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ECOLOGIA INTEGRAL

A ecologia, segundo o Papa Francisco, não deve ser associada somente


a temas óbvios, como a derrubada de florestas, extinção de animais e a
poluição do ar, mas também, às múltiplas consequências do modelo
econômico: “ecologia também diz respeito às tradições perdidas por
comunidades indígenas impactadas por grandes obras, aos humanos que
foram substituídos por robôs em indústrias e às pessoas que vivem com crises
de ansiedade e são incapazes de admirar a beleza ao redor”( FELLET, 2019).
Neste sentido, o monge João Maria afirmava: “quem não sabe ler a natureza é
analfabeto de Deus”( DOMINGOS, 2018).Ter um olhar contemplativo para as
necessidades do mundo é de suma importância, pois existe a possibilidade de
transformação, tanto interior como exterior.
O intenso estímulo das atividades urbanas gera, de acordo com
Simmel, “um embotamento dos sentidos”( SIMMEL,1903), ou seja, o alto ritmo
dessas atividades, tira o reflexo da personalidade do indivíduo. Assim, a vida
urbanizada obriga, de certa forma, os indivíduos a tornarem-se mais objetivos,
calculistas, impessoais e distantes uns dos outros. Neste sentido, Georg
Simmel cunha um termo: “atitude blasé” (SIMMEL, 1903); num sentido
sintetizado, essa atitude consiste em uma indiferença frente aos que sofrem e
se fazem presentes na sociedade. O Papa Francisco, em sua encíclica, afirma
que “[…] nunca maltratamos e ferimos a nossa casa comum como nos últimos
dois séculos [...]”.(Laudato Si’ n. 53). “Percebendo que a humanidade está à
beira de um abismo, a encíclica propõe um novo estilo de vida centrado noutra
concepção de progresso e outra forma de se produzir e consumir.”(BOFF,
2016, p. 18)
O Papa, na encíclica Evangelli Gaudium, condena a idolatria ao dinheiro.
Para o Pontífice, a especulação financeira e a autonomia absoluta dos
mercados elevam o dinheiro acima da dignidade do próprio ser humano.
( EVANGELII GAUDIUM, n. 56) No capítulo IV, da Regra Bulada dos Frades
Menores, está: “ordeno firmemente a todos os irmãos que de modo algum
recebam dinheiro ou moedas, nem por si nem por pessoa intermediária”.
Francisco de Assis sabe o risco que o dinheiro pode causar e exorta seus
confrades. No número 68 das constituições dos Frades Menores Capuchinhos
consta: “São Francisco, conforme o próprio carisma de pobreza e minoridade
na Igreja, ordenou aos seus que não recebessem dinheiro de modo algum,
enquanto sinal de riqueza, perigo de avareza e de domínio no mundo”
(Constituições,2014). Assim afirmado, há o perigo do uso indevido do dinheiro,
o qual, a partir desse uso, existe uma tendencia de ser o “todo poderoso” no
mundo.
O Papa Francisco mostra claramente a necessidade de um novo
paradigma socioeconômico mais inclusivo que reflita a verdade de que somos
“uma única humanidade, como caminhantes da mesma carne humana, como
filhos desta mesma terra que nos alberga a todos”( FELLET,2019). Neste
sentido, a Ratio Formations aponta que:
somos chamados a ser peritos em humanidade”, sabendo ler e
interpretar as expectativas e os temores dos nossos
contemporâneos, compreendendo as suas motivações,
discernindo as suas dúvidas, acompanhando os sofrimentos,
oferecendo, por meio da proposta e do diálogo, a sabedoria do
mistério cristão”. (RT.103)

Necessitamos de uma ida contra a correnteza do mundo individualista,


visando o bem comum e mostrando com nossas atitudes um modo de vida
mais fraterno. A ecologia integral proposta por Francisco, considera que tudo
está em “interligado” (Laudato Si’, n. 138). Como observa Leonardo Boff: “Se
tudo é relação, então a própria saúde humana depende da saúde da Terra e
dos ecossistemas. Todas as instâncias se entrelaçam para bem ou para o mal
[...]”(BOFF, 2016, p. 18). A desigualdade não afeta apenas os indivíduos, mas
países inteiros e obriga a pensar em uma ética das relações internacionais:
“Com efeito, há uma verdadeira “dívida ecológica”, particularmente entre o
Norte e o Sul, ligada a desequilíbrios comerciais com consequências no âmbito
ecológico e com uso desproporcional dos recursos naturais efetuado
historicamente por alguns países”( Laudato Si’, n. 51).
Nesse sentido, a ecologia integral proposta pelo Papa Francisco passa
pela adoção de um novo estilo de vida que inclua padrões de consumo menos
destrutivos e atitudes solidárias que efetivamente eliminem as desigualdades
entre pessoas e países, para isso os mais ricos devem estar dispostos a
renunciar a parte do seu atual estilo de vida em benefício do bem comum.
Murad faz suas considerações acerca do adjetivo “integral”, que acompanha o
entendimento de qual ecologia estamos tratando: “Uma ecologia para ser
integral necessita da compreensão das relações socioambientais,
reconhecendo o humano como parte da natureza”( MURAD, 2017). Neste
sentido, pode-se se referir a uma passagem da primeira vida de São Francisco
de Assis:
1 Que alegria a sua diante das flores, ao admirar-lhes a
delicada forma ou aspirar o suave perfume! 2 Passava
imediatamente a pensar na beleza daquela flor que brotou da
raiz de Jessé no tempo esplendoroso da primavera e com seu
perfume ressuscitou milhares de mortos. 3 Quando encontrava
muitas flores juntas, pregava para elas e as convidava a louvar
o Senhor como se fossem racionais. 4 Da mesma maneira,
convidava com muita simplicidade os trigais e as vinhas, as
pedras, os bosques e tudo que há de bonito nos campos, as
nascentes e tudo que há de verde nos jardins, a terra e o fogo,
o ar e o vento, para que tivessem muito amor e louvassem
generosamente ao Senhor.5 Afinal, chamava todas as criaturas
de irmãs, intuindo seus segredos de maneira especial, por
ninguém experimentada, porque na verdade parecia já estar
gozando a liberdade gloriosa dos filhos de Deus.6 Na certa, ó
bom Jesus, ele que na terra cantava o vosso amor a todas as
criaturas, estará agora a louvar-vos nos céus com os anjos
porque sois admirável.( 1 cel. 81)

Nesse trecho, percebe-se o valor da relação de todas as criaturas; para


Francisco de Assis, tudo está interligado e na sua singeleza de coração,
compreendeu o verdadeiro amor do Altíssimo, o qual revela o amor para com
todas as criaturas. O trecho a seguir de Thích Nhất Hạnh, monge budista,
mostra como devemos ser e, independente da religião, temos que apreciar e
amar tudo e todos que estão ao nosso redor:

Caminhar pelo simples prazer de caminhar, segura e


livremente, sem se apressar. Estamos presentes a cada passo
que damos. Se quisermos falar, paramos de caminhar e damos
toda nossa atenção à pessoa que está diante de nós, ao fato
de falar e escutar… paremos, olhemos à nossa volta e vejamos
como a vida é bela: as árvores, as nuvens brancas e a
infinidade do céu. Escuta os pássaros, sente a leveza da brisa.
Caminhemos como seres livres e sintamos os nossos passos
tornarem-se leves à medida que caminhamos. Apreciemos
cada passo que dermos. ” (HANH,2013)

Os maiores efeitos do aquecimento global e da degradação ambiental


devem recair sobre os pobres, especialmente aqueles dos países mais pobres.
O Papa critica os modelos atuais de produção e consumo e denuncia as
tentativas de mascarar os problemas ou ocultar os seus sintomas. Ele defende
a substituição dos combustíveis fósseis pela energia limpa e renovável, o
aumento da eficiência energética e o menor uso de matérias-primas, evitando
transformar o nosso planeta numa imensa lixeira.
A partir de uma visão teológica, a encíclica, Laudato Si’, convida a todas
as pessoas de boa vontade a cuidar da “casa comum”, o que não se resume à
natureza, mas a todas as relações interpessoais e com Deus, o Criador de
tudo. A visão da ecologia integral, portanto, é sistêmica e busca integrar todas
as pessoas entre si e essas mesmas, com toda a Criação. Desta forma, o
Criador é a essência que unifica um só mundo e um só projeto comum, como
diz a encíclica:
Tendo em conta que o ser humano também é uma criatura
deste mundo, que tem direito a viver e ser feliz e, além disso,
possui uma dignidade especial, não podemos deixar de
considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo
atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida
das pessoas”( Laudato Si’, n. 43.)

Enfim, como a ecologia integral é, sem dúvida, um avanço no trato


articulado e conjunto das questões econômicas, sociais e ambientais, além ser
uma porta aberta ao diálogo, necessitamos de uma ampliação de consciência
para vermos o mundo com um “ALTER EGO”(outro eu) e sermos mais
sensíveis às necessidades atuais, assimilando a partir dessa sensibilidade de
consciência, a nossa vida com a do mestre, Jesus Cristo.

RELAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS COM A NATUREZA

É de conhecimento geral que os povos indígenas mantêm uma ligação


com a natureza, afetiva (respeito e equilíbrio) e sagrada (Terra como grande
Mãe), como bem expresso na fala da Doutora de Morfologia, Carla Gonçalves
Antunes Barbosa:
Para os povos tradicionais, na sua relação com o espaço
vivido, o homem não é mais do que a natureza, não existe o
pressuposto de superioridade um com relação ao outro, e a
natureza pode ser confortável àquele que a conhece. O que
existe é uma profunda convivência, um parentesco e um
respeito entre sociedade e natureza, que acontece para que o
mesmo homem continue a existir, ali mesmo, no lugar e na
pessoa de seus filhos e descendentes. "(BARBOSA apud
SILVA,2021, p. 247).
Os povos originários não possuem uma visão utilitarista do ambiente
onde vivem; eles concebem o local onde habitam e consequentemente, as
pessoas que lá residem, de forma ambientalmente centrada. No entanto, os
habitantes dos grandes centros, aqueles que vivem e trabalham nos ambientes
artificialmente construídos, consideram frequentemente, uns aos outros, como
descartáveis. Romina Lindemann, frequentadora dos rituais huni kui, diz:

Eu vejo que a nossa sociedade ela está doente. [...] indícios


que eu vejo, por exemplo, são os prédios. E os vizinhos, que
normalmente você nem conhece. [...]Tem uma fala de uma
índia [...], ela nunca tinha visto prédio, e ela disse assim:
“Devem gostar muito um do outro, moram tão pertinho...” E é
justamente o contrário que acontece, as pessoas mal se falam.
[...] (MENESES,2018, p. 243)

Georg Simmel, em seu clássico “As grandes cidades e a vida do


espírito”, escreve que “o fundamento psicológico sobre o qual se eleva o tipo
das individualidades da cidade grande é a intensificação da vida nervosa, que
resulta da mudança rápida e ininterrupta de impressões interiores e exteriores”
"(SIMMEL apud MENESES,2018, p. 243). Num movimento contrário, os
participantes das chamadas “medicinas das florestas”, “estão mais afinados
com movimentos de desaceleração: estes lançam um olhar generoso, assim, à
vida na aldeia, ao interior, aos conhecimentos dos índios e das populações
“tradicionais” (MENESES, 2018, P.243).
A interação entre floresta e cidade torna-se um alavancar rumo ao
diálogo cultural, social e político entre as duas realidades, conduzindo a um
melhor estilo de vida nas grades metrópoles e nas aldeias. Nesse contexto, um
olhar apurado sobre as “curas das florestas” seria de suma importância, visto
que o capitalismo está encaminhando o mundo a um colapso rumo ao
individualismo, o qual consiste numa oposição de relações que os povos
indígenas vivenciam.
Uma alternativa para o equilíbrio entre cidade e floresta, incide, segundo
Kaká Werá na “Economia do cuidado”, uma relação de contiguidade (“o que
ainda não tem cerca”) entre o eu – que muitas vezes não são indivíduos, mas
“pessoas coletivas” – e o ambiente, a natureza, a Terra, a alteridade (humana,
animal, vegetal, mineral) (WERÁ apud CERNICCHIARO, 2021, p.129). Numa
entrevista, Ailton Krenak mostra que os povos indígenas anseiam pela ligação
entre cidade e floresta:
Eu acho que a percepção que a grandeza, a amplidão que a
cultura ganha quando os indivíduos conseguem atinar com a
imaterialidade da cultura, com os aspectos imateriais da
cultura, ela transcende, o indivíduo transcende, o sujeito deixa
de ser um animal doméstico e passa a ser um ser mais capaz
de interagir no mundo, não no mundo no sentido restrito da sua
cultura própria, mas interagir com as outras culturas, se
comunicar e de transformar as realidades, as múltiplas
realidades. É como se o indivíduo ganhasse uns óculos que
permitissem a ele enxergar múltiplas realidades e tirar ele
desse chão plano, onde nós somos o tempo inteiro pregados,
colados, pela dura realidade, a assumir uma realidade
monolítica, a assumir uma realidade estruturada, entendeu?
[...] a gente sabe que o mundo convive, que nós convivemos,
[...] (CAMPOS,2019, P.376).

Atualmente, os povos indígenas são fonte de reflexão de suas próprias


condições; as percepções indígenas e seu relacionamento com a terra podem
ser um importante caminho a ser explorado como alternativa para relações
sociais, políticas, culturais nos espaços urbanos. Somada a essa relação com o
território por parte dos indígenas, observar-se fronteiras entre cidades e
florestas e a noção de propriedade privada se opondo a noção de território.
Essas fronteiras denominam-se como sendo trânsito entre dois cenários com
modos de vidas distintos, mas ambos afligidos pelo modo invasivo do modelo
capitalista atual.
“A terra é o corpo dos índios, os índios são parte do corpo da Terra”,
explica Viveiros de Castro (VIVEIROS apud CERNICCHIARO, 2021, p. 124).
Isso significa que a disputa pelo território é uma disputa pelo próprio corpo. “A
situação dos Guarani é um exemplo disso. Diante de uma Mata Atlântica
ameaçada – restam menos de 7% de sua cobertura original – e, com ela, o
modo de viver Guarani” (POPYGUA apud CERNICCHIARO, 2021, p.124), a
defesa do território se tornou uma questão de sobrevivência.
Entende-se que existem transformações no mundo, mas são os povos
indígenas que estão regendo a orquestra com o yuxibu (forças da natureza) e
as próprias medicinas, evidenciando assim uma mudança de direção
(MENESES, 2018, P.256), isto é, os olhares da sociedade estão voltando-se
para o "bem viver" dos povos originários, como meio de aprendizado para o
desenvolvimento socioambiental.
OS POVOS INDÍGENAS E OS FRADES MENORES CAPUCHINHOS.

No livro “Sementes plantas e florestas Mbya Guarani compartilhando


saberes”, diz: “Somos um povo generoso. Nosso Nhanderekó (nosso jeito de
ser e viver) está aí, na nossa história, na nossa Tekoa (Comunidade, Aldeia),
na nossa cultura. Percebe-se que as histórias dos povos originários, consiste
numa imensidão de aprendizado. Nas constituições capuchinhas n.63 diz:
“Vivamos em consciente solidariedade com os inúmeros pobres do mundo e,
com nossa atividade apostólica, levemos o povo, principalmente os cristãos, a
obras de justiça e de caridade para promover o bem comum”. Perceber que os
povos indígenas atualmente, sofrem dificuldades para manter os seu
Nhanderekó (jeito de ser), nesse sentido como bem expresso nas
constituições, os frades devem estar atento para essas dificuldades e assim
levar todos os que estão a sua voltar para fazer o bem aos que sofrem.
Além disso, os povos indígenas podem ensinar a sermos pessoas
melhores com o modo que tratam à vida ecológica. No livro citado acima diz:
“podemos compartilhar estes saberes antigos que sempre se renovam”. E
continua assim: “educadores e educadoras podem aprender alguma coisa com
a gente, nós estamos sempre aprendendo também. Entender o ser humano
está em constante aprendizado, nesse sentido, vale ressaltar um trecho das
constituições: “Todo frade é, ao mesmo tempo e por toda a vida, formando e
formador, porque todos temos sempre alguma coisa a aprender e a ensinar.
Este princípio seja estabelecido como programa da formação, devendo refletir-
se na prática da vida”. Segue abaixo uma tabela comparativa das constituições
capuchinhas e do livro citado acima, mostrando as semelhanças do modo de
vida dos povos indígenas e dos capuchinhos.

Nossa Educação Tradicional junta a Seguindo o exemplo de São


PALAVRA e a TERRA (p.3) Francisco e a tradição de nossa
Ordem, preguemos a PALAVRA
DO SENHOR com clareza de
linguagem, aderindo com
fidelidade às SAGRADAS
ESCRITURAS. (N.150,3)

Nossa Educação Tradicional junta à Todo irmão que Deus dá à


PESSOA, a COMUNIDADE e a FRATERNIDADE lhe traz alegria e,
NATUREZA. (p.3) ao mesmo tempo, nos estimula a
todos a nos renovar no espírito de
nossa vocação.(N.28)

Cultivem de modo particular a vida


fraterna, seja na COMUNIDADE, seja
com as demais pessoas, socorrendo-
as com solicitude nas suas
necessidades, para, dessa maneira,
aprenderem a viver cada dia mais
perfeitamente em operante e
solidária comunhão com a Igreja.
(27,6)
Nossa Educação Tradicional vem das Os jovens tenham na devida estima
Xejaryi e dos Xeramõi (os mais os frades de mais idade e de boa
velhos) (p.3) vontade se beneficiem de sua
experiência; os idosos, por sua vez,
acolham as novas e sadias formas de
vida e de atividade; e uns e outros
comuniquem entre si as próprias
riquezas.(91,3)
Nossa Educação Tradicional garante Os frades adquiram um sólido
o Nhandereko (nosso jeito de ser) conhecimento e a prática do espírito
(p.3) franciscano-capuchinho, mediante o
ESTUDO DA VIDA DE SÃO
FRANCISCO e de seu pensamento
Nossa Educação Tradicional junta a sobre a observância da Regra, da
sabedoria das histórias e os Rituais HISTÓRIA e das GENUÍNAS
da Aldeia (p.3) TRADIÇÕES de nossa Ordem, e,
sobretudo, mediante a assimilação
interior e prática da vida para a qual
foram chamados.(26,5)

“Seguindo o exemplo de Cristo e de São Francisco, não tenhamos medo


de anunciar a conversão, a verdade, a justiça e a paz do Evangelho também
àqueles que detêm o poder ou regem o destino dos povos”.(147,5). Nesse
sentido das constituições, como bem expresso no livro referido acima “lutamos
para que o parque do Jaraguá não seja transformado numa hotelaria, num
empreendimento lucrativo. A natureza merece mais; queremos manter a
floresta de pé”(SALVADOR,2022, p.31). Os povos indígenas lutam
constantemente pelos seus direitos, esses que são negados ou retirados.
Olhando o Cristo, libertador, lutemos a favor dos que são oprimidos nessa
sociedade tão injusta e desigual. Existe a necessidade de dar um testemunho
de penitência e minoridade; anunciar o Evangelho ao mundo inteiro em espírito
de caridade para com os homens; pregar por obras a reconciliação, a paz e a
justiça; e mostrar o respeito pela criação” (cf. CCGG OFM 1,2)
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