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No primeiro Império Universal (medos e persas), promovido por Ciro, o Grande, Dario,
“O Grande Rei”, sucessor do primeiro, organizou um corpo de espiões: “Os olhos e os
ouvidos do rei” para espionar os sátrapas (vice-reis das unidades político-administrati-
vas chamadas Satrapias). Na Roma Antiga era comum a presença de espiões atrás das
cortinas para ouvir segredos. Antes do século II esta potência não possuía um corpo
diplomático. Para resolver problemas, enviava ao exterior pequenas missões que agiam
em nome do governo, tornando-se, posteriormente, embaixadas permanentes: muitos
membros prestaram-se ao serviço de espionagem. Toda a aristocracia romana tinha sua
rede permanente de agentes clandestinos e casas com compartimentos secretos para
espionarem seus hóspedes. Apesar desse histórico, os romanos só institucionalizaram a
atividade de Inteligência e espionagem no período do Império. Na Idade Média, o
serviço de espionagem foi posto de lado, devido à influência da Igreja e da Cavalaria,
que o julgavam pecado. Porém Maomé o utilizou em 624. Seus agentes infiltrados em
Meca (Arábia Saudita) o avisaram de um ataque de soldados árabes a Medina, cidade
em que estava refugiado. Ele mandou entãoque fizessem trincheiras e barreiras ao redor
da cidade, que impediram o avanço dos soldados. A atividade de Inteligência volta com
a Renascença. As cortes européias tornaram-se verdadeiros centros de intrigas. Durante
esse período, muitos ministros e diplomatas foram responsáveis pela coleta de
informações. O Cardeal Richelieu (1585-1642) fundou na França o Gabinet Noir, que
monitorava as atividades da nobreza, e Sir Francis Walsingham (1537-1590) frustrou os
empreendimento de Mary Stuart e Felipe II, ambos católicos, contra a coroa inglesa
de Elizabeth I, protestante, por meio do serviço de Inteligência.
A primeira escola de Inteligência foi criada pelos russos, a “Casa de Ukrainev” – célula-
mãe da Okhrana, polícia secreta dos czares. A Guerra de Secessão nos Estados Unidos
(1861-1865) trouxe avanços significativos para a Inteligência, como o uso de fotos (os
fotógrafos tinham trânsito livre e reduziam o tamanho das fotografias, inserindo nelas
mensagens – protótipo da microfilmagem), telegrafia, uso de códigos e cifras e
reconhecimento aéreo realizado por balões. Na Primeira Guerra Mundial houve
“modernização” da atividade de Inteligência. A Sigint (Inteligência de sinais, ou seja, o
uso de tecnologia, ou outros artifícios não humanos, para a produção de
conhecimento) adquiriu caráter mais decisivo devido à quebra decifras. Ao início, a
Rússia já possuía um serviço de Inteligência organizado, a Okhrana. O período entre
guerras foi o momento em que houve a institucionalização dos primeiros órgãos de
Inteligência. A URSS, a Alemanha e a Inglaterra, então, já possuíam um bom serviço de
Inteligência. Na Segunda Guerra Mundial, o Eixo possuía o seguinte aparato de
Inteligência: a Alemanha organizou o Abwehr (Inteligência militar) e SD (Inteligência
do Partido Nazista); os japoneses tinham uma rede de espionagem na América,
controlada da Espanha neutra, a Kempei Tai (Polícia Militar Secreta). Essa polícia foi
responsável pela infiltração de um espião em Pearl Harbor meses antes do ataque. Os
aliados também possuíam seu serviço de Inteligência e o utilizaram amplamente para a
quebra de códigos, como os da máquina alemã Enigma e da japonesa Púrpura. Os
ingleses criaram o serviço de Operações Especiais (SOE). Seus agentes foram enviados
a territórios ocupados pelo inimigo para organização de grupos
de resistência. Os Estados Unidos organizaram o Escritório de serviços Estratégicos
(OSS), com atribuições semelhantes ao SOE.
A inteligência militar é uma disciplina militar que usa abordagens de coleta e análise
de informações para fornecer orientação e direção para auxiliar os comandantes em
suas decisões. Este objetivo é alcançado fornecendo uma avaliação de dados de uma
variedade de fontes, direcionada para os requisitos de missão dos comandantes ou
respondendo a perguntas como parte do planejamento operacional ou de campanha.
Para fornecer uma análise, os requisitos de informação do comandante são primeiro
identificados, que são então incorporados na coleta, análise e disseminação de
inteligência.
As áreas de estudo podem incluir o ambiente operacional, forças hostis, amigas e
neutras, a população civil em uma área de operações de combate e outras áreas de
interesse mais amplas.[1] As atividades de inteligência são conduzidas em todos os
níveis, do tático ao estratégico, em tempos de paz, o período de transição para a guerra e
durante a própria guerra.
A maioria dos governos mantém uma aptidão de inteligência militar para fornecer
pessoal analítico e de coleta de informações em unidades especializadas e de outras
ramificações e serviços. As aptidões de inteligência militar e civil colaboram para
informar o espectro de atividades políticas e militares.
O pessoal que desempenha funções de inteligência pode ser selecionado por suas
habilidades analíticas e inteligência pessoal antes de receber o treinamento formal.
No começo do século XX, a maioria dos países europeus havia adotado alguma versão
de estado-maior geral que incluía esferas de responsabilidade formalmente separadas
em seções (operações, planejamento, inteligência, logística, comunicações etc.). Cabe
notar, entretanto, a observação de Creveld de que, mesmo no caso prussiano, na prática
ainda não havia uma especialização completa de funções divididas entre as seções de
operações, doutrina e inteligência. Isso teria implicado, pelo menos até a I Guerra
Mundial, significativa superposição de atribuições dessas seções no estado-maior geral
alemão. De modo geral, a experiência da I Guerra Mundial forçou uma maior
especialização, principalmente quando às funções de inteligência exercidas pelos
bureaus militares de estatística e de topografia desde a primeira metade do século XIX
se somaram as novas seções de "exércitos estrangeiros" (foreign armies), responsáveis
pelo estudo das Forças Armadas dos inimigos potenciais ou efetivos.
O AVANÇO DOS SISTEMAS E POLITICAS DE INTELIGÊNCIA E
DE SEGURANÇA NACIONAL
2. Atividade de Estado
A Inteligência é atividade exclusiva de Estado e constitui instrumento de
assessoramento de mais alto nível de seus sucessivos governos, naquilo que diga
respeito aos interesses do Estado. Deve atender precipuamente ao Estado, não se
colocando a serviço de grupos, ideologias e objetivos mutáveis e sujeitos às conjunturas
político-partidárias.
5. Conduta Ética
A Inteligência pauta-se pela conduta ética, que pressupõe um conjunto de princípios
orientadores do comportamento humano em sociedade. A sua observância é requisito
fundamental a profissionais de qualquer campo de atividade humana. No que concerne
ao comportamento dos profissionais de Inteligência, representa o cuidado com a
preservação dos valores que determinam a primazia da verdade, sem conotações
relativas, da honra e da conduta pessoal ilibada, de forma clara e sem subterfúgios.
6. Abrangência
A atividade de Inteligência deve possuir abrangência tal que lhe possibilite identificar
ameaças, riscos e oportunidades ao País e à sua população.
7. Caráter permanente
A Inteligência é uma atividade perene e sua existência confunde-se com a do Estado ao
qual serve. A necessidade de assessorar o processo decisório e de salvaguardar os ativos
estratégicos da Nação é ditada pelo Estado, em situações de paz, de conflito ou de
guerra.
EUA (CIA) E A RÚSSIA (KGB)
É neste contexto que surge a CIA, criada com o propósito de dar apoio ao presidente, ao
Conselho Nacional de Segurança e à Polícia de Segurança Nacional. A CIA torna-se
assim, uma peça fundamental no sistema de governo. O seu diretor coordena a ação de
todos os outros serviços de informação, incluindo os serviços militares (DIA) e o FBI,
estando, neste último caso, as suas competências limitadas aos assuntos de
contraespionagem.
A CIA está encarregada das três missões clássicas dos serviços especiais: informação,
contraespionagem e ação.
A sua originalidade reside no facto de ser, além disso, responsável pela centralização e
pela exploração de todas as informações, provenham elas de fonte secreta ou aberta. A
organização estabelece, a partir dessas informações, "estimativas" destinadas a apoiar
decisões políticas da Presidência. Cabe-lhe ainda conduzir, da melhor forma possível, as
situações de crise, nomeadamente em face da guerra ou sua iminência.
KGB ( Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti )
A sigla deste serviço de inteligência extinto vem da língua russa КГБ (Комите́т
Госуда́рственной Безопа́сности ou Komitet Gosudarstvennoy Bezopasnosti, que pode
ser literalmente traduzido como "Comité de Segurança do Estado".
O KGB surgiu com o final da Segunda Guerra Mundial, no período da Guerra Fria, com
o colapso do então serviço secreto NKVD, apesar de suas origens remontarem a antes
da Revolução de 1917, quando Félix Dzerjinsky fundou o grupo paramilitar
denominado Tcheka — a instituição que seria a matriz de todos os serviços secretos da
URSS. O KGB era uma polícia secreta e política que não tinha equivalente no mundo,
porque se situava num nível completamente diferente dos outros serviços secretos, pois
constituía igualmente um ministério. Dispunha de trezentos mil associados, blindados,
caças e barcos, sendo uma organização militar totalmente independente das Forças
Armadas.
OS 7 SERVIÇOS DE INTELIGENCIA MAIS DESTACADOS DO MUNDO
1 – Mossad
Ela foi formada logo depois da Segunda Guerra Mundial e essa agência de inteligência
de Israel foi chamada, primeiramente, de Instituto de Coordenação. No começo, essa
agência de inteligência não foi bem sucedida. Ela teve operações mal feitas e vários de
seus policiais foram presos. Mas em 1952, Harel Mossad assumiu o comando e
encontrou sua base. E em 1960, uma missão sul americana da agência capturou o
nazista Adolf Eichmann. Nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, os atletas
israelenses foram massacrados nos jogos e Mossad descobriu os terroristas árabes
responsáveis e os executou brutalmente. E o nome dessa missão para caçar os terroristas
foi ‘Operação Ira de Deus’.
2 – CIA
3 – MI6
4 – BND
Essa agência de espionagem russa é praticamente a avó de todas as outras. De 1954 até
o fim da URSS, em 1991, a KGB tinha uma reputação lendária. Muitas das coisas que a
KGB fez na época da Guerra Fria, ainda são mantidas confidenciais. No começo, eles se
especializaram em espionagem e descobriram os segredos dos EUA. Na década de
1970, eles se infiltraram nas eleições em Bangladesh e depois no Afeganistão, no final
da década.
6 – ISI
No começo dos anos 1990, quando a URSS acabou, o ISI deu apoio ao grupo talibã
durante a Guerra Civil do Afeganistão. Ele também, supostamente, prejudicou as
eleições do seu próprio país e foi acusado de tirar, ilegalmente, dinheiro dos donos de
bancos do Paquistão.
7 – MSS
Essa agência chinesa é conhecida e poderosa, mas ela só existe desde 1983. Uma das
formas de espionagem mais usadas hoje em dia é o hacking de computadores, e o MSS
tem uma grande parte nesse quesito. Em 2018, dois hackers foram capturados pelos
EUA e diziam agir em nome da organização. Eles já tinham roubado segredos de Estado
de 12 países.
Essa organização é como se fosse um cruzamento entre o FBI e a CIA porque faz
operações domésticas e estrangeiras em nome da segurança nacional. E algumas pessoas
acreditam que o rápido crescimento econômico da China possa ser atribuído, em partes,
ao MSS e ao roubo de propriedade intelectual de outras nações.
ACTIVIDADES DE INTELIGÊNCIA : FORMAS DA ACTUACÇÃO
Fontes de inteligência
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
INTELIGÊNCIA EXTERNA
A segurança interna é a actividade desenvolvida pelo Estado para garantir a ordem,
a segurança e a tranquilidade públicas, proteger pessoas e bens, prevenir a criminalidade
e contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições democráticas, o
regular exercício dos direitos e liberdades fundamentais, por tanto é comum que existam
organizações de Humint civis para a coleta externa, como o SIE ( serviço de inteligência
externa) de Angola. É também nos serviços de inteligência com o âmbito externo que
são encontrados os setores especializados em ações encobertas. Essa lógica ocorre
justamente pelo foco exterior, uma vez que seria uma anomalia jurídica um Estado criar
um organismo especializado em burlar sistematicamente sua própria Constituição,
obedecendo aos interesses políticos dos governantes do momento. Mais aceitável seria
que tais especialistas atuassem sobre outros países desinformando, comprando aliados e
investindo em partidos, sob a lógica da necessidade de defender os interesses nacionais,
sejam estes quais forem.
Assim sendo, as agências externas, também conhecidas como positivas, tendem a atuar
com uma escala de legitimidade diferenciada das relações no âmbito interno, tendo em
vista que as relações internacionais seriam interpretadas como uma espécie de vale tudo.
Mais do que restringir seus meios de coleta e manipulação de informações, tais
organizações são especializadas na negação plausível de suas atividades, preservando
seus próprios governos. Ao longo deste capítulo foram descritos os principais processos
que delimitam e definem a atividade de inteligência no âmbito estatal estadunidense.
b) Ativos Informacionais- Uma nova agência teria que adquirir uma nova
coleção de informações, bem como softwares e procedimentos para operar tal
coleção.
https://pt.wikipedia.org/wiki/KGB
https://www.infoescola.com/atualidades/espionagem/
https://idcatedra.com.br/2018/12/servico-de-inteligencia-o-que-e-e-conceito/
https://super.abril.com.br/tecnologia/como-funcionam-os-servicos-secretos-de-
inteligencia/
www.instagram.com/loucos_por_seguranca_nacional/