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TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

Aspectos médico-psiquiátricos e espirituais


Iso Depressão e Mania Jorge

Teixeira
isojorge@globo.com

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No dia 04 de junho/2005, proferimos uma palestra na internet, Sala Filosofia Espírita,


do Paltalk, a convite e sob a coordenação do confrade RAYMUNDO MOURA, com o tema
“TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR – Aspectos orgânicos e espirituais” ... Naquela
oportunidade recebemos inúmeras perguntas, e tentaremos reproduzi-las aqui com as
nossas respostas. Antes porém, vamos à nossa palestra um pouco modificada, pois não a
gravamos...

Vamos tentar expor aqui numa linguagem acessível também aos não-médicos,
espíritas, um tema sobre o qual tem havido muita distorção, tanto no meio espírita quanto
fora dele – o TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB)...

VISÃO RÁPIDA DA EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE TAB


No século 4 a.C., HIPÓCRATES, o pai da Medicina, descreveu a MELANCOLIA e a
MANIA, separadamente... A Melancolia seria, segundo ele, decorrente do excesso de humor
negro, de “bílis negra”, distribuída no organismo, daí o estado de espírito pessimista, o humor
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triste e a lentidão psíquica e motora. E a MANIA em sua acepção literal seria IMPULSO, para
ele, uma “loucura alegre, agitada e pitoresca” .
Por volta do final do século 19, o psiquiatra EMIL KRAEPELIN juntou a Melancolia e a
Mania num único quadro nosológico, chamado loucura maníaco-depressiva ou PSICOSE
MANÍACO-DEPRESSIVA (PMD). Para KRAEPELIN, a PMD seria um quadro cuja evolução
caracterizar-se-ia por FASES – ora a fase de exaltação do humor (maníaca), ora a fase de
depressão do humor (depressiva) – e entre cada fase haveria o chamado “intervalo lúcido”,
isto é, o paciente voltaria à normalidade após cada fase. A duração de cada fase é variável,
em média de 4(quatro) meses...
Em meados do século 20, com a descoberta de substâncias antidepressivas e
antimaníacas, modificou-se um pouco a terminologia, embora pouco ou quase nada se
acrescentou ao conceito. Não obstante, o conceito de DEPRESSÃO ampliou-se muito, a
nosso ver, propiciado pela venda cada vez maior de medicamentos. Optou-se, assim, pelo
conceito de “transtorno”, muito mais vago e amplo do que “PSICOSE”, assim o conceito de
PMD foi substituído pelo conceito de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), mantendo-se
praticamente a mesma descrição clínica, embora outras entidades foram catalogadas como
transtornos: a CICLOTIMIA e a DISTIMIA, sobre as quais não entraremos em detalhe pois
escapam ao objetivo PRÁTICO desta nossa palestra, especialmente para espíritas...

CAUSAS DO TAB
O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é explicado como tendo causas
CONSTITUCIONAIS, GENÉTICAS, BIOQUÍMICAS e PSICOLÓGICAS. Assim, o TAB é mais
freqüente no sexo feminino, no biótipo pícnico (pessoas com face arredondada ou em forma
de escudo pentagonal, com importante desenvolvimento do tecido adiposo, gorduroso, enfim,
pessoas com a conformação corporal “atarracada”). Haveria uma alteração funcional dos
níveis de SEROTONINA na terminação nervosa, isto é, na sinapse neuronal haveria pouca
serotonina fisiologicamente ativa e isto é confirmado pela ação dos antidepressivos que
agem fundamentalmente nos níveis das aminas cerebrais... Do ponto de vista psicológico,
FREUD fez um trabalho importante ao distinguir a “Melancolia” do “Luto”, em 1913, isto é,
demonstrou que na Depressão há perda importante da auto-estima, levando freqüentemente
aos suicídios tentados ou consumados, o que não ocorreria no Luto, isto é, na Tristeza
normal.
Já a psicanalista MELANIE KLEIN extrapolou ao conceber que haveria, no bebê, uma
posição depressiva, em que o bebê não se distinguiria do seio materno, projetando “fantasias
inconscientes” para o seio: ora seio bom, ora seio mau e assim, mercê dessas fantasias
paranóides, o Ego do bebê sairia da POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE, esvaziando-se, para
a POSIÇÃO DEPRESSIVA. Na vida adulta, o individuo “regrediria” a esta fase do
desenvolvimento da libido. Já a MANIA seria explicada por M. KLEIN como uma “defesa do
Ego contra a depressão”, o que seria verdadeiro na mania REATIVA e não na MANIA do
TAB.
A nosso ver, a interpretação psicanalítica kleiniana tanto da Depressão quanto da
Mania seriam artificiosas, pois se já é difícil conceber-se o INCONSCIENTE infantil, como
uma dimensão ôntica de um bebê, imagine-se uma “fantasia inconsciente”! Além disso, na
Mania não há um “sorrir pra não chorar” – a euforia do maníaco não denota ao observador
um disfarce, uma defesa contra a depressão, especialmente, nos casos de evolução sempre
com fases maníacas...

TAB e OBSESSÃO
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O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), do ponto de vista espírita, seria um


COMPROMISSO REENCARNATÓRIO de reajuste e evolução do Espírito, a nosso ver. Não
concordamos com a tese de alguns confrades que dizem ser a Depressão uma OBSESSÃO.
A maioria que assim afirma, desconhece o que seja verdadeiramente a DEPRESSÃO, assim
o Dr. IZAIAS CLARO, que não é médico, escreveu um livro sobre o assunto ("Depressão –
Causas, conseqüências e tratamento", Casa Edit. O Clarim, 6 ed., Matão – SP, Nov. / 99) e
disse, dentre outras, a seguinte tolice: “O ressentimento é uma das causas mais freqüentes
de depressão” (op. cit. p. 78), ou seja, ele demonstra desconhecer o que seja
“ressentimento” e, muito menos, o que seja “depressão” e, menos ainda, o que seja “causa”
de Transtorno mental!... Aí está o grande problema dos que não são médicos escreverem
sobre assunto médico...

TAB – OS LEITORES E OS INTERNAUTAS PERGUNTAM


E NÓS RESPONDEMOS
Vamos , então, aproveitar trechos de um artigo que escrevemos no JORNAL
ESPÍRITA, órgão da FEESP, em setembro/2000, Coluna SAÚDE MENTAL, p. 7,
respondendo a uma leitora, Sra. ROSE RIBAS que, aliás, estava presente em nossa palestra
na Sala FILOSOFIA ESPÍRITA, em 04 de junho/2005 e, a seguir, resumir as principais
perguntas dos internautas e as nossas respostas. Aliás, estiveram presentes, em média 25
participantes “on line”...

Assim, recebemos mail , datado de 22/02/00, que dizia:


"Dr. Iso, li seu artigo no Jornal Espírita (fev. 00), o qual achei muito instrutivo. Vemos
atualmente um número enorme de pessoas com depressão e na casa espírita em que
trabalhamos, inúmeros são os pedidos para indicação de leituras e informações sobre
depressão. Solicito ao Sr. a indicação de obras referentes ao assunto e de preferência que
tratem do problema também pelo lado espiritual. Antecipadamente peço desculpas pela
ousadia de importuná-lo. Mas agradeço sua colaboração. Parabéns pelos artigos,
necessitamos estudar mais e mais a alma humana para enfrentarmos os problemas do dia a
dia, e quiçá auxiliar aqueles que nos procuram, e é com essa qualidade de informações /
estudo de seus artigos que nos habilitaremos a viver melhor. Só temos que agradecer e
estimular aqueles que o fazem com tanta dedicação. Deus nos ampare sempre. Obrigada.
Rose."

Após resposta preliminar na qual alegávamos que o tema “Depressão” era muito
amplo e que não concordávamos com muita coisa escrita sobre o assunto, exemplificamos
com o livro "Depressão – Causas, conseqüências e tratamento", de IZAIAS CLARO (op. cit.),
escrito de forma inteligente por um advogado do Ministério Público, espírita, mas com
equívocos conceituais, a nosso ver; e exemplificamos com uma obra correlata da médium
IVONNE AMARAL PEREIRA, intitulada "Memórias de um suicida", FEB, que a rigor não se
trata de uma obra sobre depressão.... Pedimos, então, que a leitora complementasse a sua
pergunta e que fosse mais específica e fornecesse seus dados pessoais completos para que
pudéssemos responder à(s) sua(s) pergunta(s)... No dia 09/03/00 ela me respondeu:
"Sr. Iso, quero desculpar-me de não ter enviado meu nome completo e a cidade
de origem.
Rose Mari Ribas — Ponta Porã - MS
Moro no MS e trabalho na Sociedade Espírita Nosso Lar, mas freqüentemente
tenho ficado 15 dias por mês em São Paulo, onde sou freqüentadora da Federação. O livro
da Ivone A . Pereira eu já li e reli, é uma obra para estudo muito importante. Mas concordo
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plenamente que não é específica sobre depressão. Creio que a informação deva ser simples
como: [a seguir a leitora enumera suas perguntas].
"Entre tantas perguntas que nos são feitas, (talvez no momento não recorde
todas) são essas que costumamos receber no centro espírita, e creio seja de muita
importância artigos no jornal que possam instruir a nós espíritas e os que nos procuram. São
questionamentos simples para esse mal que tanto tem entristecido os lares.
Sr. Iso, agradeço sua atenção pela resposta. Certamente minha ignorância irá lhe
incomodar com outros temas sobre a alma humana; mas busco orientação além das obras
de Allan Kardec e Chico Xavier, de pessoas como o Sr. que podem através da imprensa
levar aos leitores ensinamentos médico / espíritas. Dispenso o Sra., fique à vontade.
Que Deus o ilumine sempre.
Rose."
Inicialmente, gostaria de ressaltar que as perguntas dos leitores não constituem
"incômodo" algum, esta Coluna se propôs à interatividade com o leitor... Agradecemos as
referências elogiosas à Coluna SAÚDE MENTAL, do Jornal Espírita.
Prezada Rose, as suas perguntas são atualíssimas, embora a depressão seja
uma doença que vem afetando as pessoas milenariamente, basta que se tenha em conta
que HIPÓCRATES, o pai da Medicina, descreveu a melancolia, no século IV a .C.. Hoje, com
o inegável avanço da Psicofarmacologia, o termo depressão vem sendo utilizado de maneira
abusiva e a nomenclatura, atual, muitas vezes, mistura quadros neuróticos, psicóticos,
transtornos de personalidade, sob a rubrica única de depressão. Chegou-se, hoje, a tal ponto
a banalização do termo, que se diz, popularmente: — Estou na fossa! Ou, mais
recentemente: — Ah! Eu estou deprê ! E você também está deprê (cf. IZAIAS CLARO – op.
cit.., p.26)...
Mas, passemos às perguntas da leitora e às respostas:

1- "Que é depressão" Resposta: A depressão é uma síndrome (isto é, um conjunto


de sintomas e/ou sinais que correm juntos, podendo ser provocada por várias doenças) que
se caracteriza fundamentalmente por três sintomas: tristeza, inibição psicomotora e inibição
do fluxo do pensamento.
Em função desses três sintomas, o paciente pode apresentar e, freqüentemente,
apresenta idéias de suicídio. Muitas vezes o paciente deprimido não tenta o suicídio, porque
sua inibição psicomotora é de tal ordem que não tem nem iniciativa motora para consumar o
ato.
O paciente deprimido pode chegar, em função daquela tríade de sintomas, a idéias
niilistas (o paciente acredita que nada existe, inclusive que não possui corpo) e ao delírio de
eternidade, isto é, que nada existe e aquela situação duraria eternamente; o paciente
permanece em extrema ansiedade. Certa vez, examinamos uma paciente, muito inquieta e
ansiosa, que dizia apalpando o próprio corpo:  Dr., eu sou um fantasma !
Ela apresentava os sintomas que acabamos de descrever, tratava-se da síndrome de
COTARD, talvez o quadro mais grave de depressão.
Além disso, o paciente pode desenvolver idéias deliróides de ruína; por exemplo,
uma pessoa rica que se sente arruinada financeiramente, sem apoio na realidade; pode
desenvolver idéias deliróides de culpa, a pessoa pode se sentir culpada por fatos em que
não contribuiu com a mínima parcela; pode desenvolver idéias deliróides hipocondríacas,
em que acredita que seu corpo está em putrefação, chegando a dizer que os urubus estão
em volta da casa para rapinarem seu corpo.
É preciso salientar que a tristeza do deprimido é diferente da tristeza normal.
Quando estamos tristes, o nosso pensamento fica mais lento e a nossa psicomotricidade
também. Contudo, não chegamos a perder a nossa auto-estima a ponto de pensarmos em
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suicídio e executá-lo se não formos impedidos... Em essência, a qualidade da tristeza do


deprimido é totalmente diferente da tristeza normal...
2- "Quais os tipos de depressão " Resposta: Podemos , resumidamente, classificar
os tipos de depressão em:
a)- Depressão no Transtorno afetivo bipolar (antiga psicose maníaco-depressiva),
também chamada depressão maior; b)- Episódio depressivo (único); c)- Transtorno
depressivo recorrente- com intervalos de normalidade entre as fases depressivas; d-
Depressão secundária a transtorno orgânico (secundária a sífilis, arteriosclerose cerebral,
tumor cerebral, etc.; 5)- Transtornos persistentes do humor: ciclotimia e distimia.
A ciclotimia, a nosso ver, implicaria em uma alteração da personalidade, com
depressão leve e crônica. E as distimias corresponderiam a um transtorno neurótico da
personalidade, também depressão leve e crônica.
Embora a Classificação Internacional das Doenças da Organização Mundial de Saúde
(OMS) tenda a abandonar a palavra neurose, creio que ela é útil em termos classificatórios e
terapêuticos, como afirmava o nosso mestre da Psiquiatria brasileira NOBRE DE MELO: "é
essencial a possibilidade de identificar, tão precocemente quanto possível, o estado
depressivo, sua natureza etiopatogênica e as peculiaridades pessoais — orgânicas,
socioculturais, ambientais, etc ... — que são de valência variável de um para outro caso." (A .
L. NOBRE DE MELO. Análise e tratamento das depressões .In Revista PSIQUIATRIA
ATUAL, set./72., p. 52 – 56).

TRISTEZA E DEPRESSÃO
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Tristeza, estupor emocional, desespero,
mas nenhuma depressão
A qualidade da tristeza do deprimido é
essencialmente diferente daquela da
tristeza normal
(Iso Jorge Teixeira)
Ilustração extraída do livro Pequena Psiquiatria -
J.H. VAN DEN BERG

3- "Quando identificamos que uma pessoa está com depressão " Resposta: A
depressão é, a nosso ver, sempre patológica; por isso, a identificação deve ser feita por um
médico psiquiatra. Se surgir uma pessoa na Sociedade Espírita Nosso Lar, suspeita de
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depressão, caríssima Rose Mari, encaminhe-a para um médico, de preferência um psiquiatra


- espírita, pois este deverá ter uma visão mais abrangente da doença.

A suspeita de depressão deve obedecer àquela tríade de sintomas relatados acima,


ao lado de pessimismo intenso, insônia ou hiperssonia, desalento, anedonia (falta de prazer
para quase tudo), etc.

Mesmo nas depressões leves é importante estabelecer-se o diagnóstico diferencial...

4- "Quando devemos buscar ajuda médica para essa pessoa " Resposta: Sempre
deve ser buscada a ajuda médica nos casos suspeitos de depressão. Afinal, além de a
depressão ser patológica, há vários casos de depressão que tem de ser diferenciadas, como
alertava o prof. NOBRE DE MELO (op. cit.), e o diagnóstico diferencial é uma atribuição
médica.
A leitora poderia contra-argumentar: e se a "depressão" for conseqüente à ação de um
obsessor (como é freqüente a idéia no movimento espírita) 
Não há dúvida da eventualidade de um obsessor atuar sobre um Espírito e levá-lo a
ter idéias pessimistas diante da vida. Entretanto, repetimos, não devemos confundir tristeza
com depressão.
Toda depressão inclui tristeza, mas a recíproca não é verdadeira.

Expressão mímica de uma melancólica


As pregas frontais acham-se mais marcadas do que
habitualmente
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Prega de VERAGUTH Prega palpebral normal

(Notar na pálpebra, acima,


em forma de ômega –
o ômega melancólico)

Extraído do livro “TRATADO DE PSIQUIATRÍA” - EUGEN BLEULER, Espasa-Calpe, 1967, p. 492.

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5- "E quando o doente diz que não está com depressão " Resposta: O paciente
verdadeiramente deprimido não precisa dizer que assim esteja, pois a sua fisionomia é
típica, assim como a sua psicomotricidade lenta e pensamento lentificado. As rugas do
paciente se pronunciam e há uma prega sobre os olhos do paciente chamada prega de
Veraguth, formando o chamado ômega melancólico.
Muitos pacientes com a chamada psicose maníaco – depressiva (atual transtorno
afetivo bipolar) não possuem perfeita noção do seu estado mórbido e nem buscam
tratamento, embora a depressão possa apresentar feitio neurótico; neste caso, o
fundamental não é a depressão e sim o conflito neurótico.
Pacientes esquizofrênicos não se julgam doentes e muitas vezes são confundidos com
deprimidos...

6- "Criança tem depressão" Resposta: Sua pergunta, caríssima leitora, é bem


oportuna. Muitos psiquiatras da infância e adolescência, admitem a depressão infantil e
infanto-juvenil. Como disse, inicialmente, há uma banalização do termo depressão. Se a
criança fica revoltada ou chateada, diz-se que ela está "deprimida"; se a criança é chorona,
diz-se que ela está "deprimida"; se a criança tenta o suicídio, diz-se que está "deprimida"...
Há uma infinidade de fatores que levam a criança a ficar revoltada, chateada, chorona e que
a levam a tentar o suicídio, assim como o adulto (aliás na 2 ª. parte do livro "O Céu e o
Inferno – A Justiça Divina segundo espiritismo", de ALLAN KARDEC são citadas inúmeras
causas de suicídios consumados, que não têm nenhuma correlação com a depressão) .
Acreditamos em que a depressão implica em uma alteração fundamental do ser –
no – mundo, numa alteração da temporalidade: o deprimido não se projeta no futuro e
retroage a sua temporalidade, ficando a ruminar o passado. Ora, uma criança não possui
diferenciabilidade psíquica para ter uma postura filosófica, ôntica, diante do mundo,
existencialmente falando... Por isso, discordo dos colegas que fazem diagnóstico de
depressão na infância.

7- "Como devem os familiares tratar dessa pessoa " Resposta: A participação dos
familiares é importantíssima no entendimento do deprimido. Muitas vezes, os familiares
julgam o paciente como uma pessoa preguiçosa, que só gosta de ficar na cama, que não
gosta de trabalhar... Ora, durante o período de depressão o paciente está incapacitado para
o trabalho, para os estudos, para quase tudo...
Há familiares que afirmam faltar “força de vontade” ao paciente, como se a depressão
fosse um vício. Não, a diminuição ou anulação da vontade é uma conseqüência e não
causa da depressão.
O papel dos familiares, fundamental, é de compreensão para uma pessoa que está
doente e, como tal, deve ser tratada.
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Não há dúvida de que em determinadas depressões neuróticas ou por transtornos


da personalidade há um benefício secundário na doença, entretanto, ainda aqui devemos
reforçar o ego do paciente, não há fraude nos sintomas, há um ego fragilizado que precisa de
reforço.

8- "Quando as crises depressivas acontecem com certa freqüência, mesmo tomando


medicamentos, o que está errado " Resposta: Sem dúvida, há fases depressivas refratárias
a determinados medicamentos. No entanto, a maioria das depressões resolvem com o uso
de antidepressivos e psicoterapia.
As depressões neuróticas, embora menos graves, são mais difíceis de tratar-se
devido a alterações da personalidade e exigem uma psicoterapia mais prolongada.
A leitora pergunta o que estaria errado... Muitas vezes o diagnóstico está mal
formulado (por exemplo, confunde-se, às vezes, rigidez afetiva esquizofrênica com tristeza
da depressão).
Outra eventualidade a se considerar é a de que a prevenção do transtorno afetivo
bipolar (antiga psicose maníaco – depressiva) pode ser feita com medicamentos e nem todos
os casos respondem bem e em alguns pacientes pode haver intolerância medicamentosa,
com graves efeitos colaterais...
O transtorno afetivo bipolar, por exemplo, tem uma característica evolutiva: as fases
são recorrentes, com "intervalos lúcidos"; neste caso, nada está errado, trata-se de que o
conhecimento da doença ainda não é completo, no estado atual de nossos conhecimentos. É
preciso não sofismar diante desta lacuna no conhecimento da doença, como bem lembrava
KARDEC: "Não há revelação que se possa sobrepor à autoridade dos fatos." ( A Gênese- Os
milagres e as predições segundo o espiritismo. Cap. IV. Item 8).

9- "Quais os hábitos que devem ser mudados para auxiliar o tratamento" Resposta: O
psiquiatra suíço ROLAND KUHN propôs, certa vez, a utilização subsidiária de psicodança
para o tratamento da depressão. Mas, como fazer dançar uma pessoa com tristeza profunda,
lenta na sua psicomotricidade!...
Do ponto de vista espiritual podemos utilizar a prece e os passes e fortificar o ego
dessas pessoas, mostrando a importância da vida atual e futura e a busca de um sentido
para a vida, do ponto de vista analítico-existencial, preconizada por VICTOR E. FRANKL,
LUDWIG BINSWANGER e outros.
Obviamente, não é útil para uma pessoa deprimida permanecer deitada a maior parte
do dia e toda a noite, no entanto, não podemos forçar o doente a fazer aquilo que ele não
tem ânimo para fazer...

10- "O tratamento médico e espiritual é demorado " Resposta: Em alguns casos, em
média em 2(dois) meses, conseguimos debelar uma fase depressiva com medicamentos e
psicoterapia. No entanto, quando há um transtorno da personalidade depressiva, o que
hoje se chama distimia, o tratamento é demorado e pode durar anos, exatamente pelo
transtorno da personalidade; assim como nas depressões neuróticas.
Do ponto de vista espiritual devemos abrir perspectivas futuras para o deprimido e, do
ponto de vista espírita estrito, repetimos, os passes e as preces são extremamente úteis. É
importante ressaltar-se que os pacientes em depressão, são uma prova muitas vezes
dolorosa para toda a família, que tem de ser ultrapassada com resignação.
O tratamento espiritual pode ser demorado, dependendo das condições evolutivas do
Espírito do paciente e do resgate que tenha de saldar nessa existência; isto é, do tempo
necessário ao seu melhoramento. Enfim, cada caso é individualíssimo...
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Vale aqui, também, a lição extraída por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER /


EMMANUEL em torno da substância religiosa de O Céu e o Inferno – A Justiça divina
segundo o Espiritismo: "Trazes hoje o cérebro hebetado, dificultando-te as expressões. Mas
isso acontece porque, ontem, mergulhavas a própria cabeça em clima de trevas." (op. cit., p.
63. Na Luz da Reencarnação. Reunião pública de 21/04/61 - 1 ª. Parte, Cap. VII, item 17. In
Justiça Divina. FEB, 6 ed., 1987).

11- "Na crise depressiva nos parece que o egoísmo é latente, certo ou errado "
Resposta: Caríssima Rose Mari, no caso da distimia ou da neurose, parece-me que a Srta.
está certa. Quanto aos casos mais graves de depressão, o egoísmo pode ser de existência
pregressa e talvez, por isso, a confreira entreveja um “egoísmo latente”. Certamente, uma
pessoa que muitas vezes é levada ao suicídio não é uma pessoa altruísta, embora a doença
comprometa o seu livre – arbítrio. Se o Espírito do deprimido resistisse às suas más -
inclinações, se fosse resignado, se fosse altruísta, não cometeria o suicídio.

12- "Por que algumas pessoas ficam até sem força física, até para fazer as coisas
essenciais, como tomar banho" Resposta: Bem, até hoje temos muitos conhecimentos
adquiridos sobre os determinantes da depressão, no entanto, não sabemos a(s)
verdadeira(s) causa(s); se soubéssemos, a pessoa ficaria curada definitivamente... O
problema fundamental é exatamente este: uma diminuição do tônus vital. Um autor
espanhol, chamado J.J. LÓPEZ - IBOR, até denominava a depressão como "enfermidade
do ânimo".
Por que ocorreria essa falta de força física Segundo alguns autores haveria uma
diminuição funcional das monoaminas cerebrais, principalmente a serotonina. Os
sentimentos vitais, no sentido emprestado pelo filósofo MAX SCHELER, estariam
diminuídos, alterados corporalmente. Por que isso acontece, ainda é uma incógnita...
É exatamente esse tônus vital diminuído o que caracteriza a depressão e a diferencia
clinicamente da tristeza normal.
A propósito, disse KARDEC: "as descobertas da Ciência, longe de rebaixarem,
glorificam a Deus. Elas somente destroem o que os homens construíram sobre as idéias
falsas que hão feito de Deus." (cf. p. 44. ALLAN KARDEC. A Gênese- os milagres e as
predições segundo o espiritismo, Item 55. FEB, 25 ed., 1982).
Atualmente, esses são alguns conhecimentos de que dispomos sobre a depressão,
mas, como disse inicialmente, o assunto é bem amplo, estou aberto para novas perguntas...
Gostaríamos de finalizar com as seguintes palavras de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER /
EMMANUEL: "O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que saneamos
desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do
suor, a funcionarem por medicação compulsória." (p. 114. Doenças da alma. Reunião pública
de 07/08/61, 1 ª. Parte, Cap. VII, item 7, in JUSTIÇA DIVINA, op. cit.).
Que a Misericórdia Divina possa amparar essas pessoas para o resgate completo dos
seus débitos para retomada de sua escalada evolutiva!...”

Pois bem , nas perguntas do dia 04 de junho/2005, muitas delas estão respondidas,
acima, e não as repetiremos, até porque muitos dos confrades que fizeram suas perguntas
não as enviaram para mim, como solicitamos, inclusive os nomes deles não estão completos.
Vamos, então, responder algumas das referidas perguntas feitas na Sala FILOSOFIA
ESPÍRITA...
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1- “Segue a questão enviada durante a palestra (Paltalk) - Sala Filosofia Espírita na


data de 04/06/05: observada a lei de causa e efeito (a cada um segundo suas obras), tais
transtornos podem ter causas em encarnações anteriores?”
ALEXANDRE LUDOVICO.
Acreditamos que sim, confrade ALEXANDRE, a maioria das doenças são
COMPROMISSOS REENCARNATÓRIOS, como dissemos; não obstante, há doenças
causadas por nossa incúria, ainda nesta encarnação... Por exemplo, sou tabagista
inveterado. É óbvio que terei, como conseqüências, alterações pulmonares e
cardiovasculares. Mas, não aceitamos a tese de que levarei meu perispírito danificado para
a erraticidade por isto. Não há imoralidade nenhuma no vício, embora este implique em uma
vontade impotente, que será “punida”... “Pagarei” sim, aqui na Terra, DEUS é Misericordioso
não “pune” duas vezes a mesma falta...

2– “Dr. Iso, muito legal os esclarecimentos. Gostaria de ver em seus artigos,


explicações sobre a visão espírita das doenças psiquiátricas. Parkinson, esquizofrenias,
síndrome do pânico, e outras. Qualquer destas mais comuns que aparecem no Atendimento
Fraterno, e não sabemos diferenciar. Normalmente pouco tem a haver com a obsessão. Em
geral temos que indicar o tratamento médico necessário. Que dicas o Sr. teria para os
atendentes fraternos fazer nestes casos estranhos para não confundir com obsessão ?
Seriam pelas reincidências ? tempo, duração e características específicas das doenças.
Somos leigos, então precisamos de esclarecimentos gerais apenas. Grato,
Abraços
3- “Dr. Iso, porque a dor crônica, gera a depressão ? O problema é químico ?
SÉRGIO TOLOMEI

Oportunamente tentaremos atender seus anseios em relação a artigos sobre outras


doenças, confrade TOLOMEI...
Para que o atendente fraterno de um Centro Espírita não confunda com obsessão um
TAB, deve fazer um pequeno HISTÓRICO do caso (ANAMNESE) com a família ou o próprio
paciente e observar a pessoa - se o humor dela está triste e se a motórica e o pensamento
não estão lentificados e o tempo em que a pessoa está apresentando tais sintomas. Em caso
de dúvida, encaminhe o paciente para atendimento médico-psiquiuátrico e aplique passes e
realize preces, sinceras obviamente...
Não é a dor que gera depressão, é o contrário. Aliás, recentemente, está sendo
diagnosticada uma dor crônica, chamada FIBROMIALGIA, de origem desconhecida, mas
freqüentemente associada à Depressão. Possivelmente, esta dor seja decorrente de um
problema químico, pela sua persistência e intensidade, certamente não é psicológica, mas
até hoje não se conhece a etiopatogenia da FIBROMIALGIA...
4- Gostaria de fazer uma pergunta: os medicamentos psicotrópicos podem interferir
na terapia espiritual?
BAIXINHO

Não há nenhuma relação entre a atuação de um medicamento e a sua


INTERFERÊNCIA na “terapia” espiritual, nem mesmo através de medicamentos
HOMEOPÁTICOS. A propósito, disse KARDEC: “(...) Não se pode agir sobre o ser espiritual
senão por meios espirituais; a utilidade dos meios materiais, se fosse constatado o efeito
acima, talvez fosse de dominar mais facilmente o espírito, de o tornar mais flexível, mais
dócil e mais acessível às influências morais; (...)” [“A Homeopatia nas moléstias morais” -
11

REVISTA ESPÍRITA – Jornal de estudos psicológicos, 1867, trad. JÚLIO ABREU FILHO,
EDICEL, p. 71].
Vários confrades, sem nenhuma base científica, dizem que determinados
psicotrópicos atuariam no perispírito, criando uma barreira para o obsessor... Esta tolice pode
ser facilmente contraditada pela frase, acima, de KARDEC. No entanto, a recíproca não é
verdadeira, isto é, podemos atuar, sim, através de meios espirituais sobre doenças físicas e
a prática demonstra inúmeros casos neste sentido...

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KARDEC
Só se pode agir sobre o ser espiritual através de meios espirituais

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5- “Nas minhas várias conferências pela Europa e contactando os naturais, bem como
2 visitas ao Brasil, verifico que a maior parte dos espíritas, são "doentes".O que o dr. Iso
pensa dessa minha opinião que é compartilhado tb por médicos.
6- O que o Dr. Iso pensa dos psicólogos? Será que a psicologia é uma ciência? Ou
não passam de "contadores de historias" como faziam os padres no tempo de meus pais e
meus avós?
7- Saindo um pouco do tema gostaria de saber o que o Dr. Iso pensa acerca da tão
falada "Glândula Pineal" colocada por Descartes e que colegas seus, nomeadamente de S.
Paulo, se agarram como se fosse algo de extraordinário assim?”
LUÍS DE ALMEIDA – Porto – Portugal
Em primeiro lugar gostaríamos de agradecer ao Dr. LUÍS DE ALMEIDA, eminente Dr.
em Astrofísica, pela presença, é uma honra tê-lo aqui. Bem, caríssimo amigo, não
compartilho essa opinião, os espíritas não adoecem mais do que quaisquer outras pessoas.
Muitas vezes aparecem no conteúdo do pensamento de alguns doentes psiquiátricos a sua
crença, nada mais do que isso. Assim, cada um adoece com o que tem. Um delirante, por
exemplo, terá o conteúdo do seu delírio alimentado por suas crenças...
A propósito, KARDEC respondeu a esta idéia quando acusaram o Espiritismo de
enlouquecer as pessoas, no artigo intitulado ESTATÍSTICA DO ESPIRITISMO (REVISTA
ESPÍRITA – Jornal de estudos psicológicos, fevereiro/1869)...

Acredito, sim, que a Psicologia é científica... Quanto aos psicólogos, poderíamos dizer
que a maioria deles está contaminada pela Psicanálise e, aí sim, são contadores ou
contadoras de estórias. Aliás, a muitas psicólogas deste tipo costumo chamar chistosamente
de “pepsicólogas”... O grande problema entre muitos psicólogos é que eles desejam fazer
“terapia” e para fazer-se terapia seria necessário exigir-se conhecimento médico, mas tal
não ocorre no Brasil, por exemplo... Há um campo muito vasto de atuação dos psicólogos,
mas que a maioria não entra, justamente, pela formação psicanalítica que é dada na maioria
das Faculdades brasileiras.
Bem, a “glândula pineal” é um órgão em involução. A nosso ver, não tem nenhuma
correlação entre ela e a alma e, muito menos, em relação à mediunidade. A esse respeito já
escrevemos dois artigos (na revista UNIVERSO ESPÍRITA e em vários sites da Internet).
Agora mesmo, estou concluindo um terceiro artigo que fala nela, que deverá ser (que foi)
publicado no Portal PANORAMA ESPÍRITA (cf. nosso artigo publicado recentemente:
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“Glândula Pineal e “cientificismo” esotérico – espiritual - Curas Espirituais,


Indeterminação Quântica e Determinismo científico”).

8- “A depressão vem sempre acompanhada por uma anomalia Bioquímica , ou pode


ser só de ordem psicológica ? Ou seja , se for diagnosticada uma depressão o paciente
obrigatoriamente terá que tomar medicamento ? Existem outros tratamentos mais leves ?”
QUÂNTICO
A depressão pode ter causas meramente psicológicas, como já o dissemos, por
exemplo, na Depressão Reativa, mas esta não tem nenhuma relação com a Depressão do
TAB. Mas, mesmo nesta os medicamentos antidepressivos são úteis, como complemento do
tratamento. O tratamento antidepressivo não é “pesado”, obviamente, existem efeitos
colaterais das drogas antidepressivas, mas são facilmente manejáveis.

9- Como se encontra o Espírito, onde vai, durante uma anestesia geral?


NINA HERZ.
Bem, a pergunta afasta-se um pouco do nosso tema, mas diremos resumidamente,
que na ANESTESIA GERAL, como em todas as condições em que há um rebaixamento do
ESTADO-DE-CONSCIÊNCIA, o Espírito se liberta parcialmente da “prisão da carne” e isto
fica mais nítido no ÊXTASE – o maior grau de liberdade do Espírito - que aliás foi tema de
artigo nosso no jornal O SEMEADOR (órgão da FEESP) e em sites da Internet - , assim
como nos casos de sono e sonhos, sonambulismo artificial (hipnose), sonambulismo natural,
catalepsia, etc...Enfim, em todos os casos em que há uma alteração do estado-de-
consciência o Espírito EMANCIPA-SE; obviamente, essa emancipação não é total, pois esta
só ocorre quando desencarnamos.
A propósito, ADOLFO BEZERRA DE MENEZES, encarnado, em seu excelente livro
“A LOUCURA SOB NOVO PRISMA - Estudo Psíquico-fisiológico” cita inúmeros exemplos
sobre o assunto, por exemplo, diz ele no item DEMONSTRAÇÃO EXPERIMENTAL DA
EXISTÊNCIA DA ALMA:
“As provas diretas da existência, no homem, de um princípio distinto do corpo, podem
ser divididas em duas ordens: a das que resultam da dedução, e as que afetam os sentidos.
As primeiras são um meio termo entre as racionais e as verdadeiramente
experimentais, e consistem nas manifestações anímicas, por ANESTESIA e por sono
magnético.
ANESTESIA e sonambulismo, pois que PRODUZEM IDÊNTICOS EFEITOS, DEVEM
OPERAR DO MESMO MODO sobre o organismo; E ASSIM É. (...)” - grifos nossos – (op. cit.,
FEB, Rio de Janeiro, 2 ed., p. 35).
Portanto, caríssima Sra. NINA, é o corpo o anestesiado e não o espírito. Este vai
procurar seus afins quando o corpo está anestesiado...

10- Em 09 de junho/2005 o nosso querido confrade, Webmaster do Portal TERRA


ESPIRITUAL, que não pode comparecer à nossa palestra, estimulado por nós, perguntou:
“Ontem tive oportunidade de conversar com uma pessoa cuja família possui 2 casos de
transtorno bipolar e ela comentava que a psiquiatria não tinha solução para o problema,
apenas paliativos, então minha pergunta é: Qual é efetivamente a possibilidade da medicina
propiciar a cura para esta problemática e como a Doutrina Espírita pode contribuir para a
cura do paciente.Um grande abraço “– EDILSON BOTTO.
Bem, caríssimo BOTTO, o TAB pode ser controlado através de antidepressivos e
existem medicamentos preventivos das crises, das fases, como é o caso do Carbonato de
LÍTIO, por exemplo. Entretanto, o problema do TAB é a RECIDIVA das crises e os
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medicamentos preventivos não atuam em 100% dos casos, obviamente. A atuação do LÍTIO
na prevenção do TAB é muito boa e, a propósito, uma Sra. portuguesa escreveu um
acróstico muito interessante sobre o Lítio:
Lítio

Bem e Mal,
Inconstância do meu ser !
Porque não me consigo controlar ?
Onde paira esse saber ?
Lítio, vem me controlar
A ânsia de viver e o desejo de morrer,
Rir e chorar sem motivos pró fazer !

(Poema de Andreia Casimiro - Portugal). Fonte: http://agorafobiadepressao.planetaclix.pt/

Do ponto de vista espiritual, já o dissemos: PASSES e PRECE...

EPÍLOGO
Queremos agradecer a presença de todos em nossa palestra na Sala Filosofia
Espírita, ao confrade RAYMUNDO pelo convite e lamentar os conflitos ocorridos há tempos
atrás, que me impediu, ao prof. IMBASSAHY e sua esposa, Dna. CARMEM, de darmos
prosseguimento ao estudo que vínhamos fazendo sobre o livro O CÉU E O INFERNO,
estudo este muito interessante e original, mas os inimigos do Espiritismo, encarnados e
desencarnados, atuam sempre para destruir, especialmente por inveja; e, parece-me, foi o
que aconteceu, no PALTALK, na Sala Filosofia Espírita... Mas, deixemos isso para trás,
agradeçamos a tranqüilidade com que este estudo se desenrolou.
Queremos agradecer as perguntas que nos foram formuladas, a todos respondidas,
assim citaremos os seguintes confrades e confreiras que não me enviaram os seus nomes
verdadeiros, mas cuja participação foi importante, cremos nisso: olinc; Vera Cohim; 35cristal;
HHARTMAN; ppucci; Jade-ES2; Anuvem; além dos já citados, acima.

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