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19 de fevereiro de 1473
Etnia Polacos
Barbara Koppernigk
Universidade de Pádua
Universidade de Bolonha
Universidade de Ferrara
Religião catolicismo
Assinatura
[edite no Wikidata]
Sua t eoria do Heliocent rismo, que colocou o Sol como o cent ro do Sist ema Solar,
cont rariando a ent ão vigent e Teoria Geocênt rica (que considerava a Terra como o cent ro), é
considerada como uma das mais import ant es hipót eses cient íficas de t odos os t empos,
t endo const it uído o pont o de part ida da ast ronomia.
Biografia
Casa natal de Copérnico em Toruń (atual rua Copérnico nº 15, à esquerda). Com a casa de nº 17 (à direita) forma o
Muzeum Mikołaja Kopernika.
Nicolau Copérnico, em polonês ? Mikołaj Kopernik, nasceu quando sua cidade nat al, Toruń,
fazia part e da província da Prússia Real, no Reino da Polônia (1385–1569). Seu pai era um
comerciant e de Cracóvia e sua mãe era filha de um abast ado comerciant e de Toruń. Nicolau
era o mais jovem de quat ro filhos. Seu irmão André t ornou-se um cônego da Ordem dos
Agost inianos em Frombork (Frauenburgo). Sua irmã Bárbara, mesmo nome de sua mãe, t ornou-
se uma religiosa da Ordem dos Benedit inos e, em seus últ imos anos, priora de um convent o
em Chełmno (Kulm); t endo morrido após 1517. Sua irmã Cat arina casou-se com Bart hel
Gert ner, t ambém import ant e comerciant e e edil da cidade de Toruń, com quem t eve cinco
filhos, cuidados por Copérnico at é o fim de seus dias, não t endo ele próprio se casado ou t ido
filhos.[1]
Na t eoria de Copérnico, a Terra move-se em t orno do Sol. Mas, seus dados foram corrigidos
pelas observações de Tycho Brahe. Com base nelas e em seus próprios cálculos, Johannes
Kepler reformou radicalment e o modelo copernicano e chegou a uma descrição realist a do
Sist ema Solar. Esse fenômeno já havia sido est udado e defendido pelo bispo de Lisieux,
Nicole d'Oresme, no século XIV. O moviment o da Terra era negado pelos part idários de
Arist ót eles e Pt olomeu. Eles argument avam que, caso a Terra se movesse, as nuvens, os
pássaros no ar ou os objet os em queda livre seriam deixados para t rás. Galileu Galilei
combat eu essa ideia, afirmando que, se uma pedra fosse abandonada do alt o do mast ro de
um navio, um observador a bordo sempre a veria cair em linha ret a, na vert ical. E, baseado
nisso, nunca poderia dizer se a embarcação est ava em moviment o ou não. Caso o barco se
movesse, porém, um observador sit uado na margem veria a pedra descrever uma curva
descendent e – porque, enquant o cai, ela acompanha o deslocament o horizont al do navio.
Tant o um observador quant o o out ro const at aria que a pedra chega ao convés exat ament e
no mesmo lugar: O pé do mast ro. Pois ela não é deixada para t rás quando o barco se desloca.
Da mesma forma, se fosse abandonada do alt o de uma t orre, a pedra cairia sempre ao pé da
mesma – quer a Terra se mova ou não.
O cardeal São Robert o Belarmino presidiu o t ribunal que proibiu a t eoria copernicana. Cult o e
moderado, ele conseguiu poupar Galileu. Est imulado pelo novo papa Urbano VIII, seu grande
admirador, o cient ist a volt ou à carga. Mas o Papa sent iu-se ridicularizado num livro de Galileu.
E isso mot ivou sua condenação.
A teoria heliocêntrica
Nicolau Copérnico
A t eoria do modelo heliocênt rico, a maior t eoria de Copérnico, foi publicada em seu livro, De
revolutionibus orbium coelestium ("Da revolução de esferas celest es"), durant e o ano de sua
mort e, 1543. Apesar disso, ele já havia desenvolvido sua t eoria algumas décadas ant es.
O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocênt rico, ou ant ropocênt rico,
com a Terra em seu cent ro. Copérnico acredit ava que a Terra era apenas mais um planet a que
concluía uma órbit a em t orno de um sol fixo t odo ano e que girava em t orno de seu eixo t odo
dia. Ele chegou a essa corret a explicação do conheciment o de out ros planet as e explicou a
origem dos equinócios corret ament e, at ravés da vagarosa mudança da posição do eixo
rot acional da Terra. Ele t ambém deu uma clara explicação da causa das est ações: O eixo de
rot ação da t erra não é perpendicular ao plano de sua órbit a.
Em sua t eoria, Copérnico descrevia mais círculos, os quais t inham os mesmos cent ros, do que
a t eoria de Pt olomeu (modelo geocênt rico). Apesar de Copérnico colocar o Sol como cent ro
das esferas celest iais, ele não fez do Sol o cent ro do universo, mas pert o dele.
Folha de rosto do livro De revolutionibus orbium coelestium
Do pont o de vist a experiment al, o sist ema de Copérnico não era melhor do que o de
Pt olomeu. E Copérnico sabia disso, e não apresent ou nenhuma prova observacional em seu
manuscrit o, fundament ando-se em argument os sobre qual seria o sist ema mais complet o e
elegant e.
Da sua publicação, at é aproximadament e 1700, poucos ast rônomos foram convencidos pelo
sist ema de Copérnico, apesar da grande circulação de seu livro (aproximadament e 500 cópias
da primeira e segunda edições, o que é uma quant idade grande para os padrões cient íficos da
época). Ent ret ant o, muit os ast rônomos aceit aram part es de sua t eoria, e seu modelo
influenciou muit os cient ist as renomados que viriam a fazer part e da hist ória, como Galileu e
Kepler, que conseguiram assimilar a t eoria de Copérnico e melhorá-la. As observações de
Galileu das fases de Vênus produziram a primeira evidência observacional da t eoria de
Copérnico. Além disso, as observações de Galileu das luas de Júpit er provaram que o sist ema
solar cont ém corpos que não orbit avam a Terra.
O sist ema de Copérnico pode ser resumido em algumas proposições, assim como foi o próprio
Copérnico a list á-las em uma sínt ese de sua obra mest ra, que foi encont rada e publicada em
1878.
Os moviment os dos ast ros são uniformes, et ernos, circulares ou uma composição de vários
círculos (epiciclos).
O cent ro do universo é pert o do Sol;
Pert o do Sol, em ordem, est ão Mercúrio, Vênus, Terra, Lua, Mart e, Júpit er, Sat urno, e as
est relas fixas;
A Terra t em t rês moviment os: rot ação diária, volt a anual, e inclinação anual de seu eixo;
A dist ância da Terra ao Sol é pequena se comparada à dist ância às est relas.
Se essas proposições eram revolucionárias ou conservadoras era um t ópico muit o discut ido
durant e o vigésimo século. Thomas Kuhn argument ou que Copérnico apenas t ransferiu
algumas propriedades, ant es at ribuídas a Terra, para as funções ast ronômicas do Sol. Out ros
hist oriadores, por out ro lado, argument aram a Kuhn, que ele subest imou quão revolucionárias
eram as t eorias de Copérnico, e enfat izaram a dificuldade que Copérnico deveria t er em
modificar a t eoria ast ronômica da época, ut ilizando apenas uma geomet ria simples, sendo que
ele não t inha nenhuma evidência experiment al.
O modelo heliocêntrico
Os filósofos do século XV aceit avam o geocent rismo como fora est rut urado por Arist ót eles
e Pt olomeu. Esse sist ema cosmológico afirmava (corret ament e) que a Terra era esférica, mas
t ambém afirmava (erradament e) que a Terra est aria parada no cent ro do Universo enquant o os
corpos celest es orbit avam em círculos concênt ricos ao seu redor. Essa visão geocênt rica
t radicional foi abalada por Copérnico em 1537, quando est e começou a divulgar um modelo
cosmológico em que os corpos celest es giravam ao redor do Sol, e não da Terra. Essa era
uma t eoria de t al forma revolucionária que Copérnico escreveu no seu De revolutionibus
orbium coelestium (do lat im: "Das revoluções das esferas celest es"): "quando dediquei algum
t empo à ideia, o meu receio de ser desprezado pela sua novidade e o aparent e cont ra-senso
quase me fez largar a obra feit a".
Astrônomo Copérnico: Conversa com Deus, por Jan Matejko
Naquele t empo a Igreja Cat ólica aceit ava essencialment e o geocent rismo arist ot élico,
embora a esfericidade da Terra est ivesse em aparent e cont radição com int erpret ações
lit erais de algumas passagens bíblicas. Ao cont rário do que se poderia imaginar, durant e a vida
de Copérnico não se encont ram crít icas sist emát icas ao modelo heliocênt rico por part e do
clero cat ólico. De fat o, membros import ant es da cúpula da Igreja ficaram posit ivament e
impressionados pela nova propost a e insist iram para que essas ideias fossem mais
desenvolvidas. Cont udo, a defesa, quase um século depois, por Galileu Galilei da t eoria
heliocênt rica vai deparar-se com grandes resist ências no seio da mesma Igreja Cat ólica. Essas
crít icas eram fundament adas no fat o de que o paradigma cient ífico da época era a t eoria
geocênt rica, e a maioria da comunidade cient ífica defendia essa visão, incluindo cient ist as
conceit uados como Tyco Brahe.[2] É import ant e ressalt ar que a t eoria heliocênt rica só seria
comprovada cient ificament e no século XVIII, com a descobert a de James Bradley da
aberração da luz solar, e confirmada por meio da descobert a da paralaxe est elar. Na verdade,
além de defender a ideia, Galileu não propôs nenhum argument o cient ífico de fat o que a
respaldasse.[3]
Como Copérnico t inha por base apenas suas observações dos ast ros a olho nu e não t inha
possibilidade de demonst ração da sua hipót ese, muit os homens de ciência acolheram com
cept icismo as suas ideias. Apesar disso, o t rabalho de Copérnico marcou o início de duas
grandes mudanças de perspect iva. A primeira diz respeit o à escala de grandeza do Universo:
avanços subsequent es na ast ronomia demonst raram que o universo era muit o mais vast o do
que supunham quer a cosmologia arist ot élica quer o próprio modelo copernicano; a segunda
diz respeit o à queda dos graves. A explicação arist ot élica dizia que a Terra era o cent ro do
universo e port ant o, o lugar nat ural de t odas as coisas. Na t eoria heliocênt rica, cont udo, a
Terra perdia esse est at ut o, o que exigiu uma revisão das leis que governavam a queda dos
corpos, e mais t arde, conduziu Isaac Newt on a formular a lei da gravit ação universal. Ainda que
imperfeit a, pois indicava que as órbit as dos planet as seriam circulares e não elípt icas como se
veio a descobrir, a t eoria de Copérnico abriu caminho para as grandes descobert as
ast ronômicas.[4]
Cronologia
Nicolaus Copernicus Tornaeus Borussus Mathematicus, por Theodor de Bry e Jean-Jacques Boissard, 1597
1473 – 19 de Fevereiro – nasce Nicolau Copérnico, em Thorn, Prússia Real uma província da
Polónia.
1483 – Morre o pai de Copérnico, que vai ser criado pelo t io mat erno, Lucas Wat zenrode.
1497 – Copérnico vai para a It ália, est udar Direit o Canónico na Universidade de Bolonha.
1497 – 9 de Março – Copérnico regist ra sua primeira observação ast ronómica: uma
ocult ação da est rela Aldebarã.
1517 – 31 de Out ubro – Mart inho Lut ero publica as 95 t eses de sua Reforma.
2010 – Os rest os mort ais de Copérnico são ent errados novament e na cat edral de
Frombork, 467 anos após sua mort e.[5]
Referências
1. Iłowiecki, Maciej (1981). Dzieje nauki polskiej (in Polish). Warszawa: Wydawnictwo
Interpress. p. 40. ISBN 83-223-1876-6.
2. «Opposition to Galileo was scientific, not just religious | Aeon Ideas» (https://aeon.co/idea
s/opposition-to-galileo-was-scientific-not-just-religious) . Aeon (em inglês). Consultado
em 23 de novembro de 2021
3. Veiga, Mons. Pedro Gaston Ribeiro da. «A Questão de Galileu». Instituto Teológico
Franciscano. Revista Eclesiástica Brasileira. 5: 815-831
Ver também
Revolução copernicana
Ast ronomia
Heliocent rismo
Ligações externas
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«Copérnico no Museu de Thorn/Torun» (ht t p://www.visit t orun.pl/) (em inglês) [1] (ht t p://w
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