teor de gordura na manteiga.
2 - Solução de hidróxido de sódio 0,01M: pesar 0,45g de hidróxido de sódio (NaOH) em béquer
de 100 ml e transferir, após dissolução com água destilada, para balão volumétrico de 1000 ml.
Completar volume e agitar. Guardar a solução em frasco de polietileno.
P
f =
0,2042 x V x M
onde :
P = gramas de biftalato de potássio usado na titulação
V = volume em ml da solução de hidróxido de sódio gasto na titulação
M = molaridade da solução de hidróxido de sódio
2 - Deixar que ocorra a separação de fases e filtrar a fase lipídica em papel de filtro, recebendo
em outro béquer.
4. Cálculos
V x f x M x 100
Acidez na gordura (milimoles/100g de matéria gorda) =
m
Onde:
V = volume da solução de hidróxido de sódio 0,1M gasto na titulação, em mL;
f = fator de correção da solução de hidróxido de sódio;
M = molaridade da solução de hidróxido de sódio;
m = massa da gordura, em gramas.
Resultados e Discussão
A partir dos dados obtidos nas análises efetuadas, elaborar um laudo contendo todas as
informações da amostra (nome da usina de leite, data de fabricação, etc.) e a comparação
com a legislação brasileira.
3. QUEIJOS
3.1. Introdução
A formação e a desidratação do coágulo são duas etapas fundamentais na fabricação de
queijo. Como a caseína é o principal componente relacionado com o processo de coagulação, o
conhecimento das modificações físicas e químicas que ocorrem nessa etapas é de fundamental
importância.
Em geral, as enzimas proteolíticas são as mais utilizadas na coagulação do leite, sendo a
mais comum a renina, encontrada comercialmente com o nome de "coalho". Outras enzimas de
origem microbiana já são utilizadas na fabricação de queijo. O leite pode ser acidificado pela
adição de ácido ou por ação de microorganismos que metabolizam a lactose, com formação de
ácido lático. O processo de coagulação por adição de ácido é usado na fabricação de queijos
do tipo cottage, cream e requeijão. O soro obtido no processo de coagulação pode ser
utilizado para produção do queijo tipo ricota.
As principais análises utilizadas no controle de qualidade de queijo são: umidade, acidez,
lipídeos e proteínas. A caracterização dos lipídeos compreende o índice de iodo, índice de
saponificação e o ponto de fusão dos ácidos graxos.
4 - Retornar à estufa por mais 3 horas e repetir as operações de secagem e pesagem até não
encontrar mais variação na 3ª casa decimal.
Cálculo:
P x 100
% Umidade =
A
onde:
P = perda de massa em grama
A = massa da amostra
2 - Transferir, com auxílio de álcool etílico neutralizado, para balão volumétrico de 100 ml.
Completar volume e agitar. Deixar em repouso por 6 horas;
Cálculo:
V x f x 10
SN% =
P
V x f x 0,9
Ácido lático % =
P
onde:
42 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
2 - Solução aquosa de alaranjado de metila a 0,1% - pesar 0,1 grama de alaranjado de metila
em béquer de 25 ml. Transferir, com auxílio de água destilada, para balão volumétrico de 100
ml. Completar volume e agitar. Guardar em frasco conta-gotas.
4 - Solução de ácido clorídrico 0,1M - medir, com auxílio de proveta, 9 ml de ácido clorídrico
concentrado (d=1,19) e transferir para balão volumétrico de 1000 ml contendo,
aproximadamente, 500 ml de água destilada. Completar volume e agitar. Guardar a solução em
frasco de vidro.
onde :
P = gramas de carbonato de sódio usada na titulação
V = volume em ml da solução de ácido clorídrico
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 43
Cálculo:
V x f x 0,14 x 6,38
% Proteínas =
P
onde:
V = volume em ml de ácido clorídrico gasto na titulação da amostra
f = fator de correção da normalidade
P = peso da amostra em gramas
5 - Centrifugar a 1100 rpm por 10 minutos, após verificar que não existem mais partículas
sólidas.
1 - INTRODUÇÃO
A legislação brasileira de produtos de frutas do Ministério da Saúde foi bastante simplificada
com a publicação da Resolução no. 272, de 22 de setembro de 2005, que se encontra em
anexo. Para facilitar a compreensão das características dos diferentes produtos de frutas
mantivemos a legislação anterior, Resolução nº 12/78 da Comissão Nacional de Normas e
Padrões para Alimentos.
1.1 - Definição
As frutas, de acordo com as suas características, são classificadas em :
a) extra: fruta de elevada qualidade, sem defeitos, bem desenvolvida e madura, apresentando
tamanho, cor e conformação uniformes. O pedúnculo e a polpa devem estar intactos e
uniformes e a casca (epicarpo) sem manchas ou defeitos.
b) de primeira: fruta de boa qualidade, sem defeitos sérios, bem desenvolvida e madura, sendo
tolerado pequenos defeitos com relação ao tamanho, cor e conformação. A polpa deve estar
intacta e firme e o pedúnculo pode estar ligeiramente danificado. A casca pode apresentar
ligeiras manchas, desde que não prejudique a aparência geral.
c) de segunda: fruta de boa qualidade, mas que não se enquadra nas classes anteriores. Pode
apresentar pequenos defeitos tanto na cor quanto no tamanho, que não pode ser muito
pequeno. A polpa deve estar intacta. A casca não pode estar danificada, mas pode apresentar
pequenos defeitos ou manchas. Não é permitida rachadura na fruta, porém é tolerada
rachadura cicatrizada.
d) de terceira: é destinado a fins industriais, sendo constituido por frutas que não se
enquadraram nas classes anteriores, mas que conservam as suas características. Não é
exigido uniformidade de tamanho, cor, grau de maturação e conformação. Não são permitidas
rachaduras abertas, mas são toleradas rachaduras cicratrizadas, defeitos e manchas.
1.2 - Rotulagem
Quando a fruta for comercializada embalada, deve constar no rótulo a denominação da fruta
e a sua classificação.
a) Frutas secas ou dessecadas - é o produto obtido pela perda parcial da água da fruta
madura, inteira ou em pedaços, por processos tecnológicos adequados. No rótulo deve constar
o nome da fruta seguido da palavra seco, dessecado ou passa. É permitida a mistura de mais
de uma fruta, desde que venha especificado no rótulo. O teor de umidade máximo permitido é
de 25 % p/p.
b) Frutas liofilizadas - é o produto obtido pela desidratação quase completa da fruta madura,
inteiro ou em pedaços, pelo processo denominado “liofilização”. O produto é classificado de
acordo com a apresentação em “frutas liofilizadas inteiras ou pedaços” ou na forma de “pó”. No
rótulo deve constar o nome da fruta seguido da palavra liofilizado e a sua classificação. O teor
de umidade máximo permitido é de 5 % p/p.
46 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
c) Polpa de frutas - é o produto obtido por esmagamento das partes comestíveis das frutas
por processos tecnológicos adequados. O produto deve ser preparado com frutas sãs, limpas e
isentas de parasitos e detritos animais ou vegetais. Não deve conter fragmentos de partes não
comestíveis, sendo permitida a adição de sacarose em proporção a ser declarada no rótulo,
onde também se deve constar a denominação polpa, seguida do nome da fruta de origem.
d) Geléia de frutas - é o produto obtido pela cocção de frutas inteiras ou em pedaços, polpa
ou suco de frutas, com adição de açúcar e concentrado até consistência gelatinosa. A geléia de
frutas é classificada como comum quando preparada numa proporção de 40 partes de frutos
frescos, ou seu equivalente, para 60 partes de açúcar. As geléias de marmelo, laranja e maçã
podem ser preparadas com 35 partes de frutas frescas, ou seu equivalente, e 65 partes de
açúcar. O tipo extra corresponde ao preparo de geléia com 50 partes de frutas frescas e 50
partes de açúcar. O açúcar (sacarose) pode ser substituído por glicose ou açúcar invertido, não
sendo permitida a adição de corantes e/ou aromatizantes artificiais. Nas frutas onde o teor de
pectina e acidez são baixos, permite-se a adição destas substâncias. No rótulo deve constar a
denominação geléia, seguido do nome da fruta de origem, assim como a palavra extra, se
satisfizer as condições anteriormente definidas. As características físicas e químicas que a
geléia deve apresentar são:
2 - Compota mista ou fruto misto em calda - produto preparado com duas espécies de frutas;
3 - Salada de frutas - produto preparado com três ou mais espécies de frutas até o máximo de
cinco.
f) Doce de fruta em calda: é o produto obtido de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem
sementes ou caroços, com ou sem casca, cozidos em água e açúcar, envasados em latas ou
vidros, submetido a tratamento térmico adequado. Pode ser adicionado glicose ou açúcar
invertido, não sendo permitida a adição de corantes e/ou aromatizantes artificiais. O espaço
livre no interior dos recipientes não deve exceder de 10 % de altura dos mesmos e a pressão
no seu interior, não deve ser superior a 300 mm Hg. No rótulo deve constar a denominação
doce de (nome do fruto) em calda e o peso dos frutos escorridos. O teor de sólidos solúveis
totais ou ºBrix da calda deve situar-se entre 30 e 65º.
de sódio ou seu ácido, ou sorbato de sódio ou seu ácido, máx. 2.000 mg/Kg). A proporção de
vegetais e açúcar deve ser de igual. O açúcar (sacarose) pode ser substituído por glicose,
açúcar invertido e seus xaropes. O doce em pasta pode apresentar-se com consistência
cremosa (não permitindo o corte) ou em massa. No rótulo deve constar a denominação doce
seguido do nome da espécie vegetal ou das espécies vegetais. O teor de sólidos solúveis totais
ou ºBrix não deverá ser inferior a 55º para os cremosos e 65º para os doces em massa.
1 - Néctar de fruta - é o produto não fermentado, não gaseificado, obtido pela dissolução em
água potável de parte da fruta (polpa e suco), adicionada de ácido e açúcar. Podendo ser do
tipo simples (uma só espécie de fruta) ou misto. A conservação do néctar de frutas pode ser
por meios físicos adequados ou através do uso de conservadores químicos autorizados. É
permitida a adição de acidulantes para atender as necessidades tecnológicas. É vedado o uso
do nome “néctar de fruta” ao produto que não contiver frutas (polpa e/ou suco).
2 - Refresco de fruta - é a bebida não gaseificada obtida pela dissolução em água potável do
suco de fruta e açúcar. É vedado o uso do nome “refresco de fruta” aos refrescos que não
contiverem frutas. A conservação do refresco de frutas pode ser por meios físicos ou através
do uso de conservadores químicos autorizados. O teor de álcool etílico será no máximo de 0,5º
GL. As seguintes características físicas e químicas são exigidas para os tipos de frutas
discriminados:
3 - Suco de fruta - é o produto com aspecto límpido ou turvo, extraído da fruta através de
processo tecnológico adequado, não fermentado, de cor, aroma, e sabor característicos,
submetido a tratamento que assegure a sua conservação até o momento do consumo, seja
através de meios físicos ou uso de conservadores químicos. O limite máximo do bissulfito de
sódio, expresso em SO2, permito em suco pronto para consumo é de 200 ppm. Os tipos de
suco incluem: suco de fruta, suco de fruta concentrado e suco de fruta desidratado, abaixo
discriminados.
Suco de fruta concentrado - este tipo de produto deve apresentar, no mínimo, uma
concentração equivalente ao dobro de sua concentração natural em graus Brix, sendo proibida
a adição de açúcar.
Suco de fruta desidratado - é o produto sob a forma sólida, obtido pela desidratação da fruta
cujo teor de umidade não exceda 3 %, não sendo permitida a adição de açúcar.
Designação integral ou simples será privativa do suco de fruta sem adição de açúcares e na
sua concentração natural. Quando o suco de fruta for adicionado de açúcar, trará no rótulo a
designação suco adoçado. O suco de fruta obtido pela diluição do concentrado e/ou
desidratado até a sua concentração original, será designado suco de fruta reprocessado.
2 - Material e métodos
2.1 - Determinação do pH
vidraria: béquer de 50 mL
equipamento : pHmetro com escala de 0-14.
2 - Titular com solução de NaOH 0,1M fatorada, utilizando fenolftaleína como indicador.
Cálculos:
V x M x f x 6,4
g ác. cítrico/ 100g =
P
onde :
V = Volume gasto de solução de hidróxido de sódio em mL
M = molaridade da solução de hidróxido de sódio
f = fator de correção da normalidade
P = massa da amostra em gramas
Obs.: caso a acidez tenha que ser expressa em outro ácido, modifica-se o milimol .
Densímetro de Brix com escala de 0 - 30º Brix, somente aplicado às amostras líquidas:
a - Filtrar a amostra em peneira de malha fina, gaze ou fina camada de algodão;
b - Adiciona-la em proveta de 250 mL até transbordar. Esperar alguns segundos para que
bolhas de ar cheguem à superfície;
d - Fazer a leitura do oBrix no ponto de afloramento onde o líquido forma um menisco côncavo.
7 - Solução de água oxigenada a 3 % v/v - transferir, com auxílio de pipeta graduada, 7,5 mL
de água oxigenada concentrada para balão volumetrico de 25 mL. Completar volume e agitar.
Preparar a solução no dia da análise.
2 - Adicionar, com auxílio de proveta, 100 ml de água destilada e, com auxílio de pipeta
graduada, 5 ml de solução de hidróxido de sódio;
5 - Titular com solução de Iodo até o aparecimento de uma coloração azul definitiva. Anotar o
volume gasto (A);
onde:
V = diferença entre os volumes A e B gastos de solução de Iodo, em mL
M = molaridade da solução Iodo
f = fator de correção da normalidade
V* = volume da amostra ou peso, quando a amostra for sólida.
Os corantes minerais são usados para colorir loções, cosméticos e outras preparações para
aplicações externas, além de ter grande aplicação na indústria de tintas em geral. Como
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 51
corantes minerais usados em alimentos podemos citar o óxido vermelho de ferro e o óxido de
titânio.
Os corantes de origem animal são pouco utilizados, mas podemos citar a cochonilha que é
obtida à partir de corpos dessecados das fêmeas do inseto Coccus cacti, que contém um
corante vermelho brilhante denominado ácido carminico.
Os corantes vegetais são conhecidos há milhares de anos, sendo o índigo o corante vegetal
mais antigo e mais importante. É extraído de plantas do gênero Indigofera que contém um
glicosídio que se hidrolisa em meio ácido produzindo glicose e uma aglicona, que se oxida
transformando-se em indigotina (azul de índigo, índigo ou anil). Alguns pigmentos vegetais de
importância são relacioandos a seguir:
1- Alizarina: obtida da raiz de Rubia tinctorum pelos antigos egípcios, indianos e persas. Ocorre
nas plantas como glicosídio, sendo liberado na hidrólise duas moléculas de glicose e uma
molécula de dihidroxiantraquinona.
2 - Antocianinas: são pigmentos de cores vermelha, azul e violeta encontrados em flores, frutos
e folhas.
7 - Clorofila: é o pigmento verde dos vegetais, apresenta uma estrutura química bastante
complexa.
2 - Adicionar, com auxílio de proveta, 5 ml de ácido acético e bolinhas de vidro. Aquecer até
ebulição e manter por 5 minutos. A lã adsorverá o corante, se este for sintético.
3 - Retirar, com auxílio de pinça, a lã do béquer e lavá-la com água destilada até que as águas
de lavagens se apresentem límpidas (os corantes naturais são eliminados na água de lavagem)
.
6 - Aplicar 5 l de cada solução padrão de corantes contendo 100 ppm e as amostras em placa
de celulose.
8 - Após eluição de 15 cm, retirar a placa da cuba cromatográfica e comparar o Rf dos padrões
com aqueles encontrados na amostra.
Cálculo do Rf:
HORTALIÇAS
1 - INTRODUÇÃO
A legislação brasileira de hortaliças e seus produtos do Ministério da Saúde foi bastante
simplificada com a publicação da Resolução no. 272, de 22 de setembro de 2005, que se
encontra em amexo. Para facilitar a compreensão das características dos diferentes tipos de
hortaliças mantivemos a legislação anterior, Resolução nº 12/78 da Comissão Nacional de
Normas e Padrões para Alimentos.
1.1 DEFINIÇÃO
Hortaliça é a planta herbácea da qual uma ou mais partes são utilizadas como alimento na sua
forma natural.
1.2. DESIGNAÇÃO
O produto será designado: verdura, quando utilizadas as partes verdes; legumes, quando
utilizado o fruto ou a semente, especialmente das leguminosas e, raízes, tubérculos e rizomas,
quando são utilizadas as partes subterrâneas.
1.3. CLASSIFICAÇÃO
I. As hortaliças, de acordo com a parte da planta que é utilizada como alimento, são
classificadas em:
a) verdura;
b) legume;
c) raízes, tubérculos e rizomas.
c) De segunda - quando constituída por hortaliças que não foram classificadas nas classes
anteriores. São tolerados ligeiros defeitos na conformação e ligeira descoloração desde que
não afetem seriamente as suas características. São também tolerados pequenos danos de
origem física ou mecânica, desde que não causem defeitos graves.
a) serem frescas, colhidas pela madrugada, abrigadas dos raios solares e dos ventos fortes;
2. LEGUMES
2.1. DEFINIÇÃO
Legume é o fruto ou a semente de diferentes espécies de plantas, principalmente das
leguminosas, utilizados como alimentos.
2.2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado, simplesmente, por seus nomes comuns, EX: "beringela", "chuchu",
"abobrinha".
2.3. CLASSIFICAÇÃO
Os legumes, de acordo com as suas características, são classificadas em:
c) De segunda - Quando constituída por legumes que não foram classificados nas classes
anteriores. São tolerados defeitos na cor, tamanho e conformação dos legumes, desde que
conservem as suas características.
c) não estarem danificados por qualquer lesão de origem física ou mecânica que afete a sua
aparência;
3.VERDURAS
3.1. DEFINIÇÃO
Verdura é a parte geralmente verde das hortaliças, utilizadas como alimento no seu estado
natural.
3.2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado, simplesmente, por seus nomes comuns, EX: "alface", "chicória",
"almeirão".
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 55
3.3. CLASSIFICAÇÃO
As verduras, de acordo com as suas características, são classificadas como:
a) Extra - Quando constituída por verduras de elevada qualidade, sem defeitos, com folhas
verdes, sem traços de descoloração, turgescentes, intactas, firmes e bem desenvolvidas.
Devem apresentar coloração e tamanho uniformes e típicos da variedade. Não são permitidos
defeitos nas verduras que lhes alterem a sua conformação e aparência;
b) De primeira - Quando constituída por verduras de boa qualidade, que não foram
classificadas na classe anterior, desde que conservem as suas características. São tolerados
pequenos defeitos na conformação, ligeira descoloração e ligeiros danos de origem física ou
mecânica, desde que não causem defeitos graves e não alterem sua conformação e aparência;
d) não estarem danificadas por qualquer lesão de origem física ou mecânica que afete a sua
aparência;
e) estarem livres das folhas externas sujas de terra e da maior parte possível da terra aderente;
4.1. DEFINIÇÃO
Raízes, tubérculos e rizomas são as partes subterrâneas desenvolvidas de determinadas
plantas, utilizadas como alimento. Ex: tubérculo (batatinha), rizoma (araruta), raiz (cenoura).
4.2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado, simplesmente, por seus nomes comuns, EX: "mandioca", "batata
inglesa", "nabo", "cenoura", etc.
4.3. CLASSIFICAÇÃO
As raízes, tubérculos e rizomas, de acordo com as suas características, são classificadas em:
a) Extra - Quando constituída por raízes, tubérculos e rizomas de elevada qualidade e sem
defeitos, suficientemente desenvolvidos, com aspecto, aroma e sabor típicos da variedade e
uniformidade no tamanho e cor. Não são permitidas rachaduras, perfurações e cortes.
d) De terceira - Quando constituída por raízes, tubérculos e rizomas que não foram
classificados nas classes anteriores, desde que conservem as suas características. Não é
exigida uniformidade no tamanho, cor e aspecto. As raízes, tubérculos e rizomas desta classe
podem ser de tamanho pequeno. A polpa deve estar intacta. São toleradas manchas e defeitos
na casca. As raízes, tubérculos e rizomas desta classe serão utilizados para industrialização.
a) serem de colheita recente, feita pela manhã. A secagem será ao sol ou protegida dos raios
solares, conforme o caso, em lugares secos, ventilados e limpos;
c) não estarem danificados por quaisquer lesões de origem física ou mecânica que afetem a
sua aparência;
h) não apresentarem rachaduras ou cortes na casca; a polpa deverá estar intacta e limpa;
i) não poderem ser dados ao consumo ou exposto à venda, as raízes, tubérculos e rizomas
capazes de produzir ácido clorídrico, salvo quando para fins industriais e depois de
desnaturados, de acordo com o fim a que se destina.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 57
HORTALIÇAS EM CONSERVA
1. Introdução
c. miscelânea, jardineira, salada ou seleta - quando preparada com mais de duas espécies
vegetais.
Como ingredientes opcionais temos: sal, açúcar (sacarose), açúcar invertido, glicose e seus
xaropes, exceto para conserva de cogumelo. Vinagres e vinhos, desde que o teor alcoólico não
ultrapasse de 1,9º GL. Outros fatores de qualidade incluem:
b. sabor e odor - próprios dos ingredientes, não devendo ter sabor e odor estranhos.
O rótulo deve constar a lista de ingredientes na ordem decrescente do respectivo peso, com
excessão da água e o peso líquido drenado.
2. Material e Métodos
Pesar a embalagem (lata ou vidro) fechada - este peso é denominado peso bruto “P”.
1. Abrir dois orifícios no recipiente e transferir o líquido de cobertura (se houver) para béquer de
100 mL;
2. Transferir a parte sólida (vegetais) para béquer de 400 mL, previamente tarado, e proceder a
pesagem para obtenção do peso “A”;
A x 100
Peso da conserva =
T
onde:
A = peso dos vegetais em gramas
T = somatório dos pesos “A” e peso do líquido de cobertura
Cálculos
V x N x f x 0,0585 x 100
g NaCl / 100 mL =
V*
onde:
V = volume de solução de nitrato de prata em mL
N = normalidade da solução de nitrato de prata
f = fator de correção da normalidade
V* = volume da amostra em mL
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 59
3. Resultados e Discussão
A partir dos resultados encontrados verificar a concordância com a legislação em vigor.
60 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
AÇÚCAR-DE-CANA
1. INTRODUÇÃO
O açúcar-de-cana é obtido em usinas a partir da extração do caldo da cana em moendas e,
em seguida, submetido às várias etapas que incluem a sulfitação (opcional), calagem,
aquecimento, decantação, cristalização, turbinagem e secagem. Os principais tipos de açúcar
obtidos nas usinas são o cristal e o demerara. No Brasil, o açúcar refinado é obtido quase
exclusivamente a partir do açúcar cristal. O processo de refino consiste na dissolução do
açúcar cristal e remoção de material insolúvel e corantes naturais por processos físicos.
Componentes %
água 65 - 75
açúcares
sacarose 11 - 18
glicose 0,2 - 1,0
frutose 0,0 - 0,6
fibras 8 - 14
cinzas 0,4 - 0,8
compostos nitrogenados 0,3 - 0,6
gorduras e ceras 0,1 - 0,2
compostos pécticos 0,1 - 0,2
outros compostos 0,5
3 - Fazer a leitura do oBrix no ponto de afloramento onde o caldo forma um menisco côncavo.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 61
Refratômetro de ABBÉ
1 - Adicionar 3 gotas do caldo filtrado entre os prismas do refratômetro;
6 - Lavar o tubo polarimétrico com uma pequena porção do filtrado e enche-lo, tomando
cuidado para que ao fecha-lo não deixe bolhas de ar;.
Cálculos
x 100
POL =
[]D20 x L
onde :
[]D20 = rotação ótica da sacarose ( + 66,5)
= ângulo de desvio obtido no polarímetro
L = comprimento do tubo polarimétrico em dm
4 - Encher a bureta com o filtrado obtido na POL e titular a solução de FEHLING até que a
solução fique levemente azulada;
onde:
V = volume em ml da solução de glicose gasto para titular a solução de FEHLING
T = concentração da solução de glicose em g/100 ml.
T x 10.000
% Açúcares redutores =
Vg x Va
onde:
T = fator da solução de FEHLING em gramas
Vg = volume em ml da amostra gasto na titulação da solução de FEHLING
Va = volume em ml da amostra
POL
Pureza = x 100
BRIX
3 - A partir do ºBrix estimar a pureza do açúcar dividindo-se o valor encontrado pelo peso da
amostra e multiplicando o valor por 100.
Refratômetro de ABBÉ
1 - Adicionar 3 gotas do caldo filtrado entre os prismas do refratômetro;
3 - A partir do ºBrix estimar a pureza do açúcar dividindo-se o valor encontrado pelo peso da
amostra e multiplicando o valor por 100.
Cálculos:
x 10.000
POL =
[]D20 x L x P
onde :
[]D20 = rotação ótica da sacarose ( + 66,5)
= ângulo de desvio obtido no polarímetro
L = comprimento do tubo polarimétrico em dm
P = massa da amostra em gramas
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 65
4 - Encher a bureta com o filtrado e titular a solução de FEHLING até que a solução fique
levemente azulada;
onde:
V = volume em ml da solução de glicose gasto para titular a solução de FEHLING
T = concentração da solução de glicose em g/100 ml.
7 - Cálculo da concentração de açúcares redutores no caldo de cana
T x 10.000
% Açúcares Redutores =
Vg x Va
onde:
T = fator da solução de FEHLING em gramas
Vg = volume em ml da amostra gasto na titulação da solução de FEHLING
Va = volume em ml da amostra
1. Pesar 200g de açúcar cristal em béquer de 600ml e adicionar 200 ml de água filtrada. Agitar
até dissolução total do açúcar. Caso necessário, aquecer em chapa de aquecimento. Verificar o
Brix com refratômetro manual.
2. Adicionar 10 ml de solução de ácido cítrico a 2% m/v. O pH deve ficar em torno de 3,0. Caso
necessário adicione mais ácido.
3. Aquecer a solução de açúcar até ebulição e mantê-la por 15 minutos. Para diminuir a perda
de água por evaporação, colocar um vidro de relógio sobre o béquer. Retirar aproximadamnete
10 ml a cada 5 minutos e reservar para avaliação do grau de hidrólise.
MEL
1 – INTRODUÇÃO
O mel é um produto elaborado por diversas espécies de abelhas a partir do néctar de flores
ou de substâncias sacarídicas das plantas. Suas características organolépticas, físicas,
químicas e microbiológicas apresentam grande variação. Vários fatores contribuem para que o
mel apresente grande diversidade de composição, como: espécies de plantas (flor), tipo de
alimentação da abelha (natural ou artificial), época do ano, tempo de armazenamento, etc. O
mel é constituído de diferentes açúcares sendo que glicose e frutose são os principais, além de
proteínas, aminoácidos, enzimas, minerais, ácidos orgânicos, polen e outras substâncias.
Apresenta, ainda, vestígios de fungos, algas, leveduras e outras partículas sólidas resultantes
do seu processo de obtenção.
O mel apresenta um valor comercial elevado, o que o leva a ser fraudado frequentemente
com os mais variados tipos de produtos. Como exemplo rotineiro pode-se citar a adição de
açúcar invertido. No entanto, essas fraudes e outras alterações que o mel pode apresentar, são
facilmente detectadas através de análise em laboratório. As determinações que devem ser
realizadas são: teor de açúcares redutores, ºBrix (sólidos solúveis totais), sacarose aparente,
teor de umidade, acidez, atividade diastásica, HMF, sólidos insolúveis e cinzas.
2 – ANÁLISE DE MEL
transferido, com auxílio de 200 ml de água destilada, para o mesmo balão volumétrico de 1000
ml. Após completar o volume, agitar e guardar em frasco de polietileno.
Solução de glicose a 1% m/v: pesar 1,00 g de glicose em béquer de 50 ml. Transferir, com
auxílio de água destilada, para balão volumétrico de 100 ml. Completar o volume e agitar.
Guardar em frasco de vidro na geladeira. Esta solução é utilizada para a padronização da
solução de FEHLING.
Solução indicadora de azul de metileno a 1% m/v: pesar 1,00g de azul de metileno em béquer
de 50 ml. Transferir, com auxílio de água destilada, para balão volumétrico de 100 ml.
Completar o volume e agitar. Guardar em frasco conta-gotas.
4 – Quando a solução de FEHLING estiver fervendo, titular com a solução de mel até o
desaparecimento quase total da cor azul. Nesse momento, adicionar 2-3 gotas do indicador
azul de metileno.
Cálculo:
T x 10.000
% Açúcares redutores =
V x P
onde:
T = fator da solução de FEHLING em gramas
V = volume em mL da solução de mel gasto na titulação do FEHLING
P = peso da amostra em gramas
Tabela de Chataway
Índice Umid. Índice Umid. Índice Umid. Índice Umid.
1,5041 13,0 1,4990 15,0 1,4940 17,0 1,4890 19,0
1,5035 13,2 1,4985 15,2 1,4935 17,2 1,4885 19,2
1,5030 13,4 1,4980 15,4 1,4930 17,4 1,4880 19,4
1,5025 13,6 1,4975 15,6 1,4925 17,6 1,4876 19,6
1,5020 13,8 1,4970 15,8 1,4920 17,8 1,4871 19,8
1,5015 14,0 1,4965 16,0 1,4915 18,0 1,4866 20,0
1,5010 14,2 1,4960 16,2 1,4910 18,2 1,4862 20,2
1,5005 14,4 1,4955 16,4 1,4905 18,4 1,4858 20,4
1,5000 14,6 1,4950 16,6 1,4900 18,6 1,4853 20,6
1,4995 14,8 1,4945 16,8 1,4895 18,8 1,4849 20,8
Obs. : Quando o índice de refração não coincidir com a tabela, fazer interpolação.
Outros fatores também contribuem para a diminuição da atividade diastásica do mel, como a
adição fraudulenta de açúcar invertido e um longo tempo de armazenamento (> 6 meses). Para
se medir a atividade diastásica utiliza-se uma solução de amido a 1 % m/v em contato com
uma solução de mel, em condições controladas de tempo e temperatura.
Solução de Iodo: pesar 2,0g de iodeto de potássio e 1,0g de iodo em béquer de 50 mL.
Adicionar 300 mL de água destilada, em pequenas porções, e transferir para frasco de vidro
âmbar.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 69
3 - Transferir 10 mL da solução de mel, com auxílio de pipeta volumétrica, para tubo de ensaio
e adicionar 1 mL de solução de amido;
4 - Mergulhar o tubo em banho maria a 45o.C por uma hora. Fazer uma prova em branco
mantendo um outro tubo de ensaio, contendo o mesmo volume de solução de mel e solução de
amido, à temperatura ambiente;
6 - Na presença de mel puro ou não aquecido acima de 60ºC aparecerá uma coloração verde-
oliva ou castanha;
7 - Na presença de mel adulterado ou aquecido acima de 60ºC aparecerá uma coloração azul.
Solução de hidróxido de sódio 0,01 N: pesar 0,45g de hidróxido de sódio (NaOH) em béquer
de 100 ml e transferir , após dissolução com água destilada, para balão volumétrico de 1000 ml.
Completar volume e agitar. Guardar a solução em frasco de polietileno.
2 - Adicionar 50 mL de água destilada, com auxílio de proveta, e agitar, por rotação, até
completa dissolução da amostra.
3 - Adicionar 3-4 gotas de fenolftaleína e titular com solução de hidróxido de sódio até obtenção
de uma coloração rósea persistente por 30 segundos, no mínimo.
Cálculos:
VxNxfx1000
Acidez =
P
onde:
V = volume em mL da solução de hidróxido de sódio gasto na bureta;
N = normalidade da solução de hidróxido de sódio;
f = fator de correção da normalidade da solução de hidróxido de sódio;
P = peso da amostra em gramas
2 – RESULTADOS
AR =
umidade =
ºBrix =
sacarose aparente =
AD:
acidez =
3 - CONCLUSÃO
A conclusão deverá ser baseada na Instrução Normativa no. 11, de 20/10/2000, do Ministério da
Agricultura, Abastecimento e Pecuária - MAPA.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 71
AMIDOS E FÉCULAS
1. INTRODUÇÃO
Segundo a resolução nº 12/1978 da CNNPA (Comissão Nacional de Normas e Padrões para
Alimentos), revogada pela Resolução RDC Nº 263, de 22 de setembro de 2005, da ANVISA, a
designação amido é reservada para o produto amiláceo obtido das partes aéreas de vegetais
(semente, etc.) e, fécula, ao produto amiláceo extraído das partes subterrâneas comestíveis de
vegetais (tubérculos, raízes e rizomas). O produto é designado amido ou fécula, seguido do
nome do vegetal de origem, exemplo: amido de milho, fécula de batata.
Os amido e féculas devem ser fabricados a partir de matérias-primas sãs e limpas, isentas
de matérias terrosas e de parasitos. Não podem estar úmidos, fermentados ou rançosos. Sob a
forma de pó, devem produzir ligeira crepitação quando comprimido entre os dedos. É permitido
expor ao consumo mistura de amidos ou féculas, desde que declarado no rótulo.
O amido é o principal constituinte desses produtos amiláceos e a sua identificação é feita por
microscopia, uma vez que o tipo, tamanho, formato e presença de hilo nos diferentes tipos de
amido variam conforme a origem.
3 – araruta: produto amiláceo extraído dos rizomas de diversas espécies do gênero Maranta
(Maranta arundinacea, Maranta nobilis, etc.);
6 - sagu: produto amiláceo extraído de várias espécies de palmeiras (Metroxylion spp.). Quando
preparado a partir de outros amidos ou féculas terá forma granulada e será designado pela
palavra "sagu", seguido do nome do vegetal de origem, nos mesmos caracteres e tamanho da
palavra "sagu";
7 – tapioca: produto obtido, sob forma granulada, a partir da fécula de mandioca submetida a
processo tecnológico adequado.
72 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
2. Métodos
2.1. Microscopia
2 - Adicionar uma gota de álcool e, a seguir, uma gota da mistura de glicerina e água destilada
(1:1) e cobrir com a lamínula. Remover o excesso de líquido com papel de filtro;
Pi - Pf
% umidade = x 100
Pi
onde:
Pi = Peso da amostra úmida
Pf = Peso da amostra seca
Pi - Pf
% Umidade = x 100
Pi
onde:
Pi = Peso da amostra úmida
Pf = Peso da amostra seca
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 73
4 - Solução de ácido clorídrico a 25% - medir, com auxílio de proveta, 34 ml de ácido clorídrico
concentrado e transferir para balão volumétrico de 50 ml, contendo previamente 10 ml de água
destilada. Completar volume e agitar. Guardar a solução em frasco de vidro.
1º Etapa
1 - Pesar 2,5 gramas de amostra finamente pulverizada em béquer de 50 ml e transferir, com
auxílio de 50 ml de ácido clorídrico 0,31MN, para balão volumétrico de 100 ml;
Obs.: Nesta etapa, tanto o amido quanto os açúcares solúveis contribuem para a leitura "A"
no polarímetro.
2a. Etapa
1 - Pesar 2,5 gramas de amostra finamente pulverizada em béquer de 50 ml e transferir, com
auxílio de 50 ml de água destilada, para balão volumétrico de 100 ml.
Obs.: Nesta etapa, somente os açúcares solúveis contribuem para a leitura "B" no
polarímetro.
Cálculo:
x 100 x 100
% Amido + Açúcares = 20
Solúveis L x D x peso amostra
* x 100 x 100
% Açúcares Solúveis = 20
L x D x peso amostra
onde :
= ângulo de desvio para a leitura A
* = ângulo de desvio para a leitura B
L = comprimento do tubo polarimétrico em dm
20
D = rotação ótica do amido (203)
2 - Solução de hidróxido de sódio 0,01M para amidos e féculas e 0,1M para farinha de trigo:
proceder como descrito em óleos e gorduras vegetais, determinação da acidez titulável.
2 - Adicionar, com auxílio de proveta, 20 ml de água destilada e agitar o frasco até formar uma
pasta. Adicionar mais 30 ml de água destilada e agitar, cuidadosamente, para evitar que as
partículas subam pelas paredes do frasco;
Cálculo:
V x M x f x 5610 100
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 75
onde:
V = volume em ml de hidróxido de sódio
M = molaridade da solução de NaOH
f = fator de correção da molaridade
P = massa da amostra em gramas
Cálculos
N x 100
% Cinzas =
P
onde:
N = peso em gramas de cinzas (diferença entre os pesos da cápsula com amostra e a
cápsula vazia)
P = peso em gramas da amostra
Resultados e Discussão
A partir dos resultados encontrados na análise da amostra, verificar se os mesmos se
encontram dentro dos padrões estabelecidos pela legislação.
76 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
FARINHAS
1. INTRODUÇÃO
Segundo a resolução nº 12/18 de 1978 da CNNPA (Comissão Nacional de Normas e Padrões
para Alimentos), revogada pela Resolução RDC Nº 263, de 22 de setembro de 2005, da
ANVISA, a denominação farinha é aplicada ao produto obtido pela moagem da parte comestível
de vegetais, podendo sofrer previamente processos tecnológicos adequados. O produto é
designado farinha, seguido do nome do vegetal de origem, exemplo : farinha de mandioca,
farinha de arroz, farinha de banana.
1 - Farinha simples - produto obtido da moagem ou raladura dos grãos, rizomas, frutos ou
tubérculos de uma só espécie vegetal;
2 - Farinha mista - produto obtido pela mistura de farinhas de diferentes espécies vegetais.
a) Farinha de alfarroba - produto obtido pela moagem do grão de alfarroba (Coratomia siliqua,
L.), previamente descorticada;
c) Farinha de arroz - produto obtido pela moagem do grão de arroz (Oryza sativa, L.),
beneficiado;
d) Farinha de aveia - produto obtido pela moagem do grão de aveia (Avena sativa, L.),
beneficiada;
e) Farinha de centeio - produto obtido pela moagem do grão de centeio (Secale cereale, L.),
beneficiado;
f) Farinha de fruta - farinha de aveia - produto obtido pela moagem do grão de aveia (Avena
sativa, L.), beneficiada pela pulverização de frutas previamente dessecadas;
g) Farinha integral - produto obtido pela moagem ou raladura da parte comestível dos grãos,
rizomas, frutas ou tubérculos integrais;
h) Farinha de glúten - produto obtido da farinha de trigo (Triticum vulgare), privado de quase
todo o seu amido;
i) Farinha de mandioca - produto obtido pela ligeira torração da raladura das raízes de
mandioca (Manihot utilíssima) previamente descascada, lavada e isenta de compostos
cianetos. O produto submetido à nova torração é denominado "farinha de mandioca torrada";
k) Farinha de milho - produto obtido pela ligeira torração do grão de milho (Zea mays, L.),
degerminado ou não, previamente macerado, socado e peneirado;
l) Fubá de milho ou fubá - produto obtido pela moagem do grão de milho (Zea mays, L.),
degerminado ou não;
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 77
m) Farinha de soja - produto obtido pela moagem do grão soja (Glycine max), previamente
descorticado e parcialmente desengordurado.
2. FARINHA DE TRIGO
Devido à importância que o consumo de trigo tem no Brasil, onde a farinha é utilizada como
matéria-prima numa grande variedade de produtos alimentícios, o MAPA publicou a Instrução
Normativa no. 8, de 2 de junho de 2005, contendo os padrões de identidade e qualidade da
farinha de trigo. A Farinha de Trigo será classificada em 03 (três) Tipos, conforme tabela
abaixo.
OBS.: será considerada como Fora de Tipo toda Farinha de Trigo que não se enquadrar nos limites de
tolerância estabelecidos na Tabela 1 deste Regulamento Técnico.
Resultados e Discussão
A partir dos resultados encontrados na análise da amostra, verificar se os mesmos se
encontram dentro dos padrões estabelecidos pela legislação.
78 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de
abril de 1999, c/c do Art. 111, inciso I, alínea "b" § 1º do Regimento Interno aprovado pela
Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000,
em reunião realizada em 29, de agosto de 2005,
Art. 2º As empresas têm o prazo de 01 (um) ano, a contar da data da publicação deste
Regulamento para adequarem seus produtos.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando os
infratores às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA ÓLEOS VEGETAIS, GORDURAS VEGETAIS E
CREME VEGETAL
1. ALCANCE
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os Óleos
Vegetais, as Gorduras Vegetais e o Creme Vegetal.
2. DEFINIÇÃO
2.1.2. Azeite de Oliva: é o produto obtido somente dos frutos da oliveira (Olea europaea L.),
excluídos os óleos obtidos através de solventes ou processos de reesterificação e ou qualquer
mistura de outros óleos.
2.1.3. Azeite de Oliva Virgem: é o produto obtido do fruto da oliveira (Olea europaea L.),
somente por processos mecânicos ou outros meios físicos, em condições térmicas, que não
produzam alteração do azeite, e que não tenha sido submetido a outros tratamentos além da
lavagem, decantação, centrifugação e filtração.
2.1.4. Óleo de Bagaço de Oliva Refinado: é o produto obtido pelo tratamento do bagaço de
frutos da oliveira (Olea europaea L.), com solventes ou outros tipos de tratamentos físicos,
excluídos os óleos obtidos por reesterificação ou qualquer mistura de outros óleos. O produto
deve obrigatoriamente ser refinado.
2.2. Óleos Mistos ou Compostos: são os produtos obtidos a partir da mistura de óleos de duas
ou mais espécies vegetais.
2.3. Óleos Vegetais e Gorduras Vegetais com especiarias: são os óleos e as gorduras vegetais
adicionados de especiarias.
2.4. Óleos e Gorduras Vegetais Modificados: são os produtos obtidos a partir de óleos ou
gorduras submetidos a processos físicos ou químicos tais como fracionamento, hidrogenação
ou interesterificação.
3. DESIGNAÇÃO
3.1. Óleos Vegetais: devem ser designados de "Óleo", seguido do nome comum da espécie
vegetal utilizada. A designação pode ser acrescida de expressão(ões) relativa(s) ao processo
de obtenção ou característica específica.
3.1.1. A designação "Azeite de Dendê" pode ser utilizada somente para o óleo de palma bruto
(Elaeis guineensis Jacq.).
3.2. Os azeites de oliva devem ser designados de acordo com as definições constantes nos
itens 2.1.2 e 2.1.3 e características estabelecidas no item 5 (Requisitos Específicos). A
80 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
3.3. Óleo de Bagaço de Oliva Refinado: deve ser designado de "Óleo de Bagaço de Oliva
Refinado". O produto não pode ser designado de "Azeite de Oliva".
3.4. Gorduras Vegetais: podem ser designadas de "Gordura" seguida do nome comum da
espécie vegetal utilizada ou denominações consagradas pelo uso.
3.5. Óleos Mistos ou Compostos: devem ser designados de "Óleo Misto" ou "Óleo Composto",
seguido dos nomes comuns das espécies vegetais utilizadas, em ordem decrescente de
proporção na composição do produto.
3.6.1. Os Óleos Vegetais e Azeites devem ser designados de "Óleo" ou "Azeite", seguido do(s)
nome(s) comum(ns) da(s) espécie(s) vegetal(is) do(s) óleo(s) e especiaria(s) utilizada(s).
3.6.2. As Gorduras Vegetais podem ser designadas de "Gordura", seguida do(s) nome(s)
comum(ns) da(s) espécie(s) vegetal(is) da(s) gordura(s) ou designação consagrada pelo uso,
seguida do(s) nome(s) comum(ns) da(s) especiaria(s) utilizada(s). Podem ser usadas
expressões relativas ao processo de obtenção, característica específica ou finalidade de uso.
3.7. Óleos ou Gorduras Vegetais Modificados: devem ser designados de "Óleo" ou "Gordura
Vegetal" seguido da expressão "Modificado" ou outras relativas ao processo de obtenção e ou
finalidade de uso. Podem ser seguidos do(s) nome(s) comum(ns) da(s) espécie(s) vegetal(is)
utilizada(s).
3.8. Creme Vegetal: deve ser designado de "Creme Vegetal", podendo ser seguido da
finalidade de uso, característica específica ou da designação do(s) ingrediente(s) que
caracteriza(m) o produto.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1. BRASIL. Decreto nº. 55.871, de 26 de março de 1965. Modifica o Decreto nº. 50.040, de 24
de janeiro de 1961, referente a normas reguladoras do emprego de aditivos para alimentos,
alterado pelo Decreto nº. 691, de 13 de março de 1962. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09
abr. 1965. Seção 1.
4.2. BRASIL. Decreto - Lei nº. 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre
alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 out. 1969. Seção 1.
4.3. BRASIL. Resolução nº 4, de 24 de novembro de 1988. Aprova revisão das Tabelas I, III, IV
e V referente a Aditivos Intencionais, bem como os anexos I, II, III e VII, todos do Decreto nº.
55.871, de 26 de março de 1965. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 dez. 1988. Seção 1.
4.4. BRASIL. Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 set. 1990 Suplemento.
4.5. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 1.428, de 26 de novembro de 1993. Regulamento Técnico
para Inspeção Sanitária de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 dez. 1993. Seção
1.
4.6. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 326, de 30 de julho de 1997. Regulamento Técnico sobre as
Condições Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 01 ago. 1997.
Seção 1.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 81
4.7. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 27, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
Referente à Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jan.
1998. Seção 1.
4.8. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 29, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
referente a Alimentos para Fins Especiais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 jan. 1998.
Seção 1.
4.9. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 685, de 27 de agosto de 1998. Regulamento Técnico de
Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em
Alimentos e seu Anexo: Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 28 ago. 1998. Seção 1.
4.10. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de
Procedimento para Registro de alimentos e ou novos ingredientes. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 03 mai. 1999. Seção 1.
4.11. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 17, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico que
estabelece as Diretrizes Básicas para a Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 03 mai. 2004. Seção 1.
4.12. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 386 de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico
que aprova o uso de Aditivos Alimentares segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas
funções. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999, Seção 1.
4.14. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 23, de 15 de março de 2000. Manual de Procedimentos
Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à
Área de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 16 mar. 2000. Seção 1.
4.15. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento
Técnico sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
10 jan. 2001. Seção 1.
4.16. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 234, de 19 de agosto de 2002. Regulamento
Técnico sobre aditivos utilizados segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas Funções.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 ago. 2002. Seção 1.
4.17. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 259, de 20 de setembro de 2002. Regulamento
Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 set.
2002. Seção 1.
4.18. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 275, de 21 de outubro de 2002. Regulamento
Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de
Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 06 nov. 2002. Seção 1.
4.19. BRASIL. Lei nº. 10.674, de 16 de maio de 2003. Obriga a que os produtos alimentícios
comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle
da doença celíaca. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 mai. 2003. Seção 1.
4.20. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 175, de 08 de julho de 2003. Regulamento
Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde
Humana em Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 jul. 2003. Seção 1.
82 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
4.21. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 359, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento
Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
4.22. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento
Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
4.23. CODEX ALIMENTARIUS (FAO/WHO). Codex Standard for Named Vegetable Oils,
CODEX STAN 210 (Amended 2003). Codex Alimentarius, Roma, Itália, 2003.
4.24. CODEX ALIMENTARIUS (FAO/WHO). Codex Standard for Olive Oils, and Olive Pomace
Oils, CODEX STAN 33 -1981. Codex Alimentarius, Roma, Itália, rev. 2. 2003.
5. REQUISITOS ESPECÍFICOS
5.1. Acidez:
- Óleos e gorduras refinados (exceto azeite de oliva refinado e óleo de bagaço de oliva
refinado): máximo 0,6 mg KOH/g
- Óleos prensados a frio e não refinados: máximo 4,0 mg KOH/g
- Óleo de palma virgem: máximo 10,0 mg KOH/g
- Azeite de oliva extra virgem: máximo 0,8 g/100 g em ácido oléico
- Azeite de oliva virgem: máximo 2,0 g/100 g em ácido oléico
- Azeite de oliva: máximo 1,0 g/100 g em ácido oléico
- Azeite de oliva refinado: máximo 0,3 g /100 g em ácido oléico
- Óleo de bagaço de oliva refinado: máximo 0,3 g/100 g em ácido oléico
5.3. A identidade de óleos vegetais, incluindo azeites de oliva, e de gorduras vegetais deve
atender aos requisitos de composição estabelecidos em normas do Codex Alimentarius -
FAO/OMS.
6. REQUISITOS GERAIS
6.4. A utilização de óleo ou gordura de espécie vegetal que não é tradicionalmente utilizada
como alimento pode ser autorizada, desde que seja comprovada a segurança de uso, em
atendimento ao Regulamento Técnico específico.
7.1. Quando se tratar de mistura de azeite de oliva com óleo(s) de outra(s) espécie(s)
vegetal(is), o percentual (%) de azeite de oliva deve ser declarado na designação do produto
com o mesmo tamanho e destaque.
7.2. Para os óleos vegetais deve constar, em destaque e em negrito, a recomendação "Manter
em local seco e longe de fonte de calor" ou expressão equivalente sobre a conservação do
produto. Para os produtos acondicionados em embalagens transparentes, acrescentar "ao
abrigo da luz".
84 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
Parágrafo único. Exclui-se das disposições desta Instrução Normativa o Leite de Cabra, objeto
de regulamentação técnica específica.
Art. 3º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, observados os
prazos estabelecidos na Tabela 2 do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Leite
Cru Refrigerado.
ANEXO I
ANEXO II
ANEXO III
ANEXO IV
ANEXO V
ANEXO VI
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 85
ANEXO I
1. Alcance
1.1. Objetivo
Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a produção, a identidade e a
qualidade do leite tipo A.
2. Descrição
2.1. Definições
2.1.1. Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa e
ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O
leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de que proceda;
2.1.2. Entende-se por Leite Pasteurizado tipo A o leite classificado quanto ao teor de gordura
em integral, padronizado, semidesnatado ou desnatado, produzido, beneficiado e envasado em
estabelecimento denominado “Granja Leiteira’, observadas as prescrições contidas no presente
Regulamento Técnico;
3.2. Localização: localizada fora da área urbana, a Granja deve dispor de terreno para as
pastagens, manejo do gado e construção das dependências e anexos, com disponibilidade
para futura expansão das edificações e aumento do plantel. Deve estar situada distante de
fontes poluidoras e oferecer facilidades para o fornecimento de água de abastecimento, bem
como para a eliminação de resíduos e águas servidas. A localização da Granja e o tratamento e
eliminação de águas residuais devem sempre atender as prescrições das autoridades e órgãos
competentes. Deve estar afastada no mínimo 50 m (cinqüenta metros) das vias públicas de
tráfego de veículos estranhos às suas atividades, bem como possuir perfeita circulação interna
de veículos. Os acessos nas proximidades das instalações e os locais de estacionamento e
manobra devem estar devidamente pavimentados de modo a não permitir a formação de poeira
e lama. As demais áreas devem ser tratadas e/ou drenadas visando facilitar o escoamento das
águas, para evitar estagnação. A área das instalações industriais deve ser delimitada através
86 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
de cercas que impeçam a entrada de pequenos animais, sendo que as residências, quando
existentes, devem situar-se fora dessa delimitação. É vedada a residência nas construções
destinadas às instalações da Granja, como também a criação de outros animais (aves, suínos,
por exemplo) na proximidade das instalações.
3.3.2.1. Estrutura coberta bem acabada e de material de boa qualidade. Paredes, quando
existentes, em alvenaria, com acabamento e pintadas com tintas de cor clara. Como
substitutivos das paredes podem ser empregados tubos galvanizados, correntes ou outro
material adequado;
3.3.2.4. Manjedouras (cochos) de fácil limpeza e sanitização sem cantos vivos, revestidas com
material impermeável, de modo a facilitar o escoamento das águas de limpeza. Os bebedouros
devem igualmente ser de material de bom acabamento, côncavos e de fácil limpeza,
recomendando-se o uso de bebedouros individuais. Instalação de água sob pressão para
limpeza.
3.3.3.4. O teto deve possuir forro em material impermeável de fácil limpeza. Em se tratando de
cobertura em estrutura metálica com telhas de alumínio ou tipo “calhetão”, é dispensado o
forro;
3.3.3.7. Sistema de contenção de fácil limpeza e sanitização, não sendo permitido nesta
dependência o uso de canzil de madeira;
3.3.5.5. Para a fabricação de outros produtos lácteos devem ser previstas as instalações e
equipamentos exigidos em normas ou Regulamentos Técnicos do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
3.3.6. Câmara Frigorífica: com capacidade compatível com a produção da Granja, a câmara
deve ser situada anexa à dependência de beneficiamento e em fluxo lógico em relação ao local
de envase e à expedição. São aceitas câmaras pré - moldadas ou construídas em outros
materiais, desde que de bom acabamento e funcionamento. As aberturas devem ser de aço
inoxidável, fibra de vidro ou outro material adequado. A câmara deve possuir termômetro de
leitura para o exterior e assegurar a manutenção do leite em temperatura máxima de 4°C
(quatro graus Celsius), e os demais produtos, conforme indicação tecnológica.
3.3.8. Expedição: a expedição deve ser localizada levando-se em conta a posição das câmaras
frigoríficas e a saída do leite e dos demais produtos do estabelecimento. Deve estar separada
da recepção de caixas plásticas, considerada como "área suja", bem como ser provida de
cobertura com dimensões para abrigo dos veículos em operação.
3.3.10. Dependência para guarda de embalagens: deve estar situada no prédio da dependência
de beneficiamento e envase ou num dos seus anexos.
3.3.11.1. Nos casos em que for necessário, deve ser feito o tratamento completo (floculação,
sedimentação, filtração, neutralização e outras fases);
3.3.11.2. Os reservatórios de água tratada devem ser situados com o necessário afastamento
das instalações que lhes possam trazer prejuízos e mantidos permanentemente tampados e
isolados através de cerca. Diariamente deve ser feito o controle da taxa de cloro;
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 89
3.3.11.4. As mangueiras existentes nestas seções devem ser mantidas em suporte metálico. A
água de recuperação utilizada na refrigeração só pode ser reutilizada na produção de vapor.
3.3.12.1. Nas demais seções, a rede de esgotos deve constar de canaletas de fundo côncavo
ou ralos sifonados ligados a sistemas de tubulações para condução e eliminação, não se
permitindo o deságüe direto das águas residuais na superfície do terreno, devendo, no seu
tratamento, ser observadas as prescrições estabelecidas pelo órgão competente. As
instalações sanitárias devem ter sistema de esgotos independente.
3.3.13.1. Bezerreiro: o bezerreiro deve ser localizado em áreas afastadas das dependências de
ordenha e de beneficiamento, industrialização e envase, sendo que as características gerais da
construção devem observar às mesmas estabelecidas para a dependência de abrigo e
arraçoamento;
3.3.13.3. Silos, depósitos de feno, dependência para preparo e depósito de ração, banheiro ou
pulverizadores de carrapaticidas e brete: estas instalações, quando existentes, devem ser
situadas em locais apropriados, suficientemente distanciadas das dependências de ordenha e
de beneficiamento, industrialização e envase, de modo a não prejudicar o funcionamento e
higiene operacional das mesmas;
3.3.13.4. Sala de máquinas: deve possuir área suficiente para comportar os equipamentos a
serem instalados, e, quando localizada no corpo do prédio, deve ser separada por paredes
completas, podendo ser aplicados elementos vazados tipo "cobogó" somente nas paredes
externas, quando existentes;
3.3.13.5. Caldeira: quando existente, deve ser localizada em prédio específico, guardando
adequado afastamento de quaisquer outras construções, observando-se a legislação
específica. Os depósitos de lenha ou de outros combustíveis devem ser localizados
adequadamente e de modo a não prejudicar a higiene e o funcionamento do estabelecimento;
metálicos, com telas que permitam boa ventilação; devem ser individuais e com separação
interna para roupas e calçados. Quanto às características da construção, devem possuir
paredes azulejadas até 1,50m (um vírgula cinqüenta metro), pisos impermeáveis, e forros
adequados, ventilação e iluminação suficientes. Os lavatórios devem ter à disposição,
permanentemente, sabão líquido e neutro, toalhas descartáveis e cestas coletoras;
3.3.13.10. Garagem, oficinas e local para lavagem de veículos: estas instalações devem ser
situadas em setor específico, observando o devido afastamento das demais construções.
Anexos às mesmas devem ser depositados os materiais e insumos do setor, tais como
máquinas, peças, arados, pneus, etc.
4. Sanidade do Rebanho
A sanidade do rebanho leiteiro deve ser atestada por médico veterinário, nos termos
discriminados abaixo e em normas e regulamentos técnicos específicos, sempre que
requisitado pelas Autoridades Sanitárias.
4.2.2. Cujo diagnóstico clínico ou resultado positivo a provas diagnósticas indiquem presença
de doenças infecto-contagiosas que possam ser transmitidas ao homem através do leite;
4.2.3. Estejam sendo submetidos a tratamento com drogas e medicamentos de uso veterinário
em geral, passíveis de eliminação pelo leite, motivo pelo qual devem ser afastados da produção
pelo período recomendado pelo fabricante, de forma a assegurar que os resíduos da droga não
sejam superiores aos níveis fixados em normas específicas.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 91
4.4. Qualquer alteração no estado de saúde dos animais, capaz de modificar a qualidade
sanitária do leite, constatada durante ou após a ordenha, deve implicar condenação imediata
desse leite e do conjunto a ele misturado. As fêmeas em tais condições devem ser afastadas
do rebanho, em caráter provisório ou definitivo, de acordo com a gravidade da doença.
4.5. É proibido ministrar alimentos que possam prejudicar os animais lactantes ou a qualidade
do leite, incluindo-se nesta proibição substâncias estimulantes de qualquer natureza, não
aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, capazes de provocarem
aumento de secreção láctea.
5. Higiene da Produção
5.1. Condições Higiênico-Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria-Prima :
Devem ser seguidos os preceitos contidos no "Regulamento Técnico sobre as Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico –
Sanitários das Matérias - Primas para Alimentos Elaborados / Industrializados", aprovado pela
Portaria no 368 / 97 - MA, de 04 de setembro de 1997, para os seguintes itens:
5.1.2. Condições gerais das edificações (área coberta, piso, paredes ou equivalentes), relativas
à prevenção de contaminações;
5.2.1. As tetas do animal a ser ordenhado devem sofrer prévia lavagem com água corrente,
seguindo-se secagem com toalhas descartáveis e início imediato da ordenha, com descarte dos
jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou em outro recipiente específico para essa
finalidade;
5.2.4. Os trabalhadores da Granja, quaisquer que sejam suas funções, devem dispor de
carteira de saúde, que será renovada anualmente ou quando necessário;
5.2.5. A divisão dos trabalhos na Granja Leiteira deve ser feita de maneira que o ordenhador se
restrinja a sua função, cabendo aos outros trabalhadores as demais operações, por ocasião da
ordenha;
5.2.6. Todos os funcionários ocupados com operações nas dependências de ordenha e de
beneficiamento e envase devem usar uniformes brancos completos (gorro, macacão ou jaleco,
calça e botas). Para os demais devem ser uniformes azuis e botas pretas;
5.2.7. Todo o pessoal que trabalha nas dependências voltadas à produção deve apresentar
hábitos higiênicos;
5.2.9. Todas as dependências da granja leiteira devem ser mantidas permanentemente limpas;
5.2.10. A dependência de ordenha deve ser mantida limpa antes, durante e após a
permanência dos animais. Ao término de seu uso deve ser realizada completa sanitização do
piso e paredes para total remoção de resíduos;
5.2.11. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e sanitizado, de
acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO). Para o equipamento
de ordenha devem ser seguidas as recomendações do fabricante quanto a desmontagem,
limpeza e substituição de componentes nos períodos indicados. A realização desses
procedimentos deve ser registrada em documentos específicos, caracterizando a padronização
e garantia da qualidade, para gerar rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC.
6. Controle da Produção
6.1. As instalações e equipamentos devem estar em perfeitas condições de conservação e
funcionamento, de forma a assegurar a obtenção, tratamento e conservação do produto dentro
dos níveis de garantia obrigatórios;
6.2. O filtro do circuito de ordenha (pré-filtro) deve ser constituído de aço inoxidável e o
elemento filtrante, de material adequado a essa função;
6.4. Especial cuidado deve ser sempre dispensado para a correta observação do tempo de
sangria do pasteurizador, de forma que a água acumulada no seu interior seja totalmente
eliminada;
6.5. Os gráficos de registro das temperaturas do pasteurizador devem ser rubricados e datados
pelo encarregado dos trabalhos;
6.6. O envase deve iniciar-se em seguida à pasteurização e de modo a otimizar as operações;
6.7. A máquina de envase (quando o processo de envase empregar lactofilme) deve possuir
lâmpada ultravioleta sempre em funcionamento e, antes de iniciar-se a operação, deve-se
assegurar de que o sistema de alimentação esteja esgotado;
6.8. O leite envasado deve ser imediatamente depositado na câmara frigorífica e mantido à
temperatura máxima de 4°C (quatro graus Celsius), aguardando a expedição.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 93
7.3. Redutase ou Teste de Redução do Azul de Metileno (TRAM) (ver Nota no 1);
7.4. Pesquisa de Resíduos de Antibióticos (ver Nota no 2);
Nota nº 1: o Teste de Redução do Azul de Metileno pode ser substituído pela Contagem Padrão
em Placas.
- Contagem Padrão em Placas: média geométrica sobre um período de 03 (três) meses, com
pelo menos 01 (uma) análise mensal, em Unidade Operacional da Rede Brasileira de
Laboratórios para Controle da Qualidade do Leite, independentemente das análises realizadas
na freqüência estipulada pelo Programa de Controle de Qualidade interno da Granja Leiteira.
Nota nº (4): Densidade Relativa: dispensada quando os teores de Sólidos Totais (ST) e Sólidos Não
Gordurosos (SNG) forem determinados eletronicamente.
Nota nº (6): todos os métodos analíticos estabelecidos acima são de referência, podendo ser
utilizados outros métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e
correlações em relação aos respectivos métodos de referência.
11. Rotulagem
11.1. Deve ser aplicada a legislação específica;
11.2. A seguinte denominação do produto deve constar na sua rotulagem, de acordo com o
seu teor de gordura:
11.2.1. Leite Pasteurizado tipo A Integral;
11.3. Deve constar no rótulo à expressão "Homogeneizado", quando o leite for submetido a
esse tratamento, em conformidade com o que especifica o item 3.3.5.4 do presente
Regulamento Técnico, em função da sua validade.
12. Acondicionamento
O leite pasteurizado deve ser envasado com material adequado para as condições previstas de
armazenamento e que garanta a hermeticidade da embalagem e proteção apropriada contra
contaminação.
15. Contaminantes
96 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
16. Higiene
16.1. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e sanitizado, de
acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO). A realização desses
procedimentos deve ser registrada em documentos específicos, caracterizando a padronização
e garantia da qualidade, para gerar rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC;
16.2. Ademais, as práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de acordo com
o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios Gerais de Higiene
dos Alimentos (CAC/RCP I -1969, Rev. 3, 1997), além do disposto no "Regulamento Técnico
sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos", aprovado pela Portaria no368
/ 97 -MA, de 04 de setembro de 1997;
18. Amostragem
Devem ser seguidos os procedimentos recomendados na Norma IDF 50 C : 1995.
19.3. Os critérios a serem observados para a desclassificação do Leite tipo A são aqueles
previstos nos Critérios de Inspeção de Leite e Derivados.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 97
ANEXO II
1. Alcance
1.1. Objetivo
Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a produção, a identidade e a
qualidade do Leite Cru Refrigerado tipo B e Leite Pasteurizado tipo B;
2. Descrição
2.1. Definições
2.1.1. Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa e
ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O
leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de que proceda;
2.1.2. Entende-se por Leite Cru Refrigerado tipo B o produto definido neste Regulamento
Técnico, integral quanto ao teor de gordura, refrigerado em propriedade rural produtora de leite
e nela mantido pelo período máximo de 48h (quarenta e oito horas), em temperatura igual ou
inferior a 4oC (quatro graus Celsius), que deve ser atingida no máximo 3h (três horas) após o
término da ordenha, transportado para estabelecimento industrial, para ser processado, onde
deve apresentar, no momento do seu recebimento, temperatura igual ou inferior a 7oC (sete
graus Celsius).
2.1.3. Entende-se por Leite Pasteurizado tipo B o produto definido neste Regulamento Técnico,
classificado quanto ao teor de gordura como integral, padronizado, semidesnatado ou
desnatado, submetido à temperatura de 72 a 75oC (setenta e dois a setenta e cinco graus
Celsius) durante 15 a 20s (quinze a vinte segundos), exclusivamente em equipamento de
pasteurização a placas, dotado de painel de controle com termo-registrador computadorizado
ou de disco e termoregulador automáticos, válvula automática de desvio de fluxo, termômetros
e torneiras de prova, seguindo-se resfriamento imediato em equipamento a placas até
temperatura igual ou inferior a 4oC (quatro graus Celsius) e envase no menor prazo possível,
sob condições que minimizem contaminações;
3. Características do Estabelecimento
3.1. Estábulo:
3.1.1. Deve estar localizado em área distante de fontes produtoras de mau cheiro, que possam
comprometer a qualidade do leite;
3.1.2. Deve dispor de currais de espera de bom acabamento, com área mínima de 2,50 m2
(dois vírgula cinqüenta metros quadrados) por animal do lote a ser ordenhado. Entende-se
como bem acabado o curral dotado de piso concretado, blocos de cimento ou pedras
rejuntadas com declive não inferior a 2% (dois por cento), provido de canaletas sem cantos
vivos, e de largura, profundidade e inclinação suficientes, de modo a permitirem fácil
escoamento das águas e de resíduos orgânicos;
3.1.3. Os currais devem estar devidamente cercados com tubos de ferro galvanizado,
correntes, réguas de madeira, ou outro material adequado e possuírem mangueiras com água
sob pressão para sanitização.
3.1.4.2. Ter piso impermeável, revestido de cimento áspero ou outro material aprovado, com
declive não inferior a 2% (dois por cento) e provido de canaletas sem cantos vivos, de largura,
profundidade e inclinação suficientes, de modo a permitirem fácil escoamento das águas e de
resíduos orgânicos;
3.1.4.3. Ser delimitado por tubos de ferro galvanizado, correntes ou outro material, como
substitutos dos muros e paredes, que, quando existentes, devem ser impermeabilizados com
material de fácil sanitização até a altura mínima de 1,20 m (um vírgula vinte metro);
3.1.4.4. Ter manjedouras ou cochos de fácil sanitização, sem cantos vivos, impermeabilizadas
com material adequado, possuindo sistema de rápido escoamento para as águas de limpeza.
As manjedouras do tipo individual devem dispor de sistema próprio para escoamento das
águas;
3.1.5. Todas as dependências do estábulo devem possuir mangueiras com água sob pressão;
3.1.6. Possuir rede de esgoto para escoamento de águas servidas e dos resíduos orgânicos,
canalizados a uma distância tal que não venham a constituir-se em fonte produtora de mau
cheiro. As áreas adjacentes devem ser drenadas e possuir escoamento para águas pluviais;
3.1.7. Ter dependência apropriada para o leite, denominada Sala de Leite, quando a ordenha
for realizada no estábulo, que também deve servir para a guarda e higiene dos utensílios e
equipamentos, os quais não devem ter contato direto com o piso;
3.1.7.1. A Sala de Leite deve ser ampla o suficiente e apresentar áreas de iluminação e
ventilação adequadas, piso impermeabilizado e paredes impermeabilizadas até altura
adequada. As janelas e basculantes devem ser providos de telas à prova de insetos;
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 99
3.1.7.2. O equipamento de refrigeração do leite deve ser localizado nessa dependência. Assim,
deve oferecer as condições básicas para a transferência do leite refrigerado para o
caminhãotanque;
3.1.8. O estábulo deve possuir instalações sanitárias completas para os operadores e dotadas
de fossa séptica. O acesso a essas instalações deve ser indireto em relação às demais
edificações;
3.1.9. Permite-se a ordenha no Estábulo, desde que seja mecânica. Quando o Estábulo não
atender integralmente a essa disposição, torna-se obrigatória à construção de Dependência
para a Ordenha propriamente dita.
3.2.1. Deverá ser dotada de Sala de Leite, onde deve ser instalado o equipamento de
refrigeração do leite em placas ou por expansão direta. Nessa dependência, a ordenha pode
ser manual ou mecânica. Quando manual, deve ser provida de paredes na altura mínima de 2
m (dois metros);
3.2.2. Deve estar afastada de fonte produtora de mau cheiro e/ou construção que venha causar
prejuízos à obtenção higiênica do leite. Deve atender, ainda, às seguintes condições: ser
suficientemente ampla, apresentar áreas de iluminação e ventilação adequadas, forro, piso
impermeabilizado, paredes impermeabilizadas até altura adequada e possuir mangueiras com
água sob pressão. É facultativa a instalação de telas e basculantes;
3.3.1. Devem ser destinados apenas à contenção durante a ordenha. O bezerreiro (criação)
pode estar localizado em área contígua ao estábulo ou dependência para ordenha, desde que
isolado por parede e com acesso indireto, observados os cuidados técnicos e higiênico-
sanitários compatíveis com a produção do leite;
4. Sanidade do Rebanho
A sanidade do rebanho leiteiro deve ser atestada por médico veterinário, nos termos
discriminados abaixo e em normas e regulamentos técnicos específicos, sempre que
requisitado pelas Autoridades Sanitárias.
4.2.2. Cujo diagnóstico clínico ou resultado positivo a provas diagnósticas indiquem presença
de doenças infecto-contagiosas que possam ser transmitidas ao homem através do leite;
4.2.3. Estejam sendo submetidos a tratamento com drogas e medicamentos de uso veterinário
em geral, passíveis de eliminação pelo leite, motivo pelo qual devem ser afastados da produção
pelo período recomendado pelo fabricante, de forma a assegurar que os resíduos da droga não
sejam superiores aos níveis fixados em normas específicas.
4.4. Qualquer alteração no estado de saúde dos animais, capaz de modificar a qualidade
sanitária do leite, constatada durante ou após a ordenha, deve implicar condenação imediata
desse leite e do conjunto a ele misturado. As fêmeas em tais condições devem ser afastadas
do rebanho, em caráter provisório ou definitivo, de acordo com a gravidade da doença;
4.5. É proibido ministrar alimentos que possam prejudicar os animais lactantes ou a qualidade
do leite, incluindo-se nesta proibição substâncias estimulantes de qualquer natureza, não
aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, capazes de provocarem
aumento de secreção láctea.
5. Higiene da Produção
5.1. Condições Higiênico-Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria-Prima:
Devem ser seguidos os preceitos contidos no "Regulamento Técnico sobre as Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/
Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico-Sanitários das
Matérias-Primas para Alimentos Elaborados/Industrializados", aprovado pela Portaria no 368 /
97 - MA, de 04 de setembro de 1997, para os seguintes itens:
5.1.2. Condições gerais das edificações (área coberta, piso, paredes ou equivalentes), relativas
à prevenção de contaminações;
5.2.1. As tetas do animal a ser ordenhado devem sofrer prévia lavagem com água corrente,
seguindo-se secagem com toalhas descartáveis e início imediato da ordenha, com descarte dos
jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou em outro recipiente específico para essa
finalidade. Em casos especiais, como os de alta prevalência de mamite causada por
microrganismos do ambiente, pode-se adotar o sistema de desinfecção das tetas antes da
ordenha, mediante técnica e produtos desinfetantes apropriados, adotando-se rigorosos
cuidados para evitar a transferência de resíduos desses produtos para o leite (secagem
criteriosa das tetas antes da ordenha);
5.2.3. O leite obtido deve ser coado em recipiente apropriado de aço inoxidável, náilon, alumínio
ou plástico atóxico e refrigerado até a temperatura máxima de 4oC (quatro graus Celsius), em
até 3h (três horas) após o término da ordenha;
5.2.5. A alteração e/ou inclusão ou exclusão de animais do rebanho deve ser acompanhada
das providências de ordem sanitária cabíveis;
5.2.7. É obrigatório o uso de macacão de cor clara, gorro e botas de borracha para todos os
funcionários que trabalham no estábulo. Para o ordenhador recomenda-se o uso de avental
plástico ou similar de cor branca;
5.2.8. Deve haver divisão dos trabalhos no estábulo, de maneira que o ordenhador se restrinja
à sua função, cabendo a outros as operações de contenção dos animais, lavagem e
sanitização das tetas;
5.2.9. O local de ordenha deve ser mantido sob rigorosas condições de higiene;
5.2.11. Na ordenha, deve ser usado balde de abertura lateral, sem costuras ou soldas que
dificultem sua limpeza e sanitização;
5.2.12 As vacas com mastite devem ser ordenhadas por último e seu leite não pode ser
destinado para consumo humano;
5.2.13. Devem ser exigidos hábitos higiênicos de todo pessoal que trabalhe no estábulo, como
também a proibição de fumar nos locais de ordenha e de manipulação do leite.
6.1.1. Para o transporte, a ser realizado exclusivamente em carros - tanque, do Leite Cru
Refrigerado Tipo B oriundo de uma ou mais propriedades rurais, devem ser seguidas as
especificações gerais contidas no Regulamento Técnico de Coleta de Leite Cru Refrigerado e
seu Transporte a granel, além das seguintes:
6.1.2. O leite deverá ser mantido sob refrigeração à temperatura máxima de 4°C (quatro graus
Celsius). A transferência do leite do tanque estacionário para o veículo coletor deve se
processar em circuito fechado e em local devidamente coberto;
6.1.3. Devem ser coletadas amostras por produtor, devidamente acondicionadas, para
complementação dos exames no estabelecimento de industrialização. A coleta dessa amostra
deve ser feita por pessoal treinado e capacitado para esse fim, e em condições apropriadas aos
exames físico-químicos e microbiológicos;
7.1.1. O leite só pode ser recebido na categoria tipo B, quando se enquadrar nos requisitos
microbiológicos e às condições de transporte e de temperatura estabelecidos no presente
Regulamento Técnico;
7.1.4. A recepção de outros tipos de Leite Cru, refrigerado ou não, antes do Leite Cru tipo B
refrigerado deve implicar lavagem e sanitização compulsórias do circuito comum a ambos os
tipos;
7.1.5. Quando dispuser de mais de um equipamento de recepção, podem ser recebidos mais
de um tipo de leite no mesmo horário, desde que seja feito controle rigoroso das operações e
perfeita identificação dos equipamentos e das tubulações, não se permitindo que estas tenham
derivações que permitam ao Leite tipo B misturar-se com outro tipo de leite em processamento
simultâneo;
7.1.7. O leite que for desclassificado pode ser recebido na indústria dentro da categoria que
alcançar. O produto deve retornar à sua categoria original após apresentar-se novamente
dentro do padrão fixado no presente Regulamento.
- Contagem Padrão em Placas: média geométrica sobre um período de 03 (três) meses, com
pelo menos 01 (uma) análise mensal, em Unidade Operacional da Rede Brasileira de
Laboratórios para Controle da Qualidade do Leite, independentemente das análises realizadas
na freqüência estipulada pelo Programa de Controle de Qualidade interno do estabelecimento
processador;
Nota nº (4): Densidade Relativa: dispensada quando os teores de Sólidos Totais (ST) e Sólidos
Não Gordurosos (SNG) forem determinados eletronicamente.
8.3 Controle Diário de Qualidade do Leite Cru Refrigerado Tipo B, de conjunto de produtores,
quando do seu recebimento no estabelecimento de destino (para cada compartimento do
tanque):
- temperatura;
- teste do álcool / alizarol na concentração mínima de 72% (setenta e dois por cento) v/v;
- acidez titulável;
- índice crioscópico;
- teor de gordura;
- % de ST e de SNG;
- prova de fosfatase
negativa
alcalina
- prova de
positiva LANARA/MA, 1981
peroxidase
LANARA/MA, 1981
Contagem Padrão
em Placas n = 5; c = 2; m = 4,0x104M = 8,0x104 S.D.A/MA,1993
(UFC/mL) **
Coliformes/ NMP/mL
n = 5; c = 2; m=2; M=5 S.D.A/MA,1993
(30/35oC)**
Coliformes/ NMP/mL
n = 5; c = 1; m=1; M=2 S.D.A/MA,1993
(45oC)**
Salmonella
n = 5; c = 0; m= ausência S.D.A/MA,1993
spp/25mL**
* Teor mínimo de SNG, com base no leite integral. Para os demais teores de gordura, esse valor deverá
ser corrigido pela seguinte fórmula:
Nota nº 6: todos os métodos analíticos estabelecidos acima são de referência, podendo ser
utilizados outros métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e
correlações em relação aos respectivos métodos de referência.
11. Rotulagem
11.1. Deve ser aplicada a legislação específica;
11.2. A seguinte denominação do produto deve constar na sua rotulagem, de acordo com o seu
teor de gordura:
11.3. Deve constar no rótulo à expressão "Homogeneizado", quando o leite for submetido a
esse tratamento.
12. Acondicionamento
12.1. O leite pasteurizado tipo B deve ser envasado com material adequado para as condições
previstas de armazenamento e que garanta a hermeticidade da embalagem e proteção
apropriada contra contaminação
14. Contaminantes
14.1. Os contaminantes orgânicos e inorgânicos eventualmente presentes no produto não
devem superar os limites estabelecidos pela legislação específica.
15. Higiene
15.1. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e sanitizado, de
acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO). A realização desses
procedimentos deve ser registrada em documentos específicos, caracterizando a padronização
e garantia da qualidade, para gerar rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC;
15.2. Ademais, as práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de acordo com
o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios Gerais de Higiene
dos Alimentos (CAC/RCP I -1969, Rev. 3, 1997), além do disposto no "Regulamento Técnico
sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos", aprovado pela Portaria no 368
/ 97 -MA, de 04 de setembro de 1997;
16.Métodos de Análise
16.1. Os métodos de análise recomendados são os indicados no presente Regulamento
Técnico. Esses são métodos de referência, podendo ser utilizados outros métodos de controle
operacional, desde que conhecidos os seus desvios e correlações em relação aos respectivos
métodos de referência.
17. Amostragem
Devem ser seguidos os procedimentos recomendados na Norma IDF 50 C: 1995.
18.4. A autorização para a indústria sob SIF receber e/ou beneficiar Leite tipo B somente é
concedida pelo SIF/DIPOA;
ANEXO III
1. Alcance
1.1. Objetivo
Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados na identidade e na qualidade do Leite
Cru tipo C, do Leite Cru Refrigerado tipo C e do Leite Pasteurizado tipo C, enquanto perdurar a
produção desse tipo de leite.
2. Descrição
2.1. Definições
2.1.1. Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa e
ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O
leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de que proceda;
2.1.2. Entende-se por Leite Cru tipo C o produto definido neste Regulamento Técnico, não
submetido a qualquer tipo de tratamento térmico na fazenda leiteira onde foi produzido e
integral quanto ao teor de gordura, transportado em vasilhame adequado e individual de
capacidade até 50l (cinqüenta litros) e entregue em estabelecimento industrial adequado até as
10:00 h (dez horas) do dia de sua obtenção;
2.1.3. Entende-se por Leite Cru Refrigerado tipo C o produto definido nos itens 2.1.1. e 2.1.2.
deste Regulamento Técnico, após ser entregue em temperatura ambiente até as 10:00 h (dez
horas) do dia de sua obtenção, em Posto de Refrigeração de leite ou estabelecimento industrial
adequado e nele ser refrigerado e mantido em temperatura igual ou inferior a 4oC (quatro graus
Celsius);
2.1.3.1. O Leite Cru tipo C, após sofrer refrigeração em Posto de Refrigeração, nos termos do
item 2.1.3., pode permanecer estocado nesse Posto pelo período máximo de 24 h (vinte e
quatro horas), sendo remetido em seguida ao estabelecimento beneficiador;
2.1.3.3. Em se tratando de Leite Cru tipo C, obtido em segunda ordenha, deve o mesmo sofrer
refrigeração na propriedade rural e ser entregue no estabelecimento beneficiador até as 10:00
h (dez horas) do dia seguinte à sua obtenção, na temperatura máxima de 10oC (dez graus
Celsius), enquanto perdurar a produção desse tipo de leite;
2.1.4. Entende-se por Leite Pasteurizado tipo C o produto definido neste Regulamento Técnico,
classificado quanto ao teor de gordura como integral, padronizado a 3% m/m (três por cento
massa por massa), semidesnatado ou desnatado, submetido à temperatura de 72 a 75oC
(setenta e dois a setenta e cinco graus Celsius) durante 15 a 20s (quinze a vinte segundos), em
equipamento de pasteurização a placas, dotado de painel de controle com termo-registrador e
termo-regulador automáticos, válvula automática de desvio de fluxo, termômetros e torneiras de
prova, seguindo-se resfriamento imediato em aparelhagem a placas até temperatura igual ou
inferior a 4oC (quatro graus Celsius) e envase no menor prazo possível, sob condições que
minimizem contaminações;
(trinta/trinta e cinco graus Celsius) menor que 0,3 NMP/ml (zero vírgula três Número Mais
Provável / mililitro) da amostra;
2.1.4.2.2. O envase seja realizado em circuito fechado, no menor tempo possível e sob
condições que minimizem contaminações;
3. Sanidade do Rebanho
A sanidade do rebanho leiteiro deve ser atestada por médico veterinário, nos termos
discriminados abaixo e em normas e regulamentos técnicos específicos, sempre que
requisitado pelas Autoridades Sanitárias.
3.2.2. Cujo diagnóstico clínico ou resultado positivo a provas diagnósticas indiquem presença
de doenças infecto-contagiosas que possam ser transmitidas ao homem através do leite;
110 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
3.2.3. Estejam sendo submetidos a tratamento com drogas e medicamentos de uso veterinário
em geral, passíveis de eliminação pelo leite, motivo pelo qual devem ser afastados da produção
pelo período recomendado pelo fabricante, de forma a assegurar que os resíduos da droga não
sejam superiores aos níveis fixados em normas específicas.
3.4. Qualquer alteração no estado de saúde dos animais, capaz de modificar a qualidade
sanitária do leite, constatada durante ou após a ordenha, implicará condenação imediata desse
leite e do conjunto a ele misturado.As fêmeas em tais condições serão afastadas do rebanho,
em caráter provisório ou definitivo, de acordo com a gravidade da doença.
3.5. É proibido ministrar alimentos que possam prejudicar os animais lactantes ou a qualidade
do leite, incluindo-se nesta proibição substâncias estimulantes de qualquer natureza, não
aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, capazes de provocarem
aumento de secreção láctea.
4. Higiene de Produção
4.1. Condições Higiênico-Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria-Prima:
Devem ser seguidos os preceitos contidos no "Regulamento Técnico sobre as Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico-
Sanitários das Matérias-Primas para Alimentos Elaborados/ Industrializados", aprovado pela
Portaria no 368 /97 - MA, de 04 de setembro de 1997, para os seguintes itens:
4.1.2. Condições gerais das edificações (área coberta, piso, paredes ou equivalentes), relativas
à prevenção de contaminações;
4.2.1. As tetas do animal a ser ordenhado devem sofrer prévia lavagem com água corrente,
seguindo-se secagem com toalhas descartáveis e início imediato da ordenha, com descarte dos
jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou em outro recipiente específico para essa
finalidade. Em casos especiais, como os de alta prevalência de mamite causada por
microrganismos do ambiente, pode-se adotar o sistema de desinfecção das tetas antes da
ordenha, mediante técnica e produtos desinfetantes apropriados, adotando-se cuidados para
evitar a transferência de resíduos desses produtos para o leite (secagem criteriosa das tetas
antes da ordenha);
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 111
4.2.3. O leite obtido deve ser filtrado em recipiente apropriado de aço inoxidável, náilon,
alumínio ou plástico atóxico.
5. Transporte da Matéria-Prima
5.1. O transporte do Leite Cru tipo C, em latões, desde a fonte de produção até seu destino
deve observar as disposições do item 2.1.2. deste Regulamento Técnico, no que for pertinente.
Adicionalmente, a proteção da matéria-prima, a adequação do vasilhame utilizado no seu
acondicionamento e as condições de transporte devem atender ao que dispõe o "Regulamento
Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais
Higiênico-Sanitários das Matérias-Primas para Alimentos Elaborados/Industrializados",
aprovado pela Portaria no 368 / 97 - MA, de 04 de setembro de 1997, ou outra legislação
pertinente.
5.2. Para o transporte, em carros - tanque, do Leite Cru Refrigerado Tipo C oriundo de Postos
de Refrigeração ou estabelecimentos industriais adequados, devem ser seguidas as
especificações contidas no Regulamento Técnico para Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu
Transporte a Granel, no que couber.
6.2. O leite excepcionalmente recebido em latões após as 10:00 h (dez horas) deve ser
selecionado pelo teste do álcool/alizarol na concentração mínima de 76% v/v (setenta e seis por
cento volume/volume).
6.3. Colheita de amostra, por produtor, no mínimo 2 (duas) vezes por mês, para análise
completa, que incluirá pelo menos os seguintes parâmetros:
6.3.4. Determinação do teor de Sólidos Totais (ST) e de Sólidos Não Gordurosos (SNG);
6.4. O estabelecimento beneficiador pode medir alguns destes parâmetros, além de outros não
relacionados, via análise instrumental.
6.7. Controle Diário de Qualidade do Leite Cru Refrigerado Tipo C, de conjunto de produtores,
quando entregue no Estabelecimento Beneficiador (para cada compartimento do tanque,
quando oriundo de Posto de Refrigeração, ou de tanques/silos fixos, após completada sua
carga):
- Temperatura;
- Teste do Álcool/Alizarol na concentração mínima de 72% v/v (setenta e dois por cento
volume/volume);
- Acidez Titulável;
- Índice Crioscópico;
- Teor de Gordura;
- % de ST e de SNG;
Nota nº (4): Aplicável à matéria-prima recebida em estabelecimentos sob SIF após as 10:00 h
da manhã do dia de sua obtenção.
Padronizad Método de
Requisitos Integral Semidesnatado Desnatado
o Análise
Teor
Gordura, (g/100g) 3,0 0,6 a 2,9 máx. 0,5 IDF 1 C: 1987
Original
Acidez, (g ác. LANARA/MA,198
0,14 a 0,18 para todas as variedades
Láctico/100mL) 1
Estabilidade ao Alizarol
Estável para todas as variedades CLA/DDA/MA
72 % (v/ v)
Sólidos Não
mín. de 8,4 (5) IDF 21 B: 1987
Gordurosos(g/100g)
Índice Crioscópico
-0,530oH (-0,512oC ) IDF 108 A: 1969
Máximo
Índice de Refração do CLA/DDA/SDA/
Soro Cúprico a 20oC min. 37o Zeiss MAPA
Contagem Padrão em
n = 5; c = 2; m = 1,0x105 M = 3,0x105 S.D.A/MA, 1993
Placas (UFC/mL)
Coliformes, NMP/mL
n = 5; c = 2; m = 2 M = 4 S.D.A/MA, 1993
(30/35oC)
Coliformes,
NMP/mL(45oC) n = 5; c = 1; m = 1 M =2 S.D.A/MA, 1993
Nota nº (5): teor mínimo de SNG, com base no leite integral. Para os demais teores de gordura,
esse valor deve ser corrigido pela seguinte fórmula:
Nota nº 7: todos os métodos analíticos estabelecidos acima são de referência, podendo ser
utilizados outros métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e
correlações em relação aos respectivos métodos de referência.
8. Pesos e Medidas
Deve ser aplicada a legislação específica.
9. Rotulagem
9.1 Deve ser aplicada a legislação específica.
9.2 A seguinte denominação do produto deve constar na sua rotulagem, de acordo com o seu
teor de gordura:
9.7 Deve constar a expressão "Homogeneizado" quando o produto for submetido a esse
tratamento.
10. Acondicionamento
O leite pasteurizado deve ser envasado com material adequado para as condições previstas de
armazenamento e que garanta a hermeticidade da embalagem e proteção apropriada contra
contaminação.
13. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos eventualmente presentes no produto não devem
superar os limites estabelecidos pela legislação específica.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 115
14. Higiene
14.1. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e sanitizado, de
acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO). A realização desses
procedimentos deve ser registrada em documentos específicos, caracterizando a padronização
e garantia da qualidade, para gerar rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC.
14.2. Ademais, as práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de acordo com
o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios Gerais de Higiene
dos Alimentos (CAC/RCP I -1969, Rev. 3, 1997) , além do disposto no "Regulamento Técnico
sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos", aprovado pela Portaria no 368
/ 97 -MA, de 04 de setembro de 1997.
16. Amostragem
Serão seguidos os procedimentos recomendados na Norma IDF 50 C: 1995.
ANEXO IV
1. Alcance
1.1. Objetivo
O presente Regulamento fixa a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deve
apresentar o Leite Cru Refrigerado nas propriedades rurais.
2. Descrição
2.1. Definições
2.1.1. Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa,
ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O
leite de outras espécies deve denominar-se segundo a espécie da qual proceda;
2.1.2. Entende-se por Leite Cru Refrigerado, o produto definido em 2.1.1., refrigerado e mantido
nas temperaturas constantes da tabela 2 do presente Regulamento Técnico, transportado em
carro-tanque isotérmico da propriedade rural para um Posto de Refrigeração de leite ou
estabelecimento industrial adequado, para ser processado.
3. Composição e Qualidade
3.1. Requisitos
3.1.1.2. Sabor e Odor: característicos. O Leite Cru Refrigerado deve apresentar-se isento de
sabores e odores estranhos.
3.1.3.1. O leite definido no item 2.1.2. deve seguir os requisitos físicos, químicos,
microbiológicos, de contagem de células somáticas e de resíduos químicos relacionados nas
Tabelas 1 e 2, onde estão também indicados os métodos de análises e freqüências
correspondentes:
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 117
Nota nº (1): todos os métodos estabelecidos acima são métodos de referência, podendo ser
utilizados outros métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e
correlações em relação aos respectivos métodos de referência.
Regiões: N / NE
Contagem Máximo 1,0 x 106 , Máximo 1,0 x 106 , Máximo de 7,5 x 105 Máximo de 1,0 x 105
Padrão em para para todos os (individual) Máximo
Placas (CPP), estabelecimentos estabelecimentos, de 3,0 x 105 (leite de
expressa em que se habilitarem nos termos do conjunto)
UFC/mL antecipadamente presente RTIQ
(mínimo de 01 aos termos do (leite de conjunto)
análise presente RTIQ
mensal, com
média
geométrica
sobre período
de 03 meses)
Método FIL
100 B: 1991
Contagem de Máximo 1,0 x 106 Máximo 1,0 x 106 Máximo de 7,5 x 105 Máximo de 4,0 x 105
Células para para todos os
Somáticas estabelecimentos estabelecimentos,
(CCS), que se habilitarem nos termos deste
expressa em antecipadamente RTIQ
CS/mL ao presente RTIQ
(mínimo de 01
análise
mensal, com
média
geométrica
sobre período
de 03 meses)
Método FIL
148 A : 1995
Pesquisa de Resíduos de Antibióticos/outros Inibidores do crescimento microbiano: Limites Máximos
previstos no Programa Nacional de Controle de Resíduos – MAPA
Temperatura máxima de conservação do leite: 7oC na propriedade rural /Tanque comunitário e 10oC No
estabelecimento processador.
Composição Centesimal: Índices estabelecidos na Tabela 1 do presente RTIQ. Métodos Analíticos de
Referência: Matéria Gorda, g /100 g (FIL 1 C: 1987); Extrato seco desengordurado, g/100 g (FIL 21 B:
1987); Índice Crioscópico (FIL 108 A: 1969); Proteínas, g /100g (FIL 20 B:1993).
Prazos de vigência Leite tipo C, Cru Até 01.7.2005, nas Regiões:S / SE / CO e Até 01.7. 2007, nas
ou Pasteurizado, conforme descrito Regiões: N / NE
em RTIQ específico:
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 119
- Temperatura;
- Teste do Álcool /Alizarol na concentração mínima de 72% v/v (setenta e dois por cento
volume/volume);
- Acidez Titulável;
- Índice Crioscópico;
- Teor de Gordura;
- % de ST e de SNG;
6. Contaminantes
O leite deve atender a legislação vigente quanto aos contaminantes orgânicos, inorgânicos e os
resíduos biológicos.
7. Higiene
7.1. Condições Higiênicas - Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria-Prima:
Devem ser seguidos os preceitos contidos no "Regulamento Técnico sobre as Condições
Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos, item 3: Dos Princípios Gerais Higiênico-
Sanitários das Matérias-Primas para Alimentos Elaborados/Industrializados", aprovado pela
Portaria no 368/97 - MA, de 04 de setembro de 1997, para os seguintes itens:
7.1.2. Condições gerais das edificações (área coberta, piso, paredes ou equivalentes), relativas
à prevenção de contaminações;
7.2.1. As tetas do animal a ser ordenhado devem sofrer prévia lavagem com água corrente,
seguindo-se secagem com toalhas descartáveis e início imediato da ordenha, com descarte dos
jatos iniciais de leite em caneca de fundo escuro ou em outro recipiente específico para essa
finalidade. Em casos especiais, como os de alta prevalência de mamite causada por
microrganismos do ambiente, pode-se adotar o sistema de desinfecção das tetas antes da
ordenha, mediante técnica e produtos desinfetantes apropriados, adotando-se cuidados para
evitar a transferência de resíduos desses produtos para o leite (secagem criteriosa das tetas
antes da ordenha);
7.2.3. O leite obtido deve ser coado em recipiente apropriado de aço inoxidável, náilon, alumínio
ou plástico atóxico e refrigerado até a temperatura fixada neste Regulamento, em até 3 h (três
horas);
8. Transporte
Para o seu transporte, deve ser aplicado o Regulamento Técnico para Coleta de Leite Cru
Refrigerado e seu Transporte a Granel.
9. Identificação/Rotulagem
Deve ser observada a legislação específica.
13.2. Fica facultado aos estabelecimentos de laticínios anteciparem-se aos prazos fixados na
Tabela 2 do presente Regulamento. Para tanto, devem:
13.2.3. Apresentar solicitação e receber autorização específica para tal, a ser concedida pelo
SIF/DIPOA através de procedimento próprio;
13.4. O SIF/DIPOA, a seu critério, pode colher amostras de leite cru refrigerado na propriedade
rural para realização de análises fiscais em Laboratório Oficial do MAPA ou em Unidade
Operacional credenciada da Rede Brasileira, referida no item 12, acima. Quando necessário
recorrer esta última alternativa, os custos financeiros decorrentes da realização das análises
laboratoriais e da remessa dos resultados analíticos ao Fiscal Federal Agropecuário
responsável pela colheita das amostras devem correr por conta da Unidade Operacional
credenciada utilizada;
13.6.3. O leite seja entregue ao estabelecimento processador no máximo até 2h (duas horas)
após a conclusão da ordenha.
122 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
ANEXO V
1. Alcance
1.1. Objetivo
2. Descrição
2.1. Definições
2.1. 1. Leite Pasteurizado é o leite fluido elaborado a partir do Leite Cru Refrigerado na
propriedade rural, que apresente as especificações de produção, de coleta e de qualidade
dessa matéria-prima contidas em Regulamento Técnico próprio e que tenha sido transportado a
granel até o estabelecimento processador;
2.1.1.1 O Leite Pasteurizado definido no item 2.1.1. deste Regulamento Técnico deve ser
classificado quanto ao teor de gordura como integral, padronizado a 3% m/m (três por cento
massa/massa), semidesnatado ou desnatado, e, quando destinado ao consumo humano direto
na forma fluida, submetido a tratamento térmico na faixa de temperatura de 72 a 75oC (setenta
e dois a setenta e cinco graus Celsius) durante 15 a 20s (quinze a vinte segundos), em
equipamento de pasteurização a placas, dotado de painel de controle com termo-registrador e
termo-regulador automáticos, válvula automática de desvio de fluxo, termômetros e torneiras de
prova, seguindo-se resfriamento imediato em aparelhagem a placas até temperatura igual ou
inferior a 4oC (quatro graus Celsius) e envase em circuito fechado no menor prazo possível,
sob condições que minimizem contaminações;
2.1.1.3. Podem ser aceitos outros binômios para o tratamento térmico acima descrito,
equivalentes ao da pasteurização rápida clássica e de acordo com as indicações tecnológicas
pertinentes, visando a destinação do leite para a elaboração de derivados lácteos.
2.1.1.4.2. O envase seja realizado em circuito fechado, no menor tempo possível e sob
condições que minimizem contaminações;
2.2. Classificação
De acordo com o conteúdo da matéria gorda, o leite pasteurizado classifica-se em:
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 123
3. Composição e Requisitos
3.1. Composição
3.2. Requisitos
Nota nº 3: todos os métodos analíticos estabelecidos acima são de referência, podendo ser
utilizados outros métodos de controle operacional, desde que conhecidos os seus desvios e
correlações em relação aos respectivos métodos de referência.
3.2.3. Acondicionamento
O Leite Pasteurizado deve ser envasado com materiais adequados para as condições previstas
de armazenamento e que garantam a hermeticidade da embalagem e proteção apropriada
contra a contaminação.
5. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes não devem superar os limites
estabelecidos pela legislação específica.
6. Higiene
6.1. Considerações Gerais:
6.1.1. Todo equipamento, após a utilização, deve ser cuidadosamente lavado e sanitizado, de
acordo com Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO). A realização desses
procedimentos deve ser registrada em documentos específicos, caracterizando a padronização
e garantia da qualidade, para gerar rastreabilidade e confiabilidade, a exemplo do processo de
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC.
6.1.2. Ademais, as práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de acordo com
o estabelecido no Código Internacional Recomendado de Práticas, Princípios Gerais de Higiene
dos Alimentos (CAC/RCP I -1969, Rev. 3, 1997), além do disposto no "Regulamento Técnico
sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos", aprovado pela Portaria no
368/97 - MA, de 04 de setembro de 1997.
7. Pesos e Medidas
Deve ser aplicada a legislação específica.
8. Rotulagem
8.1. Deve ser aplicada a legislação específica.
8.2. O produto deve ser rotulado como “Leite Pasteurizado Integral”, “Leite Pasteurizado
Padronizado", "Leite Pasteurizado Semidesnatado” e “Leite Pasteurizado Desnatado”, segundo
o tipo correspondente.
11. Amostragem
Devem ser seguidos os procedimentos recomendados na norma FIL 50 C: 1995.
126 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
ANEXO VI
2. Descrição
2.1. Definição
2.1.1. O processo de coleta de Leite Cru Refrigerado a Granel consiste em recolher o produto
em caminhões com tanques isotérmicos construídos internamente de aço inoxidável, através de
mangote flexível e bomba sanitária, acionada pela energia elétrica da propriedade rural, pelo
sistema de transmissão ou caixa de câmbio do próprio caminhão, diretamente do tanque de
refrigeração por expansão direta ou dos latões contidos nos refrigeradores de imersão.
- ter ponto de água corrente de boa qualidade, tanque para lavagem de latões (quando
utilizados) e de utensílios de coleta, que devem estar reunidos sobre uma bancada de apoio às
operações de coleta de amostras;
3.2.1. Devem ter capacidade mínima de armazenar a produção de acordo com a estratégia de
coleta;
3.2.3. Em se tratando de tanque de refrigeração por imersão, ser dimensionado de modo tal
que permita refrigerar o leite até temperatura igual ou inferior a 7ºC (sete graus Celsius) no
tempo máximo de 3h (três horas) após o término da ordenha, independentemente de sua
capacidade;
3.2.5. Os tanques de expansão direta devem ser construídos e operados de acordo com
Regulamento Técnico específico.
4. Especificações Gerais para Tanques Comunitários
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 127
4.1. Admite-se o uso coletivo de tanques de refrigeração a granel ("tanques comunitários"), por
produtores de leite, desde que baseados no princípio de operação por expansão direta. A
localização do equipamento deve ser estratégica, facilitando a entrega do leite de cada ordenha
no local onde o mesmo estiver instalado;
4.2. Não é permitido acumular, em determinada propriedade rural, a produção de mais de uma
ordenha para enviá-la uma única vez por dia ao tanque comunitário;
4.3. Não são admitidos tanques de refrigeração comunitários que operem pelo sistema de
imersão de latões;
4.4. Os latões devem ser higienizados logo após a entrega do leite, através do enxágüe com
água corrente e a utilização de detergentes biodegradáveis e escovas apropriadas;
4.5. A capacidade do tanque de refrigeração para uso coletivo deve ser dimensionada de modo
a propiciar condições mais adequadas de operacionalização do sistema, particularmente no
que diz respeito à velocidade de refrigeração da matéria-prima.
5.1.1. A mangueira coletora deve ser constituída de material atóxico e apto para entrar em
contato com alimentos, apresentar-se internamente lisa e fazer parte dos equipamentos do
carro-tanque;
5.1.2. No caso da coleta de diferentes tipos de leite, a propriedade produtora de Leite tipo B
deve dispor do equipamento necessário ao bombeamento do leite até o caminhão-tanque;
5.1.3. Deve ser provido de caixa isotérmica de fácil sanitização para transporte de amostras e
local para guarda dos utensílios e aparelhos utilizados na coleta;
5.1.4. Deve ser dotado de dispositivo para guarda e proteção da ponteira, da conexão e da
régua de medição do volume de leite;
6. Procedimentos de Coleta
6.1. O funcionário encarregado da coleta deve receber treinamento básico sobre higiene,
análises preliminares do produto e coleta de amostras, podendo ser o próprio motorista do
carro-tanque. Deve estar devidamente uniformizado durante a coleta. A ele cabe rejeitar o leite
que não atender às exigências, o qual deve permanecer na propriedade;
6.2. A transferência do leite do tanque de refrigeração por expansão direta para o carro-tanque
deve se processar sempre em circuito fechado;
6.3. São permitidas coletas simultâneas de diferentes tipos de leite, desde que sejam
depositadas em compartimentos diferenciados e devidamente identificados;
6.4. O tempo transcorrido entre a ordenha inicial e seu recebimento no estabelecimento que vai
beneficiá-lo (pasteurização, esterilização, etc.) deve ser no máximo de 48h (quarenta e oito
horas), independentemente do seu tipo, recomendando-se como ideal um período de tempo
não superior a 24h (vinte e quatro horas);
6.5. A eventual passagem do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural por um Posto de
Refrigeração implica sua refrigeração em equipamento a placas até temperatura não superior a
128 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
4oC (quatro graus Celsius), admitindo-se sua permanência nesse tipo de estabelecimento pelo
período máximo de 6h (seis horas);
6.6. A passagem do Leite Cru tipo C, enquanto perdurar a sua produção, por um Posto de
Refrigeração implica sua refrigeração em equipamento a placas até temperatura não superior a
4oC (quatro graus Celsius), admitindo-se sua permanência nesse tipo de estabelecimento pelo
período máximo de 24h (vinte e quatro horas);
6.7. Antes do início da coleta, o leite deve ser agitado com utensílio próprio e ter a temperatura
anotada, realizando-se a prova de alizarol na concentração mínima de 72% v/v (setenta e dois
por cento volume/volume). Em seguida deve ser feita a coleta da amostra, bem como a
sanitização do engate da mangueira e da saída do tanque de expansão ou da ponteira coletora
de aço inoxidável. A coleta do leite refrigerado deve ser realizada no local de refrigeração e
armazenagem do leite;
6.8. Após a coleta, a mangueira e demais utensílios utilizados na transferência do leite devem
ser enxaguados para retirada dos resíduos de leite. Para limpeza e sanitização do tanque de
refrigeração por expansão direta, seguir instruções do fabricante do equipamento. O enxágüe
final deve ser realizado com água em abundância;
6.13. O leite que apresentar qualquer anormalidade ou não estiver refrigerado até a
temperatura máxima admitida pela legislação em vigor não deve ser coletado a granel.
7.2. As análises laboratoriais de cada compartimento dos carros-tanque devem ser realizadas
no mínimo de acordo com a freqüência especificada para os produtores nos Regulamentos
Técnicos de cada tipo de leite;
7.3. O Serviço de Inspeção Federal – SIF/DIPOA pode determinar a alteração dessa freqüência
mínima, abrangendo total ou parcialmente os tipos de análises indicadas para cada tipo de
leite, sempre que constatar desvios graves nos dados analíticos obtidos ou que ficar
evidenciado risco à saúde pública;
7.4. Para recepção de diferentes tipos de leite, a plataforma deve descarregar primeiramente o
Leite tipo B ou efetuar a sanitização após a recepção de outros tipos de leite ou, ainda, utilizar
linhas separadas para a sua recepção;
7.5. No descarregamento do leite contido nos carros - tanques, podem ser utilizadas
mangueiras no comprimento estritamente necessário para efetuar as conexões. Tais
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 129
7.6. O leite refrigerado a granel pode ser recebido a qualquer hora, de comum acordo com a
empresa, observados os prazos de permanência na propriedade/estabelecimentos
intermediários e as temperaturas de refrigeração.
8.2. Fica a critério da empresa retirar esse leite separadamente ou deixar que seja entregue
pelo próprio produtor diretamente na plataforma de recepção, no horário regulamentar, onde
deve ser submetido às análises laboratoriais.
8.3. O leite com problema deve sofrer destinação conforme Plano de Controle de Qualidade do
estabelecimento, que deve tratar da questão baseando-se nos Critérios de Julgamento de Leite
e Produtos Lácteos, do SIF/DIPOA.
9. Obrigações da Empresa
9.1. A interessada deve manter formalizado e atualizado seu Programa de Coleta a Granel,
onde constem:
9.1.1 Nome do produtor, volume e tipo de leite, capacidade do refrigerador, horário e freqüência
de coleta;
9.1.5. Para fins de rastreamento da origem do leite, fica expressamente proibida a recepção de
Leite Cru Refrigerado transportado em veículo de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas
independentes ou não vinculadas formal e comprovadamente ao Programa de Coleta a Granel
dos estabelecimentos sob Serviço de Inspeção Federal (SIF) que realizem qualquer tipo de
processamento industrial ao leite, incluindo-se sua simples refrigeração.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de
abril de 1999, c/c do Art. 111, inciso I, alínea "b" § 1º do Regimento Interno aprovado pela
Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000,
em reunião realizada em 29, de agosto de 2005,
Art. 2º As empresas têm o prazo de 01 (um) ano a contar da data da publicação deste
Regulamento para adequarem seus produtos.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando os
infratores às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
ANEXO
1. ALCANCE
2. DEFINIÇÃO
2.1. Produtos de Vegetais: são os produtos obtidos a partir de partes comestíveis de espécies
vegetais tradicionalmente consumidas como alimento, incluindo as sementes oleaginosas,
submetidos a processos de secagem e ou desidratação e ou cocção e ou salga e ou
fermentação e ou laminação e ou floculação e ou extrusão e ou congelamento e ou outros
processos tecnológicos considerados seguros para a produção de alimentos. Podem ser
apresentados com líquido de cobertura e adicionados de sal, açúcar, tempero ou especiaria e
ou outro ingrediente desde que não descaracterize o produto. Excluem-se desta definição os
produtos de frutas, produtos de cereais e farinhas (cereais, tubérculos e raízes).
2.2. Produtos de frutas: são os produtos elaborados a partir de fruta(s), inteira(s) ou em parte(s)
e ou semente(s), obtidos por secagem e ou desidratação e ou laminação e ou cocção e ou
fermentação e ou concentração e ou congelamento e ou outros processos tecnológicos
considerados seguros para a produção de alimentos. Podem ser apresentados com ou sem
líquido de cobertura e adicionados de açúcar, sal, tempero, especiaria e ou outro ingrediente
desde que não descaracterize o produto. Podem ser recobertos.
3. DESIGNAÇÃO
3.1. Produtos de Vegetais e Produtos de Frutas: devem ser designados por denominações
consagradas pelo uso, seguida de expressão(ões) relativa(s) ao(s) ingrediente(s) que
caracteriza(m) o produto. A designação pode ser seguida de expressões relativas ao processo
de obtenção e ou forma de apresentação e ou característica específica.
3.2. Cogumelo Comestível: deve ser designado de "Cogumelo", seguido do nome comum e ou
científico da espécie utilizada. A designação pode ser seguida de expressões relativas ao
132 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
3.2.1. Os cogumelos do gênero Agaricus podem ser designados somente por "Champignon".
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1. BRASIL. Decreto nº. 55.871, de 26 de março de 1965. Modifica o Decreto nº 50.040, de 24
de janeiro de 1961, referente a normas reguladoras do emprego de aditivos para alimentos,
alterado pelo Decreto nº 691, de 13 de março de 1962. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09
abr. 1965. Seção 1.
4.2. BRASIL. Decreto - Lei nº. 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre
alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 out. 1969. Seção 1.
4.3. BRASIL. Resolução nº 4, de 24 de novembro de 1988. Aprova revisão das Tabelas I, III, IV
e V referente a Aditivos Intencionais, bem como os anexos I, II, III e VII, todos do Decreto nº
55.871, de 26 de março de 1965. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 dez. 1988. Seção 1.
4.4. BRASIL. Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 set. 1990. Suplemento.
4.5. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 1.428, de 26 de novembro de 1993. Regulamento Técnico
para Inspeção Sanitária de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 dez. 1993. Seção
1.
4.6. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 326, de 30 de julho de 1997. Regulamento Técnico sobre as
Condições Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 01 ago. 1997.
Seção 1.
4.7. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 27, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
Referente à Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jan.
1998. Seção 1.
4.8. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 29, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
referente a Alimentos para Fins Especiais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 jan. 1998.
Seção 1.
4.9. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 685, de 27 de agosto de 1998. Regulamento Técnico de
Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em
Alimentos e seu Anexo: Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 28 ago. 1998. Seção 1.
4.10. BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº. 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de
Procedimento para Registro de alimentos e ou novos ingredientes. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 03 dez. 1999. Seção 1.
4.11. BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº. 17, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico
que estabelece as Diretrizes Básicas para a Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 mai. 2004. Seção 1.
4.12. BRASIL. Resolução RDC nº. 18, de 19 de novembro de 1999. Republica a Resolução nº
363, de 29 de julho de 1999, por ter saído com incorreções, no original publicado, no Diário
Oficial da União nº 146-E, Seção 1, página 16, de 2 de agosto de 1999, que passa a vigorar
conforme o anexo a esta Resolução. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 nov. 1999. Seção
1.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 133
4.13. BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº. 386 de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico
que aprova o uso de Aditivos Alimentares segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas
funções. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999. Seção 1.
4.15. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 23, de 15 de março de 2000. Manual de Procedimentos
Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à
Área de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 16 mar. 2000. Seção 1.
4.16. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento
Técnico sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
10 jan. 2001. Seção 1.
4.17. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 234, de 19 de agosto de 2002. Regulamento
Técnico sobre aditivos utilizados segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas Funções.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 ago. 2002. Seção 1.
4.18. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 259, de 20 de setembro de 2002. Regulamento
Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 set.
2002. Seção 1.
4.19. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 275, de 21 de outubro de 2002. Regulamento
Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de
Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 06 nov. 2002. Seção 1.
4.20. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 80, de 14 de abril de 2003. Dispõe sobre
alteração na capacidade das embalagens metálicas do produto palmito em conserva. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 15 abr. 2003. Seção 1.
4.21. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 81, de 14 de abril de 2003. Altera os artigos 7º
e 11, e acrescenta o anexo II da Resolução RDC ANVISA n° 18, de ANVISA n° 18, de 19 de
novembro de 1999. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 abr. 2003. Seção 1.
4.22. BRASIL. Lei nº 10.674, de 16 de maio de 2003. Obriga a que os produtos alimentícios
comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle
da doença celíaca. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 mai. 2003. Seção 1.
4.23. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 175, de 08 de julho de 2003. Regulamento
Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde
Humana em Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 jul. 2003. Seção 1.
4.24. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 359, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento
Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
4.25. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento
Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
5. REQUISITOS ESPECÍFICOS
5.1. pH
- Produtos de Vegetais não esterilizados com líquido de cobertura acidificado: máximo 4,5
5.2. Umidade:
134 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
6. REQUISITOS GERAIS
6.1. Os produtos devem ser obtidos, processados, embalados, armazenados, transportados e
conservados em condições que não produzam, desenvolvam e ou agreguem substâncias
físicas, químicas ou biológicas que coloquem em risco a saúde do consumidor. Deve ser
obedecida a legislação vigente de Boas Práticas de Fabricação.
6.3. A utilização de vegetal ou parte de vegetal ou cogumelo, que não são usados
tradicionalmente como alimento, pode ser autorizada desde que seja comprovada a segurança
de uso, em atendimento ao Regulamento Técnico específico.
HORTALIÇAS
1. DEFINIÇÃO
Hortaliça é a planta herbácea da qual uma ou mais partes são utilizadas como alimento na sua
forma natural.
2. DESIGNAÇÃO
O produto será designado: verdura, quando utilizadas as partes verdes; legumes, quando
utilizado o fruto ou a semente, especialmente das leguminosas e, raízes, tubérculos e rizomas,
quando são utilizadas as partes subterrâneas.
3. CLASSIFICAÇÃO
I. As hortaliças, de acordo com a parte da planta que é utilizada como alimento, são
classificadas em:
a) verdura;
b) legume;
c) raízes, tubérculos e rizomas.
c) De segunda - quando constituída por hortaliças que não foram classificadas nas classes
anteriores. São tolerados ligeiros defeitos na conformação e ligeira descoloração desde que
não afetem seriamente as suas características. São também tolerados pequenos danos de
origem física ou mecânica, desde que não causem defeitos graves.
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
As hortaliças próprias para o consumo deverão ser procedentes de espécimes vegetais
genuínos e sãos, e satisfazerem as seguintes condições mínimas:
a) serem frescas, colhidas pela madrugada, abrigadas dos raios solares e dos ventos fortes;
5. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
As hortaliças devem obedecer ao seguinte padrão:
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: máximo, 2x102/g
Salmonelas: ausência de 25 g
6. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitas e lavras.
7. ROTULAGEM
Quando embaladas, o rótulo deverá trazer a denominação da hortaliça e sua classificação.
LEGUMES
1. DEFINIÇÃO
Legume é o fruto ou a semente de diferentes espécies de plantas, principalmente das
leguminosas, utilizados como alimentos.
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado, simplesmente, por seus nomes comuns, EX: "beringela", "chuchu",
"abobrinha".
3. CLASSIFICAÇÃO
Os legumes, de acordo com as suas características, são classificadas em:
c) De segunda - Quando constituída por legumes que não foram classificados nas classes
anteriores. São tolerados defeitos na cor, tamanho e conformação dos legumes, desde que
conservem as suas características.
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os legumes próprios para o consumo devem ser procedentes de espécimes vegetais genuínos
e sãos e satisfazer as seguintes condições:
c) não estarem danificados por qualquer lesão de origem física ou mecânica que afete a sua
aparência;
5. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
Os legumes deverão obedecer ao seguinte padrão:
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: máximo, 2x102/g
Salmonelas: ausência de 25 g
6. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
7. ROTULAGEM
Quando embaladas, o rótulo deverá trazer a denominação do legume e sua classificação.
VERDURAS
1. DEFINIÇÃO
Verdura é a parte geralmente verde das hortaliças, utilizadas como alimento no seu estado
natural.
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado, simplesmente, por seus nomes comuns, EX: "alface", "chicória",
"almeirão".
3. CLASSIFICAÇÃO
As verduras, de acordo com as suas características, são classificadas como:
a) Extra - Quando constituída por verduras de elevada qualidade, sem defeitos, com folhas
verdes, sem traços de descoloração, turgescentes, intactas, firmes e bem desenvolvidas.
Devem apresentar coloração e tamanho uniformes e típicos da variedade. Não são permitidos
defeitos nas verduras que lhes alterem a sua conformação e aparência;
b) De primeira - Quando constituída por verduras de boa qualidade, que não foram
classificadas na classe anterior, desde que conservem as suas características. São tolerados
pequenos defeitos na conformação, ligeira descoloração e ligeiros danos de origem física ou
mecânica, desde que não causem defeitos graves e não alterem sua conformação e aparência;
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
As verduras próprias para o consumo devem ser procedentes de espécimes vegetais genuínos
e sãos, e satisfazerem as seguintes condições:
a) serem frescas, colhidas pela madrugada e abrigadas dos raios solares;
138 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
d) não estarem danificadas por qualquer lesão de origem física ou mecânica que afete a sua
aparência;
e) estarem livres das folhas externas sujas de terra e da maior parte possível da terra aderente;
5. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
As verduras deverão obedecer ao seguinte padrão:
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: máximo, 2x102/g
Salmonelas: ausência de 25 g
6. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitas e lavras.
7. ROTULAGEM
Quando embaladas, o rótulo deverá trazer a denominação da verdura e sua classificação.
1. DEFINIÇÃO
Raízes, tubérculos e rizomas são as partes subterrâneas desenvolvidas de determinadas
plantas, utilizadas como alimento. Ex: tubérculo (batatinha), rizoma (araruta), raiz (cenoura).
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado, simplesmente, por seus nomes comuns, EX: "mandioca", "batata
inglesa", "nabo", "cenoura", etc.
3. CLASSIFICAÇÃO
As raízes, tubérculos e rizomas, de acordo com as suas características, são classificadas em:
a) Extra - Quando constituída por raízes, tubérculos e rizomas de elevada qualidade e sem
defeitos, suficientemente desenvolvidos, com aspecto, aroma e sabor típicos da variedade e
uniformidade no tamanho e cor. Não são permitidas rachaduras, perfurações e cortes.
d) De terceira - Quando constituída por raízes, tubérculos e rizomas que não foram
classificados nas classes anteriores, desde que conservem as suas características. Não é
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 139
exigida uniformidade no tamanho, cor e aspecto. As raízes, tubérculos e rizomas desta classe
podem ser de tamanho pequeno. A polpa deve estar intacta. São toleradas manchas e defeitos
na casca. As raízes, tubérculos e rizomas desta classe serão utilizados para industrialização.
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
As raízes, tubérculos e rizomas próprios para o consumo devem proceder de espécimes
vegetais genuínos e sãos, e satisfazer as seguintes condições mínimas:
a) serem de colheita recente, feita pela manhã. A secagem será ao sol ou protegida dos raios
solares, conforme o caso, em lugares secos, ventilados e limpos;
c) não estarem danificados por quaisquer lesões de origem física ou mecânica que afetem a
sua aparência;
h) não apresentarem rachaduras ou cortes na casca; a polpa deverá estar intacta e limpa;
i) não poderem ser dados ao consumo ou exposto à venda, as raízes, tubérculos e rizomas
capazes de produzir ácido clorídrico, salvo quando para fins industriais e depois de
desnaturados, de acordo com o fim a que se destina.
5. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
As raízes, tubérculos e rizomas, devem obedecer ao seguinte padrão:
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: máximo, 2x102/g
Salmonelas: ausência de 25 g.
6. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
7. ROTULAGEM
Quando embalados, o rótulo deverá trazer a denominação da raiz, tubérculo ou rizoma e sua
classificação.
140 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Os cogumelos comestíveis são fungos pertencentes às classes dos ascomicetes e dos
basidiomicetes. A espécie cultivada mais comum é o Algaricus campeatris (basidiomicetes).
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado simplesmente "cogumelo".
3. CLASSIFICAÇÃO
a) extra - carpóforos inteiros, firmes, bem formados, véu fechado, tamanho uniforme, sem
manchas ou marcas de parasitos. Quando lavados não devem apresentar odores estranhos
(branqueadores).
b) comum - carpóforos inteiros, firmes, sendo toleradas algumas manchas, tamanho e formato
diversos.
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os cogumelos comestíveis são constituídos por carpóforos não inteiramente desenvolvidos
(botões) cortados pela base (não arrancados): sãos, consistentes, isentos de manchas ou de
marcas de parasitos e isentos da maior parte de matéria terrosa. Não podem apresentar-se
fermentados e, quando lavados, não devem apresentar odores estranhos. É tolerado o
tratamento dos cogumelos com solução de bissulfito de sódio como agente branqueador. O
resíduo máximo de SO2 tolerado é de 50 ppm.
5. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
Aspecto: botão (píleo), globular, irregular, com haste grossa.
Cor: conforme a variedade: branco, creme ou marrom.
Cheiro: próprio.
Sabor: próprio.
6. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
Os cogumelos comestíveis ou champignon devem obedecer ao seguinte padrão:
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: máximo, 2x102/g
Salmonelas: ausência de 25 g.
7. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
8. ROTULAGEM
Quando embalado, o rótulo deverá trazer a denominação "cogumelo", seguida de sua
classificação, podendo também conter a designação "champignon".
FRUTAS
1. DEFINIÇÃO
Fruta é o produto procedente da frutificação de uma planta, destinado ao consumo, "in natura".
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado, simplesmente, por seus nomes comuns, EX: "banana", "laranja",
"pêssego".
3. CLASSIFICAÇÃO
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 141
Os pedúnculos e a polpa devem estar intactos e uniformes. Não são permitidas manchas ou
defeitos na casca.
b) De primeira - Quando constituída por fruta de boa qualidade, sem defeitos sérios,
apresentando tamanho, cor e conformação uniformes, devendo ser bem desenvolvidas e
maduras. São tolerados ligeiros defeitos na conformação, tamanho e cor. As frutas podem
apresentar ligeiras manchas no epícarpo (casca), desde que não prejudiquem a sua aparência
geral. A polpa deve estar intacta e firme. O pedúnculo pode estar ligeiramente danificado.
c) De segunda - Quando constituída por frutas de boa qualidade, compactos e firmes, mas que
não foram classificadas nas classes anteriores. As frutas podem apresentar ligeiros defeitos na
cor, desenvolvimento e conformação, desde que conservem as suas características e não
prejudiquem a sua aparência. As frutas não podem ser de tamanho muito pequeno. A casca
não pode estar danificada, sendo, porém, tolerados pequenos defeitos ou manchas. A polpa
deve estar intacta. Não são permitidas rachaduras nas frutas, contudo são toleradas
rachaduras cicatrizadas.
d) De terceira - esta classe, destinada a fins industriais, será constituída por frutas que não
foram classificadas nas classes anteriores, desde que conservem as suas características. Não
é exigida a uniformidade no tamanho, cor, grau de maturação e conformação. As frutas podem
ser de tamanho pequeno. Não são permitidas rachaduras abertas, contudo, são toleradas as
rachaduras cicatrizadas, defeitos e manchas na casca.
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
As frutas próprias para o consumo devem ser procedentes de espécimens vegetais genuínos e
sãos, e satisfazerem as
a) serem frescas;
b) terem atingido o grau máximo ao tamanho, aroma, cor e sabor próprios da espécie e
variedades;
c) apresentarem grau de maturação tal que lhes permita suportar a manipulação, o transporte e
a conservação em condições adequadas para o consumo mediato e imediato.
5. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
Os morangos devem obedecer ao seguinte padrão:
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: máximo, 2x102/g
Salmonelas: ausência de 25 g.
6. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
7. ROTULAGEM
Quando embalada, o rótulo deverá trazer a denominação da fruta e sua classificação.
(*) - Significa período de carência de 2 anos a partir da data de publicação.
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado simplesmente pelo nome da fruta que lhe deu origem, seguida da
palavra "seca". Os produtos preparados com mais de uma espécie de frutas, terão a
designação de "frutas secas mistas", seguida do nome das frutas componentes. Pode também
ser usada a palavra "passa", em lugar de "seca". Ex:"uva passa".
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
O produto deverá ser preparado com frutas maduras, sãs e limpas, isentas de matéria terrosa,
de parasitos, de detritos animais e vegetais. Não deve conter substâncias estranhas à sua
composição normal, exceto as previstas nesta norma.
4. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
Aspecto: frutas inteiras ou em pedaços, de consistência própria, não esmagadas.
Cor: própria.
Cheiro: próprio.
Sabor: próprio.
6. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
As frutas secas e dessecadas devem obedecer ao seguinte padrão:
* Bactérias do grupo coliforme máximo, 2x102/g.
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: ausência em 1 g
Salmonelas: ausência em 25 g.
7. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 143
8. ROTULAGEM
No rótulo deve constar o nome da fruta seguido da palavra "seca", "dessecada" ou "passa".
Quando a embalagem contiver frutas secas de diversas espécies, levará a denominação de
"Frutas secas mistas", seguida do nome das frutas com as respectivas porcentagens em ordem
decrescente.
(*) - Significa período de carência de 2 anos a partir da data de publicação.
FRUTAS LIOFILIZADAS
1. DEFINIÇÃO
Fruta liofilizada é o produto obtido pela desidratação quase completa da fruta madura, inteira ou
em pedaços, pelo processo tecnológico denominado "liofilização".
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado pelo nome da fruta que lhe deu origem, seguido da palavra "liofilizada".
Ex: "Banana liofilizada".
3. CLASSIFICAÇÃO
As frutas liofilizadas são classificadas de acordo com a sua apresentação em:
a) - frutas liofilizadas inteiras ou em pedaços
b) - frutas liofilizadas em pó.
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
O produto deverá ser preparado com frutas maduras, sãs e limpas, isentas de matéria terrosa,
de parasitos e de detritos animais ou vegetais.. Não deve conter substâncias estranhas à sua
composição normal, exceto as previstas nesta NORMA. Quando o produto estiver embalado
em recipiente hermeticamente fechado, o espaço livre não deve exceder a 10% da altura do
recipiente. O ar do espaço livre deve ser retirado o substituído por gases inertes.
5. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
Aspecto: frutas liofilizadas em pedaços ou em pó.
Cor: própria.
Cheiro: próprio.
Sabor: próprio.
7. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
As frutas liofilizadas devem obedecer ao seguinte padrão:
* Bactérias do grupo coliforme máximo, 2x102/g.
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: ausência em 1 g
Salmonelas: ausência em 25 g.
8. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
9. ROTULAGEM
No rótulo deverá constar o nome da fruta seguida da palavra "liofilizada" e sua
classificação.
(*) - Significa período de carência de 2 anos a partir da data de publicação.
144 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
POLPA DE FRUTAS
1. DEFINIÇÃO
Polpa de fruta é o produto obtido por esmagamento das partes comestíveis de frutas carnosas
por processos tecnológicos adequados.
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado por "polpa", seguido do nome da fruta. Ex: "polpa de goiaba".
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
O produto deve ser preparado com frutas sãs, limpas e isentas de parasitos e de detritos
animais ou vegetais. Não deve conter fragmentos das partes não comestíveis da fruta, nem
substâncias estranhas à sua composição normal, exceto as previstas nesta Norma. Será
tolerada a adição de sacarose em proporção a ser declarada no rótulo.
4. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
Aspecto: pasta mole
Cor: própria.
Cheiro: próprio.
Sabor: próprio.
5. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
a) Polpa de frutas envasadas e que receberam tratamento térmico adequado:
Após 10 dias de incubação a 35ºC, não se deve observar sinais de alterações das embalagens
(estufamentos, alterações, vazamentos, corrosões internas) bem como quaisquer modificações
de natureza física, química ou organolética do produto.
8. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
9. ROTULAGEM
No rótulo deverá constar a denominação "Polpa", seguida do nome da fruta.
(*) - Significa período de carência de 2 anos a partir da data de publicação.
GELÉIA DE FRUTAS
1. DEFINIÇÃO
Geléia de fruta é o produto obtido pela cocção, de frutas, inteiras ou em pedaços, polpa ou
suco de frutas, com açúcar e água e concentrado até consistência gelatinosa.
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado, genericamente, "geléia", seguido do nome da fruta de origem.
3. CLASSIFICAÇÃO
As geléias de frutas são classificadas em:
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 145
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
O produto deve ser preparado de frutas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa, de parasitos,
de detritos, de animais ou vegetais, e de fermentação. Poderá ser adicionado de glicose ou
açúcar invertido. Não deve conter substâncias estranhas à sua composição normal, exceto as
previstas nesta Norma. Deve estar isento de pedúnculos e de cascas, mas pode conter
fragmentos da fruta, dependendo da espécie empregada no preparo do produto. Não pode ser
colorido e nem aromatizado artificialmente. É tolerada a adição de acidulantes e de pectina
para compensar qualquer deficiência no conteúdo natural de pectina ou de acidez da fruta.
5. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
As geléias devem apresentar-se sob o aspecto de bases gelatinosa, de consistência tal, que
quando extraídas de seus recipientes, sejam capazes de se manterem no estado semi-sólido.
As geléias transparentes que não contiverem em sua massa pedaços de frutas devem, ainda,
apresentar elasticidade ao toque, retornando à sua forma primitiva após ligeira pressão. A cor e
o cheiro devem ser próprios da fruta de origem. O sabor deve ser doce, semi-ácido, de acordo
com a fruta de origem.
7. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
As geléias de frutas devem obedecer ao seguinte padrão:
* Bactérias do grupo coliforme: máximo, 102/g.
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal, ausência em 1g.
Salmonelas: ausência em 25g.
Bolores e leveduras: máximo, 103/g.
8. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
9. ROTULAGEM
No rótulo deve constar a denominação genérica "Geléia", seguida do nome da fruta de origem.
Poderá constar a palavra extra, quando satisfizer as condições exigidas nestas Norma.
(*) - Significa período de carência de 2 anos a partir da data de publicação.
146 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Compota ou fruta em calda é o produto obtido de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem
sementes ou caroços, com ou sem casca, e submetida a cozimento incipiente, envasadas em
lata ou vidro, praticamente cruas, cobertas com calda de açúcar. Depois de fechado em
recipientes, o produto é submetido a um tratamento térmico adequado
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado "compota" seguido do nome da fruta ou das frutas; ou o nome da fruta
ou das frutas seguido da expressão "em calda" : Ex.: "Compota de figo" ou "Figo em calda",
"Compota de Laranja e pêssego" ou "Laranja e pêssego em calda". O produto preparado com
mais de três espécies, recebe a designação genérica de "Salada de frutas" ou de Miscelânea
de frutas", seguida da expressão "em calda".
3. CLASSIFICAÇÃO
As compotas são classificadas de acordo com sua composição em:
b) compota mista ou fruta mista em calda - produto preparado com duas espécies
de frutas;
c) salada de frutas ou miscelânea de frutas - produto preparado com três ou mais espécies de
frutas, em pedaços de tamanho razoavelmente uniforme, até o máximo de cinco, não sendo
permitido menos de 1/5 da quantidade de qualquer espécie em relação ao peso total das frutas
escorridas. Se o produto contiver cerejas, estas podem perfazer a quantidade entre 3 a 8%
sobre o peso total das frutas escorridas, e se forem uvas, de 6 a 12% sobre o mesmo total.
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
O produto deve ser preparado de frutas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa, de parasitos e
de detritos animais ou vegetais. O produto não deve ser colorido nem aromatizado
artificialmente. Somente para a cereja é permitida a recoloração. Pode ser adicionado de
glicose ou açúcar invertido. As frutas devem obedecer às classificações e graduações de
tamanho específico para cada espécie. O espaço livre dos recipientes não devem exceder de
10% da altura dos mesmos. A pressão no interior dos recipientes não deve ser superior a 300
mm de Ng.
5. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
Aspecto : frutas inteiras ou em pedaços.
Cor: própria da fruta ou das frutas de origem.
Cheiro: próprio.
Sabor: próprio.
7. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
Após 14 dias de incubação a 35ºC, não devem observar sinais de alterações das embalagens
(estufamentos, alterações, vazamentos, corrosões internas), bem como quaisquer
modificações de natureza física, química ou organolética do produto.
8. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
9. ROTULAGEM
No rótulo deve constar a denominação do produto de acordo com a designação constante
nesta Norma. Nas compotas simples e mistas, deve constar, ainda, o estado de apresentação
da fruta, se inteiras, em metade ou em pedaços, com ou sem caroço ou outras indicações da
apresentação. Deverá constar, também, o peso das frutas escorridas ou drenadas.
1. DEFINIÇÃO
Doce de fruta em calda é o produto obtido de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem
sementes ou caroços, com ou sem casca, cozidas em água e açúcar, envasados em lata ou
vidro e submetido a um tratamento térmico adequado.
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado "doce" seguido do nome da fruta e da expressão "em calda".
Ex: "Doce de goiaba em calda".
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
O produto é preparado com frutas sãs, limpas, isentas de matéria terrosa, de parasitos e de
detritos animais ou vegetais. O produto não deve ser colorido ou aromatizado artificialmente.
Pode ser adicionado de glicose e açúcar invertido. O espaço livre dos recipientes não devem
exceder de 10% da altura dos mesmos. A pressão no interior dos recipientes não deve ser
superior a 300 mm de Hg.
5. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
Aspecto : frutas inteiras ou em pedaços.
Cor: própria da fruta de origem.
Cheiro: próprio.
Sabor: doce, próprio.
7. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
Após 14 dias de incubação a 35ºC, não se deve observar sinais de alterações das embalagens
(estufamentos, alterações, vazamentos, corrosões internas), bem como quaisquer
modificações de natureza física, química ou organolética do produto.
8. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
9. ROTULAGEM
Nos rótulos dos doces de frutas em calda, deve constar a denominação "Doce de (nome da
fruta) em calda". Deve constar, ainda, o peso das frutas escorridas ou drenadas.
148 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
Art.1º Aprovar o Regulamento Técnico Geral para fixação dos Padrões de Identidade e
Qualidade para polpa de fruta conforme consta do Anexo I desta Instrução Normativa.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogada a
Instrução Normativa nº 12, de 10 setembro de 1999.
ANEXO I
1. OBJETIVO
A presente Norma tem o objetivo estabelecer os padrões de identidade e as características
mínimas de qualidade gerais a que deverá observar o produto "polpa de fruta", destinado ao
consumo como bebida. Esta norma não se aplica à polpa de fruta destinada para outros fins.
2. DEFINIÇÃO
2.1. Polpa de fruta é o produto não fermentado, não concentrado, não diluído, obtida de frutos
polposos, através de processo tecnológico adequado, com um teor mínimo de sólidos totais,
proveniente da parte comestível do fruto.
2.2. O teor mínimo de sólidos totais será estabelecido para cada polpa de fruta específica.
3. DESIGNAÇÃO
3.1. Polpa de fruta simples: são aquelas polpas definidas no item 2.1. originadas de uma única
fruta.
3.2. Polpa de fruta mista: são aquelas polpas definidas no item 2.1. originadas de duas ou mais
frutas.
3.3. A polpa de fruta será designada de acordo com o fruto que lhe deu origem. No caso da
polpa de fruta simples a designação "simples", no rótulo, será opcional. No caso da polpa de
fruta mista, os nomes das frutas deverão ser declarados na mesma dimensão da designação
"polpa mista".
3.4. Na polpa de fruta mista o percentual mínimo de cada polpa que compõe o produto deverá
ser declarado no rótulo.
4. COMPOSIÇÃO
A polpa de fruta será obtida de frutas frescas, sãs e maduras com características físicas,
químicas e organolépticas do fruto.
5.3. A polpa de fruta não deverá conter terra, sujidade, parasitas, fragmentos de insetos e
pedaços das partes não comestíveis da fruta e da planta.
5.5. A polpa de fruta não deverá ter suas características físicas, químicas e organolépticas
alteradas pelos equipamentos, utensílios, recipientes e embalagens utilizados durante o seu
processamento e comercialização.
150 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
6. ADITIVOS
6.1. A polpa de fruta destinada à industrialização de outras bebidas e não destinado ao
consumo direto poderá ser adicionada de aditivos químicos previstos para a bebida a que se
destina.
6.2. Na polpa de fruta poderá ser adicionado de acidulantes como regulador de acidez,
conservadores químicos e corantes naturais, nos mesmos limites estabelecidos para sucos de
frutas, ressalvados os casos específicos.
7. RESÍDUOS E CONTAMINANTES
7.1. Resíduos de agrotóxicos e outros agentes utilizados no tratamento deverão observar os
limites estabelecidos em legislação específica.
8. HIGIENE
8.1. A polpa de fruta deverá observar os limites máximos microbiológicos abaixo fixados:
- Soma de bolores e leveduras: máximo 5x10³/g para polpa "in-natura", congelada ou não, e
2x103 para polpa conservada quimicamente e/ou que sofreu tratamento térmico.
- Salmonella: ausente em 25 g
8.2. Os limites acima poderão ser alterados nas normas específicas de cada tipo de polpa de
fruta, conforme as suas características peculiares.
9. PESOS E MEDIDAS
Deverão observar a legislação específica.
10. ROTULAGEM
10.1. Deverá observar a legislação sobre rotulagem de bebidas.
10.2. O rótulo da polpa de fruta não poderá apresentar desenhos ou figuras de outros tipos de
frutos, não presentes na composição da polpa.
10.3. A polpa de fruta não adicionada de conservadores químicos poderão trazer em seu rótulo
a expressão: "sem conservador químico".
12.2. Os casos omissos serão resolvidos por Atos Administrativos da Secretária de Defesa
Agropecuária do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 151
ANEXO II
REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E
QUALIDADE PARA POLPA DE ACEROLA
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de acerola é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível
da acerola (Malpighia, spp.) através de processo tecnológico adequado, com teor mínimo de
sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de acerola deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarelo ao vermelho
Sabor: ácido
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 5,5 -
pH 2.80 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,80 -
Ácido ascórbico (mg/100g) 800,00 -
Acúcares totais naturais da acerola (g/100g) 4,00 9,50
Sólidos totais (g/100g) 6,50 -
3. ADITIVO
Na polpa de acerola poderá ser adicionado corantes naturais para correção da cor.
4. A polpa de acerola deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
polpa de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de cacau é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível
do cacau (Teobroma cacao), exceto sementes, através de processo tecnológico adequado,
com teor mínimo de sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de cacau deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: branco ao marfim
Sabor: levemente ácido
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 14,00 -
pH 3,40 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,75 -
Acúcares totais naturais do cacau (g/100g) 10,00 19,00
Sólidos totais (g/100g) 16,00 -
3. A polpa de cacau deverá obedecer aos Padrões Gerais de Identidade e Qualidade fixados
para polpa de fruta.
152 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de cupuaçu é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível
do cupuaçu (Theobroma grandiflorum), exceto semente, através de processo tecnológico
adequado, com teor mínimo de sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de cupuaçu deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: branco e branco amarelado
Sabor: levemente ácido
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 9,00 -
pH 2,60 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 1,50 -
Ácido ascórbico (mg/100g) 18,00 -
Acúcares totais naturais do cupuaçu (g/100g) 6,00 -
Sólidos totais (g/100g) 12,00 -
3. A polpa de cupuaçu deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
polpa de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de graviola é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível
da graviola (Annona muricata ), através de processo tecnológico adequado, com teor mínimo
de sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de graviola deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando branco ao marfim
Sabor: ácido
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 9,00 -
pH 3,50 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,60 -
Ácido ascórbico (mg/100g) 10,00 -
Acúcares totais naturais do graviola (g/100g) 6,50 17,00
Sólidos totais (g/100g) 12,50 -
3. A polpa de graviola deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
polpa de fruta.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 153
1. OBJETIVO:
A presente norma tem como objetivo estabelecer os padrões de identidade e qualidade
mínimos que deverão obedecer a polpa de açaí e o açaí, destinados ao consumo como bebida.
Esta norma não se aplica à polpa de açaí destinada para outros fins.
2. DEFINIÇÃO:
Polpa de açaí e o açaí são produtos extraídos da parte comestível do fruto do açaizeiro
(Euterpe oleracea, Mart.) após amolecimento através de processos tecnológicos adequados.
3. CLASSIFICAÇÃO:
De acordo com a adição ou não de água e seus quantitativos, o produto será classificado em:
3.1. Polpa de açaí é a polpa extraída do açaí, sem adição de água, por meios mecânicos e sem
filtração, podendo ser submetido a processo físico de conservação.
3.2. Açaí grosso ou especial (tipo A) é a polpa extraída com adição de água e filtração,
apresentando acima de 14% de Sólidos totais e uma aparência muito densa.
3.3. Açaí médio ou regular (tipo B) é a polpa extraída com adição de água e filtração,
apresentando acima de 11 à 14% de Sólidos totais e uma aparência densa.
3.4. Açaí fino ou popular (tipo C) é a polpa extraída com adição de água e filtração,
apresentando de 8 à 11% de Sólidos totais e uma aparência pouco densa.
4. INGREDIENTES BÁSICOS:
A polpa de açaí e o açaí serão obtidos de frutas frescas, sãs, maduras, atendendo às
respectivas especificações, desprovidas de terra, sujidade, parasitas e microrganismos que
possam tornar o produto impróprio para o consumo.
5. INGREDIENTES OPCIONAIS:
5.1. Água
A água usada para a extração da polpa deverá ser água potável obedecendo aos padrões de
potabilidade estabelecidos em legislação específica.
5.2. Acidulante
No caso do açaí pasteurizado e mantido à temperatura ambiente, será permitido a adição de
ácido cítrico, de acordo com as Boas Praticas de Fabricação (BPF).
6. COMPOSIÇÃO:
A polpa de açaí e o açaí deverão ter suas composições de acordo com as caraterísticas do
fruto que lhe deu origem, não devendo apresentar alterações, mistura com outros frutos de
espécie diferente e práticas consideradas ilícitas.
6.2.2. Organolépticas
Aspecto físico: pastoso, apresentando pontos escuros acentuados, proveniente da casca que
envolve a polpa do fruto
Cor : roxo violáceo próprio para polpa de açaí roxo e verde claro própria para polpa de açaí
verde
Sabor: não adocicado e não azedo
Cheiro: característico
6.3. O açaí (grosso, médio e fino) deverá obedecer às seguintes características físicas,
químicas e organolépticas:
6.3.2. Organolépticas
Aspectos físicos: a emulsão deve ficar estável mesmo se for aquecida a 80 ºC
Cor: roxo violáceo próprio do açaí roxo e verde claro próprio do açaí verde
Sabor: não adocicado e não azedo
Cheiro: característico
6.4. A polpa de açaí e o açaí poderão conter parte não comestível do fruto, dentro dos limites
que não alterem a qualidade e as características organolépticas do produto e do "granu teste"
das partículas não comestíveis que devem ser igual ou inferior a (seis décimos) de milímetros.
6.4.1 A polpa de açaí e o açaí deverão observar às demais características físicas, químicas,
microscópicas, microbiológicas e organolépticas fixadas nos Padrões de Identidade e
Qualidade para polpa de fruta em geral.
7. ADITIVOS
7.1. A polpa de açaí e o açaí destinados ao consumo direto em embalagem comercial de no
máximo um quilo deverão ser conservados através de processo físico, proibido o uso de
conservantes químicos ou de corantes, com exceção do corante obtido do próprio fruto do açaí.
8. ROTULAGEM
8.1. Deverão ser obedecidas as normas de rotulagem estabelecidas na legislação sobre
bebidas.
8.2. A classificação do açaí, prevista no item 3 dessa norma, deverá ser declarada no rótulo
principal da polpa de açaí integral e do açaí, de forma legível e visível, em dimensões gráficas
não inferiores à denominação do produto.
9.2. Os métodos oficiais de análise são aqueles estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e
do Abastecimento.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 155
1. DEFINIÇÃO
Polpa de maracujá é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível do
maracujá (Passiflora, spp.), através de processo tecnológico adequado, com teor mínimo de
sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa de maracujá deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: de amarelo a alaranjado
Sabor: ácido
Aroma: próprio
Mín. Máx.
pH 2,7 3,8
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 11,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 2,50 -
Acúcares totais naturais do maracujá (g/100g) - 18,00
Sólidos totais (g/100g) 11,00 -
3. A polpa de maracujá deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
polpa de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Polpa de caju é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível do
pendúnculo do caju (Anacardium occidentale, L.), através de processo tecnológico adequado,
com teor mínimo de sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa de caju deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando do branco ao amarelado
Sabor: próprio, levemente ácido e adstringente,
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -
pH - 4,6
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,30 -
Ácido ascórbico (mg/100g) 80,00 -
Acúcares totais naturais do cajú (g/100g) - 15,00
Sólidos totais (g/100g) 10,5 -
3. A polpa de caju deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para polpa
de fruta.
156 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de manga é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível
da manga (Mangífera indica, L..), através de processo tecnológico adequado, com teor mínimo
de sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de manga deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: amarelo
Sabor: doce, levemente ácido, próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
pH 3,3 4,5
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 11,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,32 -
Acúcares totais naturais da manga (g/100g) - 17,00
Sólidos totais (g/100g) 14,00 -
3. A polpa de manga deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
polpa de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de goiaba é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível
da goiaba (Psdium guaiajava, L.,), através de processo tecnológico adequado, com teor mínimo
de sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de goiaba deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variável de branco a vermelho
Sabor: levemente ácido, próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
pH 3,5 4,2
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 7,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,40 -
Ácido ascórbico (mg/100g) 40,00 -
Acúcares totais naturais da goiaba (g/100g) - 15,00
Sólidos totais (g/100g) 9,00 -
3. A polpa de goiaba deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
polpa de fruta.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 157
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de pitanga é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível
da pitanga (Eugenia spp., L..), através de processo tecnológico adequado, com teor mínimo de
sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de pitanga deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: vermelho
Sabor: ácido, próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
pH 2,5 3,4
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 6,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,92 -
Acúcares totais naturais da pitanga (g/100g) - 9,50
Sólidos totais (g/100g) 7,00 -
3. A polpa de pitanga deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
polpa de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Polpa de uva é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível da uva (Vitis
spp.), através de processo tecnológico adequado, com teor mínimo de sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa de uva deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: vinho, rosado ou translúcido (branco)
Sabor: próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
pH 2,9 -
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 14,00 -
Acidez total expressa em ácido tartarico (g/100g) 0,41 -
Acúcares totais, naturais da uva (g/100g) - 20,00
Sólidos totais (g/100g) 15,00 -
3. A polpa de uva deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para polpa
de fruta.
158 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de mamão é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível
do mamão (Carica papaya, L.), através de processo tecnológico adequado, com teor mínimo de
sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de mamão deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: amarelo ao vermelho
Sabor: próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
pH 4,0 -
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,17 -
Acúcares totais, naturais do mamão (g/100g) - 14,00
Sólidos totais (g/100g) 10,5 -
3. A polpa de mamão deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
polpa de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de cajá é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível do
cajá (Spodias lutea, L.), através de processo tecnológico adequados, com teor mínimo de
sólidos totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de cajá deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: amarelo
Sabor: ácido
Aroma: próprio
Mín. Máx.
pH 2,2 -
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 9,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,90 -
Acúcares totais, naturais do cajá (g/100g) - 12,00
Sólidos totais (g/100g) 9,50 -
3. A polpa de cajá deverá obedecer os Padrões de Identidade e Qualidade para polpa de fruta.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 159
1. DEFINIÇÃO
Polpa de melão é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte comestível do melão
(Cucumis melo, L.), através de processo tecnológico adequado, com teor mínimo de sólidos
totais.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa de melão deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de branco ao amarelado
Sabor: ácido
Aroma: próprio
Mín. Máx.
pH 4,5 -
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 7,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,14 -
Acúcares totais, naturais do melão (g/100g) - 12,00
Sólidos totais (g/100g) 7,50 -
3. A polpa de melão deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
polpa de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Polpa ou purê de mangaba é o produto não fermentado e não diluído, obtido da parte
comestível da mangaba (Hancornia speciosa.), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
A polpa ou purê de mangaba deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: creme ao amarelo
Sabor: ácido
Aroma: próprio
Mín. Máx.
pH 2,80 -
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 8,0 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,70 -
Acúcares totais, naturais da mangaba (g/100g) - 10,00
Sólidos totais (g/100g) 8,50 -
1. DEFINIÇÃO:
Suco de maracujá é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível do
maracujá (Passiflora spp.), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O suco de maracujá deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: de amarela a alaranjado
Sabor: próprio e ácido
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 11,0 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 2,50 -
Acúcares totais, naturais do maracujá (g/100g) - 18,00
1. DEFINIÇÃO
Suco de caju integral é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível do
pedúnculo do caju (Anacardium ocidentale, L.), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco de caju integral deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando do branco ao amarelado,
Sabor: próprio, levemente ácido e adstringente
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,30 -
Ácido ascórbico (mg/100g) 80,00 -
Acúcares totais, naturais do caju (g/100g) - 15,00
3. O suco de caju integral deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados
para suco de fruta.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 161
1. DEFINIÇÃO
Suco de caju alto teor de polpa é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte
comestível do peduncúlo do caju (Anacardium ocidentalele, L.), através de processo
tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco de caju alto teor de polpa deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de branco ao amarelado
Sabor: próprio, levemente ácido e adstringente
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,30 -
Ácido ascórbico (mg/100g) 80,00 -
Acúcares totais, naturais do caju (g/100g) - 15,00
Sólidos totais (g/100g) 10,5 -
3. O Suco de caju alto teor de polpa deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade
fixados para suco de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Suco de caju clarificado é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível do
pedúnculo do caju (anacardium ocidentale, L.), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O suco de caju clarificado deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando do incolor ao amarelado translúcido
Sabor: próprio, levemente ácido e adstringente
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,25 -
Ácido ascórbico (mg/100g) 60,00 -
Acúcares totais, naturais do caju (g/100g) - 15,00
4. O suco de caju clarificado deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados
para suco de fruta.
162 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Suco de abacaxi é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível do
abacaxi (Ananás comosus, L., Merril.), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O suco de abacaxi deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando do branco ao marfim
Sabor: ácido, próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 11,00 -
Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100g) 0,30 -
Acúcares totais, naturais do abacaxi (g/100g) - 15,00
3. O suco de abacaxi deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
suco de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Suco de uva é bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível da uva (Vitis
ssp.), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O suco de uva deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: vinho, rosado ou translúcido (branco)
Sabor: próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 14,00 -
Acidez total expressa em ácido tartárico (g/100g) 0,41 -
Acúcares totais, naturais da uva (g/100g) - 20,0
Acidez volátil em ácido acético (g/100g) - 0,050
Sólidos insóluveis, %(v/v) - 5,00
3. O suco de uva deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade, fixados para suco
de fruta.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 163
1. DEFINIÇÃO
Suco de pêra é bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível da pêra (Pyrus
communis, L.), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O suco de pêra deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: branco translúcido
Sabor: próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 8,0 -
Acidez total expressa em ácido málico (g/100g) 0,15 -
Acúcares totais, naturais da pêra (g/100g) - 12,5
3. O suco de pêra deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade, fixados para suco
de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Suco de maçã é bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível da maçã
(Pyrus malus, L.), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O suco de maçã deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: branco a translúcido
Sabor: próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,5 -
Acidez total expressa em ácido málico (g/100g) 0,15 -
Acúcares totais, naturais da maçã (g/100g) - 13,5
Acidez volátil em ácido acético (g/100g) - 0,04
3. O suco de maçã deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade, fixados para suco
de fruta.
164 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Suco de limão é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível do limão
(Citrus limon, L., Burn), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O suco de limão deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: translúcido (branco) a amarelado
Sabor: próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Acidez total titulável em ácido cítrico (g/100g) 5,00 -
Ácido ascóbico (mg/100g) 20,0 -
Óleo essencial de limão % (v/v) - 0,025
3. O suco de limão deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para suco
de fruta.
1. DEFINIÇÃO
Suco de lima ácida é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível da lima
ácida (Citrus aurantifolis, L.) através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O suco de lima ácida deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: translúcido (branco) a amarelado
Sabor: próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Acidez total titulável em ácido cítrico (g/100g) 5,00 -
Ácido ascóbico (mg/100g) 20,0 -
Óleo essencial de lima ácida % (v/v) - 0,025
3. O suco de lima ácida deverá obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados para
suco de fruta.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 165
1. DEFINIÇÃO
Suco de laranja é bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível da laranja
(Citrus sinensis), através de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O suco de laranja deverá obedecer às características e composição abaixo:
Cor: amarelo
Sabor: próprio
Aroma: próprio
Mín. Máx.
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,5 -
Relação de sólidos solúveis em Brix/acidez em g/100g de ácido cítrico 7,0 -
anidro
Açúcares totais, naturais da laranja (g/100g) - 13,0
Ácido ascórbico (mg/100g) 25,00 -
Óleo essencial de laranja % (v/v) - 0,035
3. INGREDIENTES OPCIONAIS
3.1. Ao suco de laranja poderão ser incorporadas as células da própria fruta;
4. O suco de laranja deverá obedecer os Padrões de Identidade e Qualidade fixados para suco
de fruta.
166 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
Art. 3º O néctar cuja quantidade mínima de polpa de uma determinada fruta não tenha
sido fixada em Regulamento Técnico específico deve conter no mínimo 30% (m/m) da
respectiva polpa, ressalvado o caso de fruta com acidez ou conteúdo de polpa muito elevado
ou sabor muito forte e, neste caso, o conteúdo de polpa não deve ser inferior a 20% (m/m).
ANEXO I
REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E
QUALIDADE GERAIS PARA SUCO TROPICAL
1. ALCANCE
1.1. Objetivo:
Estabelecer os Padrões de Identidade e Qualidade Gerais a que deve obedecer o Suco
Tropical.
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definição:
Suco Tropical é o produto obtido pela dissolução, em água potável, da polpa da fruta polposa
de origem tropical, por meio de processo tecnológico adequado, não fermentado, de cor, aroma
e sabor característicos da fruta, submetido a tratamento que assegure sua conservação e
apresentação até o momento do consumo.
2.3. Designação
2.3.2. Suco Tropical Misto de (nomes das frutas): é o produto definido no item 2.1., obtido de
duas ou mais frutas. É opcional a designação: "Misto".
2.3.3. É vedada a designação de "Suco Tropical" ao suco que não necessite de água na sua
elaboração e que não seja proveniente de fruta de origem tropical.
3. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS
3.1. Composição
3.1.1. O Suco Tropical deve ser obtido de fruta fresca, sã e madura, e manter as características
físicas, químicas e organolépticas da fruta.
3.1.2. O Suco Tropical deve ser obrigatoriamente elaborado com água potável, de acordo com
os critérios de potabilidade estabelecidos na legislação específica.
3.1.3. A expressão "suco pronto para beber", ou expressões semelhantes, somente poderão
ser declaradas no rótulo do Suco Tropical quando adicionado de açúcar.
3.1.4. O Suco Tropical, cuja quantidade mínima de polpa de uma determinada fruta não tenha
sido fixada em Regulamento Técnico específico, deve conter um mínimo de 50% (m/m) da
respectiva polpa, ressalvado o caso de fruta com acidez alta ou conteúdo de polpa muito
elevado ou sabor muito forte que, neste caso, o conteúdo de polpa não deve ser inferior a 35%
(m/m).
3.2. Requisitos
3.2.1. As características físicas, químicas e organolépticas devem ser as provenientes da fruta
de sua origem, observando-se os limites mínimos e máximos dos parâmetros fixados para o
168 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
respectivo Suco Tropical, parâmetros estes previstos nos padrões de identidade e qualidade
específicos para cada fruta.
3.2.3. O Suco Tropical deve ser conservado por meios físicos adequados ou por meio de
conservadores químicos autorizados para sucos de frutas.
3.2.4. O Suco Tropical não deve ter as características organolépticas e composição física e
química alteradas pelos materiais dos recipientes, dos utensílios e dos equipamentos utilizados
no seu processamento e comercialização.
3.2.5. O Suco Tropical pode ser obtido de suco concentrado de fruta de origem tropical.
3.2.6. Ao Suco Tropical podem ser adicionados nutrientes essenciais, previstos em legislação
específica.
5. CONTAMINANTES
5.1. Os teores de resíduos de defensivos agrícolas e de contaminantes inorgânicos devem
obedecer aos limites estabelecidos pela legislação específica para sucos de frutas.
6. HIGIENE
6.1. As características macroscópicas devem obedecer à legislação específica para sucos de
frutas.
7. PESOS E MEDIDAS
7.1. Devem obedecer à legislação específica.
8. ROTULAGEM
8.1. Deve observar as disposições sobre rotulagem de bebidas previstas no Regulamento da
Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, aprovado pelo Decreto nº 2.314, de 4 de setembro de
1997.
8.4. No Suco Tropical Misto é obrigatória a declaração, na lista de ingredientes, dos nomes das
frutas que compõem o produto, em ordem decrescente de suas quantidades.
8.5. No Suco Tropical pronto para beber deve ser declarada a palavra: "ADOÇADO".
8.6. O Suco Tropical, quando obtido de suco concentrado, deve declarar, na lista de
ingredientes, esta origem.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 169
8.7. A expressão "suco pronto para beber", ou expressões semelhantes, podem ser declaradas
de forma isolada.
10.2. Aplica-se ao Suco Tropical as disposições sobre Bebidas de Baixa Caloria, previstas no
Decreto nº 2.314, de 4 de setembro de 1997, e em normas regulamentares.
10.3. Os casos omissos serão resolvidos por atos administrativos do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
170 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
ANEXO II
PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE DOS SUCOS TROPICAIS DE ABACAXI,
ACEROLA, CAJÁ, CAJU, GOIABA, GRAVIOLA, MAMÃO, MANGA, MANGABA, MARACUJÁ
E PITANGA
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Abacaxi é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água potável,
da polpa do abacaxi ( Ananas comusus , L.), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Abacaxi deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de branca a amarelada;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
3. O Suco Tropical de Abacaxi deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para o Suco Tropical.
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Acerola é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água potável,
da polpa da acerola (Malpighia glaba.), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Acerola deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarelado a vermelho;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Cajá é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água potável, da
polpa do cajá (Spodia lutea, L.), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Cajá deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarela a alaranjada;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
3. O Suco Tropical de Cajá deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para Suco Tropical.
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Caju é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água potável, da
polpa do caju (Anacardium occidentale, L.), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Caju deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: amarela clara;
Sabor: próprio, levemente adstringente;
Aroma: próprio.
3. O Suco Tropical de Caju deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para Suco Tropical.
172 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Goiaba é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água potável,
da polpa da goiaba (Psidium guajava, L.), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Goiaba deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de branca a vermelha;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
4. O Suco Tropical de Goiaba deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para Suco Tropical.
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Graviola é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água potável,
da polpa da graviola (Annona muricata), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Graviola deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de branca a marfim;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
3. O Suco Tropical de Graviola deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para Suco Tropical.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 173
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Mamão é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água potável,
da polpa do mamão (Carica papaia, L.), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Mamão deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarela a vermelha;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
3. O Suco Tropical de Mamão deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para o Suco Tropical.
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Manga é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água potável,
da polpa da manga (Mangifera indica, L.), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Manga deve obedecer às rísticas e composição abaixo:
Cor: variando de amarela a alaranjada;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
3. O Suco Tropical de Manga deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para Suco Tropical.
174 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Mangaba é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água
potável, da polpa da mangaba (Hancornia speciosa), por meio de processo tecnológico
adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Mangaba deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de creme a amarela;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
3. O Suco Tropical de Mangaba deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para Suco Tropical.
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Maracujá é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água
potável, da polpa do maracujá (Passiflora, ssp), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Maracujá deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarela a alaranjada;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
3. O Suco Tropical de Maracujá deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para o Suco Tropical.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 175
1. DEFINIÇÃO
Suco Tropical de Pitanga é a bebida não fermentada, obtida pela dissolução, em água potável,
da polpa da pitanga (Eugenia spp.), por meio de processo tecnológico adequado.
2. COMPOSIÇÃO
O Suco Tropical de Pitanga deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de alaranjada a vermelha;
Sabor: próprio;
Aroma: próprio.
3. O Suco Tropical de Pitanga deve obedecer aos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais,
fixados para Suco Tropical.
176 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
ANEXO III
PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE DOS NECTARES DE ABACAXI, ACEROLA,
CAJÁ, CAJU, GOIABA, GRAVIOLA, MAMÃO, MANGA, MARACUJÁ, PÊSSEGO E PITANGA
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Abacaxi é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível do abacaxi (Ananas comusus, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto,
podendo ser adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Abacaxi deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de branca a amarelada;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de abacaxi (g/100g) 40,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 11,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,12 -.-
Açúcares totais (g/100g) 8,00 -.-
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Acerola é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível da acerola (Malphigia spp, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto, podendo
ser adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Acerola deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarelada a vermelha;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de acerola (g/100g) 25,00 -.-
Suco ou polpa de acerola (g/100g) 10,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,20 -.-
Açúcares totais (g/100g) 6,00 -.-
Ácido ascórbico (mg/100g) 160,00
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 177
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Cajá é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível do cajá (Spondia lutea, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto, podendo ser
adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Cajá deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarelada a alaranjada;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de cajá (g/100g) 25,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 11,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,20 -.-
Açúcares totais (g/100g) 7,00 -.-
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Caju é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível do Caju (Anacordium occidentale, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto,
podendo ser adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Caju deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: amarela clara;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de caju (g/100g) 15,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,12 -.-
Açúcares totais (g/100g) 7,00 -.-
Ácido ascórbico (mg/100g) 15,00
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Goiaba é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível da Goiaba (Psidium guajava, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto, podendo
ser adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Goiaba deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de branca a avermelhada;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de goiaba (g/100g 35,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,10 -.-
Açúcares totais (g/100g) 7,00 -.-
Ácido ascórbico (mg/100g) 14,00
178 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Graviola é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível da graviola (Anona muricata, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto, podendo
ser adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Graviola deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de branca a marfim;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de graviola (g/100g) 25,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 11,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,15 -.-
Açúcares totais (g/100g) 7,00 -.-
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Mamão é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível do mamão (Carica papaia, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto, podendo
ser adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Mamão deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarela a avermelhada;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de mamão (g/100g) 35,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,10 -.-
Açúcares totais (g/100g) 6,00 -.-
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Manga é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível da manga (Mangifera indica, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto, podendo
ser adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Manga deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarela a alaranjada;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de manga (g/100g) 40,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,20 -.-
Açúcares totais (g/100g) 7,00 -.-
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 179
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Maracujá é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da
parte comestível do maracujá (Passiflora, spp) e açúcares, destinado ao consumo direto,
podendo ser adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Maracujá deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de amarela a alaranjada;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de maracujá (g/100g) 10,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 11,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,25 -.-
Açúcares totais (g/100g) 7,00 -.-
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Pêssego é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível do pêssego (Prunus persica, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto, podendo
ser adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
O Néctar de Pêssego deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: amarelada;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de pêssego (g/100g) 40,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 11,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,15 -.-
Açúcares totais (g/100g) 7,00 -.-
1. DEFINIÇÃO
Néctar de Pitanga é a bebida não fermentada, obtida da dissolução, em água potável, da parte
comestível da pitanga (Eugenia spp, L.) e açúcares, destinado ao consumo direto, podendo ser
adicionado de ácidos.
2. COMPOSIÇÃO
Néctar de Pitanga deve obedecer às características e composição abaixo:
Cor: variando de alaranjada a vermelha;
Sabor: característico;
Aroma: próprio.
Min. Máx.
Suco ou polpa de pitanga (g/100g) 25,00 -.-
Sólidos solúveis em ºBrix, a 20ºC 10,00 -.-
Acidez total em ácido cítrico (g/100g) 0,20 -.-
Açúcares totais (g/100g) 6,00 -.-
180 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
ANEXO
1. Alcance
1.1. Objetivo
Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deve cumprir o mel
destinado ao consumo humano direto.
Este Regulamento não se aplica para mel industrial e mel utilizado como ingrediente em outros
alimentos.
1.2. Âmbito de Aplicação: O presente Regulamento Técnico se aplicará em todo território dos
Estados Partes, no comércio entre eles e nas importações extra-zona.
2. Descrição
2.1. Definição: Entende-se por mel, o produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas, a
partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de
excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas de plantas, que as
abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam
e deixam madurar nos favos da colméia.
2.2. Classificação:
2.2.1. Por sua origem:
2.2.1.2. Melato ou Mel de Melato: é o mel obtido principalmente a partir de secreções das
partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que se encontram
sobre elas.
2.2.2. Segundo o procedimento de obtenção de mel do favo:
2.2.2.1. Mel escorrido: é o mel obtido por escorrimento dos favos desoperculados, sem larvas.
2.2.2.2. Mel prensado: é o mel obtido por prensagem dos favos, sem larvas.
2.2.2.3. Mel centrifugado: é o mel obtido por centrifugação dos favos desoperculados, sem
larvas.
2.2.3.2. Mel em favos ou mel em secções: é o mel armazenado pelas abelhas em células
operculadas de favos novos, construídos por elas mesmas, que não contenha larvas e
comercializado em favos inteiros ou em secções de tais favos.
2.2.3.3. Mel com pedaços de favo: é o mel que contém um ou mais pedaços de favo com mel,
isentos de larvas.
2.2.3.4. Mel cristalizado ou granulado: é o mel que sofreu um processo natural de solidificação,
como conseqüência da cristalização dos açúcares.
182 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
2.2.3.5. Mel cremoso: é o mel que tem uma estrutura cristalina fina e que pode ter sido
submetido a um processo físico, que lhe confira essa estrutura e que o torne fácil de untar.
2.2.3.6. Mel filtrado: é o mel que foi submetido a um processo de filtração, sem alterar o seu
valor nutritivo.
2.3.2. O produto definido no item 2.2.1.2., e sua mistura com mel floral, se designará Melato ou
Mel de Melato podendo se agregar sua classificação, segundo o indicado no item 2.2.2 e 2.2.3,
em caracteres não maiores do que os da palavra Melato ou Mel de Melato.
3. Referências
- Comissão do Codex Alimentarius, FAO/OMS - Norma Mundial do Codex para o Mel, Codex
Stan 12-1981, Rev. 1987, Roma 1990.
- CAC/VOL. III, Supl. 2, 1990.
- A.O.A.C. 16th Edition, Rev. 4th, 1998.
- Regulamento Técnico do MERCOSUL sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas
Práticas de Fabricação para estabelecimentos elaboradores/industrializadores de alimentos
Resolução GMC Nº 80/96.
- Regulamento Técnico MERCOSUL para rotulagem de alimentos embalados – Resolução
GMC Nº 36/93.
4. Composição e Requisitos
4.1. Composição:
O mel é uma solução concentrada de açúcares com predominância de glicose e frutose.
Contém ainda uma mistura complexa de outros hidratos de carbono, enzimas, aminoácidos,
ácidos orgânicos, minerais, substâncias aromáticas, pigmentos e grãos de pólen podendo
conter cera de abelhas procedente do processo de extração.
4.1.1. O produto definido neste regulamento não poderá ser adicionado de açúcares e/ou
outras substâncias que alterem a sua composição original.
4.2. Requisitos
4.2.1. Características Sensoriais
4.2.1.2. Sabor e aroma: deve ter sabor e aroma característicos de acordo com a sua origem,
segundo definido em 2.2.1.
4.2.1.3. Consistência: variável de acordo com o estado físico em que o mel se apresenta.
4.2.2.1. Maturidade:
Açúcares redutores (calculados como açúcar invertido):
Mel floral: mínimo 65 g/100 g.
Melato ou Mel de Melato e sua mistura com mel floral: mínimo 60 g/100 g.
Umidade:máximo 20 g/100 g.
Sacarose aparente:
Mel floral: máximo 6 g/100 g.
Melato ou Mel de Melato e sua mistura com mel floral: máximo 15 g/100 g.
4.2.2.2. Pureza:
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 183
a) Sólidos insolúveis em água: máximo 0,1 g/100 g., exceto no mel prensado, que se tolera até
0,5 g/100 g., unicamente em produtos acondicionados para sua venda direta ao público.
b) Minerais (cinzas): máximo 0,6 g/100 g. No Melato ou mel de melato e suas misturas com mel
floral, se tolera até 1,2 g/100 g.
4.2.2.3. Deterioração
a) Fermentação: O mel não deve ter indícios de fermentação.
c) Atividade diastásica: como mínimo, 8 na escala de Göthe. Os méis com baixo conteúdo
enzimático devem ter como mínimo uma atividade diastásica correspondente a 3 na escala de
Göthe, sempre que o conteúdo de hidroximetilfurfural não exceda a15mg/kg.
4.2.3. Acondicionamento:
O mel pode apresentar-se a granel ou fracionado. Deve ser acondicionado em embalagem apta
para alimento, adequada para as condições previstas de armazenamento e que confira uma
proteção adequada contra contaminação. O mel em favos e o mel com pedaços de favos só
devem ser acondicionados em embalagens destinadas para sua venda direta ao público.
5. Aditivos
É expressamente proibida a utilização de qualquer tipo de aditivos.
6. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades
superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento Técnico MERCOSUL correspondente.
7. Higiene
7.1. Considerações Gerais:
As práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de acordo com o Regulamento
Técnico MERCOSUL sobre as condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de
Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
8. Pesos e Medidas
Aplica-se o Regulamento Técnico MERCOSUL específico.
9. Rotulagem
Aplica-se o Regulamento Técnico MERCOSUL para a Rotulagem de Alimentos Envasados
Res. GMC Nº 36/93.
9.1. O produto se denominará Mel, Melato ou mel de Melato, de acordo com o item 2.3.
9.2. O Mel floral conforme item 2.2.1.1. item a) poderá se designar Mel Flores de ......,
preenchendo-se o espaço existente com a denominação da florada predominante.
9.3. O Melato ou Mel de Melato conforme item 2.2.1.2. poderá se designar Melato de ......... ou
Mel de Melato de ........, preenchendo-se o espaço existente com o nome da planta de origem.
184 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
DETERMINAÇÃO REFERÊNCIA
Açúcares redutores CAC/VOL. III, Supl. 2, 1990, 7.1
Umidade (método refratométrico) A.O.A.C. 16th Edition, Rev. 4th, 1998 - 969.38 B
Sacarose aparente CAC/Vol. III, Supl. 2, 1990, 7.2
Sólidos insolúveis em água CAC/Vol. III, Supl. 2, 1990, 7.4.
Minerais (cinzas) CAC/Vol. III, Supl. 2, 1990, 7.5
Acidez A.O.A.C. 16th Edition, Rev. 4th, 1998 - 962.19
Atividade diastásica CAC/Vol. III, Supl. 2, 1990, 7.7
Hidroximetilfurfural (HMF) A.O.A.C. 16th Edition, Rev. 4th, 1998 - 980.23
11.Amostragem
Seguem-se os procedimentos recomendados pela: Comissão do Codex Alimentarius,
FAO/OMS, Manual de Procedimento, Décima Edição.
O frasco tem uma tampa móvel unida a um cordão. É introduzido fechado a várias
profundidades dentro da embalagem, onde se tira a tampa para enchê-lo.
c) Mel líquido que não pode ser homogeneizado: com o frasco para amostra se extrai 10 (dez)
amostras de 50 ml cada uma, de diferentes níveis e de distintas posições.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 185
Art. 2o. Este Regulamento Técnico será aplicável à Farinha de Trigo orgânica ou não orgânica e
à que for proveniente de trigo geneticamente modificado, quando for o caso.
Parágrafo único. Para ser classificada, a Farinha de Trigo orgânica e a que for proveniente de
trigo geneticamente modificado deverão cumprir, previamente, todos os trâmites necessários à
sua identificação, atestando-a como tal.
Parágrafo único. Este Regulamento também será aplicado à Farinha de Trigo destinada à
exportação, quando solicitado pelo interessado.
Art. 4o. Será de competência exclusiva do Órgão Técnico do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, responsável pelo controle de qualidade de produtos de origem vegetal,
resolver os casos omissos porventura surgidos na utilização do presente Regulamento.
Art. 5o. Esta Instrução Normativa entra em vigor em 30 (trinta) dias após a sua publicação.
ANEXO
1. Objetivo:
Este Regulamento Técnico tem por objetivo definir as características de identidade e qualidade
da Farinha de Trigo.
2. Conceitos:
2.1. Farinha de Trigo: produto elaborado com grãos de trigo (Triticum aestivum L.) ou outras
espécies de trigo do gênero Triticum , ou combinações por meio de trituração ou moagem e
outras tecnologias ou processos.
2.1.1. O presente Regulamento não se aplica às Farinhas elaboradas com grãos de trigo da
espécie Triticum durum Desf.
2.2. Farinha de Trigo Integral: produto elaborado com grãos de trigo (Triticum aestivum L.) ou
outras espécies de trigo do gênero Triticum , ou combinações por meio de trituração ou
moagem e outras tecnologias ou processos a partir do processamento completo do grão limpo,
contendo ou não o gérmen.
2.3. Farinha de Trigo adicionada de outros vegetais: produto elaborado à base de farinha de
trigo adicionado de outros produtos vegetais.
2.4. Preparados à base de farinha de trigo para a alimentação humana: produto que pode
conter ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, apropriados para a
produção de pães, bolos, tortas, massas, empadas, quitutes, pizzas ou outros produtos típicos
de confeitaria, que com adição de água ou fermento ou ovos ou gordura ou outros ingredientes,
e preparado segundo as instruções presentes na embalagem, deve produzir o produto típico
designado na rotulagem, sem a necessidade de adição de outros aditivos alimentares.
2.6. Aditivos Alimentares: substâncias autorizadas pelo Ministério da Saúde que são
adicionadas à Farinha de Trigo e que têm por objetivo ajustar e padronizar a qualidade
funcional da farinha para determinado fim ou, ainda, para melhorar as características do
produto final.
2.11. Acidez Graxa: acidez oriunda da degradação dos lipídeos (gorduras) da Farinha de Trigo,
que sofrem alterações dependendo das condições do produto e do armazenamento.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 187
2.13. Matérias macroscópicas: são aquelas que podem ser detectadas por observação direta
(olho nu) sem auxílio de instrumentos ópticos.
2.14. Matérias microscópicas: são aquelas que podem ser detectadas com auxílio de
instrumentos ópticos.
2.16. Isento de substâncias nocivas à saúde: quando o produto não apresenta contaminação
ou cujo valor se verifica dentro dos limites máximos previstos na legislação específica vigente.
2.19. Produto embalado: todo produto que está contido em uma embalagem, pronto para ser
oferecido ao consumidor.
3. Classificação e Tolerâncias
3.1.1. Tipos: a Farinha de Trigo será classificada em 03 (três) Tipos de acordo com os
limites de tolerância estabelecidos na Tabela 1 do presente Regulamento.
3.2. Fora de Tipo: será considerada como Fora de Tipo toda Farinha de Trigo que não se
enquadrar nos limites de tolerância estabelecidos na Tabela 1 deste Regulamento Técnico.
4. Requisitos Gerais:
A Farinha de Trigo deverá se apresentar limpa, seca e isenta de odores ou sabores estranhos
ou impróprios ao produto.
4.1. Outros requisitos: não será permitida a comercialização de Farinha de Trigo que
apresentar características macroscópicas, microscópicas, microbiológicas e substâncias
nocivas à saúde acima dos limites estabelecidos por legislação específica vigente.
188 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
5. Modo de Apresentação:
A Farinha de Trigo pode ser comercializada a granel, ensacada ou empacotada.
6. Acondicionamento:
As embalagens utilizadas no acondicionamento da Farinha de Trigo poderão ser de materiais
naturais, sintéticos ou qualquer outro material apropriado, desde que sejam novos, limpos,
atóxicos, que protejam o produto de dano interno ou externo e que não transmitam odores e
sabores estranhos ao produto.
7. Rotulagem.
7.1. Produto embalado para a venda direta à alimentação humana: a marcação ou rotulagem,
uma vez observadas as legislações específicas vigentes, deverá conter obrigatoriamente as
seguintes informações:
7.1.1.1. Tipo
7.1.2.1.3. Quando a farinha de trigo for empregada na produção de massas alimentícias, será
permitido o uso da designação "de sêmola" ou "de semolina" quando a matéria-prima
empregada atender às especificações contidas na Tabela 1 deste Regulamento Técnico para a
Farinha de Trigo do Tipo 1.
7.1.2.3. Lote: o lote deverá ser identificado por meio de um código chave de responsabilidade
do embalador precedido da letra “L” ou a data de fabricação, de embalagem ou de prazo de
validade, na forma definida na legislação específica vigente.
7.2. Produto a granel: o produto deverá ser identificado e as informações colocadas em lugar
de destaque, de fácil visualização e de difícil remoção, contendo, no mínimo, as seguintes
expressões:
7.2.1.1. Tipo.
7.2.2. Relativas à identificação do produto e seu responsável:
7.4. A rotulagem deve ser de fácil visualização e de difícil remoção, assegurando informações
corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa, cumprindo com as exigências
previstas em legislação específica vigente.
7.4.1. A especificação relativa ao Tipo da Farinha de Trigo deve ser grafada em algarismo
arábico ou por extenso, quando for o caso, e todos os caracteres deverão ser do mesmo
tamanho, segundo as dimensões especificadas para a informação relativa ao peso líquido,
conforme legislação metrológica vigente.
9. Métodos analíticos:
Os métodos analíticos são definidos em atos complementares, após oficialização pela área
competente do MAPA.
190 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
considerando que as farinhas de trigo e as farinhas de milho são largamente consumidas pela
população brasileira;
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Trigo e das
Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico , constante do anexo desta Resolução.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 18 (dezoito) meses a contar da data de publicação deste
Regulamento para adequação de seus produtos.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando os
infratores às penalidades previstas na Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
ANEXO
Regulamento Técnico para Fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho
com Ferro e Ácido Fólico
1. ALCANCE
1.1. Objetivo
Tornar obrigatória a fortificação das farinhas de trigo e das farinhas de milho com ferro e ácido
fólico.
2. DEFINIÇÕES
2.1. Para efeito deste Regulamento Técnico entende-se por farinhas de milho: os fubás e os
flocos de milho.
3. REFERÊNCIAS
3.1. BRASIL. Decreto-Lei nº 986, de 12 de outubro de 1969. Institui Normas Básicas sobre
alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 21 de outubro de 1996.
3.3. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 27, de 14 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico referente
à Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, Brasília 16 de janeiro de 1998.
3.4. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 31, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico para
Fixação de Identidade e Qualidade de Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais. Diário
Oficial da União, Brasília, 30 de março de 1998.
3.5. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 33, de 13 de janeiro de 1998. Tabelas de Ingestão Diária
Recomendada IDR. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de janeiro de 1998.
3.6. BRASIL. Portaria SVS/MS nº 42, de 14 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico para
Rotulagem de Alimentos Embalados. Diário oficial da União, Brasília, 16 de janeiro de 1998.
3.7. BRASIL. Resolução nº 23, de 15 de março de 2000. Regulamento Técnico sobre o Manual
de Procedimentos Básicos para o Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de
Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de março de
2000.
3.9. BRASIL. Resolução- RDC nº 40, de 21 de março de 2001. Regulamento Técnico para
Rotulagem Nutricional Obrigatória de Alimentos e Bebidas Embalados. Diário Oficial da União,
Brasília, 22 de março de 2001.
3.10. BRASIL. Resolução nº 385, de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico que Aprova
o uso de Aditivos Alimentares, estabelecendo suas funções e seus Limites Máximos para a
192 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
3.14. Manual de fortificação de farinha de trigo com ferro. Rio de Janeiro: Embrapa
Agroindústria de Alimentos, 2001, 56p. Documentos, ISSN 0103-6068; 46.
3.15. Manual de fortificação de fubá e flocos de milho com ferro. Rio de Janeiro: Embrapa
Agroindústria de Alimentos, 2001, 56p. Documentos, ISSN 0103-6068; 47.
3.18. The Prevention of Neural Tube Defects with Folic Acid. Pan American Health Organization
/ Word Health Organization, Division of Health Promotion and Protection, Food and Nutrition
Program. Centers for Disease Control and Prevention, Birth Defects and Pediatric Genetics-
CDC. p. 5-15.
4. PRINCÍPIOS GERAIS
4.1. É obrigatória a adição de ferro e de ácido fólico nas farinhas de trigo e nas farinhas de
milho pré-embaladas na ausência do cliente e prontas para oferta ao consumidor, as
destinadas ao uso industrial, incluindo as de panificação e as farinhas adicionadas nas pré-
misturas, devendo cada 100g de farinha de trigo e de farinha de milho fornecerem no mínimo
4,2 mg (quatro vírgula dois miligramas) de ferro e 150 mcg (cento e cinqüenta microgramas) de
ácido fólico.
4.3. A escolha dos compostos de ferro para fortificação é de responsabilidade das indústrias,
que devem garantir a estabilidade destes nas farinhas de trigo e nas farinhas de milho dentro
dos prazos de validade das mesmas.
4.4. As empresas devem assegurar que os compostos de ferro de grau alimentício sejam
biodisponíveis.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 193
4.5. As empresas poderão utilizar os seguintes compostos de ferro de grau alimentício: sulfato
ferroso desidratado (seco); fumarato ferroso; ferro reduzido - 325 mesh Tyler; ferro eletrolítico -
325 mesh Tyler; EDTA de ferro e sódio (NaFeEDTA); e ferro bisglicina quelato.
Podem ser usados outros compostos desde que a biodisponibilidade não seja inferior a dos
compostos listados.
4.6. As empresas deverão utilizar o ácido fólico de grau alimentício, garantindo a estabilidade
deste nas farinhas de trigo e nas farinhas de milho dentro do prazo de validade das mesmas.
5. ROTULAGEM
5.1. As farinhas de trigo e as farinhas de milho devem ser designadas usando-se o nome
convencional do produto de acordo com a legislação específica, seguido de uma das seguintes
expressões: fortificada(o) com ferro e ácido fólico ou enriquecida(o) com ferro e ácido fólico ou
rica(o) com ferro e ácido fólico.
5.2. As farinhas de trigo e as farinhas de milho fortificadas usadas como ingredientes deverão
ser declaradas na lista de ingredientes da rotulagem com as seguintes expressões: farinha de
trigo fortificada ou enriquecida ou rica com ferro e ácido fólico; e farinha de milho fortificada ou
enriquecida ou rica com ferro e ácido fólico.
6. ADITIVOS
ANEXO
1. Objetivo:
O presente Regulamento tem por objetivo definir as características de identidade e de
qualidade dos Produtos Amiláceos derivados da Raiz de Mandioca.
2.2. pH: refere-se ao potencial de hidrogênio ionizável característico do produto amiláceo, cuja
determinação e tolerância devem obedecer, respectivamente, à metodologia analítica e ao
Quadro Sinóptico - Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.4. Teor de Cinzas: percentual de matéria mineral presente no produto, cuja determinação e
tolerância devem obedecer à metodologia analítica e ao Quadro Sinóptico - Tabela 1, previstos
neste Regulamento;
2.6. Vazamento: refere-se ao teor de produto amiláceo pulverizado, que passa por uma peneira
específica, cuja determinação e tolerância devem obedecer, respectivamente, à metodologia
analítica e ao Quadro Sinóptico - Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.8. Umidade: refere-se ao teor de água livre encontrada no produto amiláceo e seu teor é
expresso em gramas por 100 gramas do produto, cuja determinação e tolerância devem
obedecer à metodologia analítica e ao Quadro Sinóptico - Tabela 1, previstos neste
Regulamento;
2.10. Detrito: refere-se a todo material macroscópico com ou sem risco à saúde, mas que
possa ser caracterizado como defeito, como fezes, pêlos, insetos (vivos ou mortos), penas,
grânulos e partículas defeituosas e conglomerados mofados, entre outros. O produto deve
apresentar-se isento de qualquer um desses defeitos, segundo metodologia analítica e Quadro
Sinóptico - Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.11. Matérias macroscópicas: são aquelas que podem ser detectadas por observação direta
(olho nu) sem auxílio de instrumentos ópticos;
2.12. Polpa: refere-se ao material proveniente do cilindro central da raiz de mandioca e o seu
teor é expresso em mililitros por 100 gramas do produto, cuja determinação e tolerância devem
196 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
2.13. Odor: refere-se à avaliação do produto amiláceo quanto ao odor, cuja determinação e
tolerância devem obedecer à metodologia analítica e ao Quadro Sinóptico - Tabela 1, previstos
neste Regulamento;
2.14. Matérias microscópicas: são aquelas que podem ser detectadas com auxílio de
instrumentos ópticos;
2.16. Isento de substâncias nocivas à saúde: quando o produto não apresenta contaminação
ou cujo valor se verifica dentro dos limites máximos previstos na legislação específica vigente;
2.19. Produto embalado: todo produto que está contido em uma embalagem, pronto para ser
oferecido ao consumidor;
2.21. Cilindro central (polpa): refere-se à parte da raiz de mandioca desprovida da casca e
entrecasca;
2.24. Fécula: é o produto amiláceo extraído das raízes de mandioca, não fermentada, obtida
por decantação, centrifugação ou outros processos tecnológicos adequados;
2.25. Tapioca: é o produto que, conforme processo de fabricação, se apresenta sob forma de
grânulos irregulares, poliédricos ou esféricos;
3. Classificação e Tolerâncias:
O Produto Amiláceo derivado da Raiz de Mandioca de acordo com o processo tecnológico de
fabricação utilizado, suas características físicas (granulometria e forma dos grânulos) e sua
qualidade será enquadrado em grupo, subgrupo e tipo, respectivamente:
3.1. Grupos: de acordo com a tecnologia de fabricação utilizada, o Produto Amiláceo será
classificado em 2 (dois) grupos:
3.1.1. Grupo I - Fécula;
3.2. Subgrupos da Tapioca - segundo a forma dos grânulos, a Tapioca será classificada em 2
(dois) subgrupos:
3.2.1. Tapioca granulada - Tapioca “Flakes granulated” (flocos granulados) tapioca: é o produto
sob forma de grânulos, poliédricos irregulares, de diversos tamanhos;
3.2.2. Tapioca pérola ou sagú artificial - “Pearl” (pérola) tapioca: é o produto sob forma de
grânulos esféricos irregulares, de diversos tamanhos.
3.4. Fora de Tipo: será considerada como Fora de Tipo a Fécula e a Tapioca que não se
enquadrarem nos limites de tolerância estabelecidos na Tabela 1 deste Regulamento Técnico.
4. Requisitos Gerais:
Os Produtos Amiláceos derivados da Raiz de Mandioca deverão se apresentar limpos, secos e
isentos de odores estranhos, impróprios ao produto.
5. Modo de Apresentação:
Os Produtos Amiláceos derivados da Raiz de Mandioca podem ser comercializados a granel,
ensacados ou empacotados.
6. Acondicionamento:
As embalagens, utilizadas no acondicionamento dos Produtos Amiláceos derivados da Raiz de
Mandioca poderão ser de materiais naturais, sintéticos ou qualquer outro material apropriado,
desde que sejam limpos, atóxicos, que protejam o produto e que não transmitam odores e
sabores estranhos ao produto.
7. Rotulagem
7.1. Produto embalado para a venda direta à alimentação humana: a marcação ou rotulagem,
uma vez observadas as legislações específicas vigentes, deverá conter obrigatoriamente as
seguintes informações:
7.1.1.1. Grupo;
7.1.1.3. Tipo.
7.1.2.3. Lote: o lote deverá ser identificado por meio de um código chave de responsabilidade
do embalador precedido da letra "L" ou a data de fabricação, de embalagem ou de prazo de
validade, na forma definida na legislação específica vigente.
7.2. Produto a granel: o produto deverá ser identificado e as informações colocadas em lugar
de destaque, de fácil visualização e de difícil remoção, contendo, no mínimo, as seguintes
expressões:
7.2.1.1. Grupo;
7.2.1.3. Tipo;
7.3. Produtos importados: além das exigências previstas para o item 7.1. ou 7.2., o produto
importado deverá apresentar ainda as seguintes informações:
7.4. A rotulagem deve ser de fácil visualização e de difícil remoção, assegurando informações
corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa, cumprindo com as exigências
previstas em legislação específica vigente.
8. Métodos analíticos:
Os métodos analíticos são definidos em atos complementares, após oficialização pela área
competente do MAPA.
8.1. Permite-se o uso de métodos consagrados, desde que inexistam métodos oficiais
publicados.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 199
Tipos 1 2 3 1 2 1 2
Fator Ácido (mL) 4,00 4,50 5,00 * * * *
pH 4,50 a 4,50 a 4,00 a * * * *
6,50 6,50 7,00
Amido % > 84,00 > 82,00 > 80,00 * * * *
Cinzas % < 0,20 < 0,25 < 0,75 < 0,20 < 0,50 < 0,20 < 0,50
Vazamento % 0,105 0,105 0,105 * * * *
Abertura (mm) 99,00 98,00 97,00
Ponto Rompimento > 58º < > 58º < > 58º < * * * *
66º 66º 66º
Umidade % < 14,00 < 14,00 < 14,00 < 15,00 < 15,00 < 15,00 < 15,00
Matérias estranhas ** ** ** ** ** ** **
ou impurezas %
Polpa (mL) 0,50 1,00 1,50 * * * *
Odor Peculiar Peculiar
* - Não se aplica.
** - Isento.
200 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de
abril de 1999, c/c do Art. 111, inciso I, alínea "b" § 1º do Regimento Interno aprovado pela
Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000,
em reunião realizada em 29, de agosto de 2005,
Art. 2º As empresas têm o prazo de 01 (um) ano a contar da data da publicação deste
Regulamento para adequarem seus produtos.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando os
infratores às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA PRODUTOS DE CEREAIS, AMIDOS,
FARINHAS E FARELOS
1. ALCANCE
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os
Produtos de Cereais, Amidos, Farinhas e Farelos. Exclui-se deste Regulamento a Farinha
Desengordurada de Soja.
2. DEFINIÇÃO
2.1. Produtos de Cereais: são os produtos obtidos a partir de partes comestíveis de cereais,
podendo ser submetidos a processos de maceração, moagem, extração, tratamento térmico e
ou outros processos tecnológicos considerados seguros para produção de alimentos.
2.1.1. Massas Alimentícias: são os produtos obtidos da farinha de trigo (Triticum aestivum L. e
ou de outras espécies do gênero Triticum) e ou derivados de trigo durum (Triticum durum L.) e
ou derivados de outros cereais, leguminosas, raízes e ou tubérculos, resultantes do processo
de empasto e amassamento mecânico, sem fermentação.
2.1.2. Pães: são os produtos obtidos da farinha de trigo e ou outras farinhas, adicionados de
líquido, resultantes do processo de fermentação ou não e cocção, podendo conter outros
ingredientes, desde que não descaracterizem os produtos. Podem apresentar cobertura,
recheio, formato e textura diversos.
2.1.3. Biscoitos ou Bolachas: são os produtos obtidos pela mistura de farinha(s), amido(s) e ou
fécula(s) com outros ingredientes, submetidos a processos de amassamento e cocção,
fermentados ou não. Podem apresentar cobertura, recheio, formato e textura diversos.
2.1.4. Cereais processados: são os produtos obtidos a partir de cereais laminados, cilindrados,
rolados, inflados, flocados, extrudados, pré-cozidos e ou por outros processos tecnológicos
considerados seguros para produção de alimentos, podendo conter outros ingredientes desde
que não descaracterizem os produtos. Podem apresentar cobertura, formato e textura diversos.
2.2. Farinhas: são os produtos obtidos de partes comestíveis de uma ou mais espécies de
cereais, leguminosas, frutos, sementes, tubérculos e rizomas por moagem e ou outros
processos tecnológicos considerados seguros para produção de alimentos.
2.3. Amidos: são os produtos amiláceos extraídos de partes comestíveis de cereais, tubérculos,
raízes ou rizomas.
3. DESIGNAÇÃO
Os produtos podem ser designados conforme o item 2.1.1; 2.1.2; 2.1.3; 2.2; 2.3 e 2.4 ou por
denominações consagradas pelo uso, podendo ser acrescida de expressões relativas ao
ingrediente que caracteriza o produto, processo de obtenção, forma de apresentação,
finalidade de uso e ou característica específica.
3.1. A massa alimentícia, quando obtida, exclusivamente, de farinha de trigo (gênero Triticum)
pode ser designada de "Macarrão".
202 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
3.1.2. A massa alimentícia, quando obtida a partir da substituição parcial da farinha de trigo
deve ser acrescentada à designação a expressão "mista".
3.2. A designação das farinhas, amidos, féculas e farelos deve ser seguida do(s) nome(s)
comum(ns) da(s) espécie(s) vegetal(is) utilizada(s).
3.2.1. Os amidos extraídos de tubérculos, raízes e rizomas podem ser designados de fécula.
3.3. A mistura de farelos deve ser designada de "Mistura de Farelos", seguida dos nomes
comuns das espécies vegetais utilizadas.
3.4. A mistura de farelo(s) com outro(s) ingrediente(s) deve ser designada de "Mistura à Base
de Farelo(s)".
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1. BRASIL. Decreto nº. 55.871, de 26 de março de 1965. Modifica o Decreto nº 50.040, de 24
de janeiro de 1961, referente a normas reguladoras do emprego de aditivos para alimentos,
alterado pelo Decreto nº 691, de 13 de março de 1962. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09
abr. 1965. Seção 1.
4.2. BRASIL. Decreto - Lei nº. 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre
alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 out. 1969. Seção 1.
4.3. BRASIL. Resolução nº 4, de 24 de novembro de 1988. Aprova revisão das Tabelas I, III, IV
e V referente a Aditivos Intencionais, bem como os anexos I, II, III e VII, todos do Decreto nº
55.871, de 26 de março de 1965. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 dez. 1988. Seção 1.
4.5. BRASIL. Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 set. 1990. Suplemento.
4.6. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 1428, de 26 de novembro de 1993. Regulamento Técnico
para Inspeção Sanitária de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 dez. 1993. Seção
1.
4.7. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 326, de 30 de julho de 1997. Regulamento Técnico sobre as
Condições Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 01 ago. 1997.
Seção 1.
4.9. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 27, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
Referente à Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jan.
1998. Seção 1.
4.10. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 29, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
referente a Alimentos para Fins Especiais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 jan. 1998.
Seção 1.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 203
4.11. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 685, de 27 de agosto de 1998. Regulamento Técnico de
Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em
Alimentos e seu Anexo: Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 28 ago. 1998. Seção 1.
4.12. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de
Procedimento para Registro de alimentos e ou novos ingredientes. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 03 mai. 1999. Seção 1.
4.13. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 17, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico que
estabelece as Diretrizes Básicas para a Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 03 mai. 2004. Seção 1.
4.14. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 383, de 05 de agosto de 1999. Regulamento técnico
que aprova o uso de Aditivos Alimentares, estabelecendo suas Funções e seus Limites
Máximos para a Categoria de Alimentos 7 - Produtos de Panificação e Biscoitos. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999. Seção 1.
4.16. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 386 de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico
que aprova o uso de Aditivos Alimentares segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas
funções. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999. Seção 1.
4.18. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 23, de 15 de março de 2000. Manual de Procedimentos
Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à
Área de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 16 mar. 2000. Seção 1.
4.19. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento
Técnico sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
10 jan. 2001. Seção 1.
4.20. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 234, de 19 de agosto de 2002. Regulamento
Técnico sobre aditivos utilizados segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas Funções.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 ago. 2002. Seção 1.
4.21. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 259, de 20 de setembro de 2002. Regulamento
Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 set.
2002. Seção 1.
4.22 BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 275, de 21 de outubro de 2002. Regulamento
Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de
Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 06 nov. 2002. Seção 1.
4.23. BRASIL. Lei nº 10.674, de 16 de maio de 2003. Obriga a que os produtos alimentícios
comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle
da doença celíaca. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 mai. 2003. Seção 1.
204 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
4.24. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 175, de 08 de julho de 2003. Regulamento
Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde
Humana em Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 jul. 2003. Seção 1.
4.25. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 359, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento
Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
4.26. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento
Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
4.28. INSTITUTE OF MEDICINE OF THE NATIONAL ACADEMIES. Food and Nutrition Board.
FOOD CHEMICALS CODEX. 5th ed. National Academy of Sciences, Washington D.C., 2004.
xxxiv + 998p.
5. REQUISITOS ESPECÍFICOS
- Farinhas, amido de cereais e farelos: umidade máxima 15,0 % (g /100 g)
6. REQUISITOS GERAIS
6.1. Os produtos devem ser obtidos, processados, embalados, armazenados, transportados e
conservados em condições que não produzam, desenvolvam e ou agreguem substâncias
físicas, químicas ou biológicas que coloquem em risco a saúde do consumidor. Deve ser
obedecida a legislação vigente de Boas Práticas de Fabricação.
6.3. A utilização de espécie vegetal, parte de vegetal ou de produto que não são usados
tradicionalmente como alimento, pode ser autorizada desde que seja comprovada a segurança
de uso, em atendimento ao Regulamento Técnico específico.
Art. 2º - As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da publicação
deste Regulamento, para se adequarem ao mesmo.
Art. 4º - Esta Resolução de Diretoria Colegiada entrará em vigor na data de sua publicação.
ANEXO
1. ALCANCE
1.1. Objetivo: fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que deve obedecer
a Massa Alimentícia.
2. DESCRIÇÃO
2.1. Definições
2.1.1. Massa Alimentícia: é o produto não fermentado, apresentado sob várias formas,
recheado ou não, obtido pelo empasto, amassamento mecânico de farinha de trigo comum e ou
sêmola/semolina de trigo e ou farinha de trigo integral e ou farinha de trigo durum e ou
sêmola/semolina de trigo durum e ou farinha integral de trigo durum e ou derivados de cereais,
leguminosas, raízes ou tubérculos, adicionado ou não de outros ingredientes e acompanhado
ou não de temperos e ou complementos, isoladamente ou adicionados diretamente à massa.
2.1.2. Massa Alimentícia Pré-Cozida: é o produto não fermentado, apresentado sob várias
formas, recheado ou não, obtido pelo empasto, amassamento mecânico, parcialmente cozido,
desidratado ou não da mistura de farinha de trigo comum e ou sêmola/semolina de trigo e ou
farinha de trigo integral e ou farinha de trigo durum e ou sêmola/semolina de trigo durum e ou
farinha integral de trigo durum e ou derivados de cereais, leguminosas, raízes ou tubérculos,
adicionado ou não de outros ingredientes, acompanhado ou não de temperos e ou
complementos, isoladamente ou adicionados diretamente à massa, cujo preparo necessita
cozimento complementar.
2.1.3. Massa Alimentícia Instantânea: é o produto não fermentado, apresentado sob várias
formas, recheado ou não, obtido pelo empasto, amassamento mecânico, cozimento ou não,
desidratação ou não da mistura de farinha de trigo comum e ou sêmola/semolina de trigo e ou
farinha de trigo integral e ou farinha de trigo durum e ou sêmola/semolina de trigo durum e ou
farinha integral de trigo durum e ou derivados de cereais, leguminosas, raízes ou tubérculos,
adicionado ou não de outros ingredientes, e acompanhado ou não de temperos e ou
complementos, isoladamente ou adicionados diretamente à massa.
2.1.7. Massa Alimentícia pronta para o consumo: é o produto que, para o consumo, não
necessita hidratação, preparo ou cozimento e pode necessitar de aquecimento.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 207
2.2. Classificação
2.2.1.1. Massa Alimentícia Seca: é o produto que durante a elaboração é submetido a processo
de secagem, de forma que o produto final apresente umidade máxima de 13,0% (g/100g).
2.2.1.2. Massa Alimentícia Úmida ou Fresca: é o produto que pode ou não ser submetido a um
processo de secagem parcial, de forma que o produto final apresente umidade máxima de
35,0% (g/100g).
2.2.2.2. Massa Alimentícia Integral ou Macarrão Integral: é o produto obtido a partir de farinha
de trigo integral e ou farinha integral de trigo durum ou a partir da mistura de farinha de trigo
integral e ou farinha integral de trigo durum e ou farelo de trigo e ou farelo de trigo durum com
farinha de trigo comum e ou sêmola/semolina de trigo e ou farinha de trigo durum e ou
sêmola/semolina de trigo durum.
2.2.2.3. Massa Alimentícia Mista ou Macarrão Misto: deve atender à legislação específica sobre
substituição parcial de farinha de trigo em massas alimentícias. Não estão incluídos, neste item,
os produtos que utilizam derivados de cereais, leguminosas, raízes e ou tubérculos como
veículos de aditivos e ou coadjuvantes de tecnologia de fabricação.
2.2.2.4. Massa Alimentícia Recheada ou com Molho: é o produto contendo recheio e ou molho
e ou cobertura preparado com diferentes ingredientes.
2.3. Designação
2.3.2.A designação, estabelecida em 2.3.1., pode ser seguida de expressões de acordo com os
itens 2.1.2. e 2.1.3. (definição), item 2.2.1 (classificação quanto a umidade), ingrediente
obrigatório, formato, tamanho, ingredientes opcionais, modo de preparo, processo de
empacotamento, expressões consagradas pelo uso ou fim a que se destina.
2.3.4. Quando for utilizada, na designação, expressão consagrada pelo uso, relativa ao
formato, seguida ou não de outras expressões previstas no item 2.3.2., é opcional o uso da
designação "Massa Alimentícia". Não são consideradas expressões consagradas pelo uso,
208 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
2.3.5. Quando se tratar de Massa Alimentícia pronta para o consumo e, na designação, for
utilizada expressão consagrada pelo uso, que caracterize produto pronto para o consumo,
seguida ou não de outras expressões previstas no item 2.3.2., é opcional o uso da designação
"Massa Alimentícia".
2.3.6. Para o produto classificado como Massa Alimentícia de Vegetais, a expressão Massa
Alimentícia deve ser seguida, obrigatoriamente, pela(s) designação(ões) do(s) derivado(s) de
leguminosa(s), raiz (es), tubérculo(s) e ou cereal (is), que constitui(em) o produto.
2.3.7. Para o produto obtido, exclusivamente, a partir de sêmola/semolina de trigo podem ser
utilizadas as expressões "de sêmola" ou "de semolina".
2.3.9. Para utilizar a expressão "com ovos", o produto deve ter no mínimo 0,45 g de colesterol
por quilo de massa, expresso em base seca.
2.3.10. Para o produto designado "com ovos", deve constar, obrigatoriamente na designação,
uma das seguintes expressões de acordo com a farinha de trigo utilizada: comum, sêmola ou
semolina, integral, trigo durum, sêmola ou semolina de trigo durum, integral de trigo durum,
seguida da expressão "com ovos".
2.3.12. Para o produto classificado como Massa Alimentícia Recheada, a expressão Massa
Alimentícia deve ser seguida, obrigatoriamente, pela(s) designação(ões) do recheio e ou molho
e ou cobertura ou expressão(ões) consagrada(s) pelo uso relativa(s) ao recheio e ou molho e
ou cobertura.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3.2. BRASIL. Resolução CNNPA n° 35/77. Padrão de Identidade e Qualidade para Alimentos
Rapidamente Congelados. Diário Oficial da União, Brasília, 27 de dezembro de 1977. Seção 1,
pt. 1.
3.3. BRASIL. Portaria Interministerial MA/MS n° 224, de 5 de abril de 1989. Permite o uso de
produtos derivados de cereais (milho, sorgo, arroz, triticale, centeio, cevada e aveia),
leguminosas (soja, feijão, grão de bico), raízes (mandioca) e tubérculos (batata, cará, inhame)
destinadas ao consumo humano, em substituição parcial ou total da farinha de trigo na
elaboração de pães e biscoitos e, em substituição parcial, nas massas alimentícias. Diário
Oficial da União, Brasília, 7 de abril de 1989. Seção 1, pt. 1.
3.6. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS n° 74, de 4 de agosto de 1994. Estabelece
limite de fragmentos de insetos em farinha de trigo e derivados e as metodologias a serem
adotadas. Diário Oficial da União, Brasília, 5 de agosto de 1994. Seção 1, pt.1.
3.7. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria DETEN n° 354, de 18 de julho de 1996. Aprova a
Norma Técnica referente a Farinha de Trigo. Diário Oficial da União, Brasília, de 22 de julho de
1996, Seção 1, pt. 1.
3.8. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS no 326, de 30 de julho de 1997. Regulamento
Técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para
estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial da União, Brasília,
1º de agosto de 1997. Seção 1, pt.1.
3.9. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS no 451, de 19 de setembro de 1997. Princípios
Gerais para Estabelecimento de Critérios e Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário
Oficial da União, Brasília, 2 de julho de 1998. Seção 1, pt.1.
3.14. BRASIL. Resolução ANVS nº 385, de 5 de agosto de 1999. Regulamento Técnico que
aprova o uso de Aditivos Alimentares, estabelecendo suas funções e seus limites máximos para
a categoria de alimentos-6: Cereais e produtos de ou a base de cereais. Diário Oficial da União,
Brasília, 9 de agosto de 1999. Seção 1, pt.1.
3.15. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 23, de 15 de março de 2000. Dispõe sobre o
Manual de Procedimentos Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de
Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de março de
2000. Seção 1, pt.1.
4.1.1.2. Massa Alimentícia Integral ou Macarrão Integral: farinha de trigo integral e ou farinha
integral de trigo durum ou mistura de farinha de trigo integral e ou farinha integral de trigo
210 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
durum e ou farelo de trigo e ou farelo de trigo durum com farinha de trigo comum e ou
sêmola/semolina de trigo e ou farinha de trigo durum e ou sêmola/semolina de trigo durum.
4.1.2. Ingredientes Opcionais: água, ovos, vegetais, farelo de trigo, farelo de trigo durum, leite e
derivados, sal (cloreto de sódio), temperos, condimentos, especiarias, proteínas vegetais e
animais, óleos e gorduras, recheios, molhos, coberturas e outros ingredientes que não
descaracterizem o produto.
4.2. Requisitos
4.2.2.3. Cinzas em base seca, deduzida de cloreto de sódio, em g/100g da massa livre de
recheio.
4.2.2.3.1. Massa Alimentícia Integral ou Macarrão Integral: máximo 2,5%. 4.2.2.3.2. Massa
Alimentícia designada "com ovos" e Massa Alimentícia designada com expressão relativa a
farinha de trigo utilizada (farinha de trigo comum, sêmola/semolina de trigo, farinha de trigo
durum ou sêmola/semolina de trigo durum): teor máximo é igual ao limite máximo de cinzas, em
base seca, estabelecido, em Regulamento Técnico específico, para a farinha de trigo
mencionada na designação.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 211
4.2.2.3.3. Quando, na designação, não for mencionada a(s) farinha(s) de trigo utilizada(s):
máximo 1,35%.
4.2.2.3.4. Quando forem adicionados outros ingredientes além dos derivados de trigo,
excetuando-se o sal (cloreto de sódio), o teor de cinzas pode ser alterado de acordo com a
composição do produto.
4.2.2.5. Colesterol (em base seca), g/kg de massa livre de recheio Massa Alimentícia com
ovos: mínimo 0,45.
4.2.3. Acondicionamento
O produto deve ser acondicionado em embalagem adequada às condições previstas de
transporte, armazenamento e preparo e que confiram ao produto e ao consumidor a proteção
necessária.
6. CONTAMINANTES
Devem estar em consonância com os níveis toleráveis nas matérias-primas empregadas,
estabelecidos em legislação específica.
7. HIGIENE
7.1. Considerações Gerais: os produtos devem ser processados, manipulados, acondicionados,
armazenados, conservados e transportados conforme as Boas Práticas de Fabricação,
atendendo à legislação específica.
8. PESOS E MEDIDAS
Devem obedecer à legislação específica.
9. ROTULAGEM
9.1. Devem obedecer ao Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados.
9.2. Quando qualquer Informação Nutricional Complementar for utilizada, deve atender ao
Regulamento Técnico específico.
9.3. Na lista de ingredientes deve(m) ser declarada(s) a(s) denominação(ões) da(s) farinha(s)
de trigo (farinha de trigo comum, sêmola/semolina de trigo, farinha de trigo integral, farinha de
trigo durum ou sêmola/semolina de trigo durum, farinha integral de trigo durum) e do(s)
farelo(s) (de trigo, de trigo durum) utilizado(s).
9.4. Na lista de ingredientes da Massa Alimentícia Integral ou Macarrão Integral, deve(m) ser
declarado(s) o(s) percentual(is) de farinha de trigo integral e ou farinha integral de trigo durum e
ou farelo de trigo e ou farelo de trigo durum utilizado(s).
9.5. Na lista de ingredientes da Massa Alimentícia Mista, deve(m) ser declarado(s) o(s)
percentual(is) do(s) derivado(s) de cereal(is), inclusive o trigo, leguminosa(s), tubérculo(s) e
raiz(es) utilizado(s).
212 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
9.6. Na lista de ingredientes da Massa Alimentícia de Vegetais, deve(m) ser declarado(s) o(s)
percentual(is) do(s) derivado(s) de cereal(is), leguminosa(s), tubérculo(s) e raiz(es) utilizado(s).
9.7. Devem obedecer à legislação específica para alimentos industrializados que contenham
glúten.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de
abril de 1999, c/c do Art. 111, inciso I, alínea "b" § 1º do Regimento Interno aprovado pela
Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000,
em reunião realizada em 29, de agosto de 2005,
Art. 2º As empresas têm o prazo de 01 (um) ano, a contar da data da publicação deste
Regulamento para adequarem seus produtos.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando os
infratores às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA AÇÚCARES E PRODUTOS PARA ADOÇAR
1. ALCANCE
Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os
Açúcares e Produtos para Adoçar. Excluem-se, deste Regulamento, os adoçantes dietéticos
formulados para dietas com restrição de sacarose, frutose e ou glicose.
2. DEFINIÇÃO
2.1. Açúcar: é a sacarose obtida a partir do caldo de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum
L.) ou de beterraba (Beta alba L.). São também considerados açúcares os monossacarídeos e
demais dissacarídeos, podendo se apresentar em diversas granulometrias e formas de
apresentação.
2.2. Açúcar para Confeitaria: é o açúcar que pode ser adicionado de outros ingredientes, desde
que não descaracterizem o produto.
2.6. Adoçante de Mesa: é o produto formulado para conferir sabor doce aos alimentos e
bebidas, constituído de edulcorante(s) previsto(s) em Regulamento Técnico específico. É
permitida a utilização do(s) veículo(s) previsto(s) no item 5 (Requisitos Específicos).
2.7. Açúcar Líquido Invertido: é o produto obtido a partir da hidrólise da sacarose com
diferentes concentrações de glicose, frutose e sacarose.
3. DESIGNAÇÃO
Os produtos devem ser designados de acordo com o item 2 (Definição) ou por denominações
consagradas pelo uso. A designação pode ser seguida de expressões relativas ao processo de
obtenção e ou forma de apresentação e ou finalidade de uso e ou característica(s)
específica(s).
3.1. Açúcar: deve ser designado pelo nome do mono e ou dissacarídeo usado(s), exceto a
sacarose que deve ser designada de açúcar.
3.2. Rapadura: quando adicionada de outros ingredientes, estes devem constar da designação
do produto.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1. BRASIL. Decreto nº. 55.871, de 26 de março de 1965. Modifica o Decreto nº. 50.040, de 24
de janeiro de 1961, referente a normas reguladoras do emprego de aditivos para alimentos,
alterado pelo Decreto nº. 691, de 13 de março de 1962. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09
abr. 1965. Seção 1.
4.2. BRASIL. Decreto-Lei nº. 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre
alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 out. 1969. Seção 1.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 215
4.3. BRASIL. Resolução CNS/MS nº. 4, de 24 de novembro de 1988. Aprova revisão das
Tabelas I, III, IV e V referente a Aditivos Intencionais, bem como os anexos I, II, III e VII, todos
do Decreto nº. 55.871, de 26 de março de 1965. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 dez.
1988. Seção 1.
4.4. BRASIL. Lei nº. 8.078, de 11de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 set. 1990. Suplemento.
4.5. BRASIL. Portaria MS nº. 1.428, de 26 de novembro de 1993. Regulamento Técnico para
Inspeção Sanitária de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 dez.1993. Seção 1.
4.6. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 326, de 30 de julho de 1997. Regulamento Técnico sobre as
Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 01 ago. 1997.
Seção 1.
4.7. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 39, de 13 de janeiro de 1998. Aprova para Adoçantes de
Mesa a extensão de uso dos aditivos intencionais e coadjuvantes de tecnologia. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 16 jan. 1998. Seção I.
4.8. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 27, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
Referente à Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jan.
1998. Seção 1.
4.9. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 29, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
referente a Alimentos para Fins Especiais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 jan. 1998.
Seção 1.
4.10. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 502, de 22 de junho de 1998. Aprova a inclusão do lactitol
(INS 966) na lista de aditivos da Legislação Brasileira com a função de edulcorante, em
quantidade suficiente para obter o efeito desejado. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 jun.
1998. Seção 1.
4.11. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 685, de 27 de agosto de 1998. Regulamento Técnico de
Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em
Alimentos e seu Anexo: Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 28 ago. 1998. Seção 1.
4.12. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de
Procedimento para Registro de alimentos e e ou novos ingredientes. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 03 mai. 1999. Seção 1.
4.13. BRASIL. Resolução ANVISA/MS nº. 17, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico
que estabelece as Diretrizes Básicas para a Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 mai. 1999. Seção 1.
4.14. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 386 de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico
que aprova o uso de Aditivos Alimentares segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas
funções. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999, Seção 1.
4.16. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 23, de 15 de março de 2000. Manual de Procedimentos
Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à
Área de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,16 mar. 2000. Seção 1.
216 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
4.17. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 03, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento
Técnico que aprova o uso de Aditivos Edulcorantes, Estabelecendo seus Limites Máximos para
os Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 jan. 2001. Seção 1.
4.18. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento
Técnico sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
10 jan. 2001. Seção 1.
4.19. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 79, de 18 de março de 2002. Altera a Portaria
SVS/MS nº 39 de 13 de janeiro de 1998, para excluir a substância Leucina do Anexo
"Coadjuvantes de Tecnologia para Adoçantes em Tabletes", acrescentando-a como "Veículo
para Adoçantes em Tabletes" Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 mar. 2002. Seção 1.
4.20. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 234, de 19 de agosto de 2002. Regulamento
Técnico Sobre Aditivos utilizados segundo as Boas Práticas de Fabricação e Suas Funções.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 ago. 2002. Seção 1.
4.21. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 259, de 20 de setembro de 2002. Regulamento
Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 set.
2002. Seção 1.
4.22. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 275, de 21 de outubro de 2002. Regulamento
Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de
Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 06 nov. 2002. Seção 1.
4.23. BRASIL. Lei nº. 10.674, de 16 de maio de 2003. Obriga que os produtos alimentícios
comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle
da doença celíaca. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 mai. 2003. Seção 1.
4.24. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 175, de 08 de julho de 2003. Regulamento
Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde
Humana em Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 jul. 2003. Seção 1.
4.25. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 359, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento
Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
4.26. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento
Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 26 dez. 2003. Seção 1.
5. REQUISITOS ESPECÍFICOS
Os adoçantes de mesa podem conter os seguintes veículos em sua composição: álcool etílico,
amidos, água, amidos modificados; dextrinas; dextrose; fruto-oligossacarídeos; isomalto-
oligossacarídeos; frutose e seus xaropes; xarope de glicose; glicerina ou glicerol; isomalte;
lactose; maltitol e seu xarope; maltodextrina; manitol; polidextrose; polietileno glicol;
propilenoglicol; sacarose; sorbitol; e outros previstos em Regulamentos Técnicos específicos.
6. REQUISITOS GERAIS
6.1. Os produtos devem ser obtidos, processados, embalados, armazenados, transportados e
conservados em condições que não produzam, desenvolvam e ou agreguem substâncias
físicas, químicas ou biológicas que coloquem em risco a saúde do consumidor. Deve ser
obedecida a legislação vigente de Boas Práticas de Fabricação.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 217
6.3. A utilização de outro produto, ingrediente ou veículo, que não são usados tradicionalmente
como alimento, pode ser autorizada desde que seja comprovada a segurança de uso, em
atendimento ao Regulamento Técnico específico.
AÇÚCAR
1. DEFINIÇÃO
Açúcar é a sacarose obtida de Saccoharum officinarum, ou de Beta alba, L., por processos
industriais adequados.
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado "açúcar", seguido da denominação correspondente às suas
características. Ex: "açúcar cristal", "Açúcar mascavo".
3. CLASSIFICAÇÃO
O açúcar, de acordo com a sua característica, será classificado em:
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
O açúcar deve ser fabricado de suco de cana ou de beterraba, livre de fermentação, isento de
matéria terrosa, de parasitos e de detritos animais ou vegetais.
5. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
8 DOU de 24/07/1978
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 219
7. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
Deverão ser efetuadas determinações de outros microrganismos e/ou de substâncias tóxicas
de origem microbiana, sempre que se tornar necessária a obtenção de dados adicionais sobre
o estado higiênico-sanitário dessa classe de alimento, ou quando ocorrerem tóxi-infecções
alimentares.
8. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
9. ROTULAGEM
O rótulo deve trazer a denominação "açúcar", seguida do tipo e/ou classificação.
AÇÚCAR REFINADO
1. DEFINIÇÃO
Açúcar refinado é a sacarose obtida de açúcar de cana purificado por processo tecnológico
adequado.
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado "açúcar refinado" seguido da sua classificação.
3. CLASSIFICAÇÃO
O açúcar refinado será classificado em:
a) Amorfo, de primeira.
b) Amorfo, de segunda.
c) Granulado.
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
O açúcar refinado deve ser fabricado de açúcar isento de fermentações, de matéria terrosa, de
parasitos e detritos animais ou vegetais.
5. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
Aspecto: próprio do tipo de açúcar
Cor: própria do tipo de açúcar
Cheiro: próprio.
Sabor: doce
7. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
Deverão ser efetuadas determinações de outros microrganismos e/ou de substâncias tóxicas
de origem microbiana, sempre que se tornar necessária a obtenção de dados adicionais sobre
o estado higiênico-sanitário dessa classe de alimento, ou quando ocorrerem tóxi-infecções
alimentares.
8. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
9. ROTULAGEM
O rótulo deve trazer a denominação "Açúcar refinado", seguida do tipo.
As expressões superior, extra ou especial serão admitidas para o açúcar refinado que
apresentar:
Teor de sacarose Superior a 99,0% p/p
Resíduo mineral fixo Inferior a 0,2% p/p
Cor "ICUMSA" (420nm) Inferior a 80
Umidade Inferior a 0,3% p/p
Ferro Máximo0,001% p/p
1. DEFINIÇÃO
Melaço - é o líquido que se obtêm como resíduo de fabricação do açúcar cristalizado, do
melado ou da refinação do açúcar bruto.
Rapadura - é o produto sólido obtido pela concentração a quente do caldo de cana (Saccharum
officinarum).
2. DESIGNAÇÃO
O produto é designado "melaço" seguido do nome da substancia de origem. Ex: "melaço de
cana".
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Esses produtos devem ser fabricados com matérias primas não fermentadas, isentas de
matéria terrosa, parasitos e detritos animais e vegetais. É vedada a adição de essências,
corantes naturais ou artificiais, conservadores e edulcorantes.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS 221
5. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
7. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS
Os melaços, melados e rapaduras devem obedecer ao seguinte padrão:
Bactérias do grupo coliforme de origem fecal: ausência em 1g.
Salmonelas: ausência em 25 g.
* Bolores e leveduras máximo, 5x103/g.
8. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
Ausência de sujidades, parasitos e larvas.
9. ROTULAGEM
O rótulo deve trazer a denominação do produto.
(*) - Significa período de carência de 2 anos a partir da data da publicação.
222 CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
BIBLIOGRAFIA
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Livraria Varela Ltda., 2001.
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de 14 de abril de 2003, oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos para Controle
de Leite e produtos Lácteos. Brasília, 2003.
TERRA, N.N.; BRUM, M.A.R. Carnes e seus Derivados: Técnicas de Controle de Qualidade.
São Paulo: Livraria Varela, 1998. 121p.
TERRA, N.N. Apontamentos sobre Tecnologia de Carnes. São Leopoldo: Ed. UNISINOS, 1998.
216p.
TRONCO, V.M. Manual para Inspeção da Qualidade do Leite. Santa Maria: Ed. UFSM, 1997.
166p.