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PelaEstradaFora

SEGUNDA­FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2020 PESQUISAR ESTE BLOG
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Trail de Conímbriga Terras de Sicó
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Trail de Conímbriga Terras de Sicó

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Conímbriga é uma das poucas cidades romanas antigas que chegou ►  2012 (25)
até aos dias de hoje num estado “original”, ou pelo menos, na
forma de ruínas­museu, por ter estado soterrada quase durante
QUEM SOU EU
mil anos.
Os vestígios da cidade começaram a aflorar e a serem conhecidos
ainda no século 19, todavia só no século 20 foram organizadas
escavações e estudos de carácter científico que revelaram toda a
extensão das construções antes escondidas debaixo de terras.
PelaEstradaFo
É em Condeixa­a­Nova, vila a cerca de dois quilómetros de
ra
Conímbriga, que o Trail com o mesmo nome é organizado há cerca
de dez anos pela associação “O Mundo da Corrida”. Ver meu perfil
completo
Referi em relatos de participações anteriores que esta
organização "O Mundo da Corrida" tem a cabeça no sítio, não se
deixando levar por modas que, nos últimos anos transformaram PASSAM POR
AQUI
provas de trail em autênticos treinos de Comandos ou de Rangers.
팔로어(22명) 다음
Não tenho nada contra isso, todavia não contem comigo para
“apanhar porrada de criar bicho” e pagar ainda por cima! (não me
esqueço das “tareias” apanhadas na vizinha Serra da Lousã, onde
ora, era andar nove horas a escorregar à beira de cascatas
gelado até aos ossos, ora era, assar durante dez horas e meia
num dos dias mais quentes de 2015…)
Ainda assim, o Trail de Conímbriga Terras de Sicó tem uma versão
de 111 quilómetros onde os mais treinados (ou sem juízo) podem
extravasar as suas energias.
관심 블로그 등

A MINHA LISTA DE BLOGS

Correndo Corridas
Corrida Nº 217 ­ 3ª Etapa do Circuito
8k Cascavel ­ Etapa Lago Municipal ­
Cascavel­PR (10set2022)
Há 6 dias

O PelaEstradaFora Paulo Amaro ­ Photo by Kabazuk Aquele Que Gosta De Correr
Mas afinal o que é o drop?
A “equipa” do PelaEstradaFora contentou­se com a versão Há uma semana
“pequena” de 57 quilómetros sendo que, na parte que me toca,
JoaoLima.net
chega e sobra para me encher as medidas e para não querer ouvir
Na Corrida do Tejo
sequer falar de trails durante uns tempos ὠ Há uma semana

Papa Kilometros
Fim de semana no relax ­ Ecopista da
linha do Tamega
Há 2 semanas

Maria Sem Frio Nem Casa
3ª Meia Rampa, dentro da 44ª Meia
Maratona de S.João das Lampas
Há 2 semanas

Um dia descobri que adoro correr
10 anos de blogue

Há 2 meses

O PelaEstradaFora Paulo Oliveira ­ Photo by Kabazuk Quarenta e Dois
Estrela Grande Trail (49km) ­ Os
Nesta versão de 2020, a prova intermédia de 50k+ teve a sua Amigos do Armando
Há 4 meses
partida em Santiago da Guarda, uma pequena localidade na zona de
Ansião, seguindo depois na direção do percurso dos anos Maratonazinha...
anteriores, com que, a partir do quilómetro nove teve a maior Boston Marathon 2022
Há 4 meses
parte em comum.
O transporte para a zona da partida foi feito de autocarro, à Runbook de um gajo que mudou
imagem de 2018 e 2019. de vida
MIUT ­ O merecido
tributo à minha campeã
favorita

Há 10 meses

A correr novamente!
Voltar a calçar o téne!

Há 10 meses

Objectivo 42km
"O" João

O PelaEstradaFora Paulo Amaro

O tempo estava chuvoso e frio, desagradável mesmo, diria eu. Há 2 anos

Nos preparativos em Condeixa, antes de embarcar no autocarro, ÚLTIMO KM.
tinha­me esquecido de um buff tendo apenas um boné para proteger SEM PALAVRAS
a cabeça.
Tal esquecimento deixou­me deveras aborrecido; o vento nos
ouvidos é uma coisa que detesto solenemente!
Há 2 anos
Há 2 anos

os meus treinos

Há 3 anos

Corre como uma menina
O importante é participar

Há 3 anos

RUN.BABY.RUN
O PelaEstradaFora Paulo Oliveira Tor des Géants ­ última atualização
Há 4 anos
À hora marcada deu­se a partida, ainda debaixo de alguma chuva,
endurance ­ Sobre
que no entanto ia diminuindo gradualmente. Mais tarde parou de
chover completamente tendo o tempo ficado muito bom mesmo, sem
frio nem calor. PRÓXIMAS CORRERIAS

Fase inicial da prova, muita água nos caminhos!

Já sabendo com que contar, ia gerindo o esforço com alguma
contenção, uma vez que lá para o final costumam aparecer uns
trilhos muito técnicos onde tradicionalmente tenho algumas
dificuldades, por isso, convém chegar lá com algumas reservas de
energia…
A gestão da hidratação é feita criteriosamente, levando duas
garrafas na parte frontal da mochila sendo sempre atestadas nos
abastecimentos.

Fase inicial ­ Atingindo um topo de um monte qualquer...

 
Logo no primeiro abastecimento experimento uma água gaseificada
com aroma de limão e resolvo encher uma das garrafas com essa
água e outra com coca­cola.
Não fico surpreendido com a qualidade dos abastecimentos.
Não fico surpreendido com a qualidade dos abastecimentos.
À imagem das edições anteriores, os abastecimentos são de
qualidade superlativa dando vontade de mandar a prova às urtigas
e aproveitar tudo o que está à disposição.

Ao quilómetro nove ­ a parede da prova!

Também nos abastecimentos tenho a maior contenção, optando
apenas por coisas simples e que a que estou habituado, tipo
marmelada, bananas, batatas fritas (poucas) e um ou outro
quadrado de chocolate. Em provas tão longas como esta, o sistema
digestivo começa a acusar o esforço e podem ocorrer alterações
indesejadas.
As paragens nos abastecimentos quebram sempre o ritmo, pelo que
o recomeço é sempre penoso. Tento sempre não demorar mais do que
três ou quatro minutos em cada um.
No recomeço após o segundo ou terceiro abastecimento, sigo em
esforço, tentando entrar no ritmo, quando de repente dá­se um
estrondo do lado direito do peito, quase semelhante a um tiro e
eu penso: “olha, o coração já era!”. Mas não; tinha sido apenas
a garrafa do lado direito carregada com coca­cola, que tinha
ganho pressão com os solavancos e tinha disparado pelo bocal com
um estrondo. Nunca pensei que o aumento da pressão de uma
inocente coca­cola provocasse um efeito tão sonoro!
A corrida ia seguindo por montes e vales, privilegiando sempre
carreiros em detrimento de estradões, o que evidencia um
trabalho formidável da organização desta prova.

O PelaEstradaFora Paulo Amaro ­ Photo by Fotojotapê

Também à semelhança de edições anteriores, a partir de certa
altura o percurso da prova de 57 quilómetros é coincidente com o
percurso dos 111 quilómetros, pelo que vamos constantemente
alcançando atletas da prova grande, o que para estes deve ser
bom em termos anímicos, porque damos sempre alguma palavras de
incentivo quando passamos por eles.
Para os atletas da “prova pequena” é bom e mau ao mesmo tempo!
Passo a explicar.
Por um lado é bom porque há sempre contacto visual com outros
atletas, uma vez que a fusão dos percursos duplica a quantidade
de atletas na mesma zona do percurso. Ainda assim, a certa
altura andei cerca de meia hora sem ver ninguém, o que é meio
caminho para me perder!

O PelaEstradaFora Paulo Oliveira ­Photo by Fotojotapê

O lado negativo de irmos mais rápidos do que os atletas dos 111k
é o facto de que, com o cansaço, ao vermos alguém mais lento à
frente, o subconsciente manda­nos “levantar o pé” porque
"aquele" lá à frente também vai devagar.
Puro engano! “Esses” que vão mais lentos são melhores do que
nós, e vão àquela velocidade porque já têm mais cinquenta
quilómetros do que nós nas pernas e andam ali desde a meia
noite!

Pelo vale de canhão de poios

Forço então sempre o ritmo com a estratégia mental de me
convencer que tenho de ir mais rápido do que “esses” dos dorsais
azuis, porque seria uma vergonha não o a fazer!

Algures na Serra de Sicó

Por fim chego à tal zona técnica que há dois anos me trouxe as
maiores dificuldades: o Trilho da Cascata!
O Trilho das Cascatas tem cerca de 2 quilómetros, o que
relativizando, é 20 vezes menos do que os Abutres, comparação
possível devido às semelhanças.
De qualquer modo, chegar a um trilho destes, já com 50
quilómetros nas pernas exige um esforço acrescido, numa altura
em que já só pensamos em terminar a prova e tomar um banho
quente!
Nesta altura já venho há mais de meia hora sem ver ninguém.
Esforço­me por prestar a maior atenção às fitas e bandeirinhas
de sinalização a fim de não me enganar no caminho.

Já no Trilho da Cascata aparecem as primeiras cãibras devido aos
movimentos mais amplos e repentinos exigidos pela tecnicidade do
trilho.
Começo a ouvir atrás de mim vozes ao longe e penso com desgosto
que vou novamente perder muitos lugares, tal como nos anos
anteriores, nesta mesma zona da prova…
Assim é de facto! Quando um grupo de atletas me alcança, desvio­
me para os deixar passar. Não vale a pena arriscar. O sacrifício
para terminar a prova já vai bastar, não vale a pena arriscar
uma queda feia nesta zona.

Trilho das Buracas de Casmilo

A cascata que dá o nome ao trilho está seca mais uma vez, no
entanto, os trilhos rochosos estão perigosamente escorregadios,
exigindo a maior atenção e o máximo cuidado.
Mais uma vez, perco mais de 15 lugares nestes dois quilómetros
do Trilho da Cascata.
Quando saio do vale da cascata, por uma “subida de cão” por
sinal, sinto que tenho a prova feita apesar de faltarem ainda
três ou quatro quilómetros!
Passagem pelo exterior das ruínas de Conímbriga

Atinge­se finalmente a civilização, com a passagem pelo exterior
das ruínas de Conímbriga (nos anos anteriores passámos pelo
interior das mesmas…), depois vem Condeixa­a­Velha e finalmente
Condeixa­a­Nova ao fim de 8h12 de prova.
O colega de equipa, Paulo Amaro, já tinha chegado há quase uma
hora, o que também não me surpreendeu!
Enfim, mais um dia bem passado e uma dor de pernas ao longo da
semana seguinte ὠ
A classificação que interessa:
Posição   Nome             Tempo
61        Paulo Amaro      7:21:06
106       Paulo Oliveira   8:12:06
Fiquem bem e boas corridas! 

Finalmente no descanso!

Postado por PelaEstradaFora às 23:32  2 comentários: 

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