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BIBLIOGRÁFICA E DOCUMENTAL
RESUMO
ABSTRACT
This article aims to analyze how biosafety is practiced in aesthetic projects according
to publications, legislation and regulations in force in Brazil. Aiming to create a
criterion for the collection and analysis of the surveyed works, the research was
carried out on the Virtual Health Library – VHL website. We will present the incidence
of the risks of infections and transmission of microorganisms directly linked to the
sociodemographic characteristics of the professionals, as well as the incorrect
disposal of articles for individual use and lack of hygiene, which are often not
performed due to the lack of information on biosafety.
1
Discente do Curso de pós-graduação em Estética Facial e Corporal da Faculdade Aparício de
Carvalho – FIMCA, Porto Velho – RO. 2022.
2
Orientadora.
1
1 INTRODUÇÃO
A prática da biossegurança tem grande importância em ambientes de
trabalho, pois visa minimizar a ocorrência de acidentes e os riscos às exposições
variadas (riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos). Devido ao crescimento
exponencial da área nos últimos anos, a biossegurança tem se mostrado cada vez
mais necessária dentro da área de atuação dos profissionais de estética, pois
garante a segurança tanto de profissionais quanto de pacientes.
De acordo com Censo 2018 realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica - SBCP as cirurgias estéticas cresceram 25,2% de 2016 para 2018.
Pesquisas da Sociedade Internacional de Cirurgias Plásticas - ISAPS, reforçam
estes dados quando evidenciam que o Brasil é o 2º país no ranking de
procedimentos estéticos do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos. É
importante destacar ainda que o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos quando se
fala em procedimentos cirúrgicos como por exemplo o aumento de mama. (SBCP,
2019; ISAPS; 2020)
Com o crescimento deste mercado, a qualificação destes profissionais
torna-se cada vez mais importante, incluindo a conscientização dessa classe quanto
aos riscos existentes no exercício de sua profissão, bem como para com os clientes
envolvidos no processo. (CORDEIRO, HEMMI e RIBEIRO, 2013)
Costa & Gomes (2012) apontam a biossegurança em estabelecimentos de
estética e técnicas associadas de modo a ser aplicada nos cuidados com clientes,
equipamentos e superfícies, na prevenção e manejo da exposição biológica e
ocupacional, manipulação de materiais biológicos e, ainda no descarte local e de
destino dos materiais infectantes e perfurocortantes.
Tendo em vista a importância dos métodos de segurança para promoção e
prevenção de doenças em um mercado de rápida expansão, se faz necessário
entender como se dá a aplicabilidade das técnicas, normas e legislação acerca da
biossegurança na estética como fator necessário para garantia de segurança de
pacientes e profissionais da saúde.
Diante do exposto, no presente estudo buscou-se realizar um levantamento
bibliográfico e documental que abrange publicações válidas sobre a biossegurança
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no campo da estética, haja vista sua importância e aplicação dentro do campo de
exercício supracitado, respondendo assim à seguinte problemática: Como se dá a
prática de biossegurança nos empreendimentos estéticos segundo as
publicações, legislações e normas vigentes no Brasil?
.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Analisar como se dá a prática de biossegurança nos empreendimentos
estéticos segundo as publicações, legislações e normas vigentes no Brasil.
3 METODOLOGIA
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na estética; (2) análise documental sobre as normas e legislações quanto à
biossegurança no Brasil.
No levantamento bibliográfico, visando criar um critério para a coleta e análise
dos trabalhos levantados, a pesquisa foi realizada no sítio Biblioteca Virtual em
Saúde – BVS. A escolha do buscador se deu por se tratar de uma plataforma de
busca renomada na área da saúde, pois segundo o próprio site, a plataforma busca
integrar “[...] informação em saúde que promove a democratização e ampliação do
acesso à informação científica e técnica em saúde na América Latina e Caribe
(AL&C).” (BVS, s.d)
As palavras-chaves utilizadas na pesquisa foram “biossegurança” and
“estética”. Assim, foram encontrados 22 trabalhos na plataforma de busca, sendo
que 19 em língua portuguesa, 2 em inglês e 2 em espanhol.
Para analisar os trabalhos encontrados, foi feita a leitura dinâmica de cada
um para que fosse possível verificar se o trabalho aborda a biossegurança na
estética. Além disso, outros critérios foram avaliados, o que auxiliou na elucidação
dos objetivos desta pesquisa. Esses critérios estão apontados no Quadro 1.
Critério Descrição
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Esteticista deve cumprir e fazer cumprir as normas relativas à biossegurança e à
legislação sanitária”.
Assim, o quadro 1 apresenta o passo a passo da metodologia utilizada neste
artigo bem como a análise dos trabalhos.
Nos tópicos que seguem, são apresentados os resultados encontrados a
partir da aplicação da metodologia desta pesquisa.
Ramos (2009 apud Leão 2019) conceitua a biossegurança como uma ciência
que tem por base minimizar e controlar riscos interligados com as práticas em
diferentes tecnologias aplicadas ao meio ambiente e em laboratórios, por exemplo.
Costa e Gomes (2012) apontam a aplicação da segurança biológica como
medida preventiva de acidentes de trabalho, pois esta normatiza tanto os cuidados
pessoais, limpeza, desinfecção de superfícies e equipamentos, quanto manipulação
de materiais biológicos, destino de materiais infectantes, bem como
perfurocortantes.
TÍTULO AUTORES
Centro de estética y control de peso corporal: norma técnica No. 010-2019
DRACES Draces (2019)
Perfil sociodemográfico de manicures atuantes na região oeste do Paraná:
aspectos da formação profissional e biossegurança Bordin et al (2019)
Biossegurança em centros de embelezamento: estrutura e processamento de
materiais Felipe et al (2019)
Reprocessamento de materiais utilizados em salões de beleza e biossegurança
dos profissionais envolvidos Bordin et al (2018)
Garbaccio e Oliveira
Biossegurança em salões de beleza: avaliação da estrutura e dispositivos (2018)
Centro de tatuajes y perforaciones corporales: norma técnica No. 25-2018 Draces (2018)
Processamento de materiais em estabelecimentos de beleza: elaboração,
validação e aplicação de um questionário Person et al (2017)
Ações de promoção e prevenção à saúde do trabalhador sob risco de exposição e
transmissão de hepatites virais Pimenta et al (2017)
Biossegurança em serviço de embelezamento: conhecimento e práticas em uma
capital do nordeste brasileiro Felipe et al (2019)
Adesão e conhecimento sobre o uso de equipamentos de proteção individual Garbaccio e Oliveira
entre manicures e pedicures (2015)
Adesão dos profissionais às normas de biossegurança aplicadas aos
procedimentos de manicure e pedicure em Juazeiro do Norte/CE Cardoso et al (2014)
O risco oculto no segmento de estética e beleza: uma avaliação do conhecimento Garbaccio e Oliveira
dos profissionais e das práticas de biossegurança nos salões de beleza (2013)
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Procedimentos de biossegurança adotados por profissionais de serviços de
embelezamento Diniz e Matté (2013)
Biossegurança e risco ocupacional entre os profissionais do segmento de beleza Garbaccio e Oliveira
e estética: revisão integrativa (2012)
Procedimentos de biossegurança adotados por profissionais prestadores de
serviços de manicure, pedicure, tatuagem, piercing e maquiagem definitiva no
município de Jacareí - SP Diniz e Matté (2013)
Hepatite B: conhecimento dos riscos e adoção de medidas de biossegurança por
manicures/pedicures de Itaúna-MG Moraes et al. (2012)
Estudo da estimativa de prevalência das hepatites B e C e da adesão às normas Oliveira e Focaccia
de biossegurança em manicures e/ou pedicures do município de São Paulo (2009)
Estudo da estimativa de prevalência das hepatites B e C e da adesão às normas Oliveira e Focaccia
de biossegurança em manicures e/ou pedicures do município de São Paulo (2009)
Otimização da estética com a microscopia operatória Teixeira et al (2008)
Fonte: elaborado pelos autores (2021)
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Person et al (2017) elaboraram um estudo avaliativo no que diz respeito ao
processamento de instrumentos utilizados por manicures, pedicures e podologia.
Visto que há inadequação na higiene dos instrumentos de trabalho dos citados
acima, sugere-se a utilização dos instrumentos pessoais durante as consultas.
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Os principais aspectos que devem ser analisados nas formulações de um
programa efetivo de controle de contaminação são: avaliação dos pacientes,
proteção pessoal, esterilização do instrumental, desinfecção de superfícies e
equipamentos. Neste sentido, a biossegurança requer: Treinamento, Conhecimento
Científico, Responsabilidade e um Constante Monitoramento de Atitudes por parte
de cada profissional que exerce atividades clínicas (RAMACCIATO, 2007).
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eletrocauterização ou ultra dissecção sônica do tecido com bisturi e que há um risco
real de inalação da fumaça pelo cirurgião plástico. (KAROO, et al. 2004)
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Já o risco químico é classificado como, segundo a Fundação Osvaldo Cruz
(2004):
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A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes–CIPA relata que
biossegurança iniciou-se na década de 70 com a reunião de Asilomar na Califórnia,
o principal objetivo era a discussão sobre o impacto da engenharia genética na
sociedade, mesmo assim, esta reunião tornou-se marco na história, pois pela
primeira vez dar-se ênfase aos aspectos que envolveria a proteção de
pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas de realizações de
pesquisa (GOLDIN, 1997).
Sobre a biossegurança na estética podemos afirmar que:
O interesse, cada vez maior, por procedimentos estéticos exige dos
profissionais da área grande responsabilidade e comprometimento no
trabalho, principalmente quando se diz respeito às medidas de
biossegurança. Diante disso, é de extrema importância identificar as
principais medidas de biossegurança abordadas em produções acadêmicas
na área da estética. (de Oliveira, 2014, p. 1).
Segundo Silva (2022 p.10) “O profissional de estética tem contato diário com
pessoas, substâncias químicas, matérias infláveis e aparelhos elétricos. Portanto
faz-se necessário o cuidado para com a seguridade coletiva dos profissionais e dos
pacientes que podem frequentar o ambiente da clínica estética, o qual se dá pelo
cumprimento das normas relacionadas aos equipamentos requeridos.”
Os aparelhos e produtos para a estética e saúde, devem ser projetados e
fabricados de modo que os clientes ou os profissionais estejam protegidos de riscos
mecânicos provenientes de, por exemplo, resistência, estabilidade ou peças móveis.
(SILVA, 2022, p.26).
Segundo Tognoc apud Leão (2019) com a modernidade do passar dos anos e
aumento na procura de procedimentos estéticos, a diversidade em materiais
necessários para tais procedimentos também aumentou, além de serem (2De
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acordo com Tognoc (2015), devido aos novos padrões de consumo da sociedade,
nota-se o aumento da diversidade de produtos com componentes e materiais de
difícil degradação e maior toxicidade. O descarte inadequado desses produtos tem
produzido passivos ambientais capazes de colocar em risco e comprometer os
recursos naturais e a qualidade de vida. Dessa forma, os resíduos de serviços de
saúde se inserem dentro desta problemática e sua gestão adequada vêm adquirindo
grande importância nos últimos anos.
É notório, como relatado na maioria dos artigos,que há uma carência quanto à
prática de segurança profissional/paciente e profissional/local de trabalho. Apesar do
decreto 23915/04 que dispôs certas normas a serem seguidas , porém muitos
centros de embelezamento não possuem o conhecimento ou não buscam pelo
mesmo, trabalhando de forma inadequada e acarretando prejuízos à saúde dos
profissionais e clientes.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A biossegurança está bem representada no âmbito de pesquisa acadêmica,
ainda que sejam poucas as fontes de busca, estão bem elaboradas e de fácil
compreensão.
Com embasamento nos artigos citados , percebe-se a carência nos centros
de embelezamento quanto a prática da biossegurança no ambiente utilizado, este
trabalho expõe a importância das normas de segurança serem executadas no
ambiente estético, para que minimize acidentes e doenças no local de trabalho. Com
isso, oferecer um ambiente seguro para o profissional e o paciente/cliente.
A biossegurança deve ser uma educação continuada, onde deve-se oferecer
cursos ou atualizações para que seja desenvolvido hábitos saudáveis aos
envolvidos.
Entende-se esta área como um conjunto para prevenir , controlar e reduzir
riscos ou eliminar os riscos inerentes às atividades que possam comprometer a
saúde humana , portanto, quanto maior o conhecimento adquirido pelos profissionais
habilitados à estética, maior será a conscientização quanto a necessidade do
trabalho seguro.
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REFERÊNCIAS
de Oliveira, T. C., Santos, M. D. S. B., Silva, J. A. O., da Silva Brasil, R. A., Medeiros,
A. H., & de Souza, S. M. S. Biossegurança ações em centros de estética e
embelezamento. (2014)
Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-importancia-do-trabalho-cient
ifico/52528/>. Acesso em: 12 mai. 2017.
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SALLES, Bárbara. Biossegurança na área da estética. 2021. Disponível em:
<https://estetikadigital.com.br/biosseguranca-na-area-de-estetica/#:~:text=%C3%89
%20lei!,biosseguran%C3%A7a%20e%20%C3%A0%20legisla%C3%A7%C3%A3o%
20sanit%C3%A1ria%E2%80%9D.> Acesso em: 20 set. 2022.
LESSA, Daniela. Portal Fiocruz. 2014. Biossegurança, o que é?. Disponível em:
<https://portal.fiocruz.br/noticia/biosseguranca-o-que-e> Acesso em: 23 jul. 2021.
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