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1 Sequências numéricas
3 Séries de potências
Sumário
1 Sequências numéricas
3 Séries de potências
Sequências numéricas
Definição
Uma sequência {a1 , a2 , a3 , a4 , · · · , an , · · · } é uma lista de números res-
crita em uma ordem bem definida.
Notação: A sequência {a1 , a2 , · · · , an , · · · } é indicada por:
{an } ou {an }∞
n=1
Exemplos
∞ nπ
(−1)n (n + 1) an = cos ,n≥1
3n 6
n=1
Sequências numéricas
Exemplo
Determine o termo geral da sequência
3 4 5 6
a1 = , a2 = − , a3 = , a4 = − ,···
5 25 125 625
Sequências numéricas
lim an = L
n→∞
Sequências numéricas
Propriedades
Sendo {an } e {bn } sequências convergentes e c uma constante, temos:
Sequências numéricas
Propriedades
Sendo {an } e {bn } sequências convergentes e c uma constante, temos:
an lim an
lim = n→∞ (se lim bn 6= 0)
n→∞ bn lim bn n→∞
n→∞
p
lim anp = lim an
n→∞ n→∞
lim an = L =⇒ lim |an | = |L|
n→∞ n→∞
(Cuidado, não vale a volta! Porque?).
Sequências numéricas
Teorema do Confronto
Se an ≤ bn ≤ cn para n ≥ n0 com lim an = lim cn = L então lim bn =
n→∞ n→∞ n→∞
L.
Sequências numéricas
Teorema
Se
lim f (x) = L e f (n) = an
x→∞
quando n ∈ Z+ , então
lim an = L.
n→∞
Sequências numéricas
Exemplo
Discuta a convergência das seguintes sequências.
n n!
1 lim 4 lim
n→∞ n+1 n→∞ nn
ln n √
n
2 lim 5 lim 3
n→∞ n n→∞
(−1)n √
3 lim 6 lim n n
n→∞ n n→∞
Sequências numéricas
Definição
Uma sequência {an } é crescente se an < an+1 e decrescente se an >
an+1 para todo n ≥ 1. Uma sequência é monótona se é crescente ou
decrescente.
Sequências numéricas
Definição
Uma sequência {an } é crescente se an < an+1 e decrescente se an >
an+1 para todo n ≥ 1. Uma sequência é monótona se é crescente ou
decrescente.
Exemplo
Verifique se {n/(n2 + 1)}∞
n=1 é decrescente.
Sequências numéricas
Definição
Uma sequência {an } é limitada superiormente se existir um M tal que
an ≤ M, n≥1
an ≥ m, n ≥ 1.
Sequências numéricas
Definição
Uma sequência {an } é limitada superiormente se existir um M tal que
an ≤ M, n≥1
an ≥ m, n ≥ 1.
Sequências numéricas
Sumário
1 Sequências numéricas
3 Séries de potências
Exemplos
O que você acha sobre o comportamento das séries:
∞
X ∞
X 1
n
2n
n=1 n=1
sn sn = 0.5
1.2
0.8
0.6
s1
0.4
0.2
1 n
Definição
P∞
Dada a série n=1 an = a1 + a2 + a3 + · · · seja sn as somas parciais
n
X
sn = ai = a1 + a2 + · · · + an .
i=1
P
Se a sequência {sn } converge e lim sn = s < ∞ então a série an é dita
n→∞
convergente e nós escrevemos
∞
X
an = s.
n=1
P
Se {sn } diverge, então dizemos que a série an é divergente.
Série geométrica
A série geométrica é definida por
∞
X
ar n−1 = a + ar + ar 2 + ar 3 + · · · + ar n−1 + · · ·
n=1
Exemplos
Discuta a convergência ou divergência das seguintes séries:
∞
X
10 20 40
5− + − + ··· 22n 31−n
3 9 27
n=1
Exemplo
Demonstre que a série a seguir é convergente e determine sua soma
∞
X 1
.
n(n + 1)
n=1
+∞
X 1
Vamos investigar a série :
n=1
n(n + 1)
Exemplo
Demonstre que a série a seguir é divergente
∞
X 1
.
n
n=1
+∞
X 1
Vamos investigar a série :
n=1
n
sn
8 sn = 4.499205
7
6
5
4
3
2
1
50
100 n
Propriedades operacionais
P P
Considere que as séries an e bn sejam convergentes. Então:
∞
X ∞
X
can = c an
n=1 n=1
∞
X ∞
X ∞
X
(an ± bn ) = an + bn
n=1 n=1 n=1
Sumário
1 Sequências numéricas
3 Séries de potências
O teste da integral
Teste da integral
Suponha f contı́ Pnua, positiva, decrescente em [1, +∞). Seja an = f (n).
∞
Então a sRérie n=1 an é convergente se, e somente se, a integral
∞
imprópria 1 f (x) dx é convergente. Em outras palavras:
R∞ P∞
Se 1 f (x) dx converge, então n=1 an converge.
R∞ P∞
Se 1 f (x) dx diverge, então n=1 an diverge.
O teste da integral
y y
2 2
√
f (x) = 1/ x f (x) = 1/x 2
1 1
0 0
x x
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
√1 1
√ √1 √1 √1 1 1 1 1 1
1 2 3 4 5 12 22 32 42 52
O teste da integral
Exemplo
Para quais valores de p, a série
∞
X 1
np
n=1
converge?
Observações:
A série acima é chamada de série p.
Em geral,
∞
X Z ∞
an 6= f (x) dx.
n=1 1
O teste da integral
Exemplo
Aplique o teste da integral para averiguar a convergência de
∞
X ln n
.
n
n=1
O teste da integral
Observe as figuras a seguir:
y y
n x n+1 x
an+1 an+2 an+3 an+4 an+5 an+1 an+2 an+3 an+4
Vemos que:
Z ∞ ∞
X Z ∞
f (x) dx < ak < f (x) dx
n+1 k=n+1 n
| {z }
Rn
O teste da integral
P∞
Como Rn = |s − sn | = k=n+1 ak e sn + Rn = s, podemos reescrever a
igualdade anterior como:
Z ∞ Z ∞
sn + f (x) dx < s < sn + f (x) dx,
n+1 n
O teste da integral
Exemplo
Considere a série
∞
X 1
s= .
n3
n=1
O teste da integral
Exemplo
Usando a estimativa, temos que:
Z ∞ Z ∞
1 1 1
R5 < dx − dx .
2 5 x3 6 x3
R∞
Um cálculo simples mostra que n x13 dx = 2n1 2 . Então:
1 1 1
R5 < − = 0.00306,
2 2(52 ) 2(62 )
O teste da integral
Exemplo
Para que a soma seja precisa com 4 casas exatas, o erro deve ser
inferior à 0.0005. Usando a estimativa de que:
1 1 1 2n + 1
Rn < − = < 0.0005,
2 2n2 2(n + 1)2 4n2 (n + 1)2
4n2 (n + 1)2
> 2000,
2n + 1
e isso é satisfeito para n > 10. Portanto, devemos somar n = 10
termos na série para que o erro envolvido seja a partir da quinta
casa decimal.
Sumário
1 Sequências numéricas
3 Séries de potências
Teste da comparação
P P
Suponha que an e bn são séries de termos positivos.
P P
Se bn é convergente e an ≤ bn para todo n, então an também
será convergente.
P P
Se bn é divergente e an ≥ bn para todo n, então an também
será divergente.
Exemplo
Teste a série
∞
X 5
.
2n2 + 4n + 3
n=1
Exemplo
Tente testar a série
∞
X 1
.
2n −1
n=1
1 1
P∞ 1
Não conseguimos comparar, pois 2n −1 > 2n e n=1 2n converge.
Exemplo
Teste a série
X∞
2n2 + 3n
√ .
n=1
5 + n5
Sumário
1 Sequências numéricas
3 Séries de potências
O teste de Leibniz
O teste de Leibniz
satisfaz:
bn+1 ≤ bn lim bn = 0
n→∞
O teste de Leibniz
b1
0 s1
O teste de Leibniz
Exemplo
Teste a série alternada:
∞
X (−1)n−1
n
n=1
O teste de Leibniz
+∞
X (−1)n
Vamos investigar a série :
n=1
n
O teste de Leibniz
Interpretação geométrica da série harmônica alternada:
2
X
y
(−1)k+1
= 0.5
k
k=1
0,5
0
x
−0,5 0 0,5 1
−0,5
O teste de Leibniz
O teste de Leibniz
P∞ n−1 20
Considere a série n=1 (−1) 2n+1 para vermos o teorema anterior.
b1 s1 = 6.66666, s = 4.2920
e1 = |s − s1 | = 2.37465
|b2 | = 4
Note que o erro é sem-
pre menor que o primeiro
termo negligenciado
0 s1
Sumário
1 Sequências numéricas
3 Séries de potências
Definição
P
Uma série an é chamada
P absolutamente convergente se a série dos
valores absolutos |an | é convergente.
Exemplo
Verifique se as séries a seguir são absolutamente convergentes:
1 1 1 1 1 1
1− 2
+ 2 − 2 + ··· 1− + − + ···
2 3 4 2 3 4
Definição
P
A série an é condicionalmente convergente se é convergente mas
não é absolutamente convergente.
Definição
P
A série an é condicionalmente convergente se é convergente mas
não é absolutamente convergente.
Exemplo
Determine se a série a seguir é convergente ou divergente.
∞
X cos n
.
n2
n=1
∞
X
|an | divergir Cond. convergente
n=1
Convergente
∞
X
|an | convergir Absol. convergente
∞
X n=1
an
n=1
Divergente
Sumário
1 Sequências numéricas
3 Séries de potências
Teste da razão
an+1
Se lim = L < 1, então a série P∞ an é absolutamente con-
n→∞ an n=1
vergente.
an+1
Se lim = L > 1, então a série P∞ an é divergente.
n→∞ an n=1
an+1
Se lim = 1, então nenhuma conclusão pode ser afirmada a
n→∞ an P∞
respeito da convergência de n=1 an .
(Usualmente este teste é útil para séries com termos envolvendo expo-
nenciais e fatoriais)
Exemplo
Teste a série
∞
X n3
(−1)n n
3
n=1
Teste da raı́z
p P∞
Se lim n |an | = L < 1, então a série n=1 an é absolutamente con-
n→∞
vergente.
p P∞
Se lim n |an | = L > 1, então a série n=1 an é divergente.
n→∞
p
Se lim n |an | = 1, então este teste será inconclusivo.
n→∞
Exemplo Exemplo
Teste a convergência da série Para quais valores de x a série
∞
X n ∞
X
2n + 3
. 2n · |x − 3|n
3n + 2
n=1 n=1
será convergente?
Sumário
1 Sequências numéricas
3 Séries de potências
Séries de potências
Séries de potências
Séries de potências
Teorema
P∞
Seja a série de potências n=0 cn (x − a)n . Há somente três possibilida-
des:
1 A série converge somente para x = a. Nesse caso, R = 0
2 A série converge para todo x. Nesse caso, R = ∞
3 A série converge em um intervalo simétrico em torno de a, isto é,
para todo x tal que |x − a| < R e diverge fora dele, onde R é dito
raio de convergência.
Observação: no caso (3), o teorema nada diz nas extremidades do
intervalo!
a−R a a+R
Divergência
Séries de potências
Exemplo
Calcule o raio e o intervalo de convergência da série:
∞
X n(x + 2)n
3n+1
n=0
Séries de potências
X ∞
1
f (x) = = 1 + x + x2 + x3 + · · · = x n.
1−x
n=0
Séries de potências
1
Alguns gráficos da série anterior para a função 1−x
y
5
Taylor de grau 1
1
1
1−x
x
−2 −1.5 −1 −0.5 0.5 1 1.5 2
Séries de potências
Exemplo
Expresse as seguintes funções como séries de potências, usando a série
geométrica.
1 1
f (x) = 1+x 2
f (x) = x+2
Séries de potências
é diferenciável no intervalo (a − R, a + R) e
∞
X
1 f 0 (x) = ncn (x − a)n−1
n=1
∞
R X (x − a)n+1
2 f (x) dx = C + cn
n+1
n=0
Séries de potências
Nota:
As expressões anteriores podem ser reescritas por:
∞ ∞
d d X X d
f (x) = cn (x − a)n = [cn (x − a)n ]
dx dx dx
n=0 n=0
e Z Z X
∞ ∞ Z
X
f (x) dx = cn (x − a)n dx = [cn (x − a)n ] dx
n=0 n=0
Séries de potências
Exemplo
Expresse as funções abaixo como séries infinitas:
Séries de potências
Alguns gráficos da série de Taylor da função ln(x + 1)
y
4.0
3.0
2.0 ln(1 + x)
1.0
x
−1.0 1.0 2.0
−1.0
−2.0
−3.0
−4.0
Taylor de grau 1
−5.0
Séries de potências
Alguns gráficos da série de Taylor da função arctan(x)
y
2.0
Taylor de grau 1
arctan x
1.0
x
−2.0 −1.0 1.0 2.0
−1.0
−2.0
Séries de potências
Exemplo
Calcule a integral
Z 0.5
1
dx
0 1 + x7
−7
com um erro inferior a 10 .
Séries de potências
f (n) (a)
cn =
n!
Séries de potências
Séries de potências
Série de Maclaurin
Se a = 0 então a série de Taylor leva o nome de série de Maclaurin:
∞
X f (n) (a) f 0 (0) f 00 (0) 2 f 000 (0) 3
f (x) = x n = f (0) + x+ x + x + ···
n! 1! 2! 3!
n=0
Séries de potências
Exemplo
Encontre a série de Maclaurin e o raio de convergência para as seguin-
tes funções:
15.0
Alguns gráficos da série de Maclaurin da função exp
Taylor de grau 1
10.0
5.0
exp x
x
−4.0 −3.0 −2.0 −1.0 1.0 2.0 3.0
Séries de potências
Taylor de grau 1 y
2.0
1.0
sin x
x
−6.0 −4.0 −2.0 2.0 4.0 6.0
−1.0
−2.0
Séries de potências
Taylor de grau 0 y
2.0
cos x
1.0
x
−6.0 −4.0 −2.0 2.0 4.0 6.0
−1.0
−2.0
Séries de potências
Exemplo
Encontre a s√
érie de Taylor ao redor de a = 4 e seu raio de convergência
para f (x) = x.
O desafio é determinar uma fórmula para f (n) (4). Faremos isso passo-a-
passo:
1
f 0 (x) = 21 x − 2
3
f 00 (x) = 12 − 12 x − 2
5
f 000 (x) = 12 − 12 − 32 x − 2
7
f (4) (x) = 12 − 12 − 23 − 25 x − 2
··· h i
− 2n−1
f (n) (x) = (−1)n−1 1·3·5·7···(2n−3)
2n x 2 para n ≥ 2
Então: h i h i
2n−1
f (n) (4) = (−1)n−1 1·3·5·7···(2n−3)
2n 4− 2 = (−1)n−1 1·3·5·7···(2n−3)
2 3n−1 , para
n≥2
Aliano, A.F. (UTFPR) Cálculo 3 Primeiro semestre de 2021 89 / 96
Séries de potências
Séries de potências
Exemplo
Encontre a s√
érie de Taylor ao redor de a = 4 e seu raio de convergência
para f (x) = x.
Séries de potências
Exemplo
Encontre a s√
érie de Taylor ao redor de a = 4 e seu raio de convergência
para f (x) = x.
Então
an+1
lim <1 se |x − 4| < 4
n→∞ a n
Séries de potências
√
Alguns gráficos da série de Taylor da função x
3 Taylor de grau 1 √
x
x
2 4 6 8 10
Séries de potências
Séries de potências
8 · 10 −5 n=9
n=7
6 · 10−5 n=5
n=3
4 · 10−5
2 · 10−5
Séries de potências
Resumo
Séries de Maclaurin mais importantes:
∞
X
1
= x n = 1 + x + x 2 + x 3 + · · · , −1 < x < 1
1−x
n=0
∞
X xn x2 x3
ex = =1+x + + + · · · , −∞ < x < ∞
n! 2! 3!
n=0
∞
X xn x2 x3 x4
ln(1 + x) = (−1)n−1 =x− + − + · · · , −1 < x ≤ 1
n 2 3 4
n=1
Séries de potências
Resumo
Séries de Maclaurin mais importantes:
∞
X x 2n+1 x3 x5 x7
sin x = (−1)n =x− + − + · · · , −∞ < x < ∞
(2n + 1)! 3! 5! 7!
n=0
X∞
x 2n x2 x4 x6
cos x = (−1)n =1− + − + · · · , −∞ < x < ∞
(2n)! 2 4! 6!
n=0
X∞
x 2n+1 x3 x5 x7
tan−1 x = (−1)n =x− + − + · · · , −1 ≤ x ≤ 1
2n + 1 3 5 7
n=0
Séries de potências
Exemplo
Avalie a integral
Z 1
2
e−x dx
0
Referências I