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CONCEITO

As primeiras organizações permanentes e profissionais de inteligência e de segurança


surgiram na Europa moderna a partir do século XVI, no contexto de afirmação dos
Estados nacionais como forma predominante de estruturação da autoridade política
moderna. Um serviço de inteligência ou serviço de informações é geralmente um
departamento governamental, cuja função é a coleta de informações relacionadas com
possíveis ameaças à segurança do Estado.

entende-se como Inteligência a atividade que objetiva a obtenção, análise e


disseminação de conhecimento dentro e fora do território nacional sobre fatos e
situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação
governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.

Sistemas governamentais de inteligência consistem em organizações permanentes e


atividades especializadas na coleta, análise e disseminação de informações sobre
problemas e alvos relevantes para a política externa, a defesa nacional e a garantia da
ordem pública de um país. Serviços de inteligência são órgãos do Poder Executivo que
trabalham prioritariamente para os chefes de Estado e de governo e, dependendo de
cada ordenamento constitucional, para outras autoridades da administração pública e
mesmo do Parlamento. São organizações que desempenham atividades ofensivas e
defensivas na área de informações, em contextos adversariais em que um ator tenta
compelir o outro à sua vontade. Nesse sentido, pode-se dizer que essas organizações de
inteligência formam, juntamente com as Forças Armadas e as polícias, o núcleo
coercitivo do Estado contemporâneo
HISTÓRIA

As primeiras organizações permanentes e profissionais de inteligência e de segurança


surgiram na Europa moderna a partir do século XVI, no contexto de afirmação dos
Estados nacionais como forma predominante de estruturação da autoridade política
moderna.

No primeiro Império Universal (medos e persas), promovido por Ciro, o Grande, Dario,
“O Grande Rei”, sucessor do primeiro, organizou um corpo de espiões: “Os olhos e os
ouvidos do rei” para espionar os sátrapas (vice-reis das unidades político-administrati-
vas chamadas Satrapias). Na Roma Antiga era comum a presença de espiões atrás das
cortinas para ouvir segredos. Antes do século II esta potência não possuía um corpo
diplomático. Para resolver problemas, enviava ao exterior pequenas missões que agiam
em nome do governo, tornando-se, posteriormente, embaixadas permanentes: muitos
membros prestaram-se ao serviço de espionagem. Toda a aristocracia romana tinha sua
rede permanente de agentes clandestinos e casas com compartimentos secretos para
espionarem seus hóspedes. Apesar desse histórico, os romanos só institucionalizaram a
atividade de Inteligência e espionagem no período do Império. Na Idade Média, o
serviço de espionagem foi posto de lado, devido à influência da Igreja e da Cavalaria,
que o julgavam pecado. Porém Maomé o utilizou em 624. Seus agentes infiltrados em
Meca (Arábia Saudita) o avisaram de um ataque de soldados árabes a Medina, cidade
em que estava refugiado. Ele mandou entãoque fizessem trincheiras e barreiras ao redor
da cidade, que impediram o avanço dos soldados. A atividade de Inteligência volta com
a Renascença. As cortes européias tornaram-se verdadeiros centros de intrigas. Durante
esse período, muitos ministros e diplomatas foram responsáveis pela coleta de
informações. O Cardeal Richelieu (1585-1642) fundou na França o Gabinet Noir, que
monitorava as atividades da nobreza, e Sir Francis Walsingham (1537-1590) frustrou os
empreendimento de Mary Stuart e Felipe II, ambos católicos, contra a coroa inglesa
de Elizabeth I, protestante, por meio do serviço de Inteligência.

A primeira escola de Inteligência foi criada pelos russos, a “Casa de Ukrainev” – célula-
mãe da Okhrana, polícia secreta dos czares. A Guerra de Secessão nos Estados Unidos
(1861-1865) trouxe avanços significativos para a Inteligência, como o uso de fotos (os
fotógrafos tinham trânsito livre e reduziam o tamanho das fotografias, inserindo nelas
mensagens – protótipo da microfilmagem), telegrafia, uso de códigos e cifras e
reconhecimento aéreo realizado por balões. Na Primeira Guerra Mundial houve
“modernização” da atividade de Inteligência. A Sigint (Inteligência de sinais, ou seja, o
uso de tecnologia, ou outros artifícios não humanos, para a produção de
conhecimento) adquiriu caráter mais decisivo devido à quebra decifras. Ao início, a
Rússia já possuía um serviço de Inteligência organizado, a Okhrana. O período entre
guerras foi o momento em que houve a institucionalização dos primeiros órgãos de
Inteligência. A URSS, a Alemanha e a Inglaterra, então, já possuíam um bom serviço de
Inteligência. Na Segunda Guerra Mundial, o Eixo possuía o seguinte aparato de
Inteligência: a Alemanha organizou o Abwehr (Inteligência militar) e SD (Inteligência
do Partido Nazista); os japoneses tinham uma rede de espionagem na América,
controlada da Espanha neutra, a Kempei Tai (Polícia Militar Secreta). Essa polícia foi
responsável pela infiltração de um espião em Pearl Harbor meses antes do ataque. Os
aliados também possuíam seu serviço de Inteligência e o utilizaram amplamente para a
quebra de códigos, como os da máquina alemã Enigma e da japonesa Púrpura. Os
ingleses criaram o serviço de Operações Especiais (SOE). Seus agentes foram enviados
a territórios ocupados pelo inimigo para organização de grupos
de resistência. Os Estados Unidos organizaram o Escritório de serviços Estratégicos
(OSS), com atribuições semelhantes ao SOE.

A URSS possuía a Orquestra Vermelha, que espionava, em especial, a Alemanha;porém


Stálin não confiava muito em seus espiões. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, o
Exército Vermelho atuou como um eficaz agente do movimento comunista
internacional. Os Estados Unidos descobriram que a Rússia os espionou mesmo
quando eram aliados. Criaram então a CIA, seguida pela Agência de Segurança
Nacional (NSA) para atuar com Sigint e passaram basear suas decisões políticas nos
relatórios de Inteligência, iniciando, dessa maneira, a Guerra Fria, momento em que
houve um grande desenvolvimento tecnológico com o objetivo de monitorar
com mais precisão os passos de cada potência. Falhas dos serviços secretos durante a
Guerra Fria: queda do muro de Berlim (falha do KGB), o fracasso do golpe contra
Gorbatchev (KGB), a Revolução dos Aiatolás no Irã (CIA), a invsão do Kuwait pelo
Iraque (CIA), a Guerra do Yom Kippur (Mossad
serviço de inteligência de Israel). No pós-Guerra Fria os alvos da Inteligência
diferenciaram-se atualmente são os principais: espionagem econômica industrial, cri-
me organizado, terrorismo internacional, tecnologia de uso ambivalente e o crime
comum.

No caso da guerra, o registro da presença de atividades de inteligência é muito mais


antigo. Relatos sobre o uso de espiões militares remontam ao Velho Testamento da
Bíblia19, assim como figuram prescritivamente no manual de Sun Tzu sobre a arte da
guerra20, o Ping-fa, escrito na China no começo do século IV a. C. Na verdade, o
reconhecimento do campo de batalha e do inimigo sempre foi considerado um elemento
essencial da capacidade de comando do general. Entretanto, desde a época dos
speculatores utilizados pelas legiões romanas de César até os corpos de guias usados
pelos franceses e britânicos durante as guerras napoleônicas, a inteligência militar foi
exercitada em um contexto institucional que Martin Van Creveld chamou de a "idade da
pedra do comando".
A INTELIGÊNCIA MILITAR

A inteligência militar é uma disciplina militar que usa abordagens de coleta e análise
de informações para fornecer orientação e direção para auxiliar os comandantes em
suas decisões. Este objetivo é alcançado fornecendo uma avaliação de dados de uma
variedade de fontes, direcionada para os requisitos de missão dos comandantes ou
respondendo a perguntas como parte do planejamento operacional ou de campanha.
Para fornecer uma análise, os requisitos de informação do comandante são primeiro
identificados, que são então incorporados na coleta, análise e disseminação de
inteligência.
As áreas de estudo podem incluir o ambiente operacional, forças hostis, amigas e
neutras, a população civil em uma área de operações de combate e outras áreas de
interesse mais amplas.[1] As atividades de inteligência são conduzidas em todos os
níveis, do tático ao estratégico, em tempos de paz, o período de transição para a guerra e
durante a própria guerra.
A maioria dos governos mantém uma aptidão de inteligência militar para fornecer
pessoal analítico e de coleta de informações em unidades especializadas e de outras
ramificações e serviços. As aptidões de inteligência militar e civil colaboram para
informar o espectro de atividades políticas e militares.
O pessoal que desempenha funções de inteligência pode ser selecionado por suas
habilidades analíticas e inteligência pessoal antes de receber o treinamento formal.

A inteligência militar no século XX reteve algo dessa nova exigência de cientificidade e


abrangência destacada por Van Creveld. Em comparação com a linha evolutiva derivada
da diplomacia secreta dos séculos XVI a XVIII, pode-se dizer que a inteligência militar
acrescenta à conspiração e espionagem uma nova dimensão, a da coleta sistemática de
informações básicas e menos perecíveis, seguida pela análise dos fatos e idéias novas
tendo como pano de fundo aqueles acervos informacionais, redundando na apresentação
de relatórios de inteligência orientados para tornar mais racionais e "informadas" as
decisões de comando23.

No começo do século XX, a maioria dos países europeus havia adotado alguma versão
de estado-maior geral que incluía esferas de responsabilidade formalmente separadas
em seções (operações, planejamento, inteligência, logística, comunicações etc.). Cabe
notar, entretanto, a observação de Creveld de que, mesmo no caso prussiano, na prática
ainda não havia uma especialização completa de funções divididas entre as seções de
operações, doutrina e inteligência. Isso teria implicado, pelo menos até a I Guerra
Mundial, significativa superposição de atribuições dessas seções no estado-maior geral
alemão. De modo geral, a experiência da I Guerra Mundial forçou uma maior
especialização, principalmente quando às funções de inteligência exercidas pelos
bureaus militares de estatística e de topografia desde a primeira metade do século XIX
se somaram as novas seções de "exércitos estrangeiros" (foreign armies), responsáveis
pelo estudo das Forças Armadas dos inimigos potenciais ou efetivos.
O AVANÇO DOS SISTEMAS E POLITICAS DE INTELIGÊNCIA E
DE SEGURANÇA NACIONAL

Técinicas de Inteligencia secreta é o nome que se dá ao ato de colher clandestinamente


informações sigilosas de posse de um governo, entidade ou indivíduo sem a permissão
do titular da informação. Trata-se de uma prática ilegal e punível por lei. O termo
"espionagem" vem da palavra francesa "espionner", que significa "espionar", e do
italiano clássico "spione".

Presente em praticamente todos os períodos da história, a inteligência talvez tenha


atingido seu ápice durante a chamada “Guerra Fria”, travada entre EUA e a antiga
União Soviética. Num cenário onde as duas grandes potências não entravam
diretamente em um conflito armado, a guerra era travada principalmente através da
diplomacia, influência de países terceiros e principalmente, da coleta clandestina de
dados sobre as condições das forças do inimigo. Os serviços de inteligência de ambos
(KGB pela União Soviética e CIA pelos Estados Unidos) recrutavam e treinavam
agentes de modo voraz, na esperança de colher o máximo de dados possíveis sobre o
seu oponente.

Pressupostos da atividade de inteligência Angola

1. Obediência à Constituição e às Leis

A Inteligência desenvolve suas atividades em estrita obediência ao ordenamento


jurídico de Angola, pautando-se pela fiel observância aos Princípios, Direitos e
Garantias Fundamentais expressos na Constituição angolana, em prol do bem-comum e
na defesa dos interesses da sociedade e do Estado Democrático de Direito.

2. Atividade de Estado
A Inteligência é atividade exclusiva de Estado e constitui instrumento de
assessoramento de mais alto nível de seus sucessivos governos, naquilo que diga
respeito aos interesses do Estado. Deve atender precipuamente ao Estado, não se
colocando a serviço de grupos, ideologias e objetivos mutáveis e sujeitos às conjunturas
político-partidárias.

3. Atividade de assessoramento oportuno


À Inteligência compete contribuir com as autoridades constituídas, fornecendo-lhes
informações oportunas, abrangentes e confiáveis, necessárias ao exercício do processo
decisório. Cumpre à Inteligência acompanhar e avaliar as conjunturas interna e externa,
buscando identificar fatos ou situações que possam resultar em ameaças ou riscos aos
interesses da sociedade e do Estado. O trabalho da Inteligência deve permitir que o
Estado, de forma antecipada, mobilize os esforços necessários para fazer frente às
adversidades futuras e para identificar oportunidades à ação governamental.
4. Atividade especializada
A Inteligência é uma atividade especializada e tem o seu exercício alicerçado em um
conjunto sólido de valores profissionais e em uma doutrina comum. A atividade de
Inteligência exige o emprego de meios sigilosos, como forma de preservar sua ação,
seus métodos e processos, seus profissionais e suas fontes. Desenvolve ações de caráter
sigiloso destinadas à obtenção de dados indispensáveis ao processo decisório,
indisponíveis para coleta ordinária em razão do acesso negado por seus detentores.
Nesses casos, a atividade de Inteligência executa operações de Inteligência – realizadas
sob estrito amparo legal -, que buscam, por meio do emprego de técnicas especializadas,
a obtenção do dado negado.

5. Conduta Ética
A Inteligência pauta-se pela conduta ética, que pressupõe um conjunto de princípios
orientadores do comportamento humano em sociedade. A sua observância é requisito
fundamental a profissionais de qualquer campo de atividade humana. No que concerne
ao comportamento dos profissionais de Inteligência, representa o cuidado com a
preservação dos valores que determinam a primazia da verdade, sem conotações
relativas, da honra e da conduta pessoal ilibada, de forma clara e sem subterfúgios.

Na atividade de Inteligência, os valores éticos devem balizar tanto os limites de ação de


seus profissionais quanto os de seus usuários. A adesão incondicional a essa premissa é
o que a sociedade espera de seus dirigentes e servidores.

6. Abrangência
A atividade de Inteligência deve possuir abrangência tal que lhe possibilite identificar
ameaças, riscos e oportunidades ao País e à sua população.

É importante que as capacidades individuais e coletivas, disponíveis nas universidades,


centros de pesquisa e demais instituições e organizações públicas ou privadas,
colaborem com a Inteligência, potencializando sua atuação e contribuindo com a
sociedade e o Estado na persecução de seus objetivos.

7. Caráter permanente
A Inteligência é uma atividade perene e sua existência confunde-se com a do Estado ao
qual serve. A necessidade de assessorar o processo decisório e de salvaguardar os ativos
estratégicos da Nação é ditada pelo Estado, em situações de paz, de conflito ou de
guerra.
EUA (CIA) E A RÚSSIA (KGB)

CIA (Agência central de Inteligência)

A CIA (Central Intelligence Agency) foi criada em 18 de setembro de 1947. No período


da Guerra Fria, os Estados Unidos afirmavam-se os defensores do "mundo livre", contra
a "ameaça" comunista. Nesse contexto, a CIA desempenhou um papel do maior relevo.
 
Nos Estados Unidos, desencadeou-se no após-guerra uma violenta campanha anti-
comunista, pois qualquer cidadão suspeito de atividades ditas "anti-americanas" era
interrogado e, em muitos casos, forçado ao abandono das suas funções ou ao exílio.

O clima de suspeita generalizada denunciava a tensão existente nas relações


internacionais. Esta situação era agravada pela corrida às armas nucleares.

Assim, os Estados Unidos da América sentiram a necessidade de criar uma polícia


secreta (CIA) para espiar e vigiar o bloco oposto (a URSS e seus aliados), de forma a,
por um lado, evitar que a potência rival se expandisse e, por outro lado, que fossem
criadas condições para a expansão dos regimes democráticos.

Fundamentalmente, o que estava em questão era a disputa de determinados pontos-


chave do globo, fosse por ocupação efetiva, fosse por domínio indireto.

É neste contexto que surge a CIA, criada com o propósito de dar apoio ao presidente, ao
Conselho Nacional de Segurança e à Polícia de Segurança Nacional. A CIA torna-se
assim, uma peça fundamental no sistema de governo. O seu diretor coordena a ação de
todos os outros serviços de informação, incluindo os serviços militares (DIA) e o FBI,
estando, neste último caso, as suas competências limitadas aos assuntos de
contraespionagem.

A CIA está encarregada das três missões clássicas dos serviços especiais: informação,
contraespionagem e ação.
A sua originalidade reside no facto de ser, além disso, responsável pela centralização e
pela exploração de todas as informações, provenham elas de fonte secreta ou aberta. A
organização estabelece, a partir dessas informações, "estimativas" destinadas a apoiar
decisões políticas da Presidência. Cabe-lhe ainda conduzir, da melhor forma possível, as
situações de crise, nomeadamente em face da guerra ou sua iminência.
KGB ( Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti )

A KGB foi a principal organização de serviços secretos da União Soviética que


desempenhou as suas funções entre 13 de março de 1954 até 6 de novembro de 1991.[1]
Após a dissolução da União Soviética, o serviço de inteligência foi desmembrado em
dois: o Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB), na segurança
doméstica, e o Serviço de Inteligência Estrangeiro (SVR), no plano externo.

A sigla deste serviço de inteligência extinto vem da língua russa КГБ (Комите́т
Госуда́рственной Безопа́сности ou Komitet Gosudarstvennoy Bezopasnosti, que pode
ser literalmente traduzido como "Comité de Segurança do Estado".

O domínio de atuação do KGB, durante a Guerra Fria, era uma combinação de


operações secretas no estrangeiro unificadas às funções de uma polícia federal. A União
Soviética teve, desde sempre, uma polícia política muito poderosa, que esteve sempre
presente em todas as etapas da sua evolução social, independentemente de qual fosse o
regime instituído. Em algumas épocas, a atuação era mais intensa no interior da
sociedade; em outros momentos, o serviço secreto priorizava a recolha de informação e
operações nos países estrangeiros, o que provocou diversas mudanças nestas
instituições.

O KGB surgiu com o final da Segunda Guerra Mundial, no período da Guerra Fria, com
o colapso do então serviço secreto NKVD, apesar de suas origens remontarem a antes
da Revolução de 1917, quando Félix Dzerjinsky fundou o grupo paramilitar
denominado Tcheka — a instituição que seria a matriz de todos os serviços secretos da
URSS. O KGB era uma polícia secreta e política que não tinha equivalente no mundo,
porque se situava num nível completamente diferente dos outros serviços secretos, pois
constituía igualmente um ministério. Dispunha de trezentos mil associados, blindados,
caças e barcos, sendo uma organização militar totalmente independente das Forças
Armadas.
OS 7 SERVIÇOS DE INTELIGENCIA MAIS DESTACADOS DO MUNDO

1 – Mossad

Ela foi formada logo depois da Segunda Guerra Mundial e essa agência de inteligência
de Israel foi chamada, primeiramente, de Instituto de Coordenação. No começo, essa
agência de inteligência não foi bem sucedida. Ela teve operações mal feitas e vários de
seus policiais foram presos. Mas em 1952, Harel Mossad assumiu o comando e
encontrou sua base. E em 1960, uma missão sul americana da agência capturou o
nazista Adolf Eichmann. Nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, os atletas
israelenses foram massacrados nos jogos e Mossad descobriu os terroristas árabes
responsáveis e os executou brutalmente. E o nome dessa missão para caçar os terroristas
foi ‘Operação Ira de Deus’.

2 – CIA

A conhecida agência de inteligência dos Estados Unidos foi fundada em 1947, e


participou dos maiores sucessos na história da espionagem. Um dos marcos nos anos
1960, durante a era da Guerra Fria, foi o evento da Baía dos Porcos. A CIA deu apoio
aos exilados para derrubarem o regime de Fidel Castro no país. Essa intenção falhou
miseravelmente e depois a agência se redimiu usando tecnologia de ponta para achar
armas nucleares russas nas proximidades. Outro trabalho feito pela CIA foi na Guerra
do Vietnã, quando eles lançaram combatentes do Vietnã do Sul no norte para
conseguirem informações. Operações ilegais intituladas ‘Jóias da Família’ eram feitas,
variando desde vigilância ilegal até homicídios diretos de funcionários estrangeiros.

3 – MI6

Essa agência de inteligência da Grã-Bretanha tem suas raízes na primeira agência


britânica de inteligência criada em 1569, e a forma como ela existe hoje em dia
começou por volta de 1912, antes do início da Primeira Guerra Mundial. Nas décadas de
1930 e 1940, fizeram com que a reputação do MI6 fosse conhecida como uma das
principais agências de espionagem do mundo. Depois da Segunda Guerra Mundial, o
MI6 teve que tirar vários agentes russos infiltrados.E nos anos 1980 e 1990, eles se
tornaram uma agência mais aberta. Eles ainda rastreiam e derrubam desde criminosos
de guerra a participantes da Guerra Civil da Líbia.

4 – BND

O Serviço Federal de Inteligência, conhecido em alemão como


Bundesnachrichtendienst, foi fundado durante a Guerra Fria, em 1956, e é a maior
agência desse tipo no mundo inteiro. Ela tem mais de 300 locais na Alemanha e 6.500
funcionários. O BND se formou assim como a maioria das outras agências, espionando
os russos, e se especializaram nos assuntos do Oriente Médio. Em 1967, eles previram a
Guerra dos Seis dias quase que na hora. Eles também conseguiram parar um ataque à
Índia. E em 2005, foi divulgado que o BND estava vigiando vários jornalistas alemães e
que eles estavam armazenando 220 milhões de conjuntos de metadados selecionados da
vigilância por telefone em todo mundo.
5 – KGB

Essa agência de espionagem russa é praticamente a avó de todas as outras. De 1954 até
o fim da URSS, em 1991, a KGB tinha uma reputação lendária. Muitas das coisas que a
KGB fez na época da Guerra Fria, ainda são mantidas confidenciais. No começo, eles se
especializaram em espionagem e descobriram os segredos dos EUA. Na década de
1970, eles se infiltraram nas eleições em Bangladesh e depois no Afeganistão, no final
da década.

6 – ISI

A agência de Inteligência Inter-Serviços do Paquistão teve um grande papel no


relacionamento do Afeganistão com a URSS no final dos anos 1970 e 1980. O ISI ficou
do lado dos afegãos que enfrentaram os soviéticos e trabalhou junto com a CIA para
conseguir treiná-los e financiá-los.

No começo dos anos 1990, quando a URSS acabou, o ISI deu apoio ao grupo talibã
durante a Guerra Civil do Afeganistão. Ele também, supostamente, prejudicou as
eleições do seu próprio país e foi acusado de tirar, ilegalmente, dinheiro dos donos de
bancos do Paquistão.

7 – MSS

Essa agência chinesa é conhecida e poderosa, mas ela só existe desde 1983. Uma das
formas de espionagem mais usadas hoje em dia é o hacking de computadores, e o MSS
tem uma grande parte nesse quesito. Em 2018, dois hackers foram capturados pelos
EUA e diziam agir em nome da organização. Eles já tinham roubado segredos de Estado
de 12 países.

Essa organização é como se fosse um cruzamento entre o FBI e a CIA porque faz
operações domésticas e estrangeiras em nome da segurança nacional. E algumas pessoas
acreditam que o rápido crescimento econômico da China possa ser atribuído, em partes,
ao MSS e ao roubo de propriedade intelectual de outras nações.
ACTIVIDADES DE INTELIGÊNCIA : FORMAS DA ACTUACÇÃO

Fontes de inteligência

 HUMINT(human intelligence): informações obtidas a partir de fontes humanas;

 SIGINT(signals intelligence): informações obtidas a partir da interceptação e da


decodificação das comunicações e sinais eletromagnéticos;

 IMINT (imagery intelligence): informações obtidas a partirda produção e da


interpretação de imagens fotográficas e multiespectrais;

 MASINT (measurement and signature intelligence): informações obtidas a partir


damensuração de outros tipos de emanações (sísmicas, térmicas, etc.) e da
identificação de ‘assinaturas’, ou seja, sinais característicos e individualizados
de veículos, plataformas e sistemas de armas;

 OSINT (open sources intelligence): informações obtidas a partir de fontes


públicas, impressas ou eletrônicas.

Observação: as fontes típicas de informação definem disciplinas bastante


especializadas em Inteligência, que a literatura internacional designa através de
acrônimos acima, derivados do uso norte-americano

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

As operações informacionais também atuam sobre a estrutura física do


sistema de informações adversário. Ao comprometer as ferramentas e tecnologias
informacionais do antagonista, elimina-se a capacidade deste perceber as ações em
curso, ou mesmo desenvolver suas próprias medidas. Ao contrário das disciplinas
acima, que tentam manobrar a percepção do inimigo, a guerra eletrônica e as
operações em rede de computadores irão tentar eliminar ou ludibriar os meios
tecnológicos disponíveis. Dessa maneira, elas atuam minando a capacidade de
colecionar dados sobre o ambiente circundante, tentando deixar o adversário, em
uma analogia com os seres humanos, privado de sentidos fundamentais como a
visão, audição ou a fala.
A INTELIGÊNCIA ELECTRÓNICA

A doutrina do exército estadunidense divide esta área em três categorias:

1) Proteção eletrônica - é a responsável pela proteção dos sistemas de


comunicação e trasmissão de dados ante o ataque dos adversários.)

2) Suporte a Guerra Eletrônica - atua com vistas a identificar os sinais


eletromegnéticos emitidos pelo adversário, de maneira a suportar o planejamento de
operações de guerra eletrônica contra esse inimigo. As informações obtidas por ES
também apoiam as ações de coleta de inteligência de sinais, bem como ataques
contra alvos humanos, que podem ser localizados pelas emissões de seu aparato de
comunicação.

3) Ataque eletrônica - é o setor responsável pela “utilização de energia


eletromagnética, de energia dirigida, armas antirradiação, para atacar pessoal,
instalações, ou equipamento com a intenção de degradar, neutralizar ou destruir a
capacidade de combate inimiga” (DEPARTMENT OF ARMY, 2003, p. 2-8). Para isso
podem ser empregados desde equipamentos de comunicações, com o objetivo de
embaralhar as comunicações adversárias, até mísseis eletromagnéticos que
destruirão fisicamente o equipamento do inimigo e os dados colecionados por este.

OPERAÇÕES EM REDE DE COMPUTADORES

Operações em Rede de Computadore, envolve a disputa do


controle das redes de informações digitais do adversário, negando a utilização a
este e protegendo as suas próprias. Possui três subdisciplinas, que são

1) Ataque de Rede de Computadores - Nessa esfera ataca-se,


destrói, rompe, ou corrompe o sistema de informações do adversário, bem como seu
sistema de armas. Tanto se tenta destruir a infraestrutura de rede quanto a
corrupção dos dados armazenados. ARC emprega instrumentos letais, como
bombas, e demais utensílios bélicos e não letais para invadir a rede inimiga.

2) Defesa de Rede de Computadores - Atua defendendo o sistema de


informações aliado contra o ataque das forças adversárias. Assemelha-se às
medidas que os usuários comuns adotam para proteger seus sistemas de hackers e
ataques de vírus, agregando certa complexidade.

3) Exploração de Rede de Computadores - trabalha centralmente com


a coleta de inteligência sobre o sistema adversário. Assim, penetra-se nas redes do
inimigo coletando dados de seus softwares e hardwares, de maneira a alimentar o
conhecimento sobre este. Neste capítulo foram caracterizados os instrumentos de poder
simbólico ou suave sob o prisma das relações internacionais, no âmbito da estratégia
estadunidense. Também foram apresentados os instrumentos e doutrinas
construídas por esse Estado para a disputa nessa esfera de poder. O próximo
capítulo procura sintetizar o papel das organizações e da informação de inteligência
da disputa de poder entre as nações e a política estadunidense de utilização de tais
recursos.
A DESINFORMAÇÃO

Desinformação - Essa atividade prevê o uso do logro, do ardil, da mentira, de


maneira que o serviço de inteligência adversário obtenha informações falsas ou
distorcidas, tomando-as por verdadeiras e viabilizando a seus usuários a construção
de um cenário enganoso “manipulando a percepção dos mesmos”. O objetivo da
desinformação é fazer com que o inimigo tome decisões de maneira prejudicial aos seus
próprios interesses). Daí que:
A esse interesse do desinformador em obter vantagem fazendo com que alguém se
comporte de acordo com um plano previamente estabelecido pode ser denominado
como função manipuladora ou desinformadora. Cabe observar que no contexto anglo-
saxão empregam-se os conceitos de denial e deception. Por denial entende-se o processo
de bloquear os acessos aos canais de informações dos quais o adversário pode receber
informação verdadeira. Por deception compreende-se o esforço empreendido para que
esse adversário acredite em informações falsas, criando um cenário fictício.

A desinformação pode ser empregada de diversas formas e maneiras,


inclusive contra toda uma sociedade. Contudo, sua ação é potencializada caso seja
realizada a partir da penetração da inteligência adversária, envolvendo o emprego
de agentes duplos infiltrados. Como os governos tendem a considerar seus órgãos
de inteligência como setores preparados para lidar com a obtenção de informações e
sua proteção, a informação proveniente de tais agências tende a ter maior
credibilidade, sobretudo em nível tático. Além disso, quando os próprios serviços de
inteligência têm a sua acuidade comprometida, diminui-se também sua capacidade
de perceber de maneira crítica as ações mais gerais que estejam sendo
empregadas. De fato, ainda que se possa operar desinformando, iludindo toda uma
sociedade, a desinformação operada a partir dos serviços de contrainteligência,

envolvendo centralmente a manipulação da agência antagonista, é a forma mais


efetiva que as agências de inteligência possuem para alcançar seus objetivos.
De modo geral, a desinformação é mais efetiva quando conjuga distintos
planos de atuação, sendo empregada como parte de um plano coordenado. Em
uma campanha de desinformação orquestrada empregam-se múltiplos canais, dos
quais vários blocos de informações são divulgados, de maneira a atingir determinada
audiência específica. Para esse fim podem ser utilizados desde veículos da grande
imprensa, até contatos diplomáticos, agentes duplos, documentos falsos etc. Dessa
maneira, as ações de desinformação envolvendo amplos
setores da população, geralmente, estão associadas a um conjunto de medidas de
desinformação produzidas especificamente para agir sobre as agências de
inteligência e seus governos.
nesta funcionalidade.
INTELIGÊNCIA INTERNA OU DE SEGURANÇA

Originada das polícias políticas do século XIX e XX, consolidou-se como um


rol de instituições voltadas para identificar ameaças à existência do Estado, dentro
de suas próprias fronteiras. Tais ameaças, conforme descrito anteriormente, estão
relacionadas ao terreno do conflito entre vontades. Embora haja uma variação em sua
abrangência, as temáticas afiliadas aos serviços de segurança comumente dizem respeito
a terrorismo, tráfico internacional de drogas, crime organizado transnacional e
espionagem estrangeira. Em seu organograma, os serviços de segurança interna tendem
a concentrar grande parte das disciplinas tanto de coleta quanto de análise. Realizam
suas próprias interceptações telefônicas e telemáticas, obtém coleta de imagens de
meios públicos ou mediante seus próprios recursos, bem como mantém sua estrutura
analítica.
Essa duplicidade de funções em relação aos serviços externos muitas
vezes é provocada pela lógica interna, em que existe um acompanhamento de tais
ações por parte do Poder Judiciário e do Ministério Público. Em democracias
consolidadas não se interceptam telefones ou mensagens eletrônicas sem uma
autorização judicial. Outro fator que justificaria a existência dos dois tipos de
agências estaria relacionado ao fato de que, em países como os EUA, por exemplo,
existe uma grande preocupação quanto à centralidade em uma única agência de
grande poder informacional, com o risco de serem criadas novas Gestapos.

O funcionamento das organizações de inteligência interna assemelha-se ao


das polícias quanto ao sentido investigativo, uma vez que são levantadas informações
que objetivam identificar indivíduos associados às ameaças internas ao Estado. Tais
ações envolveriam temas como o crime organizado internacional, a lavagem de dinheiro
e o terrorismo, dentre outros fatores.
Portanto, o emprego do suporte informacional tende a propiciar mais possibilidades de
intervenção, pois na medida em que se descobre uma organização criminosa, ou
mesmo uma rede de espionagem, é possível levar seus componentes à justiça. Por
outro lado, as organizações de inteligência interna diferenciar-se-iam da lógica das
organizações policiais, no sentido de que parcela das informações coletadas jamais
virá à luz do processo penal, permanecendo como conhecimento apenas para o
dirigente. Ou seja, existem casos como o da espionagem, por exemplo, em que se
pode optar por acompanhar as ações da agência inimiga, até mesmo por décadas,
de maneira a conhecer toda a rede e cooptar parte da organização para que
forneçam desinformações. A coleção de informações obtidas permanecerá como um
ativo para os dirigentes do Estado, não sendo, contudo, empregada em curto ou
médio prazo.

INTELIGÊNCIA EXTERNA
A segurança interna é a actividade desenvolvida pelo Estado para garantir a ordem,
a segurança e a tranquilidade públicas, proteger pessoas e bens, prevenir a criminalidade
e contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições democráticas, o
regular exercício dos direitos e liberdades fundamentais, por tanto é comum que existam
organizações de Humint civis para a coleta externa, como o SIE ( serviço de inteligência
externa) de Angola. É também nos serviços de inteligência com o âmbito externo que
são encontrados os setores especializados em ações encobertas. Essa lógica ocorre
justamente pelo foco exterior, uma vez que seria uma anomalia jurídica um Estado criar
um organismo especializado em burlar sistematicamente sua própria Constituição,
obedecendo aos interesses políticos dos governantes do momento. Mais aceitável seria
que tais especialistas atuassem sobre outros países desinformando, comprando aliados e
investindo em partidos, sob a lógica da necessidade de defender os interesses nacionais,
sejam estes quais forem.

Assim sendo, as agências externas, também conhecidas como positivas, tendem a atuar
com uma escala de legitimidade diferenciada das relações no âmbito interno, tendo em
vista que as relações internacionais seriam interpretadas como uma espécie de vale tudo.
Mais do que restringir seus meios de coleta e manipulação de informações, tais
organizações são especializadas na negação plausível de suas atividades, preservando
seus próprios governos. Ao longo deste capítulo foram descritos os principais processos
que delimitam e definem a atividade de inteligência no âmbito estatal estadunidense.

Para a obtenção dessas informações a CIA possui estações com funcionários da


agência em grande parte das embaixadas dos EUA pelo mundo. Além disso,
também trabalha com agentes clandestinos, que não teriam cobertura legal
mediante a relação com a representação diplomática. Basicamente os dados são
coletados a partir de fontes abertas e mediante coleta clandestina. Em relação ao
primeiro tipo são acompanhadas fontes ostensivas como jornais e revistas, além de
publicações e estatísticas governamentais sobre economia, aspectos geográficos,
política nacional, composições políticas do governo, dentre outros aspectos.
Em relação à coleta clandestina, é onde funciona a espionagem propriamente
dita. A partir de pessoas recrutadas dentro de postos chaves no governo, forças
armadas, polícias, e grandes empresas do país em que se opera, são obtidas
informações do planejamento interno dos governos em questão, bem como das
ações destes. Um dos exemplos do tipo de recrutamento feito pela CIA envolve a
cooptação dos funcionários das polícias de outras nações, mediante a criação de
programas de treinamento de maneira a “incorporar consultores norte-americanos
aos sistemas policiais dos países beneficiados e utilizá-los para orientar a polícia
beneficiária para um trabalho de inteligência e de operações em bases
prospectivas”muitas vezes os policiais recrutados sequer se dão conta
desse fato.

Interessante notar que por tratar-se de um serviço de inteligência, os meios


de coleta de informações são acentuadamente distintos dos das empresas e
organizações da sociedade civil. Um dos métodos mais tradicionais para se obter
informações de maneira rápida seria o emprego de tortura para com os adversários

capturados. Após o evento terrorista de 11 de setembro, a CIA pôs em


funcionamento diversas prisões (algumas clandestinas) fora do território norte-
americano, de maneira a não desrespeitar a constituição deste Estado, e deslocou
mediante voos secretos diversos prisioneiros oriundos de zonas de conflito como o
Afeganistão ou Iraque para tais lugares (ANÍSTIA INTERNACIONAL, 2006b). Foram
utilizados diversos procedimentos prevendo emprego de violência para a extração
de informações, principalmente sobre os movimentos árabes insurgentes e a
organização radical islâmica Al-Qaeda. Além das denúncias sobre tortura nas
prisões de Guantánamo em Cuba e Abu Ghraib no Iraque, também
foi tornado disponível um manual editado pela CIA sobre técnicas de interrogatório
prescrevendo a prática de tortura. Órgãos de inteligência externa como a CIA, têm
modus operandis diversos, no âmbito das suas actividades, tais com:

a) Realização de ações encobertas, como ações paramilitares, propaganda


negra, financiamento de colaboradores, dentre outras medidas. Tais mecanismos
objetivam influenciar a agenda de outras nações, promovendo os interesses norte-
americanos. De acordo com a legislação de 1947 o governo dos EUA compreende
por ações encobertas:

Assim, embora a CIA originariamente tenha sido criada com a função de


prover informações estratégicas de alto nível aos governantes, em termos objetivos
a agência tornou-se dois diferentes tipos de organização dentro da mesma instituição.
Uma estrutura conformada para coletar informações e produzir conhecimento de
inteligência e outra focada nas ações encobertas. Dessa maneira, desde sua fundação, a
CIA convive com duas lógicas organizacionais acentuadamente diferentes, com
culturas, valores, objetivos e perfis profissionais distintos.
Embora não existisse uma definição formal sobre a autoridade da CIA para
realizar ações encobertas prevista no ato de segurança nacional de 1947

b) Contrainteligência externa envolve a proteção de embaixadas ou agências


estadunidenses no exterior quanto ao risco de infiltração por espionagem
estrangeira. Também é sua responsabilidade evitar que a própria CIA tenha suas
informações acessadas por agentes a serviço de outros governos. Segundo Roy
Godson, a atividade de contrainteligência implementada pela agência
restringia-se originariamente na prevenção da infiltração por agentes duplos, bem
como na garantia de que os funcionários da agência não forneceriam informações
confidenciais para a inteligência de outros países. No entanto, mesmo para a proteção
primária, a estrutura originária de contrainteligência da CIA era debilitada. Na prática,
as unidades, atuando por recorte geográfico do serviço, eram responsáveis pela
segurança de suas próprias operações, uma vez que os grupos regionais com esse tipo de
tarefa eram demasiadamente pequenos, sendo mais representativos que funcionais.
Além disso, os segmentos responsáveis pelas operações clandestinas não se dispunham
a atuar compartilhando suas operações com a área de contrainteligência.

c) Produção analítica a partir da integração de múltiplas fontes de inteligência.


Cabe à agência receber os distintos dados recolhidos pelas agências de imagens,
sinais, fontes abertas e humanas, correlacionando tais dados de forma a que se
tenha uma visão mais nítida da realidade a que se almeja conhecer;
e) Pesquisa em ciência e tecnologia voltada para a atividade de inteligência.
Como essa área seria relativamente peculiar, a agência tomou como tarefa o
desenvolvimento de equipamentos, técnicas e procedimentos inovadores com vistas
a aprimorar os meios de coleta e análise de informações. Diversas tecnologias
inovadoras são oriundas dos laboratórios da agência, muitas vezes em parceria com
outros setores do governo.

d) Contraespionagem - Efetuava acompanhamentos, investigações e


operações contra ações de espionagem da União Soviética e de seus aliados,
particularmente da KGB. Operava-se com um comitê de ligação com as áreas
correlatas na CIA e dentro das agências militares, de maneira a conseguir cobrir
todo o espectro de atuação das redes de espiões adversárias, uma vez que tais
redes atuavam com apoio externo.
e) Central de pesquisas - Responsável pela dimensão analítica, produzia
relatórios sobre as temáticas de segurança interna e contraespionagem. No entanto, o
modelo estruturado para enfrentar a Guerra Fria não se mostrou adequando com o fim
desta e a fragmentação dos adversários norte-americanos. Sob os efeitos dos ataques
terroristas de 11 de setembro de 2001, foi criada uma Comissão do 11/9 para estudar e
propor reformas no sistema de inteligência estadunidense

A VERDADEIRA ORGANIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE INFORMAÇÃO E DE


SEGURANÇA NACIONAL
Os órgãos de Inteligência e de Segurança do Estado, devem optar por sistema de
segurança primordial:

a) Segurança interna- Nesse setor eram acompanhadas as eventuais


ameaças ao modelo de democracia americana, o que se traduzia no
acompanhamento de agrupamentos terroristas e também de partidos comunistas
e
trotskistas.
b) b) Contraespionagem- Efetuava acompanhamentos, investigações e
operações contra ações de espionagem da União Soviética e de seus aliados,
particularmente da KGB. Operava-se com um comitê de ligação com as áreas
correlatas na CIA e dentro das agências militares, de maneira a conseguir cobrir
todo o espectro de atuação das redes de espiões adversárias, uma vez que tais
redes atuavam com apoio externo.
c) c) Central de pesquisas- Responsável pela dimensão analítica, produzia
relatórios sobre as temáticas de segurança interna e contraespionagem. No
entanto, o modelo estruturado para enfrentar a Guerra Fria não se mostrou
adequando com o fim desta e a fragmentação dos adversários norte-americanos.
Sob os efeitos dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, foi criada uma
Comissão do 11/9 para estudar e propor reformas no sistema de inteligência dos
Estados.
Cogitou-se, inclusive, a criação de uma agência especializada nesse tema. Os
serviços de inteligência e de segurança interna como externa, devem estar
sempre na observância dos preceitos legais que cada Estado possui;

a) Compartilhamento de Informação- Uma nova cisão no sistema de


inteligência interno potencializaria ainda mais as dificuldades no
compartilhamento de informações entre os diferentes órgãos;

b) Ativos Informacionais- Uma nova agência teria que adquirir uma nova
coleção de informações, bem como softwares e procedimentos para operar tal
coleção.

d) Poder de Polícia- Os levantamentos informacionais sobre contraterrorismo


rapidamente convergem para a dimensão criminal, vez que afetam a legislação
criminal deste país. Uma organização que possa operar com os procedimentos de
contrainteligência e ao mesmo tempo aplicar a lei maximizaria seus resultados
no combate às organizações terroristas;

e) Redundância Operacional- Geralmente as operações de contraterrorismo


sobrepõem-se às investigações criminais, tais como de lavagem de dinheiro ou
contrabando. Dentro do escopo desse setor estão compreendidos as divisões de
contrainteligência, de contraterrorismo, o diretório de inteligência e o diretório
de armas de destruição em massa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
O papel informacional dos serviços secretos / Vladimir de Paula Brito. – 2011.
232 f. : il., enc.

https://pt.wikipedia.org/wiki/KGB

REVISTA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA. Brasília: Abin, v. 1, n. 1, dez. 2005

https://www.infoescola.com/atualidades/espionagem/

https://idcatedra.com.br/2018/12/servico-de-inteligencia-o-que-e-e-conceito/

https://super.abril.com.br/tecnologia/como-funcionam-os-servicos-secretos-de-
inteligencia/

revistas da fsb intelligency Russian

united states of America service intelligency of wrld

www.instagram.com/loucos_por_seguranca_nacional/

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