Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PATOS – PB
2020
FRANCISCO RODRIGUES DE ARAUJO JUNIOR
PATOS – PB
2020
FRANCISCO RODRIGUES DE ARAUJO JUNIOR
MUNICIPÍO DE PATOS-PB
Referências.
CDU 619
FRANCISCO RODRIGUES DE ARAUJO JUNIOR
APROVADO EM 18/09/2020
EXAMINADORES:
___________________________________________
Prof. Dr. José Givanildo da Silva
__________________________________________
Profa. Dra. Débora Rochelly Alves Ferreira
___________________________________________
MsC. Maíra Porto Viana
AGRADECIMENTOS
Neste momento de reflexão gostaria de agradecer e dedicar este trabalho a cada um que
fez parte da minha vida e que contribuiu na formação do ser humano que sou hoje. Aos meus
verdadeiros amigos e familiares que sempre me prestaram apoio.
Agradeço a Deus pelas oportunidades que ele me deu, pela consciência que adquiri
diante dos obstáculos, pela sabedoria que ganhei de cada pessoa e animal, e inteligência que
recebi de cada professor. Agradeço a Ganesha por abrir os meus caminhos e também a todas as
energias do universo que me ajudaram com coragem e força de vontade durante a minha
caminhada.
Dedico este trabalho aos amigos que a universidade me deu, que estiveram do meu lado
e que serviram como uma família no qual sempre pude contar nos momentos de dificuldades e
felicidades como a galera do fluxo, meus companheiros de sala de aula e os demais amigos
verdadeiros que conheci durante a jornada universitária. Aos amigos gamers que sempre pude
contar não apenas nos momentos de lazer, mas também quando precisei de uma palavra de
consciência e carinho, e que nas vezes que eu estava sob estresse e cansaço, me fizeram sorrir
e ter animo novamente. Aos meus amigos da cidade que estiveram comigo muito antes de tudo
isso acontecer, me apoiando em todos os sentidos.
Obrigado a minha família, meu núcleo de apoio e segurança que contribuiu em
totalidade para a conclusão do meu curso. Sou eternamente grato, em especial aos meus pais,
que não mediram esforços para contribuir na minha formação, e que fizeram o máximo para
esse sonho se tornar realidade.
Sou eternamente grato aos meus professores pelos ensinamentos, em especial ao meu
orientador Givanildo da Silva, por ter abraçado esse projeto comigo, me orientando com plena
paciência e contribuindo do início ao fim, e que através dos seus ensinamentos nos permitiu
poder concluir esse trabalho.
Sou imensamente grato a Universidade e ao Hospital Veterinário que me acolheram
como aluno e estagiário me dando a oportunidade de aprender e colocar em prática os
conhecimentos adquiridos, alavancando e me preparando para a carreira profissional.
Agradeço a banca avaliadora por contribuir para a melhoria deste trabalho, por guiar
nos principais pontos que devem ser consertados e complementados, para que o conteúdo deste,
se torne ainda melhor.
Por fim, sou grato a todos que participaram desse trabalho de alguma forma,
contribuindo direta ou indiretamente para realização deste projeto.
“Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bonjador
Tem que passar além da dor.
Deus, ao mar o perigo e o abysmo deu
Mas nelle é que espelhou o céu.”
Fernando Pessoa
RESUMO
A qualidade do leite consumido no Brasil é de extrema importância para a saúde pública, pois
se obtido de forma inadequada, pode vincular uma série de doenças transmitidas por alimentos.
O leite deve ser produzido a partir de animais sadios e adquirido sob boas condições de higiene,
além de ser transportado e refrigerado de maneira a cumprir com os padrões legislativos em
vigor. Objetivou-se avaliar por meio de análises físico-químicas, o perfil qualitativo do leite cru
comercializado no município de Patos-PB. Foram coletadas 20 amostras de leite cru
comercializado em 17 bairros do município. As amostras foram submetidas a determinação de
densidade, índice crioscópico, teor de gordura, acidez titulável, fosfatase alcalina e peroxidase,
extrato seco total (EST) e extrato seco desengordurado (ESD). Além de determinar a presença
de substâncias fraudulentas como água oxigenada, formol, alcalinos, amido e urina. No decorrer
da pesquisa, foram verificadas amostras fora do padrão para as seguintes análises: densidade
14/20 (30%), crioscopia 15/20 (75%), acidez titulável 6/20 (30%), EST 1/20 (5%) e ESD 7/20
(35%). O teor de gordura apresentou valores em conformidade e os testes de fosfatase alcalina
e peroxidase indicaram que o leite não sofreu tratamento térmico. Além disso, foram verificadas
fraudes por adição de água 15/20 (75%), presença de alcalinos 1/20 (5%) e água oxigenada 1/20
(5%). A maioria das amostras de leite 16/20 (80%) apresentaram irregularidades, atestando
assim, que o leite cru comercializado do município está impróprio para o consumo. O alto índice
das amostras em desacordo com os padrões legislativos serve de alerta para os riscos
relacionados ao comprometimento da saúde do consumidor pois representa falhas no controle
da qualidade dos produtores da região e a deficiência na fiscalização dessas propriedades.
It is of great importance for the public health in Brazil that the milk consumed by the population
is of extreme quality. Milk acquired inadequately could potentially contain a series of diseases
that is transmitted via food products. The milk must derive from healthy animals and obtained
from locations that meet hygienic and quality standards, in addition to being transported and
refrigerated in order to comply with current legal standards. In this work, the qualitative profile
of raw milk commercialised in the city of Patos-PB was evaluated through physical and
chemical analyses. Twenty samples of raw milk sold in 17 districts of the city were collected.
The samples were subjected to density determination, cryoscopy index, fat content, titratable
acidity, alkaline phosphatase and peroxidase, total dry extract (TDE) and defatted dry extract
(DDE), in addition to determining the presence of fraudulent substances such as hydrogen
peroxide, formaldehyde, alkaline, starch and urine. According to the research, non-standard
samples were verified for the following analyses: density 14/20 (30%) cryoscopy 15/20 (75%),
titratable acidity 6/20 (30%), TDE 1/20 (5%) and DDE 7/20 (35%). The fat content showed
values accordingly and the alkaline phosphatase and peroxidase tests indicated that the milk did
not undergo heat treatment. Furthermore, fraud was verified by adding water 15/20 (75%),
presence of alkaline 1/20 (5%) and hydrogen peroxide 1/20 (5%). Most samples of the raw milk
16/20 (80%) showed irregularities, thus attesting that the raw milk commercialised in the
municipality is unfit for human consumption. The high index of samples in disagreement with
the legislative standards serves as a warning for the risks associated to the consumption of raw
milk to the health of its consumers and it represents the failures of the producers to meet quality
control standards in the region, as well as, failure from the legal authorities to inspect these
producers.
Página
Figura 1 - Captação brasileira de leite em 2019 .............................................................. 14
Figura 2 - Evolução do consumo de leite no Brasil ......................................................... 15
Figura 3 - Medição da densidade do leite pelo Termolactodensímetro ............................ 22
Figura 4 - Medição do teor de gordura do leite através do método de Gerber .................. 22
Figura 5 - Resultado do teste de acidez, no qual, observa-se a presença da coloração rosa
(A) após o ponto de viragem e a coloração natural da amostra (B) antes de iniciar o teste 23
Figura 6 – Análise do índice crioscópico do leite pelo crioscópico eletrônico ................. 24
Figura 7 - Indicação de resultado positivo para o teste de Fosfatase alcalina ................... 24
Figura 8 - Indicação de resultado positivo para o teste de Peroxidase ............................. 24
Figura 9 - Demonstração de resultado positivo (A) e negativo (B) para análise de presença
de amido no leite ............................................................................................................. 25
Figura 10 - Resultado negativo para presença de urina nas amostras de leite .................. 26
Figura 11 - Resultado expresso como positivo para presença de peroxido de hidrogênio 27
Figura 12 - Resultado das análises indicando ausência de formol nas amostras............... 27
Figura 13 - Resultado indicativo de presença de substâncias alcalinas no leite................ 28
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1- Valores de análises físico-químicas de amostras de leite cru comercializadas no
município de Patos-PB .................................................................................................... 29
Tabela 2- Valores de densidade (g/mL) de amostras de leite cru comercializadas no
município de Patos-PB .................................................................................................... 30
Tabela 3- Valores do índice crioscópico (ºH) de amostras de leite cru comercializadas no
município de Patos-PB .................................................................................................... 30
Tabela 4- Valores de acidez Dornic (°D) de amostras de leite cru comercializadas no
município de Patos-PB .................................................................................................... 31
Tabela 5- Valores de extrato seco desengordurado de amostras de leite cru comercializadas
no município de Patos-PB ............................................................................................... 33
SUMÁRIO
Página
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11
2 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 13
2.1 LEITE ................................................................................................................. 13
2.2 MERCADO ......................................................................................................... 13
2.3 COMÉRCIO INFORMAL ................................................................................... 15
2.4 SEGURANÇA DO ALIMENTO ......................................................................... 16
2.4.1 Qualidade Físico-química .................................................................................. 18
3 FRAUDES .......................................................................................................... 20
4 METODOLOGIA .............................................................................................. 22
4.1 AMOSTRAGEM................................................................................................. 22
4.2 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS ........................................................................ 22
4.2.1 Densidade ........................................................................................................... 23
4.2.2 Gordura ............................................................................................................. 23
4.2.3 Acidez Titulável ................................................................................................. 24
4.2.4 Índice Crioscópico ............................................................................................. 25
4.2.5 Fosfatase Alcalina e Peroxidase ........................................................................ 25
4.2.6 Extrato Seco Total e Extrato Seco Desengordurado ........................................ 26
4.3 PESQUISA DE FRAUDES ................................................................................. 26
4.3.1 Amido ................................................................................................................. 26
4.3.2 Urina .................................................................................................................. 27
4.3.3 Peróxido de Hidrogênio ..................................................................................... 28
4.3.4 Formol ................................................................................................................ 28
4.3.5 Alcalinos ............................................................................................................. 29
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 30
6 CONCLUSÃO ................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ................................................................................................................36
12
1 INTRODUÇÃO
O leite é considerado um dos alimentos mais íntegros da natureza, devido ao seu alto
valor nutricional resultante de um elevado índice de proteínas, vitaminas, sais minerais,
carboidratos, com teor de 87,6% de água, 12,4% de sólidos totais, 4,52% de lactose, 3,61% de
gordura, 3,28% de proteínas, além de possuir compostos com efetiva digestibilidade. Devido a
isso, é tido como um composto fundamental para a formulação nutricional da dieta do ser
humano. Por esta razão, o leite é globalmente comercializado e possui um elevado consumo
pela população (MARQUES et al., 2005; NORO et al., 2006; SALVADOR et al., 2012; SILVA
et al., 2008), tendo assim, uma boa aceitabilidade no mercado (SILVA et al., 1999).
Com isso, em 2018 foram produzidos 843 bilhões de toneladas de leite no mundo, em
comparação ao ano de 2017 em que a produção foi de 812 bilhões de litros, a variação média
percentual foi 2,2% crescente (FAO, 2019). Os dados de 2015 mostram que foram produzidos
656 bilhões de litros, entre 2015 e 2019. A produção mundial leiteira aumentou em 28,5%
aproximadamente, isso é resultado da adoção de tecnologias, manejo nutricional e sanitário.
Em alguns países produtores de leite, o crescimento médio anual é variável, porém, essa
variação média anual é crescente e permeia em torno de 3 a 4% nos últimos 5 anos de estatística
obtida (FAO, 2018).
Nesse contexto, o Brasil figura como quarto maior produtor de leite em nível
internacional, perdendo apenas para China, Índia e Estados Unidos (EMBRAPA, 2018).
Conforme o levantamento da Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020), em
2019 a produção nacional foi de 25.010.285 bilhões de litros de leite fluido. Em relação ao leite
produzido no estado da Paraíba, de acordo com o IBGE (2020) a produção foi de 71.507 mil
litros de leite em 2019.
Entretanto, a baixa qualidade do leite “in natura” produzido no Brasil é um fator que
está relacionado a higiene da ordenha e dos utensílios, às práticas de produção e manejo na
fazenda, à genética dos rebanhos, ao armazenamento e transporte do leite. Outro fator de forte
impacto na composição físico-química do leite é a mastite, a infecção da glândula mamária,
constitui uma das principais causas que exerce influência negativa sobre a qualidade e produção
do leite (COSTA et al., 2017). Isso faz sentido ao que descreve Maldaner (2011), onde disserta
que conforme os procedimentos a que o leite é submetido, as propriedades físico, químicas e
biológicas podem sofrer alterações devido a atividade dos microrganismos.
No Brasil, a baixa qualidade do leite cru possui impacto direto na saúde do consumidor,
em parte, isso ocorre devido ao comércio clandestino do leite, ou seja, sem passar por qualquer
13
tratamento térmico e/ou fiscalização de órgãos oficiais, no qual, ainda é comum sobretudo em
regiões interioranas. Essa prática ocorre devido a crença popular de que o leite cru seja mais
rico em nutrientes, a comodidade e ao custo baixo, principalmente porque ele é mais consumido
pela população de baixa renda, o que pode resultar em possíveis problemas econômicos e de
saúde pública (AMARAL; SANTOS, 2011).
O consumo do leite clandestino confere perigo a saúde da população (CLAEYS et al.,
2013), pois a falta de inspeção contribui na prevalência de práticas fraudulentas no produto
como adição de água, retirada de gordura, adição de neutralizantes e conservantes, visando
melhorar o rendimento e mascarar os problemas causados pelas práticas inadequadas de higiene
e refrigeração (MENDES et al., 2010). Além disso, por possuir um pH próximo da neutralidade
e uma composição com variados nutrientes, o leite bovino quando mal condicionado, constitui
um meio adequado para o desenvolvimento e multiplicação de inúmeros microrganismos
responsáveis por alterações nas suas propriedades físico-químicas e, consequentemente na
qualidade do produto (MORAES et al., 2005; TONINI, 2014).
No contexto apresentado, a presente pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de avaliar
a qualidade físico-química e a possível existência de fraudes no leite cru comercializado no
município de Patos-PB.
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 LEITE
2.2 MERCADO
De acordo com a GDP (Global Dairy Platform) (2017) 816 milhões de toneladas de
leite são produzidas por ano no mundo e, em média, 116,5 kg de leite são consumidos por cada
habitante por ano. Segundo levantamento do IFCN Dairy Report (2018), o total de leite
consumido no mundo tem crescido, em média, a taxas de 1,2% ao ano desde 1999 (HEMME,
2018).
Com essa circunstância o Brasil é, por tradição, um grande produtor de leite, ocupando
uma posição de destaque no mercado internacional, este setor movimenta mais de R$ 80 bilhões
por ano (EMBRAPA, 2020) sendo atualmente um dos principais ramos do agronegócio do país,
comprovado pelo fato de terem sido produzidos 25.010.285 de litros de leite cru, refrigerado
ou não, apenas em 2019 (figura 1), já em 2018, no nordeste houve a produção de 4.384 milhões
de litros (EMBRAPA, 2020). Outro dado importante, é que 71.507 mil litros de leite foram
resultantes do estado da Paraíba em 2019 (IBGE, 2020).
15
2.500.100,00
2.000.100,00
1.500.100,00
Mil Litros
1.000.100,00
500.100,00
100,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2019
na figura 2. No entanto, o consumo per capita brasileiro está alinhado ao valor recomendado
por vários países no mundo, que é de duas porções ou 480-500 ml de leite por dia (FAO, 2010).
180
170
160
150
L/hab
140
130
120
110
100
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
Ano
Desde a década de 1950, o comércio de leite cru é proibido no Brasil, assegurado pela
lei n.º 1.289, de 18/12/1950, e pelo decreto n.º 30.691, de 29/03/1952 (BRASIL, 1952).
Contudo, em 1990, a comercialização de leite clandestinoteve notável crescimento, uma vez
que, durante essa época o processo produtivo de leite passou por profundas etapas de
transformação, tanto em termos estruturais como operacionais, exigindo adaptações para que
pudesse se aproximar ao mesmo nível de qualidade, volume e regularidade que as empresas
17
3 FRAUDES
Além disso, Oliveira e Santos (2012) detectaram substâncias alcalinas em 24 (80%) das
30 amostras de leite pasteurizado no estado do Ceará. Em estudo com leite cru dos tanques de
expansão da região de Rio Pomba, Minas Gerais, Firmino et al. (2010) verificaram a presença
de formol em 13% dos tanques de expansão das 20 propriedades rurais, além de observar
resultados positivos nas análises de urina em 52%.
Com isso, vale ressaltar que, segundo Germano (1991) além de uma variedade de
enfermidades causadas pela contaminação de microrganismos no leite, que constitui um enorme
risco a população consumidora desses produtos informais, pois estão entre as diversas doenças
passíveis de serem adquiridas, a falsificação do leite com água contaminada constitui outra
fonte para introdução de agentes patogênicos neste tipo de alimento.
Em 1995, a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC) da Organização
Mundial da Saúde (OMS) definiu o formol como possível agente cancerígeno em humanos. A
partir de 2004, a IARC classificou este composto como carcinogênico, tumorogênico e
teratogênico por induzir efeitos na reprodução em humanos. Como é solúvel em água, o formol
é rapidamente absorvido no trato respiratório e gastrointestinal e metabolizado (ANVISA,
2013).
O peróxido de hidrogênio é responsável por promover alterações na qualidade
nutricional do leite, como a redução de vitaminas A, B1 e C. Possui rápida degradação, com
isso, é pouco provável que cause efeitos adversos a saúde do consumidor (LÜCK, 1962).
A adição de soluções alcalinas, para prolongar a conservação ou diminuir a acidez do
leite, é considerada fraude. Contudo, bicarbonatos, formol, ácido bórico, peróxido de
hidrogênio, bicromato de potássio, hipocloritos e ácido salicílico são utilizados como
conservadores (BEHMER, 1987; PEREIRA et al, 2001).
A constatação de fraudes é de imprescindível importância para assegurar a qualidade do
leite que chega ao consumidor, garantindo um alimento saudável e nutritivo, assim como o
efetivo rendimento e as boas condições dos produtos derivados (ROBIM, 2011).
23
4 METODOLOGIA
4.1 AMOSTRAGEM
4.2.2 Gordura
O teor de gordura foi determinado por meio do método de Gerber, no qual foi adicionado
em butirômetro 10 mL de solução de ácido sulfúrico (H2SO4), 11 mL da amostra de leite para
ser avaliada, o procedimento foi realizado lentamente para evitar que o leite se misture com o
ácido, e logo após, foi acrescentado com 1 mL de álcool islamítico (C5H12O). Em seguida,
realizou-se a centrifugação por 5 minutos em centrifuga, com rotação entre 1000 a 1200
rotações por minuto (r.p.m), após isso, foi efetuada a leitura da diferença entre o menisco
superior da gordura e a interface gordura/ácido (Figura 4).
25
No teste de acidez titulável, foi utilizada a solução Dornic para titulação. Para essa
análise foram adicionados 10 mL da amostra homogeneizada em um recipiente de 15 mL, em
seguida, acrescentou-se três a cinco gostas de fenoftaleina a 1%, seguido da titulação com
auxílio de um acidímetro de Dornic, pressionando o gotejador, sob agitação constante, até o
ponto de viragem, que consiste em uma cor levemente rosa (Figura 5). A determinação é feita
em ºD (graus Dornic), a cada 0,1 mL de solução corresponde a 1ºD, e a cada ºD equivale a
0,01% de ácido láctico (TRONCO, 2003).
Para realizar o teste de fosfatase alcalina foi transferido ao tubo de ensaio 2 mL de leite
acrescido de 1 mL de solução de fosfatase, a mistura foi aquecida em banho-maria a 45 ºC por
três minutos, para ativação da enzima. O resultado é expresso como positivo ou negativo, no
qual era positivo quando a coloração resultante for amarela e negativo quando não houver
mudança de coloração (Figura 7).
Na determinação da peroxidase, transferiu-se 10 mL de leite para o tubo de ensaio, no
qual foi aquecido em banho-maria a 45 ºC durante 10 minutos, posteriormente adicionou-se 1
mL de guaiacol e três gotas de peróxido de hidrogênio. Na presença dessa substância, se o leite
for cru verifica-se a coloração salmão (Figura 8).
27
Para a obtenção dos resultados o método utilizado foi através da formula de Fleishmann.
A formula de Fleishmann é a seguinte: EST= G/5 + d/4 + G + 0,26, no qual: d= densidade e G=
gordura. Para o resultado do ESD basta diminuir o EST pela porcentagem de gordura
(FOSHIEIRIA, 2004).
4.3.1 Amido
Para a determinação de fraude por adição de amido foi adicionado 10mL de leite ao tubo
de ensaio no qual posteriormente, este foi aquecido até a ebulição no bico de Bunsen, e logo
em seguida, resfriou-se a amostra em água corrente. Após esse procedimento, foram
adicionadas cinco gotas de solução de Lugol e o tubo foi homogeneizado para verificar o
resultado da pesquisa.
O resultado da pesquisa de amido foi expresso como positivo quando a reação originou
uma coloração azul na amostra enquanto a preservação da cor original do leite indicava
resultado negativo (Figura 9).
28
4.3.2 Urina
4.3.4 Formol
Com o intuito de avaliar se o leite foi fraudado com a adição de formol, foi adicionado
ao tubo de ensaio 10 mL de leite juntamente com 2 mL de ácido sulfúrico e 1 mL de cloreto
férrico. Após isso, o tubo de ensaio foi aquecido até a ebulição, no qual foi avaliado se houve
mudança de coloração (Figura 12). Sendo o resultado positivo verificado por meio da obtenção
da coloração violeta e negativo a coloração amarela.
30
4.3.5 Alcalinos
Os resultados obtidos foram avaliados com base nos padrões de normalidade para leite
cru refrigerado que estão descritos nas instruções normativas nº 76 e 77/2018, que estabelecem
os seguintes padrões: acidez Dornic de 14 a 18°D, densidade a 15°C de 1.028 a 1.034 g/mL,
índice crioscópico entre -0,530 e –0,555°H, teor mínimo de gordura de 3,0g/100g, extrato seco
total com mínimo de 11,4 e 8,4% de extrato seco desengordurado (BRASIL,2018).
31
Os resultados das análises do leite cru estão dispostos na tabela 1, esses estão
apresentados em valores médios obtidos.
Parâmetro Média
1026,7
Densidade a 15°C (g/mL)
Gordura (%) 4
EST (%) 13
Quanto a densidade a 15ºC das amostras analisadas, 14/20 (70%) estavam dentro da
normalidade para leite cru e 6/20 (30%) delas, apresentaram valores médios de densidade
abaixo de 1.028g/mL (tabela 2), sendo 1022,3 o valor mais baixo detectado pela pesquisa. Estes
valores são iguais aos que Mendonça et al. (2015) obtiveram ao analisar 20 amostras no Norte
do Paraná. Porém estão acima dos obtidos por Almeida et al., (1999) que encontraram 14.28%
das 21 amostras com densidade abaixo dos parâmetros em Alfenas-MG. As pesquisas de
Ponsano et al., (2001), em Araçatuba encontraram 39% das 18 amostras fora dos padrões para
densidade, esses valores encontrados são característicos adição de água. Com isso, os valores
inferiores detectados nas amostras, são caracteristicos à fraude por adição de água detectada em
algumas amostras (EMBRAPA, 2008).
Tabela 2 – Valores de densidade (g/mL) de amostras de leite cru comercializadas no município
de Patos-PB/2020.
Normal
Densidade Acima Abaixo
(1.028 a Total
(g/mL) de 1.034 De 1.028
1.034)
A pesquisa que obteve maior quantidade de amostras em desacordo com a legislação foi
de índice crioscópico (tabela 3), onde 14/20 (70%), não atendem aos requisitos estabelecidos
pela legislação vigente, indicando algum percentual de água adicionado ao leite por estarem
com índice acima de -0,530 g/mL, este resultado é maior que o apresentado pela densidade no
qual 30% das amostras analisadas demonstraram redução na densidade por possível adição de
água. Sendo característico de adição de reconstituintes de densidade.
Número de amostras 6 14 20
30 70 100
Porcentagem (%)
Número de amostras 14 3 3 20
Segundo Fonseca e Santos (2000) esses resultados de acidez Dornic sugerem que o leite
foi obtido em condições inadequadas de higiene e refrigeração deficiente. Esse fato pode ser
confirmado ao observar que no ambiente comercial de alguns estabelecimentos do município
de Patos, nos quais foram feitas as coletas, foi possível verificar que o leite era mantido exposto
sobre balcões em temperatura ambiente e sem refrigeração adequada.
A diminuição da acidez do leite pode ocorrer devido a adição de água no leite (BRASIL,
2013), o que corrobora com os valores determinados pelo teste de crioscopia, na qual, a amostra
que possuía o menor índice de acidez titulável (10°D) apresentou adição de água. De acordo
com González et al. (2001) se a acidez titulável for baixa, então o leite não é ácido e tende a
alcalinidade.
Nas análises de gordura, todas as amostras apresentaram valores em conformidade com
o padrão preconizado pela IN n° 77 (BRASIL, 2018) (mínimo de 3,0g/100g), com índices
variando de 3 a 6%. Esses resultados indicam que, a respeito dessa característica, o leite está
apto para o processamento industrial.
Silva et al. (2017), avaliaram o percentual de gordura do leite cru informal
comercializado no sertão paraibano e obtiveram resultados dentro do padrão estabelecido pela
legislação. Pesquisa realizada por Silveira e Bertagnoli (2014) sobre a avaliação da qualidade
do leite cru comercializado informalmente em feiras livres de Santa Maria, no estado do Rio
Grande do Sul, encontrou valores em conformidade aos padrões em vigência, concordando com
Silva (2013) que constatou valores de gordura de 3,8%, ou seja, índices de gordura permitidos
pela legislação.
Neste estudo, 100% das amostras submetidas aos testes de fosfatase e peroxidase
verificaram-se resultados positivos, corroborando com os obtidos por Martins et al. (2008),
diante da pesquisa físico-química no leite cru em São Paulo. Os resultados indicam, portanto,
que as amostras não foram previamente aquecidas, ou seja, não sofreram nenhum tipo de
tratamento térmico (TRONCO, 2013).
Na análise de EST, apenas uma amostra (5%) indicou valor inferior ao permitido pela
IN n° 76 (BRASIL, 2018), o que pode indicar déficit dos componentes sólidos do leite
(TRONCO, 2013), este resultado quando comparado ao valor de densidade de 1022.3 g/mL
detectado na amostra, pode ser indicativo de adição de água, uma vez que a adição de água
causa diminuição da densidade (EMBRAPA, 2008), isto pode ser confirmado com os dados
obtidos pela crioscopia, que indicaram adição de água na amostra.
34
A pesquisa de ESD (tabela 5), identificou que 7/20 (35%) amostras estavam em
desacordo com a legislação. Isso corrobora com os dados obtidos por Silva et al. (2017), que
demostraram que em um total de 24 amostras, 62,5% estavam fora dos padrões preconizados
pela legislação. Em uma das amostras, ao correlacionar o menor percentual de ESD (6.4 g/100
g) juntamente com a menor densidade encontrada (1022.3g/mL) e com o índice crioscópico
indicando presença de água, pode-se recorrer a suspeita de adição de água, sendo esta, uma
prática comum no leite comercializado informalmente (BERSOT et al., 2010; MENDES et al.,
2010).
Além disso, uma amostra apresentou densidade dentro do limite padrão, porém com
ESD abaixo do nível estabelecido, essas variações podem indicar que a alimentação do animal
não é de boa qualidade, afetando diretamente a composição do leite (SÁ, 2004). Todas as
demais amostras, nas quais o ESD foi menor do que o mínimo aceitável, a crioscopia
apresentou-se igualmente fora dos padrões estabelecidos pela legislação. Essa variação pode
ser causada devido adição de água (SÁ, 2004).
Normal Alterado
ESD Total
(≥8,4%) (<8,4%)
Número de amostras 13 7 20
Não foi observada a presença de amido e urina nas amostras, o que significa que não
houve intenção de mascarar alterações feitas no intuito de encobrir a adição de água com essas
substâncias. Firmino et al. (2010) não encontraram presença de amido em pesquisa sobre uso
de reconstituintes no leite em 20 propriedades, da região de Rio Pomba, MG. Ferreira et al.
(2003) pesquisaram presença de amido em seis amostras provenientes de Sobral, CE, nas quais,
também não obtiveram resultados positivos. Em contraparte, em Garanhuns-PE, Freitas Filho
et al. (2009) encontraram a presença de amido em três amostras de leite cru. As análises também
resultaram negativamente para a detecção de urina no leite, o que contrapõe a pesquisa de
Firmino et al. (2010), na qual observou que 52% das amostras foram positivas para presença
de urina. A adição de amido e urina, assim como a água, tem como finalidade o aumento da
35
densidade, sendo utilizado criminosamente para encobrir a aguagem do leite (AGNESE et al.,
2002; BEHMER 1987).
Assim como no trabalho de Martins (2008), neste estudo, os testes físico-químicos não
detectaram a presença de formol, contudo, uma amostra foi positiva para presença de peróxido
de hidrogênio. No Brasil, vários autores relatam a presença de substâncias conservantes no leite.
Sousa et al. (2011) pesquisaram fraudes em 100 amostras de leite UHT produzido em seis
estados brasileiros (Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Goiás) e detectaram 44 amostras positivas para a presença de formol e 30 positivas para
peróxido de hidrogênio.
Em Garanhuns-PE, foi observada a presença de peroxido de hidrogênio 3/15 (20%)
amostras de leite cru (FREITAS FILHO et al., 2009). Rosa-Campos et al. (2011) pesquisaram
fraudes por adição de neutralizantes e conservantes em leite pasteurizado produzido em Brasília
e detectaram 7/72 (9,75%) amostras positivas para peróxido de hidrogênio. Mendes et al. (2010)
em estudos com leite informal produzido em Mossoró-RN não detectaram fraudes por adição
de reconstituintes, neutralizantes ou conservantes.
De acordo com a legislação nacional (BRASIL, 2018), não é permitida a adição de
conservantes ou de aditivos no leite cru. A detecção da adição fraudulenta de formol é de
extrema importância, visto que se trata de uma substância carcinogênica, que mesmo em baixas
concentrações, é capaz de implicar em alto risco à saúde do consumidor (NCI, 2016).
Ainda nesse estudo, foi observada a presença de substâncias alcalinas em uma amostra
(5%). Já Oliveira e Santos (2012) evidenciaram substâncias alcalinas em 24 (80%) amostras de
leite pasteurizado do estado do Ceará. A adição de substâncias alcalinas no leite pode ter sido
utilizada no intuito de aumentar a conservação e diminuir a acidez do mesmo, pois a amostra
apresentou-se dentro dos padrões de acidez, o que pode indicar a utilização com a finalidade de
regular esse parâmetro. Entretanto, a sua presença pode ter ocorrido devido a falhas da
higienização e da sanitização que utilizam soluções alcalinas na limpeza de equipamentos,
utensílios ou mesmo na higienização da estrutura física de remoção de gordura no leite
(OLIVEIRA e SANTOS, 2012).
6 CONCLUSÃO
36
Nos testes físico-químicos e pesquisa de fraudes pode-se concluir que o leite cru
comercializado no município de Patos, encontra-se impróprio para o consumo. E dentre as
fraudes pesquisadas, a adição de água foi a adulteração mais comumente observada neste
estudo.
A presença de fraude por adição de substância alcalina e peroxido de hidrogênio
encontrada neste trabalho indica um baixo nível de qualidade do leite pois além de constituir
crime, a fraude representa risco a saúde do consumidor.
Esta pesquisa ofereceu resultados que fornecem subsídios necessários para servir como
fator de alerta para tomada de decisões dos órgãos fiscalizadores, bem como fornece
informações sobre a baixa qualidade do produto, demostrando com isso, a necessidade da
implementação de medidas de educação em saúde a população sobre os riscos que esse tipo de
alimento oferece ao consumidor.
37
REFERÊNCIAS
ABREU, K.L.A; LEITE, P.R.S.C; BELO, E.S; SILVA, V.B.M; FURTADO, J.P. Qualidade
microbiológica e físico-química do leite cru proveniente da cooperativa de Itapuranga - GO
Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.16, n.2, p.8428-8435, mar/abr, 2019.
AMARAL, CRS; SANTOS, EP. Leite cru comercializado na cidade de Solânea, PB:
caracterização físico-química e microbiológica. Revista Brasileira de Produtos
Agroindustriais, Campina Grande, v.13, n.1, p.7-13, 2011.
BÁNKUTI, F. I.; SCHIAVI, S. M. A.; SOUZA FILHO, H. M. Quem são os produtores de leite
que vendem em mercados informais? XLIII Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e
Sociologia Rural – SOBER. Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema
Agroindustrial. Ribeirão Preto, SP. Julho, 2005.
38
BERSOT, L. S. et al. Informal raw milk trade: profile of the consumers and microbiological
and physical-chemical characterization of the product. Revista do Instituto de Laticínios
Cândido Tostes. Juiz de Fora, v. 65, n. 373, p. 3-8, 2010.
BJORKROTH, J.; KOORT, J. Lactic acid bactéria: taxonomy and biodiversity. In: John
FUQUAY ,W.; FOX, P. F.; MCSWEENEY, P. L. H (ed.). Encyclopedia of Dairy Science.
Second edition. London: Elsevier, 2011. v.1, p.45-48.
CARDOSO, A. L., TESSARI, E. N., CASTRO, A. G., KANASHIRO, A. M., & GAMA, N.
M. (jan./jun. de 2001). Pesquisa de coliformes totais e coliformes fecais analisados em ovos
comerciais no laboratório de patologia avícola de Descalvado. Arquivo Instituto Biológico,
68(1), 19-22
CHEN, L.; DANIEL, R. M.; COOLBEAR, T. Detection and impact of protease and lipase
activities in milk and milk powders. International Dairy Journal, v. 13, n. 4, p. 255-275, 2003.
CLAEYS, W.L. et al. Raw or heated cow consumption: Review of risks and benefits. Food
Control, Oxford, v.31, n.1, p.251-262, 2013.
CORTEZ, M.A.S.; DIAS, V.G.; MAIA, R.G.; COSTA, C.C.A. Características físico-químicas
e análise sensorial do leite pasteurizado adicionado de água, soro de queijo, soro fisiológico e
soro glicosado. Revista Instituto Laticínios Cândido Tostes.2010;65(376):18-25.
COSTA, H. N.; MOLINA, L. R.; LAGE, C. F. A.; MALACCO, V. M. R.; FACURY FILHO,
E. J.; CARVALHO, A. Ú. 2017. Estimativa das perdas de produção leiteira em vacas mestiças
Holandês x Zebu com mastite subclínica baseada em duas metodologias de análise. Arquivo
Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 69, 579-586.
40
CROMIE, S. Psychrotrophs and their enzymes Pág. 24 Rev. Inst. Latic. “Cândido Tostes”,
Jul/Ago, nº 369, 64: 19-25, 2009 reduces in cheese milk. The Australian Journal of Dairy
Technology, v. 47, p. 96-100, 1992.
EGITO, A.S., ROSINHA G,M.S., LAGUNA, L.E, MICLO, L., GIRARDET, J.M.,
GAULLARD J, L. Método eletroforético rápido para detecção da adulteração do leite caprino
com leite bovino. Arquivo Brasileiro Medicina Veterinaria Zootecnia. 2006; 58(5): 932-9.
FAO. Food and Agriculture Organization Homepage da FAO, 2010. Disponível em:
<www.fao.org>. Acesso em: 6 novembro. 2019.
FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Dairy Production and
Products – Milk Production. 2019. Disponível em: http://www.fao.org/dairy-production-
products/production/en/. Acesso em: 15 janeiro 2020.
FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Dairy Production and
Products – Milk Production. 2018. Disponível em: http://www.fao.org/dairy-production-
products/production/en/. Acesso em: 18 janeiro 2020.
FARINA, E. M. M. Q. Leite clandestino: um problema real. Boletim do Leite, São Paulo, v. 7,
n. 81, p. 1-2, 2000
FURTADO M.M. A arte e a ciência do queijo. São Paulo: Globo, 1999. 297p.
GDP – Global Dairy Platform. Annual Review 2016. Rosemont, IL, [2017]. Disponível em:
<https://www.globaldairyplatform.com/wp-content/ >. Acesso em: 22 jan. 2019.
GONZÁLEZ, F.H.D.; DURR, J.W.; FONTANELLI, R.S. Uso do leite para monitorar a
nutrição e o metabolismo de vacas leiteiras. Porto Alegre, 2001. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/26656/000308502.pdf>. Acesso em: 19
de dez. 2019.
42
HEMME, T. (ed.). IFCN Dairy Report 2018. Kiel, Germany: IFCN, 2018.
IBGE. Pesquisa trimestral do leite. Disponível em: <www.ibge.gov.br. > Acesso em: 15 dez.
2019.
JAY, J. M. Modern Food Microbiology. 5.ed. New York: Chapman & Hall, 1996. 661 p.
LÜCK, H. The use of hydrogen peroxide in milk and dairy products. In: WHO/FAO. Milk
Hygiene. 1962. p. 449-455.
MAREZE, J.; MARIOTO, L. R. M.; GONZAGA, N.; DANIEL, G. C.; TAMANINI, R.; &
BELOTI, V. Detecção de adulterações do leite pasteurizado por meio de provas oficiais.
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 36, n. 1Supl, p. 283-290, 2015.
MURPHY, S. C.; BOOR, K. J. Trouble-shooting sources and causes of high bacteria counts in
raw milk. Dairy, Food and Environmental Sanitation, v. 20, p. 606-611, 2000.
NCI, National Cancer Institute, United States Of America. Formaldehyde and Cancer Risk.
2016. Disponivel em: htt://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/risk/formaldehyde#r2.
Acesso em: 14 março.2020.
NERO, L.A.; MATTOS, M.R.; BELOTI, V.; BARROS, M.A.F.; NETTO, D.P.; PINTO,
J.P.A.N.; ANDRADE, N.J.; SILVA, W.P.; FRANCO, B.D.G.M. Hazards in non-pasteurized
milk on retail sale in Brazil: prevalence of Salmonella spp, Listeria monocytogenes and
chemical residues. Brazilian Journal of Microbiology, v. 35, n.3, p.211-215, 2004.
NETTO, A. S., FERNANDES, R. H., AZZI, R., & LIMA, Y. V. (out./dez. de 2009). Estudo
comparativo da qualidade do leite em ordenha manual e mecânica. Revista do Instituto de
Ciências da Saúde, 27(4), 345-349.
NORO, Giovani et al. Fatores ambientais que afetam a produção e a composição do leite em
rebanhos assistidos por cooperativas no Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Zootecnia,
v. 35, n. 3, p. 1129-1135, 2006.
PEREIRA JR., F. N.; FONSECA, L. M.; SOUZA, M. R.; PENNA, C. F. A. M.; CERQUEIRA,
M. M. O. P.; AMADO, J. E. S. Comparação de métodos utilizados para enumeração de
microrganismos psicrotróficos em leite cru. Juiz de Fora: Anais do XVIII Congresso Nacional
de Laticínios, v. 56, n. 321, p. 334-339, 2001.
SILVA JUNIOR, L. C., SILVA, R. P., NICOLAU, E. S., NEVES, R. S., & SILVA, M. P. (mai.
de 2010). Qualidade do leite cru refrigerado em função do tipo de ordenha. PUBVET,
4(17).
SILVA, George Wagner Nóbrega; OLIVEIRA, Mayara Pereira; LEITE, Kelly Dantas; et al.
Avaliação físico-química de leite in natura comercializado informalmente no sertão paraibano.
Revista Principia - Divulgação Científica e Tecnológica do IFPB, v. 1, n. 35, p. 34, 2017.
SØRHAUG, T.; STEPANIAK, L. Psychrotrophs and their enzymes in milk and dairy
products: Quality aspects. Trends in Food Science & Technology, v. 8, n. 2, p. 35-37, 1997.
SOUSA; D.D.P. Consumo de produtos lácteos informais, um perigo para saúde pública. Estudo
fatores relacionados a esse consumo no município de Jacareí, SP [dissertação de mestrado].
São Paulo (SP): Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo;
2005.
SOUSA, F.; SILVA, L.; SOUSA, E.; SILVA, J.; FEITOSA, M. Análises físicoquímicas e
pesquisa de fraudes em leite pasteurizado tipo C. Caderno Verde De Agroecologia e
Desenvolvimento Sustentável, v.1, n.1, 2011.
TRONCO, V. M. Manual para Inspeção da Qualidade do Leite. 5ª ed. Santa Maria: UFSM,
2013
TRONCO, V. M., Manual para Inspeção da Qualidade do Leite, 2ª ed. Santa Maria: UFSM,
2003.
ZENI, M. P.; MARAN, M. H. S.; SILVA, G. P. R.; CARLI, E. M.; PALEZI, S. C. Influência
dos microrganismos psicrotróficos sobre a qualidade do leite refrigerado para produção de
UHT. Unoesc & Ciência - ACET, Joaçaba, 2013, v. 4, n. 1, p. 61- 70.