Slide Ecomat Unid1

Economia Matemática I
Unidade 1 - Análise Estática e Estática Comparativa
Prof. João Paulo Martins
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
21 de março de 2022
Análise Estática Estática comparativa Determinante Jacobiano Diferenciais
Sumário
1 Análise Estática
2 Estática comparativa
Modelos microeconômicos
Modelos macroeconômicos
3 Determinante Jacobiano
4 Diferenciais
Análise Estática
Modelos Econômicos
Estrutura teórica → modelo econômico

Modelo na forma matemática
Usar teoremas, definições e conceitos matemáticos
Conclusões do modelo
Componentes do modelo
1. Variáveis
2. Constantes
3. Equações e identidades
Equilíbrio
"Em essência, um equilíbrio pra um modelo especificado é uma situação
caracterizada por uma ausência de tendência à mudança."(Chiang e
Wainwright, 2005)
Métodos de Solução
1 Eliminação de variável.
2 Inversa de matriz (Ax = b ⇒ x = A−1 b).
3 Eliminação Gaussiana.
4 Método de Gauss-Jordan.
5 Regra de Cramer.
Estática comparativa
Estática Comparativa
1 Comparar diferentes estados de equilíbrio.

Estado inicial de equilíbrio.
Variação de algum parâmetro ou variável exógena.
Ajustamento.
Novo estado de equilíbrio.
Quais os impactos sobre os níveis de equilíbrio? (EqInicial ⇒ EqFinal )
2 Usar o conceito de derivada.
Suposição: O novo equilíbrio existe e pode ser alcançado.

Equilíbrio Parcial de Mercado - Linear
Estrutura
Quantidade demandada (Qd )
Quantidade ofertada (Qo )
Preços (P)
Condição de equilíbrio: Qd = Qo
A quantidade demandada e ofertanda são, ambas, funções do preço P. De

forma que,
Qd = a − bP, (a, b > 0)

Qo = −c + dP (c, d > 0)
Figura: Equilíbrio entre Oferta e Demanda
Qd , Qo
Qd = a − bP
Qo = −c + dP
(Q ∗ , P ∗ )
−c
Solução
Modelo:
Qd = a − bP, (a, b > 0) (1)

Qo = −c + dP (c, d > 0) (2)
1º Passo: Verificar a condição de equilíbrio.

2º Passo: Escolha um método de solução
3º Passo: Encontre o equilíbrio de preços e quantidade.
Qual a condição de equilíbrio desse modelo?
Qd = Qo = Q
Substitua essa informação em (1) e (2).
Temos o seguinte sistema:
Q = a − bP (3)
Q = −c + dP (4)
Eliminação de variável
Usando o método de eliminação de variáveis, devemos substituir Q = a−bP

em (4).
Q = −c + dP ⇒ a − bP = −c + dP
Dito de outra forma, iguale a equação (3) e (4). Agora, temos apenas uma
variável. Isole o termo P e o resultado será o preço de equilíbrio.
a − bP = −c + dP ⇒ a + c = dP + bP ⇒ a + c = (d + b)P ⇒
a+c
⇒ P∗ =
d +b
Para obtermos a quantidade de equilíbrio, devemos substituir P ∗ em (3)
ou (4). Substituindo em (3),
Eliminação de variável
a+c a(d + b) − b(a + c)

Q = a − bP ⇒ Q = a − b ⇒Q= ⇒
d +b d +b
ad + ab − ba − bc ad +
−
ab − bc
ba
Q= ⇒Q= ⇒
d +b d +b
ad − bc
Q∗ =
d +b
O preço de equilíbrio é P ∗ = a+c

d+b e a quantidade de equilíbrio é Q ∗ = d+b .
ad−bc
Observação:
O equilíbrio de cada variável é expresso apenas em termo dos
parâmetros (a, b, c, d).
P e Q são variáveis que assumem apenas valores positivos.
P ∗ é sempre positivo, já que a, b, c, d são todos positivos.
Para que Q ∗ seja positivo, devemos ter ad > bc.
Inversa de Matriz
( (
Q = a − bP Q + bP = a
⇒ ⇒
Q = −c + dP Q − dP = −c
1 1

b Q a Q −d −b a
= ⇒ =− ⇒
1 −d P −c P d + b −1 1 −c
∗ ad−bc
Q
= d+b
P∗ a+c
d+b
Obs.: Seja An×n uma matriz. A inversa de A é

1
A−1 = Adj(A)
det(A)
em que Adj(A) = C T ; Ci,j = (−1)i+j Mi,j .
Estática comparativa
A partir desse resultados, devemos proceder a análise qualitativa e verificar

quais os efeitos de mudanças nos parâmetros (a, b, c e d).
∂P ∗ 1 ∂P ∗ −(a + c)
= >0 = <0
∂a d +b ∂b (d + b)2
∂P ∗ 1 ∂P ∗ −(a + c)
= >0 = <0
∂c d +b ∂d (d + b)2
( (
↑ a ⇒↑ P ∗ ↑b ⇒↓ P ∗
↓ a ⇒↓ P ∗ ↓b ⇒↑ P ∗
( (
↑ c ⇒↑ P ∗ ↑d ⇒↓ P ∗
↓ c ⇒↓ P ∗ ↓d ⇒↑ P ∗
Repita essa análise usando Q ∗ .

Mudanças em a. (a1 > a0 )
Qd , Qo
Qd = a − bP
a1 Qo = −c + dP
a0
(Q1∗ , P1∗ )
(Q0∗ , P0∗ )
−c
Com b1 > b0
Qd , Qo
Qd = a − bP
a0 Qo = −c + dP
(Q0∗ , P0∗ )
(Q1∗ , P1∗ )
−c
Equilíbrio Parcial de Mercado - Não-Linear
Qd = Qo
Qd = 4 − P 2
Qo = 4P − 1
Use a condição de equilíbrio para obter,
4 − P 2 = 4P − 1 ⇒ −P 2 − 4P + 5 = 0
Resolva e obtenha os valores de P.
(
(−4)2 − 4(−1)5 P∗ = 1
p
−(−4) ±
−P 2 − 4P + 5 = 0 ⇒ P = ⇒P=
2(−1) P ∗ = −5
A única solução admissível, economicamente, é P ∗ = 1.

Relembrando: ∆ > 0 raízes reais e distintas, ∆ = 0 raízes reais repetidas e
∆ < 0 raízes complexas.
Modelo de mercado de duas mercadorias
Mercadoria 1 Mercadoria 2
Qd1 = Qo1 Qd2 = Qo2
Qd1 = a0 + a1 P1 + a2 P2 Qd2 = α0 + α1 P1 + α2 P2
Qo1 = b0 + b1 P1 + b2 P2 Qo2 = β0 + β1 P1 + β2 P2
Use a condição de equilíbrio para a mercadoria 1.
a0 + a1 P1 + a2 P2 = b0 + b1 P1 + b2 P2 ⇒
⇒ (a1 − b1 )P1 + (a2 − b2 )P2 = b0 − a0
Use a condição de equilíbrio para a mercadoria 2.
α0 + α1 P1 + α2 P2 = β0 + β1 P1 + β2 P2 ⇒
⇒ (α1 − β1 )P1 + (α2 − β2 )P2 = β0 − α0
( (
(a1 − b1 )P1 + (a2 − b2 )P2 = b0 − a0 c1 P1 + c2 P2 = −c0
⇒
(α1 − β1 )P1 + (α2 − β2 )P2 = β0 − α0 γ1 P1 + γ2 P2 = −γ0
em que ci = (ai − bi ) e γi = (αi − βi ). Use qualquer um dos métodos de

solução apresentados para encontrar,
c2 γ0 − c0 γ2
P1∗ =
c1 γ2 − c2 γ1
c0 γ1 − c1 γ0
P2∗ =
c1 γ2 − c2 γ1
Restrições: c1 γ2 − c2 γ1 6= 0, P1∗ > 0 e P2∗ > 0. Ou seja, o numerador deve
ter o mesmo sinal do denominador.
Estática comparativa:
∂P1∗ γ0
= ≷0
∂a2 c1 γ2 − c2 γ1
Modelo keynesiano simples
Estrutura do modelo:
Y = C + I0 (5)
C = a + bY (6)
Y = renda nacional (endógena)

C = despesas de consumo (endógena)
I0 = despesas de investimento
a = consumo autônomo
b = propensão marginal ao consumo
Qual a condição de equilíbrio? Y = C + I0

Solução
Substituindo (6) em (5), temos
Y = C + I0 ⇒ Y = a + bY + I0 ⇒ Y − bY = a + I0 ⇒ (1 − b)Y = a + I0
a + I0
Y∗ =
1−b
e
a + I0 a + bI0

C ∗ = a + bY ∗ = a + b =
1−b 1−b
( (
∂Y ∗ 1 ↑ I0 ⇒↑ Y ∗ ∂Y ∗ a + I0 ↑ b ⇒↑ Y ∗
= >0 ; = >0
∂I0 1−b ↓ I0 ⇒↓ Y ∗ ∂b (1 − b) 2
↓ b ⇒↓ Y ∗
( (
∂C ∗ 1 ↑ a ⇒↑ C ∗ ∂C ∗ a + I0 ↑ b ⇒↑ C ∗
= >0 ; = >0
∂a 1−b ↓ a ⇒↓ C ∗ ∂b (1 − b) 2
↓ b ⇒↓ C ∗
a + I0
lim Y ∗ = lim− =?
b→1− b→1 1−b
Modelo keynesiano simples com governo
Estrutura do modelo:
Y = C + I0 + G 0 (7)
C = α + β(Y − T ) (8)
T = γ + δY (9)
em que, α > 0, 0 < β < 1, γ > 0 e 0 < δ < 1.
Qual a condição de equilíbrio? Y = C + I0 + G0
Variáveis endógenas: renda nacional (Y ), consumo (C ) e impostos (T ).
Os outros termos são: α é o consumo autônomo, β é a propensão marginal

ao consumo, γ representa outras bases de tributação além da renda, δ taxa
de imposto sobre a renda, I0 é o gasto com investimento e G0 é o gasto do
governo.
Solução
Comece substituindo (9) em (8).
C = α + β(Y − T )
= α + β [Y − (γ + δY )]
= α + β [Y − γ − δY ]
= α + βY − βγ − βδY
Use a nova expressão C = α + βY − βγ − βδY e substitua em (7).
Y = C + I0 + G0 ⇒ Y = α + βY − βγ − βδY + I0 + G0
Isole os termos com Y do lado esquerdo da igualdade.
Y − βY + βδY = α − βγ + I0 + G0 ⇒ (1 − β + βδ)Y = α − βγ + I0 + G0 ⇒
α − βγ + I0 + G0
⇒ Y∗ =
1 − β + βδ
Podemos substituir Y ∗ em (9) e em C = α+βY −βγ −βδY para encontrar

imposto de equilíbrio e o consumo de equilíbrio, respectivamente.
(1 − β)γ + δα + δ(I0 + G0 )
T∗ =
1 − β + βδ
α − βγ + β(1 − δ)(I0 + G0 )
C∗ =
1 − β + βδ
Restrições: 1 − β + βδ 6= 0, Y ∗ > 0, T ∗ > 0 e C ∗ > 0.

(
∂Y ∗ 1 ↑ G0 ⇒↑ Y ∗
= >0
∂G0 1 − β + βδ ↓ G0 ⇒↓ Y ∗
(
∂Y ∗ 1 ↑ I0 ⇒↑ Y ∗
= >0
∂I0 1 − β + βδ ↓ I0 ⇒↓ Y ∗
(
∂C ∗ β(1 − δ) ↑ G0 ⇒↑ C ∗
= >0
∂G0 1 − β + βδ ↓ G0 ⇒↓ C ∗
(
∂T ∗ 1−β ↑ γ ⇒↑ T ∗
= >0
∂γ 1 − β + βδ ↓ γ ⇒↓ T ∗
Determinante Jacobiano
Testar a existência de dependência funcional (linear ou não linear) entre

um conjunto de n funções de n variáveis.
Caso geral:
y1 = f 1 (x1 , x2 , . . . , xn )  ∂y 
∂y1 ∂y1
y2 = f 2 (x1 , x2 , . . . , xn ) ∂x1
1
∂x2 ··· ∂xn
.. → |J| =  ∂y
 ∂y ∂y2 ∂y2 
∂x1
2
∂x2 ··· ∂xn 
. ∂x
n ∂yn
∂x2 ··· ∂yn
∂xn n×n
1
yn = f n (x1 , x2 , . . . , xn )
O jacobiano será identicamente zero (|J| = 0) para todos os valores de

x1 , x2 , . . . , xn se e somente se as n funções forem funcionalmente depen-
dentes (linearmente ou não).
Exemplo 1:
y1 = 2x1 + 3x2
y2 = 4x12 + 12x1 x2 + 9x22
Montando o determinante,

∂y1 ∂y1
2 3

|J| = ∂y2 ∂y2 =
∂x1 ∂x2
8x1 + 12x2 12x1 + 18x2

∂x1 ∂x2
Calculando o determinante, temos
|J| = 2(12x1 + 18x2 ) − 3(8x1 + 12x2 ) = 24x1 + 36x2 − 24x1 − 36x2 = 0
Conclusão: Existe dependência funcional entre as duas funções. Nesse caso,

y2 = y12 .
Exemplo 2:
x = 5u − v
y = u + 3v
Montando o determinante,
∂v = 5
∂x ∂x
−1
|J| = ∂y = 5.3 − 1(−1) = 16

∂u
∂y 1 3
∂u ∂v
Conclusão: não existe dependência funcional entre as duas funções.

Diferenciais
Elasticidade-ponto
Encontrar a elasticidade-ponto usando diferenciais.

∆Q
Q
εd = ∆P
P
podemos usar dQ e dP como aproximações das variações ∆Q e ∆P.
Temos,
dQ dQ
Q dQ P dQ P
εd = dP
= = = dP
Q
P
Q dP dP Q P
em que dQ
dP pode ser entendida como uma função marginal da função
demanda Q = f (P); e, Q
P pode ser interpretada como uma função média
da função demanda.
Elasticidade-ponto
Exemplo 1:
Qd = 100 − 2P
Calcule a elasticidade.

dQ P P −2P
εd = ⇒ εd = −2 ⇒ εd =
dP Q 100 − 2P 100 − 2P
A elasticidade está em função de P. Para cada preço escolhido, teremos
uma elasticidade-ponto.
Para P = 20, εd = 100−2.20
−2.20
= −40
60 = −0, 66. Nesse caso a demanda é
inelástica.
Relembrando:
|εd | > 1 ⇒ demanda elástica.
|εd | = 1 ⇒ demanda unitária.
|εd | < 1 ⇒ demanda inelástica.
Elasticidade-ponto
Exemplo 2:
Dada a função C = a + bY (a > 0, 0 < b < 1):

1. Calcule a função marginal e a função média.
2. Calcule a elasticidade-renda do consumo εCY e determine seu sinal,
admitindo Y > 0.
Solução:
1. Função marginal: dY
dC
=b
Função média: Y = a+bY
C
Y

2. εCY = b a+bY = a+bY . Note que a > 0, 0 < b < 1 e Y > 0.
Y bY
Portanto, tanto o numerador quanto o denominador são positivos.

⇒ εCY > 0
Diferenciais totais
z = f (x , y , w )
z = f (x , y )
x y w
x y
∂z ∂z ∂z
∂x dx ∂y dy ∂w dw
∂z ∂z
∂x dx ∂y dy
z z
dz = ∂z
∂x dx + ∂z
∂y dy
dz = ∂z
∂x dx + ∂z
∂y dy + ∂z
∂w dw
Para funções com n termos y = f (x1 , x2 , . . . , xn ),
n
∂y ∂y ∂y X ∂y
dy = dx1 + dx2 + · · · + dxn = dxi
∂x1 ∂x2 ∂xn i=1
∂xi
Aplicações
Considere a variável poupança como uma função da renda nacional (Y ) e
da taxa de juros (i), tal que S = S(Y , i).
Y i
∂S ∂S
∂Y dY ∂i di
S
dS = ∂S
∂Y dY + ∂S
∂i di
Seja a função de produção dada por y = f (k, l),

∂y ∂y
dy =
dk + dl
∂k ∂l
A função utilidade em função de dois bens U = U(x1 , x2 ).
∂U ∂U
dU = dx1 + dx2
∂x1 ∂x2
TMS
A Taxa Marginal de Substituição é usada para medir a inclinação da curva

de indiferença de uma determinada cesta de bens. Ela indica o quanto
o consumidor está propenso a substituir uma determinada quantidade do
bem 2 pelo bem 1.
x2 Cesta A → Cesta B ou Cesta B → Cesta A
não altera o nível de utilidade.
⇒ ∆U = 0(dU = 0).
∂U ∂U ∂U ∂U
dU = dx1 + dx2 ⇒ 0 = dx1 + dx2
∂x1 ∂x2 ∂x1 ∂x2
A
x21 ∂U ∂U dx2
∂U
⇒ dx2 = − dx1 ⇒ = − ∂x 1
B ∂x2 ∂x1 dx1 ∂U
∂x 2
x22 U1 ∂U
x1 ∂x1
x11 x12 TMS = − ∂U
∂x2
TTS
A Taxa Técnica de Substituição mede o intercâmbio entre dois fatores de

produção. Seja y = f (K , L) uma função de produção. A diferenciação
total será,
∂y ∂y
dy =
dK + dL
∂K ∂L
Mantendo a quantidade produzida fixa, temos
∂y ∂y ∂y ∂y
dK + dL = 0 ⇒ dL = − dK ⇒
∂K ∂L ∂L ∂K
∂y ∂y
dL
⇒ = − ∂K
∂y
⇒ TTS = − ∂K
∂y
dK ∂L ∂L
Cobb-Douglas
Calcule a diferencial total da função y = K α Lβ .
Solução:
∂y ∂y
dy = dK + dL = αK α−1 Lβ dK + βK α Lβ−1 dL
∂K ∂L
Calculando a TTS:
αK α−1 Lβ dK + βK α Lβ−1 dL = 0 ⇒ βK α Lβ−1 dL = −αK α−1 Lβ dK

dL αK α−1 Lβ αL
⇒ =− ⇒ TTS = −
dK βK α Lβ−1 βK
Derivadas totais
Seja y = f (x , w ) uma função com x = g(w ).
g
w x
f f
y
dy
dw = ∂y dx
∂x dw + ∂y
∂w
Exemplo: z = f (x , y ) = 5x + xy − y 2 , onde x = 3y 2 .
Solução:
dz ∂z dx ∂z
= +
dy ∂x dy ∂y
dz dz
= (5 + y )(6y ) + (x − 2y ) ⇒ = 28y + 6y 2 + x ⇒
dy dy
dz
⇒ = 28y + 9y 2
dy
Seja y = f (x1 , x2 , w ) com x1 = g(w ) e x2 = h(w ).

x1
g f
f y
w
h f
x2
dy
dw = ∂y dx1
∂x1 dw + ∂y dx2
∂x2 dw + ∂y
∂w
Exemplo: z = x 2 − 8xy − y 3 , onde x = 3t e y = 1 − t.

Solução:
dz ∂z dx ∂z dy ∂z
= + +
dt ∂x dt ∂y dt ∂t
dz
= (2x − 8y )(3) + (−8x − 3y 2 )(−1) + (0) = 6x − 24y + 8x + 3y 2 =
dt
= 14x − 24y + 3y 2
Seja a função produção Q = f (K , L, t) com K = g(t) e L = h(t).
K
g f
f
t Q
h f
L
dQ
dt = ∂Q dK
∂K dt + ∂Q dL
∂L dt + ∂Q
∂t
Exemplo: Q = AK α Lβ , onde A é uma constante, K = k0 + at e L = l0 + bt.

Solução:
dQ
= (αAK α−1 Lβ )(a) + (βAK α Lβ−1 )(b) + (0) =
dt
αa βb αa βb
= AK L +
α β
AK L =
α β
+ AK α Lβ
K L K L
Derivada de funções implícitas
Um função dada por y = f (x ) é denominada uma função explícita. Se

tivermos uma equação na forma F (y , x ) = 0, a expressão do lado esquerdo
pode, em determinadas condições, definir implicitamente uma função
y = f (x ).
y − 3x 4 = 0 ⇒ y = 3x 4
p
x 2 + y 2 − 25 = 0 ⇒ y = ± 25 − x 2
y 5 + 3x 2 y 2 + 5x 4 − 12 = 0 ⇒ ?
Queremos encontrar a derivada dy

dx mesmo quando não conseguimos escrever
explicitamente y = f (x ).
∂F
dy Fx
= − ∂F
∂x
=−
dx ∂y
Fy
Exemplo: y − 3x 4 = 0
dy −12x 3
=− = 12x 3
dx 1
Exemplo: x 2 + y 2 − 25 = 0
dy 2x x
=− =−
dx 2y y
Exemplo: y 5 + 3x 2 y 2 + 5x 4 − 12 = 0
dy 6xy 2 + 20x 3
=− 4
dx 5y + 6x 2 y
Forma geral:
F (y , x1 , x2 , . . . , xn ) = 0 (10)
definindo uma função implícita
y = f (x1 , x2 , . . . , xn ) (11)
Teorema da Função Implícita:
Se F tiver derivadas parciais contínuas Fy , F1 , F2 , . . . , Fn ;
Se em um dado ponto (y0 , x10 , x20 , . . . , xn0 ) que satisfaz a equação
(10) com Fy 6= 0.
Existe uma vizinhança n-dimensional de (x10 , x20 , . . . , xn0 ) na qual y é
uma função implicitamente definida das variáveis x1 , x2 , . . . , xn que satisfaz
y0 = f (x10 , x20 , . . . , xn0 ). A função implícita f é contínua e tem derivadas
parciais contínuas f1 , f2 , . . . , fn .
∂y Fi
= − ; (i = 1, 2, . . . , n)
∂xi Fy
Exemplo: Seja F (y , x , w ) = y 3 x 2 + w 3 + yxw − 3 = 0. Calcule ∂y

∂x e ∂w .
∂y
∂y Fx ∂y 2y 3 x + yw
=− ⇒ =− 2 2
∂x Fy ∂x 3y x + xw
∂y Fw ∂y 3w 2 + yx
=− ⇒ =− 2 2
∂w Fy ∂w 3y x + xw
Exemplo: Seja F (y , x , z) = x 3 z 2 + y 3 + 4xyz = 0. Calcule ∂y

∂x e ∂z .
∂y
∂y Fx ∂y 3x 2 z 2 + 4yz
=− ⇒ =−
∂x Fy ∂x 3y 2 + 4xz
∂y Fz ∂y 2x 3 z + 4xy
=− ⇒ =− 2
∂z Fy ∂z 3y + 4xz
Referências
CHIANG, A. C.; WAINWRIGHT, K. Matemática para

economistas. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda. 2005.
STEWART, J. Cálculo. trad. americana. São Paulo: Cengage
Learning, 7 ed., v. 1, 2010.
STEWART, J. Cálculo. trad. americana. São Paulo: Cengage
Learning, 7 ed., v. 2, 2010.

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Economia Matemática I

Unidade 1 - Análise Estática e Estática Comparativa

Prof. João Paulo Martins

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Estrutura teórica → modelo econômico

1 Comparar diferentes estados de equilíbrio.

Suposição: O novo equilíbrio existe e pode ser alcançado.

Equilíbrio Parcial de Mercado - Linear

A quantidade demandada e ofertanda são, ambas, funções do preço P. De

Qd = a − bP, (a, b > 0)

Figura: Equilíbrio entre Oferta e Demanda

Qd = a − bP, (a, b > 0) (1)

1º Passo: Verificar a condição de equilíbrio.

Usando o método de eliminação de variáveis, devemos substituir Q = a−bP

a+c a(d + b) − b(a + c)

O preço de equilíbrio é P ∗ = a+c

Obs.: Seja An×n uma matriz. A inversa de A é

A partir desse resultados, devemos proceder a análise qualitativa e verificar

Repita essa análise usando Q ∗ .

Mudanças em a. (a1 > a0 )

Figura: Equilíbrio entre Oferta e Demanda

Figura: Equilíbrio entre Oferta e Demanda

Equilíbrio Parcial de Mercado - Não-Linear

Use a condição de equilíbrio para obter,

A única solução admissível, economicamente, é P ∗ = 1.

Modelo de mercado de duas mercadorias

Use a condição de equilíbrio para a mercadoria 2.

em que ci = (ai − bi ) e γi = (αi − βi ). Use qualquer um dos métodos de

Modelo keynesiano simples

Y = renda nacional (endógena)

Qual a condição de equilíbrio? Y = C + I0

Substituindo (6) em (5), temos

Modelo keynesiano simples com governo

em que, α > 0, 0 < β < 1, γ > 0 e 0 < δ < 1.

Qual a condição de equilíbrio? Y = C + I0 + G0

Variáveis endógenas: renda nacional (Y ), consumo (C ) e impostos (T ).

Os outros termos são: α é o consumo autônomo, β é a propensão marginal

Podemos substituir Y ∗ em (9) e em C = α+βY −βγ −βδY para encontrar

Restrições: 1 − β + βδ 6= 0, Y ∗ > 0, T ∗ > 0 e C ∗ > 0.

Testar a existência de dependência funcional (linear ou não linear) entre

O jacobiano será identicamente zero (|J| = 0) para todos os valores de

|J| = 2(12x1 + 18x2 ) − 3(8x1 + 12x2 ) = 24x1 + 36x2 − 24x1 − 36x2 = 0

Conclusão: Existe dependência funcional entre as duas funções. Nesse caso,

Conclusão: não existe dependência funcional entre as duas funções.

Encontrar a elasticidade-ponto usando diferenciais.

Dada a função C = a + bY (a > 0, 0 < b < 1):

Portanto, tanto o numerador quanto o denominador são positivos.

Seja a função de produção dada por y = f (k, l),

A Taxa Marginal de Substituição é usada para medir a inclinação da curva

A Taxa Técnica de Substituição mede o intercâmbio entre dois fatores de

Calcule a diferencial total da função y = K α Lβ .

αK α−1 Lβ dK + βK α Lβ−1 dL = 0 ⇒ βK α Lβ−1 dL = −αK α−1 Lβ dK

Seja y = f (x1 , x2 , w ) com x1 = g(w ) e x2 = h(w ).

Exemplo: z = x 2 − 8xy − y 3 , onde x = 3t e y = 1 − t.

Seja a função produção Q = f (K , L, t) com K = g(t) e L = h(t).

Exemplo: Q = AK α Lβ , onde A é uma constante, K = k0 + at e L = l0 + bt.

Derivada de funções implícitas

Um função dada por y = f (x ) é denominada uma função explícita. Se

Queremos encontrar a derivada dy

Exemplo: Seja F (y , x , w ) = y 3 x 2 + w 3 + yxw − 3 = 0. Calcule ∂y

Exemplo: Seja F (y , x , z) = x 3 z 2 + y 3 + 4xyz = 0. Calcule ∂y

CHIANG, A. C.; WAINWRIGHT, K. Matemática para

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