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ISSO É UM MANIFESTO?

Tentativas de profanar o improfanável

Do dia 28 de maio de 2020,


que nao possuí nenhuma importancia em si,
nem essência alguma.

"Aos meios digitais que corroem as relaçõ es humanas, mas que permitiram a realizaçã o
deste manifesto, nosso repú dio e paradoxal agradecimento".

AVISO
DESNECESSÁ RIO!

Caro leitor,

Que a incerteza te guie, pois nem mesmo nó s sabemos se isso é um manifesto: profane
essa obra assim como o mundo deve ser profanado. Profane esta obra pois ela nã o pode
jamais ser considera como algo improfaná vel. Isso já existe demais neste mundo. O saber
mais enriquecedor é aquele que nã o cessa de ter um nã o-dito. Sustentar a
indeterminaçã o é ter a experiência de um fora das capturas pluralísticas do capitalismo,
transitando entre as territorialidades condicionantes.

Profane, antes de tudo, este Manifesto!


Capítulo (?) 1.
Viver não deve ser preciso. Existe ética ao se profanar (?)

Profanar é um libelo contra as certezas de qualquer cultura, ocidentais, religiosas,


políticas. Nega-se todas verdades, crenças e mitos que castram e conformizam a
subjetividade humana
Profanar nã o "é", é "ser" (in) constante - imutá vel e desruptivo - é nã o ser o que já
é e o que pretende ser, é também evidenciar a putrefaçã o trazida pela vida
condicionante, desapercebida, ou até mesmo almejada, em razã o da liquefaçã o das
relaçõ es atuais, pois profanar é antes de tudo, uma selvagem erupçã o selvagem contra a
ordem, mas também a paciência de constituir a transformaçã o e destituiçã o das
estruturas do improfaná vel que condiciona.
A vida profana é preciso? Ou a profanaçã o é como o viver em sua irremediá vel
busca da conformaçã o da impetuosidade do sentir e do imaginar? Profanar é conceituar?
Ou o ato de conceituar já seria um movimento “contra profanató rio”?
Destruir e criar nã o sã o opostos, na profanaçã o.
Tudo o que o icô nico cético hoje diz é: sou o ser da dú vida. A dú vida que o habita,
limita. Uma dú vida que nã o se duvida e se torna mítica. Profanar nã o é um culto da
incerteza pó s-moderna, que desorienta mas nada inventa.
A incerteza é arriscada: além de um fenô meno que pode gerar mudanças, gera
também medo. No mundo do trabalho mesmo, a incerteza gera luta (mesmo imaginá ria)
entre classes igualmente oprimidas.
Criar e destruir a incerteza é um fenô meno profano.
A apatia pode surgir pela dificuldade de uma abordagem individual enquanto
profanaçã o. No sentido de saber qual é a sua luta. No sentido de saber o que é a luta.
Nã o se profana a profanaçã o somente uma ou duas vezes na vida, afinal, somos sempre
novos.
Este é um compromisso consigo mesmo. Seria isso uma luta? Para que a
visibilidade seja considerada, é necessá rio um comprmisso com presente, a potência do
presente é muito maior...
O presente seria necessá rio para se profanar? Ou é apenas se profanando que se
consegue ter contato com o presente?

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